Publicado em 28/01/2013 por Bob Fernandes
Enviado por Sílvio de Barros Pinheiro
Existem acidentes. E existem
tragédias, fatos terríveis como esse, que quando acontecem provocam dor imensa,
comoção, e perguntas: como deixaram isso acontecer? Onde mais isso pode
acontecer? E como isso não aconteceu antes?
Alguém ai em casa tem dúvida de
como NÃO É feita a fiscalização em milhares de casas noturnas Brasil afora? Quem
frequenta a noite em São Paulo, por exemplo, não sabe que a maioria das casas de
balada têm as mesmas características da "Kiss" de Santa Maria?
Boates com o mesmo tipo de
segurança -capaz de barrar quem tenta escapar; com medo de que não paguem a
conta. Casas com uma única entrada, mas sem saída. Baladas que costumam aceitar
muito mais público do que o previsto pela lei.
Quem, em São Paulo ou Brasil
afora, não sabe que filhos frequentam grandes festas de estudantes que não têm
autorização legal para acontecer? Festas que levam o nome de uma escola ou de
uma universidade que nada têm a ver com as festas, ou que por elas se
responsabilizem.
Baladas para menores acontecem sem
que o juizado tenha sido ao menos comunicado. Qualquer um que tenha filhos
adolescentes, com condições financeiras para frequentar tais baladas, sabe que é
assim.
Presença de bombeiro, funcionário
treinado para acidentes em festas com mais de 500 ou de mil pessoas? Esqueçam.
Isso só acontece no papel e nos discursos.
Como esperar fiscalização de
festas numa cidade, como São Paulo, onde um funcionário, o tal Saab, autorizava
alvarás ilegais para construção de prédios inteiros? O cidadão fez fortuna de R$
50 milhões, tinha mais de 100 apartamentos e o prefeito diz que não sabia de
nada. Alguém, num lodaçal desses, vai fiscalizar casa noturna?
Na véspera do Ano Novo, máquinas
derrubaram matas, aterraram lagoas na avenida Paralela, no coração de Salvador.
Ao que se sabe, autorizados por alguém da prefeitura que deixava o poder. O que
aconteceu na cidade vítima de enorme estupro imobiliário? Nada.
Na mesma Salvador a camatoragem de
carnaval invade espaços públicos desde o Natal. Como? Em conluio com quem tem
poderes para impedir. Por todo o Brasil a sociedade aceita cenários como esse.
Por inércia, medo ou desinteresse. Até que venha a próxima tragédia.
Uma blitz em qualquer cidade encontraria
poucas casas desse gênero em plenas condições de funcionamento.
Agora veremos um surto de anúncios
de medidas preventivas. O que se espera é que, em nome de seus filhos, a
sociedade cobre. Cobre para que medidas sejam implantadas e para que uma
fiscalização real evite tragédias como a de Santa Maria.
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