terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A ameaça golpista da UNOAMÉRICA, uma organização militar supranacional


“Sobre os governos progressistas latino-americanos pende a ameaça golpista da UNOAMÉRICA, uma organização supranacional militar de ultra-direita”

Entrevista com a jornalista argentina Stella Calloni
Fernando Arellano Ortiz (Entrevistador)
Observatório Sociopolítico Latino-Americano
Fonte: Cronicon Virtual (em español)
Traduzido por Vera Vassouras

Stella Calloni e Fernando Arellano Ortiz 
Na América Latina se configura uma ameaça latente de setores militares de ultra-direita que buscam reeditar a OPERAÇÃO CONDOR contra os governos progressistas, a mesma que nas décadas dos anos 70 e 80 e com o auspício de Washington assolou os países do Cone Sul no sentido de realizar um trabalho supranacional de desestabilização com os auspícios de dirigentes da espécie do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez, denuncia a jornalista argentina, investigadora e ativista de direitos humanos, Stella Calloni.

Com apoio da CIA, fundações norte-americanas, assim como do neofranquista Partido Popular da Espanha, a ultra-direita latino-americana está empenhada em como propiciar golpes de Estado ou criar circunstâncias de choque naqueles países da região governados por líderes de esquerda.

O foco está fundamentalmente dirigido contra os governos de Hugo Chávez, na Venezuela; Rafael Correa, no Equador; Evo Morales, na Bolívia; Christina Fernández Kirchner, na Argentina; e Daniel Ortega, na Nicarágua; ao mesmo tempo em que lança fogos contra os presidentes Dilma Rousseff, do Brasil e José Mujica, do Uruguai, a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) e, claro está, contra o Foro de São Paulo, que reúne os partidos de esquerda do hemisfério.

Calloni, experimentada investigadora dos horrores cometidos pelas ditaduras militares da América do Sul, autora do livro “Operação Condor, pacto criminoso” (Edições La Jornada, México, 2001), assinala que a UNOAMÉRICA nasceu na Colômbia em dezembro de 2008 e está integrada por militares acusados de violação de direitos humanos e comprometidos com as ditaduras latino-americanas que buscam reeditar o apodrecido discurso anticomunista da Guerra Fria.

Em consonância com a Uno-América, o ex-presidente Uribe Vélez criou recentemente sua Fundação Internacionalismo Democrático e uma de suas primeiras tarefas é trabalhar pelo desprestígio dos governos de Chávez e Correa, na Venezuela e Equador, respectivamente.

A jornalista e escritora argentina conta que a frente da direção da Uno-América está o golpista venezuelano Alejandro Pena Esclusa, atualmente na cadeia por ter sido encontrado em junho de 2010 em sua residência, material explosivo e estar vinculado com o terrorista salvadorenho Francisco Chávez Abarca, deportado pelas autoridades de Caracas à Cuba, em julho desse ano.

Para falar sobre os planos da ultra-direita latino-americana que é um instrumento de Washington na região e analisar a atual conjuntura política do continente, o Observatório Sociopolítico Latino-Americano dialogou em Buenos Aires com Stella Calloni.

Ao calor de um bom café no Centro Cultural de Cooperação Floreal Gorini, em plena Avenida Corrientes, a investigadora nos fez uma conscientizada análise da realidade latino-americana e a ingerência estadunidense.

Stella Calloni
Calloni é uma experimentada jornalista, escritora e poetisa. Foi correspondente de guerra na América Central e se especializou em política internacional. Em sua vasta obra publicada se incluem crônicas, ensaios e livros, entre outros: “Torrijos e o Canal de Panamá” (1975); “La guerra encoberta contra Contadora” (1993); “Nicarágua: o terceiro dia” (1986); “Panamá, pequena Hiroshima” (1992); “Os anos do lobo: Operação Condor” (1999); “Operação Condor, pacto criminal” (2001); “Argentina: da crise a resistência” (2002); “A invasão do Iraque, guerra imperial e resistência” (2002); “América Latina século XXI” (2004); “Evo na mira. CIA y DEA na Bolívia” (2009).

