Sergey Lavrov |
Sergey Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da
Rússia: “Annan está paralisado por ação dos que querem a intervenção
militar”
9/6/2012, Rick Rozoff,
#NoNATO #ForaOTAN
Traduzida pelo pessoal da Vila Vudu
Rick Rozoff |
Lavrov
manifestou preocupação sobre “a reação de alguns atores de fora” os quais, disse
ele, “apoiam grupos armados da oposição e, ao mesmo tempo exigem que a
comunidade internacional dê passos decisivos para mudar o regime na Síria”.
O
ministro disse que:
“...
para justificar uma intervenção militar, continuam a falar dos refugiados que
saem da Síria. Mas ninguém sabe dos que estão sitiados dentro da Síria. É o que
já se viu na antiga Yugoslávia. Alguém pensou nos refugiados sitiados na Sérvia
e na Eslovênia (Croácia)?” – perguntou Lavrov.
Lavrov
continuou:
“Segundo
estimativas recentes, há cerca de um milhão de refugiados do Iraque e meio
milhão de refugiados palestinos, hoje, na Síria. E não vejo ninguém preocupado
com eles ou falando deles”.
Para
o ministro russo:
“...
atores externos provocam a oposição síria para que continuem a ação militar.
Assim, vão construindo ali cenário semelhante ao que construíram na Líbia.”
“O
principal motivo pelo qual o plano de paz de Annan está paralisado é a ação dos
que apoiam a intervenção militar externa na Síria, que impede a implementação do
plano” –
continuou Lavrov.
Lavrov
disse que alguns atores “não gostam” da estabilidade que o plano pode gerar
imediatamente. Querem manter a comunidade internacional indignada, e iniciar
ofensiva total para intervirem na Síria.”
Lavrov
manifestou preocupação sobre “a reação de
alguns atores de fora” os quais, disse ele:
“...
apoiam grupos armados da oposição e, ao mesmo tempo querem que a comunidade
internacional aja de forma decisiva para “mudar o regime” na Síria.”
Repetiu,
mais uma vez, que:
“... a
Rússia jamais concordará com o uso da força, no Conselho de Segurança da
ONU”. Disse
que esse tipo de intervenção levaria a “consequências severas para todo o Oriente
Médio”.
Lavrov
disse que o governo sírio é responsável pela segurança dos cidadãos e pelo
respeito aos direitos humanos, além de ser responsável por tudo que está
acontecendo no país.
Tragédias
como a de Houla e outros inúmeros atos de violência são resultado do confronto,
hoje ativamente estimulado por atores externos. Também manifestou preocupação
sobre a segurança de professores e especialistas russos que, sábado, foram
atacados em Damasco.
Sobre
a cobertura jornalística, o ministro das Relações Exteriores da Rússia disse
que:
“...
bloquear canais oficiais e privados na Síria e impedi-los de transmitir não é
ação que deponha a favor da liberdade de expressão.”
Lembrou
os ataques aéreos contra as instalações de transmissão de televisão em Belgrado,
na Sérvia, e em Trípoli, na Líbia. “É indispensável que os atores responsáveis
por esses ataques respeitem os direitos da comunidade internacional, de receber
informação limpa – seja qual for a informação.”
Reunião
em Moscou, para ajudar a implementar o plano de Annan
Kofi Annan |
Moscou
propôs uma conferência internacional sobre a crise síria, da qual participem
todos os principais atores internacionais.
A
Rússia manifestou esperança de que todos os atores internacionais consigam
influenciar o desenrolar dos eventos na Síria, na saída de uma sessão da ONU na
qual o secretário-geral dissera que o presidente sírio perdera a legitimidade.
“A
conferência deve ser feita sob a autoridade da ONU” –
disse Lavrov, e acrescentou que a discussão global não deve ser evento único. “A Rússia está gravemente preocupada com a
presença crescente, na Síria, de terroristas internacionais e de
extremistas”.
Com
alguns países ocidentais já falando de impedir o Irã de participar da
conferência sobre a Síria, Lavrov disse que banir Teerã “seria atitude, no mínimo, irrefletida”.
Para
o ministro russo, são partes ativas e “integrais” do processo o Qatar, a Arábia
Saudita, o Líbano, a Jordânia, o Iraque, a Turquia, o Irã, a Liga Árabe, a União
Europeia e a Organização de Cooperação Islâmica, dentre outras.
Também
ontem Lavrov repetiu a jornalistas que “não haverá autorização do Conselho de
Segurança da ONU para intervenção militar na Síria.”
Nesse
momento, o ministro de Relações Exteriores da Rússia está falando à imprensa
sobre a Síria. A qualquer momento, detalhes atualizados.
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