quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Gênese do Coletivo de Tradutores da Vila Vudu


Comentário I da Vila Vudu: O Graaande Beakman! Na pré-história do Coletivo de Tradutores da Vila Vudu! \o/ \o/ \o/. A imprensa brasileira, mês passado, trouxe a seguinte notícia (que só nos chegou hoje, porque a gente aqui NÃO LÊ IMPRENSA BRASILEIRA).


Notícia de 21/06/2012 - 20h36 / Atualizada 22/06/2012 - 11h16 - Edgard Matsuki - UOL, São Paulo
Enviado pelo pessoal da Vila Vudu

Quase todo nerd na faixa dos vinte ou trinta anos assistiu a alguma das experiências científicas do programa “O Mundo de Beakman”. Com um inconfundível jaleco verde e ideias malucas na cabeça, ele conquistou fãs por todo o mundo -- principalmente entre os amantes da ciência e tecnologia. Não há um nerd que se preze que nunca tenha visto as experiências com os assistentes Lester e Liza.

Quase 20 anos após a exibição do programa, o protagonista veio ao Brasil e contou que foi pelo Facebook que descobriu a fama por aqui: entre os 600 mil fãs na sua página na rede social, ele afirma que muitos deles são brasileiros.

Beakman (ontem - E) e Paul Zaloom (hoje - D)
No mundo real, Beakman atende pelo nome de Paul Zaloom e está com 62 anos. Mas é impossível desvencilhar a imagem do ator e personagem.

Na apresentação “No rastro da ciência: como funciona o cérebro humano”, durante o evento Info Trends 2012, realizado pela revista “InfoExame”, Zaloom virou Beakman novamente e com a tradicional vestimenta fez uma apresentação que poderia ser tema de qualquer um dos 95 episódios gravados nos anos 90.

Zaloom contou que o Facebook o ajudou a mensurar o quanto é conhecido no Brasil, mesmo após anos do final do programa. “A página do mundo de Beakman no Facebook conta com milhares de fãs no Brasil. Isto é incrível”. 

Ele acredita que o sucesso do programa fora dos Estados Unidos se deve ao trabalho dos tradutores.

“Fazíamos piadas para o público americano. Só um bom trabalho DE TRADUÇÃO saberia mudar o contexto e fazer nossas histórias significativas e engraçadas em outro país.'' (...).

Comentário II da Vila Vudu: Naqueles idos dos primeiros anos 90’s, a tradução de “O mundo de Beakman” foi trabalho (dentre outros tradutores) de um de nossos tradutores, que trabalhava, então, para a TV-Cultura SP.

O trabalho era difícil, conta ele, porque os editores da TV-Cultura INSISTIAM em “arrumar” as traduções. E havia palavras “proibidas”. A mais inesquecível de todas as palavras proibidas era “ranho”. “Ranho”, não! Tem de ser “muco”. “Muco” NUNCA, o tradutor resistia. Horas de debate e chegou-se a “meleca do nariz”. Melhor que “muco”, mas infantilóide, na boca de Lester, o Rato.

Os programas em que o tradutor pôde trabalhar com os dubladores saíam sempre melhores que os (muitos) em que a tradutora não tinha acesso aos dubladores, por decisão de editoria.

Só a luta ensina... A lutar!

Pelo LULZ! Nenhum nome (“de gente” acrescentaria, com certeza, Lester, o Rato) interessa. \o/ \o/ \o/

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