10-11/11/2013, [*] Olga Chetverikova, Strategic
Culture
In
the Shadow of American Geopolitics, or Once Again on Greater Israel (I)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Novo Oriente Médio pensado pelos EUA/Israel (clique no mapa para aumentar) |
Ralph Peters |
Há trinta anos, os estrategistas dos EUA introduziram a ideia do “Grande
Oriente Médio”, ou “Oriente Médio Expandido” [orig. The Greater Middle
East], correspondente ao espaço do Maghreb a
Bangladesh, e declararam que esse vasto território passava a ser zona de
interesse prioritário dos EUA.
Em 2006, o programa de domínio pelos EUA nessa
região foi renovado e definido mais concretamente: a então secretária de Estado
dos EUA Condoleezza Rice introduziu a expressão “O Novo Oriente Médio”, com
destaque para um plano para retraçar as fronteiras no Oriente Médio, da Líbia à
Síria, Iraque, Irã e até Afeganistão. A estratégica apareceu referida como “um
caos construtivo” (...)
No mesmo ano (2006), um mapa do “Novo Oriente Médio” (ver acima) preparado pelo coronel
Ralph Peters foi publicado na revista norte-americana Armed Forces Journal
que circulou no governo e em círculos políticos e militares mais amplos,
preparando a opinião pública para as mudanças iminentes.
Olga Chetverikova |
Desde o início da “Primavera Árabe”, os EUA vêm se movimentando na direção
de uma reestruturação geopolítica da região, a qual, é claro, também levantou a
discussão sobre o destino de Israel. Desde então, a questão permanece na
agenda. E não importa a forma que assuma, o tom não muda: Israel é
invariavelmente apresentada como a vítima.
Assim, na primavera de 2011, no auge da guerra contra a Líbia, quando a
Autoridade Palestina levantou a questão de tornar-se membro da ONU, a
imprensa-empresa ocidental rapidamente pôs-se a denunciar a traição, por
Washington, que estaria “entregando” o Estado Judeu aos islamistas. Hoje,
quando o absurdo dessa ideia já é óbvio para todos, a ênfase passou para a
ameaça mortal que o Irã representaria para Israel, ênfase que, pelo que se vê,
cresce alinhada à deterioração da situação na Síria.
Nesse processo, a questão mais importante está sendo ocultada ou,
simplesmente, foi varrida: o agudo interesse que Israel tem na desestabilização
dos países árabe-muçulmanos que a cercam; e em manter e expandir a guerra na
Síria.
Avraam Shmulevich |
O rabino Avraam Shmulevich, um dos criadores da doutrina do
“hipersionismo”, influente na elite israelense, falou abertamente sobre as
razões desse interesse, em
entrevista, em 2011. É interessante: ali, ele via a “Primavera Árabe”
como uma bênção para Israel.
O mundo muçulmano, escreveu Avraam Shmulevich, está
mergulhando em um estado de caos, e esse desenvolvimento será positivo para os
judeus. O caos é o momento perfeito para assumir o controle de uma situação e
pôr em operação o sistema da civilização judaica. Exatamente agora, acontece
uma batalha pelo lugar de guia espiritual da humanidade: Roma (o Ocidente) ou
Israel. (...) Agora é o momento em que devemos tomar em nossas mãos o controle.
(...) Não apenas varrer a elite árabe, mas fazê-la comer na nossa mão. (...)
Quem alcance a liberdade deve, ao mesmo tempo, ser orientado sobre como usar
essa liberdade. E essa orientação, para toda a humanidade, será escrita por
nós. (...) O judaísmo florescerá, do incêndio das revoluções árabes. [negritos
da autora].
Sobre os objetivos da política externa de Israel, Shmulevich enfatizou a
necessidade de manter “as fronteiras
naturais ao logo do Nilo e do Eufrates estabelecidas na Torah”, que deverão então ser seguidas na segunda
fase da ofensiva – expandindo a hegemonia de Israel para toda a região do
Oriente Médio. Também sobre isso, Shmulevich falou com extrema clareza:
Está começando simultaneamente no
Oriente Médio uma cadeia de desintegração e reforma. Assad, que atualmente está
afogando em sangue os processos revolucionários na Síria, não conseguirá,
contudo, manter-se por mais um, dois anos. A revolução está começando na
Jordânia. Até os curdos e o Cáucaso estão emergindo como parte integrante do Oriente
Médio (...) [negritos da autora].