Atualmente é correspondente do Cone Sul para o diário La Jornada do México e desenvolve carreira como docente universitária. Entre as múltiplas distinções que tem recebido, se destacam o Prêmio Latino-Americano José Martí (1986); Prêmio Madres de Plaza de Mayo (1998); Prêmio Margarita Ponce Derechos Humanos de la Unión de Mujeres Argentinas e Prêmio Latino-Americano de Periodismo Samuel Chavkin, da revista Nacla Report of the Americas de Nueva York, ambos em 2001; ademais o Premio Escuela de Comunicaciones da Universidad de la Plata, Argentina (2002).

Em função jornalística tem percorrido praticamente toda a América Latina, assim como vários países da Europa e África, motivo pelo qual suas análises são feitas a partir do contato com a realidade. É conferencista internacional sobre temas de geopolítica latino-americana e direitos humanos.

A INVASÃO SILENCIOSA DOS ESTADOS UNIDOS NA AMÉRICA LATINA

- Você considera que se tem reconfigurado de uma maneira mais sutil a ingerência dos Estados Unidos, ou segue mantendo a mesma estratégia dos finais do século XX para dominar os povos?

- Sim. Em todos os seus documentos de política exterior eles começaram a considerar que deveria estar presente a Doutrina Monroe (“América para os americanos”), o que equivale assinalar que ela segue como base de muitas coisas que fazem, com algo muito mais grave e que agora se tem transformado em “o mundo para os americanos”. Tudo isso, mais a reconfiguração que tem lugar depois do atentado às Torres Gêmeas, que é um fato que não sabemos ainda quem o fez, porque poderão dizer o que digam, porém não prova de nenhuma espécie, é como se você me dissesse que alguém me pode dar uma prova de que a pessoa que mataram no Paquistão era Bin Laden. Não há provas, não existem e o que diga os Estados Unidos para mim não tem nenhuma veracidade porque tem mentido eternamente.

Depois de se configurar essa doutrina de segurança hemisférica, também começa a nova doutrina de guerra preventiva, de guerra sem fronteiras e sem limites, desconhecendo as soberanias nacionais, ao mesmo tempo em que colocam em marcha outra vertente de trabalho que é sutil: o envio de todas essas fundações que nasceram durante o esplendor conservador de Reagan para evitar a presença direta da CIA, sobretudo depois de 1975, quando se formou a Comissão Church no Senado estadunidense que investigou o papel desta agência de inteligência no golpe de Estado no Chile, motivando que se renovasse nos anos 80 a estratégia de conflitos e de guerra de baixa intensidade que tem como base o que é a contra-insurgência que na linguagem norte-americana é a permissão aberta para todo tipo de ilegalidade no plano militar, político, cultural, social, econômico, etc..

Quando já se recicla para o período dos anos 90, se formam NED, a National Endowment for Democracy, fundação para a democracia, porém, deveríamos perguntar que tipo de democracia; a USAID, a agência internacional para o desenvolvimento que nunca teve esse papel, senão que todos sabem que onde se encontre este organismo há uma interferência direta dos Estados Unidos e a CIA está atrás. Com isto lograram a invasão silenciosa da América Latina. Eu pude verificá-lo diretamente no próprio terreno, na Bolívia, e observei como trabalham estas fundações que por sua vez criam ONGS que cumprem um papel chave no que é a guerra de baixa intensidade; quer dizer, desestabilização de governos, intromissão em lugares, trabalho com grupos indígenas como no caso boliviano no qual têm buscado um líder indígena para fazer figura com o propósito de substituir Evo Morales. Desafortunadamente os governos são muito débeis na América Latina e não têm suficiente clareza no sentido de que há de deter este intervencionismo que podem levar a situações muito complicadas. De fato, no golpe de Estado na Venezuela estavam a NED, a USAID e outras fundações inclusive social-democráticas da Europa que ficaram metidas dentro do esquema internacional da CIA.

A ULTRA-DIREITA MILITAR LATINO-AMERICANA

- E no golpe de Estado em Honduras contra o presidente José Manuel Zelaya?

- Em Honduras também e neste país centro-americano interveio ademais uma fundação que se chama UNO-AMÉRICA, sobre a qual a Colômbia tem que ter muito cuidado e colocar os olhos sobre suas atuações. Esta é uma fundação que nasceu na Colômbia com um grupo de militares da ultra-direita e com vários dos ex-militares de todas as ditaduras da América Latina.

