15/7/2012, Gregor Peter Schmitz, Spiegel Online,
Alemanha
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A
pesquisa descobriu que só em quatro países, em todo o mundo, em 2012,
a maioria dos entrevistados declarou-se feliz e otimista
quanto à situação econômica em que vivem: China (83%), Alemanha (73%), Brasil
(65%) e Turquia (57%).
Pesquisa do Instituto Pew
recentemente divulgada[1]
detectou acentuado declínio no apoio ao capitalismo, em todo o mundo.
A
crise da economia global atingiu milhões e exatamente onde mais dói: no bolso.
Mas pesquisa divulgada na 5ª-feira, pelo Centro de Pesquisa e Instituto Pew, com
sede nos EUA, descobriu que a crise abalou profundamente a fé dos eleitores nos
governos liberais e na economia de livre mercado em geral.
Em
todo o mundo, homens e mulheres preocupam-se com o estado de suas respectivas
economias nacionais. A pesquisa, que entrevistou 26 mil pessoas em 21 países,
descobriu que apenas 27% dos respondentes declararam-se felizes com a própria
situação econômicas em seus respectivos países.
A
pesquisa descobriu que só em quatro países, em todo o mundo, a maioria dos
entrevistados declarou-se feliz e otimista quanto à situação econômica em que
vivem: China (83%), Alemanha (73%), Brasil (65%) e Turquia (57%).
Comparados
aos resultados de pesquisa semelhante feita em 2008 – antes, portanto, de a
crise das finanças globais ter-se alastrado pelo planeta – os resultados da
pesquisa de 2012 constatou acentuado declínio da confiança no sistema liberal de
livre mercado. Resultados semelhantes encontram-se também se se comparam os
números de 2008 e 2012, na avaliação do modelo capitalista global. Em 11 dos 21
países pesquisados, só metade dos respondentes disseram acreditar que a economia
de livre mercado pode levar a aumentar os níveis de bem-estar social geral.
A
quebra na confiança é especialmente acentuada em países mais fortemente
impactados pela crise do euro, ainda sem solução à vista. Na Itália, a confiança
diminuiu 23%; na Espanha, 20%. Nesses dois países houve acentuada queda no
número dos que dizem acreditar que o ‘trabalho duro’ pode levar à prosperidade.
Otimismo
crescente nas economias emergentes
A
pesquisa identificou acentuada diferença entre o sentimento de otimismo,
predominante em economias emergentes (Brasil, China, Índia e Turquia) e a
atitude cada dia mais pessimista constatada na Europa, no Japão e nos EUA. Menos
de 1/3 dos norte-americanos consideraram “verdadeira” a afirmativa de que a
economia dos EUA vai bem. Entre os países europeus, a proporção média de pessoas
que entendem que suas respectivas economias nacionais vão bem é de apenas 16%; e
no Japão esse número cai para apenas 7%.
Além
disso, a pesquisa descobriu também que apenas 1, de cada 10 europeus ou
japoneses, acredita que seus filhos conseguirão alcançar alguma prosperidade ou
melhores salários. Na China, esse número aparece multiplicado por quase 6: 57%
dos chineses estão convencidos de que seus filhos conseguirão progredir
socialmente sem dificuldades.
A
pesquisa também descobriu que os cidadãos desiludidos, em todo o planeta, foram
perdendo a confiança nos respectivos governantes durante a crise. Em 16 dos 21
países pesquisados, a maioria dos respondentes declarou os políticos eleitos
como principais responsáveis pela atual situação de mal-estar
econômico.
Nota dos
tradutores
[1] A pesquisa do Instituto Pew pode ser lida em: “Faith in Hard Work, Capitalism Falter; But
Emerging Markets Upbeat - Pervasive Gloom About the World
Economy”
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