Laerte Braga |
A Grécia, independente de qual seja a decisão do governo, é mais um país que se dissolve no veneno do neoliberalismo. O governo anuncia a privatização de rodovias, aeroportos e loterias como parte do plano para recuperar a economia e atingir as metas exigidas pela Comunidade Europeia e pelo FMI.
O principal diretor do FMI, Strauss-Kahn, está preso num entorno do território do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, acusado de estupro. Segundo os jornais, tevê e rádios teria forçado uma camareira do hotel a fazer sexo com ele.
Strauss-Kahn lidera as pesquisas de opinião na França para a sucessão de Nicolas Sarkozy e tem antecedentes nesse tipo de atividade, digamos assim. É que estupros o FMI pratica contra países em várias partes do mundo, sistematicamente, e a serviço dos interesses do conglomerado.
Poul Thomsen, chefe da missão do FMI que estupra a Grécia – e os gregos que pagam a conta – está em Atenas e já anunciou que se o governo daquele “país” não atender as exigências da Comunidade Europeia vai para o buraco.
Por exigências entenda-se a privatização de todos os serviços públicos capazes de gerar lucros a empresas privadas e deixar a Grécia à mercê do conglomerado numa de suas especialidades.
Estupro financeiro e econômico, dissolução em água sem bater.
Não há diferença entre o crime atribuído a Strauss-Kahn e os crimes cometidos pelo FMI, braço do terror neoliberal.
O que há é hipocrisia de todos os lados e subserviência do governo grego.
O último a saber de todo esse arranjo é o povo grego e vai saber à hora que a conta for apresentada.
Portugal é o alvo seguinte dos terroristas.
Os chamados países chaves da Comunidade Europeia operam segundo determinações do conglomerado e sem qualquer escrúpulo, até pela necessidade de manter suas elites vivas, mesmo que conservadas em formol.
O general David Richards, operador de execuções e atos de terrorismo em chefe da antiga Grã-Bretanha (hoje “Micro-Bretanha”), afirmou que os bombardeios de forças da OTAN contra a Líbia devem ser amplos, não se restringirem a áreas militares, para que o ditador Kadafi seja morto o país possa se “libertar”.
“Libertar” de que cara pálida?
Perguntado sobre as mortes de civis em ações desse gênero disse que isso faz parte do jogo.
O jogo do petróleo e do Banco Central líbio.
O general não grunhiu ou vociferou nenhuma vez sobre as ditaduras em países árabes aliados do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, do qual é um dedicado servidor.
E muito menos sobre o genocídio contra o povo palestino.
A dose de veneno ministrada pelo conglomerado só permitiu a ele repetir algumas vezes a expressão “libertar-se”. Em seguida voltou à condição de inércia típica de robôs/humanos.
Freud explica.
É difícil determinar se o diretor geral do FMI de fato estuprou a camareira do hotel, ou se a camareira do hotel foi plantada para que o diretor do FMI, favorito contra Sarkozy na França, a estuprasse, imaginando que fosse algum país emergente. É que o comando do terror neoliberal não gostou de ver os dados da dívida do conglomerado – antigo EUA – nos jornais e revistas do mundo e agências de classificação de riscos colocando sinal vermelho em relação a Washington e a dívida.
Os dados teriam sido divulgados ou vazados pelo FMI. Strauss-Kahn não é visto com simpatias plenas pelo principal acionista do Fundo. Preferem alguém sem pretensões políticas e de docilidade absoluta.
Aí, despejar bombas sobre civis líbios, ou estuprar camareira de hotel é irrelevante.
O negócio é o deus mercado e as garantias irrestritas que nada sairá da ordem e da lógica do capitalismo ditados a partir de Washington.
Sai a Grécia como a conhecemos pela História, entra a Grécia engolida pelo conglomerado. Vira sociedade anônima.
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