- E qual é o propósito?

- O propósito é praticamente executar a Operação Condor levada a outro plano. Ainda que a Operação Condor não se possa repetir como tal, naquilo que coincide, a Uno-América pratica um trabalho supranacional para poder se mover sem nenhum limite nos distintos países. Estes militares de ultra-direita sustentam o mesmo pensamento da época do Plano Condor no sentido de que, assim como o Cone Sul tinha que combater a coordenadora guerrilheira que se tinha integrado nos anos 70, agora tem que enfrentar tanto os governos de esquerda que pertencem ao Foro de São Paulo, como a UNASUL, a qual consideram igualmente uma organização supranacional e, portanto, eles devem atuar para evitar o comunismo, porque falam do comunismo como se fosse a Guerra Fria. E por isso tem contratado o pior que encontram de militares envolvidos nas ditaduras latino-americanas e realizam um trabalho especial dentro dos grupos de segurança dos exércitos e das polícias, reciclando o discurso anticomunista do passado. Fazem um trabalho de escavação nas Forças Militares da região porque têm suas velhas conexões e por isso jogaram um papel determinante no golpe de Estado em Honduras. Alejando Peña Esclusa que hoje está detido na Venezuela e que é o presidente da Uno-América, foi condecorado por Roberto Micheletti por sua colaboração para dar o golpe. Uno América provêem mercenários, faz contra-insurgência para as necessidades da CIA, move-se por toda a América latina, vários de seus integrantes estiveram na Bolívia metidos no golpe de Estado que se quis dar em Evo Morales e, sobretudo, na tentativa de assassiná-lo.

- Conhecendo a máscara de um presidente colombiano como o tão questionado Álvaro Uribe Vélez, que papel ele joga na Uno América de acordo com suas investigações?

-Vários daqueles militares que fazem parte da Uno América, segundo os registros que tenho, apóiam aos grupos paramilitares na Colômbia e são muito próximos de Uribe. Na Argentina temos a lista dos vinculados com essa fundação, a qual é encabeçada pelo coronel do grupo de caras-pintadas, Jorge Mones Ruiz, assim como há militares da ultra-direita boliviana, uruguaia, eles buscaram os remanescentes das velhas ditaduras latino-americanas e se apóiam politicamente nos grupos ultra-direitistas da região.

- Geopoliticamente falando, nas atuais circunstâncias, quais são os aliados mais importantes dos Estados Unidos na América Latina?

- Geopoliticamente enquanto ocorre a invasão silenciosa, estão enviando tropas e porta-aviões dos Estados Unidos na região que obviamente é a Colômbia com todas suas bases militares e suas estruturas, ademais, o golpe em Honduras conservou a base de Palmerola e as novas, como a base de Gracia de Dios que lhes permite controlar a Nicarágua.

- Segundo suas investigações, estas bases militares estão operando na prática?

-Aqui na Argentina existe o convencimento de que na Colômbia estão operando as sete bases que no governo de Uribe Vélez foi entregue ao Comando Sul dos Estados Unidos. Sem dúvida, a Corte Constitucional proibiu a utilização dessas bases.

Na realidade estão ai. É algo muito similar com o que ocorre com a base Mariscal Estigarribia do Paraguai, ou a base de Palmerola em Honduras. Ali o que há são pistas nas quais podem aterrizar aviões grandes como tem feito na Colômbia. Essas bases não estão ocupadas permanentemente por soldados norte-americanos porque eles nunca permanecem em lugares fechados. Agora, os Estados Unidos não necessitam enviar soldados para colocar a funcionar as bases militares, senão que as têm a sua inteira disposição. Obviamente têm tudo preparado se acaso necessitem enviar tropas. Ou como ocorria na Bolívia, onde colocavam uma estrutura do DEA dentro de uma base, que utilizaram quando quiseram matar Evo Morales na época em que era deputado. Algo assim esta ocorrendo na Colômbia.

JUAN MANUEL SANTOS E SUA RELAÇÃO COM O MOSSAD

- Na Colômbia também operam o Mossad (agência de segurança israelense) e o M16 (serviço de inteligência inglês). Operam também em outros países latino-americanos?

