2/7/2012, Russia Today (vídeo e excerto da entrevista traduzida)
Excerto sobre Snowden traduzido
pelo pessoal da Vila
Vudu
38’30:
Os EUA deram asilo político a terroristas que atacaram a Venezuela. E são
protegidos do governo dos EUA. Posada Carriles, que roubou um avião, vive em
Miami protegido pelo governo dos EUA. São, digamos, os grandes paradoxos da
política internacional que temos de resolver.
Não
tenho nenhuma comunicação oficial de que Edward Snowden tenha pedido asilo
político a Venezuela. Há notícias na imprensa. Ao final dessa nossa viagem,
teremos confirmação, ou não, desse pedido. Daqui vou a Minsk, e de lá voltamos a
Caracas. Devo chegar na noite de 3 de julho. Até lá poderemos avaliar as
informações que haja, para poder confirmar ou não o pedido de asilo desse jovem
norte-americano, de 29 anos.
O
que tenho dito, e é nisso que acredito profundamente, é que esse jovem tem de
ser protegido pela humanidade. Pela humanidade, você, eu, nós todos, a
juventude, temos de agradecer a este moço, que saiu, com dignidade e com
rebeldia, para dizer ao mundo que a elite que governa os EUA tem mecanismos com
os quais pretendem controlar a informação, espionar o mundo inteiro. Espionam
até seus próprios alidado, como a União Europeia em Bruxelas. E que faz a União
Europeia? Escreve uma cartinha diplomática, nada mais, em que diz que não
reagirá com as forças que os povos daqueles países desejam.
Os
EUA espionam todos os governos do mundo, até os seus mais servis aliados na
Europa, que seguiram os EUA nas últimas guerras, na destruição da Líbia, da
Síria. Não respeitam ninguém no mundo.
E
esse jovem, Snowden, levantou uma bandeira de alerta, a tempo, dirigindo-se à
opinião pública mundial. O grande poder verdadeiro que pode mudar o mundo, como
disse Chávez num de seus livros, é a opinião pública mundial, a juventude do
mundo. Cabe a todos. Se vão deixar Snowden sozinho, para que o persigam e
castiguem e o destruam. Que delito ele cometeu? Que lei, em todo o mundo, ele
infringiu? Quantos mísseis Snowden disparou? Quantos milhões de pessoas matou?
Ele,
sim, nos está salvando, porque está lançando um alerta, a tempo, de que um
império belicista pretende controlar amigos e inimigos e o mundo inteiro. Isso é
inaceitável. O povo venezuelano levantamos nossa voz de solidariedade com esse
jovem. E fazemos um chamado ao mundo: o mundo tem de proteger Snowden. Proteger
Snowden é proteger o direito que todos temos, a uma vida de tranquilidade e paz.
Antes
de saber se podemos, a Venezuela, dar asilo a Snowden, caso peça, será preciso
saber o que diz o mundo. O que dizem os jovens norte-americanos. O que dizem os
intelectuais. Vão continuar calados? Os movimentos sociais, de direitos civis
nos EUA e todos os que lutam pela liberdade, nos EUA. Que dizem os estudantes, a
classe operária nos EUA e até os meios de comunicação nos EUA. Vão proteger seu
jovem de 29 anos, ou vão deixar que o governo dos EUA o persiga, até destruí-lo?
Quando eu receber o pedido, decidirei.
Patiño,
chanceler do Equador disse que UNASUL, que tem uma agência de defesa do
continente, deve investigar as revelações que Snowden fez ao mundo. Concordo com
ele.
De
nada adiantará continuar a falar sobre o caso Snowden como se fosse uma novela.
Agora, é importante é que se investiguem as denúncias que ele expôs ao mundo e
que o mundo busque meios para protegê-lo.
[A jornalista insiste em perguntas
jornalísticas, sempre tolas].
Eu
me pergunto é o que mais esse jovem saberá, a ponto de ter contra ele todo o
governo dos EUA, a ponto de ter posto o presidente Obama a telefonar para
presidentes pelo mundo, que pôs Kerry a telefonar e a correr pelo mundo, para
pressionar governos.
O
gesto de Snowden não é gesto de impulso. Deve ter considerado por longo tempo o
que faria. Penso na mãe dele, na família dele, nos amigos dele. Um jovem põe a
própria vida em perigo, para revelar tudo aquilo ao mundo.
A
Venezuela não tem medo do Império e de ninguém. Mas é preciso que a juventude se
levante, todos, em defesa desse jovem chamado Edward Snowden. Ou teremos
desistido de nosso sonho de outra humanidade que possa viver em paz.
O
gesto desse jovem é parte de um movimento maior, de todo o mundo: um jovem que
decide não viver mais dissociado dos destinos do mundo.
[E
prossegue a jornalista a insistir sobre assuntos que nem Deus discutiria por
televisão e/ou com jornalistas].
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