quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Roberto Azevedo, da OMC: “BRICS são atores protagonistas da economia mundial”

17/9/2013, The BRICS Post - Excerto de entrevista
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

A presidenta Dilma Rousseff cumprimenta Roberto Azevedo pela posse como presidente
da OMC -Organização Mundial do Comércio 
O brasileiro Roberto Azevedo, que tomou posse dia 1/9 como novo diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMT) volta a falar dos BRICS como atores protagonistas e principais motores da economia mundial.

“Os BRICS são ainda os principais elementos de crescimento da economia mundial e não creio que isso mude no futuro próximo” – disse Azevedo em entrevista ao canal Russia Today TV.

Disse não ter dúvidas de que os BRICS permanecerão como nova força econômica a puxar a economia mundial. Nos países BRICS vivem hoje 43% da população mundial, cerca de 18% do PIB mundial lá está, e 40% das reservas monetárias, estimadas em cerca de um trilhão de dólares.

Em 2012, o comércio total dentro do grupo BRICS chegou a 6,1 bilhões de dólares, 16,8% do comércio global.

Azevedo disse a Russia Today na 2ª-feira (16/9/2013), que “no curto e no médio prazo, o fenômeno BRICS não mudará”.

“Uma das razões disso é que são economias em desenvolvimento, que continuam crescendo e que estão conseguindo incorporar vastas camadas da população na economia formal” – disse ele.

Os BRICS formaram unanimemente no apoio que deram à candidatura de Azevedo, que não era o candidato preferido da Grã-Bretanha e dos EUA.

A presidenta Dilma Rousseff do Brasil disse recentemente que a escolha de Azevedo para a presidência da OMC é um triunfo para os BRICS, na disputa contra as tradicionais potências econômicas ocidentais.

Azevedo enfrentará um duro primeiro teste no 9º Encontro de Ministros da OMC em Bali, no próximo dezembro, onde terá de romper o impasse que paralisou a rodada de Doha de conversações de comércio.

Em seu discurso de posse no cargo, Azevedo disse que há o risco de a OMC tornar-se irrelevante: “O mundo não esperará indefinidamente pela OMC. O mundo seguirá adiante com escolhas que não serão nem muito inclusivas nem muito eficazes” – disse Azevedo.


Na Rússia, esse mês, os líderes do G-20 declararam seu forte apoio na direção de que se consiga construir um acordo em Bali. Para Azevedo, “Agora, o maior desafio é traduzir essas palavras em compromissos e ação”.

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