- O Mossad está no Paraguai, Bolívia, Venezuela e Guatemala. Na Venezuela sua presença é muito forte e na Colômbia opera há muitos anos, inclusive antes da chegada de seu agente Yair Klein que treinava e trazia da Jamaica armas para os grupos paramilitares. O problema é que o Mossad hoje em dia tem mais força que a CIA, vários de seus membros se infiltraram nas comunidades judaicas dos países latino-americanos, porém e ademais, estão presentes no Iraque e na Líbia. Nas tarefas e na direção de todas as mobilizações de guerra suja, o Mossad é a chave. No caso colombiano, o presidente Santos é filho do Mossad e ele não pode se separar de Israel. Não se pode esquecer o papel que jogou Santos no ataque a Raúl Reyes. Recordo o sorriso de hiena de Santos quando mataram esse chefe guerrilheiro. Eu não acredito que Santos queira a paz na Colômbia como Israel tampouco quer, o que ele deseja unicamente é como exterminar um grupo político- militar insurgente.

- E no México, cuja situação social é muito explosiva?

- Nesta ocupação geopolítica com o Plano Colômbia que é um plano de recolonização do continente, se passou ao Plano Mérida do México. Este plano é uma cópia do Plano Colômbia e de fato em seis anos o México caiu em uma violência atroz. Nesse lapso temos o mesmo número de mortos que na Colômbia e a isso há de adicionar a destruição do campo mexicano e da cultura profunda dos povos com o Tratado de Livre Comércio que tem com os Estados Unidos e o Canadá (ALCA).

DESINFORMAÇÃO, ARMA DE GUERRA

- Falemos de outro aspecto fundamental contra-insurgente aos povos que é a guerra mediática...

- A guerra mediática é parte do projeto contra-insurgente. A desinformação é uma arma de guerra hoje, utiliza-se para armar um projeto de guerra como ocorreu no Iraque com a invenção das armas de destruição em massa, ou com o que ocorreu na Líbia, onde nunca houve um bombardeio de Kadafi contra a população civil, o qual está totalmente provado. Para controlar o mundo, necessitam controlar a informação.

- Você tem denunciado o aproveitamento das máfias durante a etapa de esplendor do neoliberalismo...

- Um dos aspectos que temos que identificar neste período histórico é a presença mafiosa nos governos. Os Estados Unidos estão sob o poder das máfias, sempre as tem usado para seus jogos. Necessitam da máfia, o esquema não pode sobreviver sem elas. Quem recebe a droga nos Estados Unidos? Onde se recebe? Resulta que vêm matar no México, porém, por que não se dedicam a pescar do outro lado a quem recebe a droga? Por que os aviões carregados de drogas chegavam às bases do Comando Sul na Flórida? E não era Manuel Antonio Noriega quem a enviava, porque ele não tinha nenhuma capacidade de operar no Comando Sul. Mentiram de uma forma descarada na invasão do Panamá e me dei conta de tudo o que montaram porque eu estava ali. O gênesis de todas as intervenções tem uma mentira atrás e um aparato de desinformação, que agora resulta mais fácil porque controlam tudo.

A LIDERANÇA DE CHÁVEZ

- Embora exista uma matriz de manipulação midiática, boa parte das pessoas na América Latina já não acredita, e isso se observa em países como a Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina, Uruguai... Não o vê assim?

- O que ocorre é que não entenderam que o processo neoliberal traria uma realidade social terrível e as pessoas começaram a ter um olhar distinto. Isso ocorreu nos países como a Venezuela com Chávez, cujo povo passou a ser pensante e consciente.

- Falando da Venezuela, você esteve recentemente em Caracas. Como está a liderança de Chávez, tem possibilidade de reeleger-se em outubro de 2012?

- Sim, sim, tem possibilidade de se reeleger, inclusive tem aumentado os índices de popularidade e de apoio a seu governo. Vejo que há uma grande consciência das pessoas a respeito dos alcances positivos do processo político que lidera Chávez. As coisas e os grandes avanços que se tem feito na Venezuela não são difundidos, porém há uma recuperação do sentido de pátria, de defesa, de dignidade, e a enfermidade de Chávez produziu uma urgência nas bases para solidificar a unidade e a organização.

