sábado, 9 de julho de 2011

Os sindicatos, na Praça Tahrir: “PRESENTE!” (excerto)


8/7/2011, Sarah Lynch, The Christian Science Monitor
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu



Os manifestantes entoam palavras de ordem durante um protesto na Praça Tahrir, ponto focal da revolta egípcia, no Cairo, Sexta, 8 de julho. Milhares de egípcios tomaram as ruas de todo o país para exigir justiça para as vítimas do regime de Hosni Mubarak e pressionar o novo governo militar para um plano claro de transição para a democracia.

Manifestantes cantam palavras de ordem na Praça Tahrir, ponto focal do levante egípcio no Cairo, nessa 6ª-feira, 8 de julho. Milhares de egípcios tomaram as ruas em todo o país, exigindo justiça para as vítimas de Hosni Mubarak e para pressionar o novo governo militar a apresentar plano claro da transição para a democracia.

Numa sala de um prédio centenário no centro do Cairo, Kamal Abu Eitta levanta-se da cadeira e junta as mãos, braços esticados acima da cabeça, para mostrar o tipo de tortura que sofreu durante o governo de Mubarak.

Membro ativo de seu sindicato e militante há muito tempo, durante a ditadura de Mubarak, Abu Eitta diz que passou por queimaduras, choques elétricos, chicoteamento, pendurado a um gancho na parede, naquela posição.

É um dos milhares de egípcios reunidos na Praça Tahrir na 6ª-feira, 8 de julho, para exigir o fim dos tribunais militares para civis e julgamento imediato dos funcionários do governo Mubarak acusados de corrupção. Mas diz que vem também por outro motivo: para lutar por direitos dos trabalhadores que ele e muitos outros defendem há décadas, no Egito.

O movimento sindical é uma das forças mais influentes durante esse período crítico da transição democrática no Egito.

“O movimento sindical é o único que nunca parou de lutar. Trabalhou todos os dias, na resistência à ditadura” – diz o ativista e jornalista Hossam al-Hamalawy. “Se bombardearem a Praça Tahrir, chamaremos uma greve geral”. 

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