15/6/2012, Juha Saarinen,
Wired, blog “Theat Level”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Ver
também:
17/12/2010, The Guardian, UK: “WikiLeaks
é alvo de investigação super agressiva pelos EUA”
8/6/2012, Wikileaks Australian
Citizens Alliance,
Per E Samuelson, “As
preocupações de Julian Assange são justificadas: Não há devido processo legal na
Suécia”
Julian Assange |
Julian Assange será preso no momento em que for entregue às autoridades suecas ao ser extraditado e será interrogado durante quatro dias, depois da extradição do Reino Unido; depois do interrogatório, o juiz sueco decidirá se permanecerá preso – como anunciou hoje o governo sueco.
No
início dessa semana, a Corte Suprema no Reino Unido decidiu não reabrir o
processo de apelação de Assange e manter a decisão anterior, segundo a qual o
fundador de Wikileaks deve ser extraditado, para ser julgado em processo por
crime sexual pelo qual foi acusado na Suécia.
A
Corte Suprema do Reino Unido decidiu que Assange não precisa deixar Londres
antes do dia 28/6/2012. A partir dessa data, começa a correr o prazo de dez dias
para que seja entregue às autoridades suecas, nos termos da lei europeia,
informou o Ministério Público sueco.
No
prazo de quatro dias, depois da chegada à Suécia, um tribunal sueco decidirá se
Assange deve permanecer sob custódia, para ser interrogado, à disposição do
Ministério Público. Também segundo a mesma fonte, cabe apelação em todas essas
decisões.
Assange
viajará para a Suécia sob a custódia do Departamento de Correição do Reino
Unido. Dado que Assange é considerado ameaça à segurança pública, será mantido
preso durante o tempo em que permanecer à disposição do Ministério Público
sueco.
Mas
o gabinete do Procurador Geral sueco informa que Assange não será mantido em
cela solitária, poderá ver televisão, ler jornais e manter contato com outros
prisioneiros.
Assange
está em prisão domiciliar em Londres desde dezembro de 2010, enquanto prosseguem
os trâmites dos recursos que seus advogados impetraram nos tribunais britânicos,
contra decisão de extraditá-lo para a Suécia. Há temores de que a Suécia esteja
exigindo a presença de Assange na Suécia para interrogatório, exclusivamente
para poder entregá-lo aos EUA, onde pesam contra ele acusações de espionagem,
pela divulgação, pela página WikiLeaks, de telegramas diplomáticos sigilosos do
Departamento de Estado dos EUA.
As
autoridades suecas ordenaram a prisão de Assange, que já estava na Grã-Bretanha,
depois que duas mulheres o acusaram, na Suécia de tê-las molestado sexualmente
(coerção, estupro e outros crimes menores associados). Assange alega que os
encontros e o sexo foram consensuais.
A
Procuradora Marianne Ny presidirá o interrogatório de Assange, na Suécia. O
gabinete da Procuradoria sueca informou que, depois da chegada de Assange à
Suécia, a Procuradoria não mais divulgará qualquer informação sobre o caso, para
não tumultuar os interrogatórios e não prejudicar outros envolvidos no
processo.
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