- Processos integracionistas que estão ocorrendo na América Latina como a Unasul e a Celac constituem uma pedra no sapato para Washington?

- Sim, qualquer coisa que seja unidade e integração é uma pedra no sapato. A unidade africana e a intenção que tinha Kadafi de concretizar uma moeda comum na África molestaram os Estados Unidos. São coisas que não podem aceitar. Agora tem uma América Latina com uns países com modelos distintos.

A princípio não lhe davam importância porque sempre os Estados Unidos conseguia interferir, por exemplo, nos processos como o MERCOSUL, porém agora o assunto é a outro preço e no caso de Chávez tem uma presença histórica porque tem sido a cabeça para produzir uma federação distinta.

Esta nova integração política e comercial dos países da América Latina é algo terrível para os Estados Unidos e, sobretudo os fatos que vão produzindo presidentes como Hugo Chávez e Evo Morales. No caso da Bolívia, Morales excluiu a CIA e o DEA. Desde que o DEA saiu da Bolívia, e isto para os colombianos é essencial, o país deixou de ter uma violência de pico que tinha antes, deixou de morrer pessoas pela suposta guerra contra o narcotráfico.

A embaixada norte-americana contava com um escritório na casa do governo junto ao escritório do presidente da Bolívia. Quando Evo Morales subiu ao poder indagou sobre uma porta fechada junto ao seu gabinete que conduzia aos escritórios do DEA e da CIA. Para que nos conscientizemos até onde chegou a ingerência norte-americana sem que os países da América Latina soubessem.

O BLOQUEIO A CUBA, DELITO DE LESA HUMANIDAD

- Falemos de Cuba. Hoje a revolução cubana não é nenhuma ameaça para os Estados Unidos. Sem embargo, em pleno século XXI, como se explica que Washington siga mantendo o bloqueio econômico à ilha? Não é acaso um delito de lesa humanidade?

- Claro, é um delito de lesa humanidade. Ademais, tudo o que tem produzido o bloqueio, o que tem causado as agressões como a guerra química e biológica contra Cuba, o número de doentes, o número de mortos pela dengue hemorrágica, mais a invasão da Baía dos Porcos, está reconhecido pelo próprio Congresso dos Estados Unidos. E Cuba segue sendo um exemplo de como poder resistir a noventa milhas de império para manter uma revolução que não quer sair do socialismo. Em contraste, os Estados Unidos ficaram nas mãos de uma máfia que eles mesmos criaram. Uma máfia cubana que inclui senadores, representantes, governadores, prefeitos, todos com um passado espantoso e com relações profundas com o narcotráfico. Tentam destruir Cuba por todos os meios, tem acirrado o bloqueio, inclusive mais forte, porém não têm podido asfixiá-la e não creio que o consigam.

AMÉRICA LATINA E SEU MELHOR MOMENTO HISTÓRICO

- Com exceção de países como o México, a Colômbia e o Chile, algumas nações centro-americanas, a América Latina está passado por um bom momento histórico. Não acredita?

- A América Latina está passando por seu melhor momento historicamente, antes de tudo tem conseguido se salvar da crise econômica e mostrar diante do mundo que o remédio que estão utilizando na Europa não serviu para nada aqui, podemos dizer que estamos na vanguarda da resistência, com lideranças como as de Chávez e Kirchner, Evo e Correa, que nasceram dentro do jogo eleitoral que os Estados Unidos impunham como salvação. Quantas tropas vão necessitar para poder controlar o mundo? O certo é que os Estados Unidos estão no caminho da ruína. E em relação à América Latina há que dizer que nossos governos não podem mostrar nem o mínimo de debilidade, porque qualquer rachadura de debilidade é motivo para que se intrometa esse poder imperial, temos tudo para evitá-lo e uma mostra disso é no que aconteceu com a OEA que já não tem voz, está falando como um afônico porque a Unasul a substituiu e isso ainda não é um aparato sólido.

Um comentário:

  1. Muy poco se habla del Opus Dei una organización infiltrada en la vida ideológica, los organismo de seguridad militar y del estado y la economía.

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