Não é difícil ver aí um Iraque, ou um Afeganistão, continuados.
Seria possível classificar Shmulevich como pensador marginal, não fosse o
fato de que ele repete os princípios fundamentais do plano estratégico que
líderes israelenses traçaram em 1982, conhecido como “Plano Yinon”. O plano
visava a garantir a superioridade regional para o governo israelense, mediante
a desestabilização e a “balcanização”, ou seja, a desestabilização dos estados
árabes adjacentes ou, em outras palavras, o mesmo que se leu, reproduzido, no projeto
“Novo Oriente Médio” esboçado por Condoleeza Rice e pelo coronel Ralph Peters.
Grande Israel ou Terra Prometida por Oded Yinon |
O plano traça “Uma estratégia para Israel nos anos 1980s”, documento
preparado por Oded Yinon, jornalista israelense ligado ao Ministério de Negócios
Exteriores. Foi publicado primeiro em hebraico, na revista Kivunim [Rumos], do
Departamento de Informação da Organização Sionista Mundial, em fevereiro de
1982. No mesmo ano, a Associação de Universitários Árabe-Norte-Americanos publicou
uma tradução do texto, assinada e anotada por Israel Shahak [1]. Em março de 2013, o
artigo de Israel Shahak foi publicado na página de Michel Chossudovsky
na Internet, Global Research.
Michel Chossudovsky |
Esse documento, que é parte da formação
da “Grande Israel”, escreve Chossudovsky na introdução
ao artigo, é a pedra de toque de
poderosas facções sionistas dentro do
atual governo de Netanyahu, do Partido Likud e do establishment militar e de inteligência israelense (...). Vistas no atual contexto, a
guerra contra o Iraque, a guerra de 2006 contra o Líbano, a guerra de 2011
contra a Líbia, a atual guerra contra a Síria, para nem falar do processo de
“mudança de regime” no Egito, têm de ser compreendidos em relação àquele Plano Sionista para o Oriente Médio” [negritos da
autora].
O plano está baseado em dois princípios fundamentais que determinam as
condições da sobrevivência de Israel em seu ambiente árabe:
(1) Israel tem
de tornar-se potência imperial regional; e
(2) Israel tem
de fragmentar toda a área circundante em estados menores, mediante a dissolução
de todos os estados árabes existentes. O tamanho desses estados dependerá da
composição étnica e religiosa de cada um. Sobretudo: a criação de novos estados
baseados na religião será fonte de legitimidade moral para o governo
israelense.
Deve-se dizer que a ideia de fragmentar os estados árabes do mundo não é
nova. Existe há muito tempo no pensamento estratégico sionista, [2] mas a
matéria de Yinon, como Israel Shahak já destacara em 1982, ofereceu um “plano acurado e detalhado do então governo
sionista (de Sharon e Eitan) para o Oriente Médio, baseado na divisão dos
territórios em estados pequenos, e na dissolução dos estados árabes existentes”.
Aqui, Shahak chama a atenção para dois pontos:
Israel Shahak |
(1) A ideia de
que todos os estados árabes devam ser quebrados, por Israel, em unidades menores,
ocorre seguidas vezes no pensamento estratégico dos israelenses. E
(2) A forte
conexão com o pensamento dos neoconservadores nos EUA, que inclui a ideia da
“defesa do ocidente”, é muito proeminente, mas é puramente retórica, porque o
real objetivo do autor do trabalho é construir um império israelense e
convertê-lo em potência mundial (“Em outras palavras”, Shahak comenta, “o
objetivo de Sharon é enganar os norte-americanos, depois de ter enganado todos
os demais”).
O principal ponto do qual Oded Yinin parte é que o mundo está nos estágios
iniciais de uma nova época histórica, cuja essência estaria na “visão racionalista, humanista, como pedra
basilar sobre a qual se apoiam a vida e as realizações da civilização ocidental
desde a Renascença”.
A seguir, Yinon oferece as ideias do “Clube de Roma” sobre a limitação dos
recursos do planeta, insuficientes para atender as necessidades econômicas e
demográficas da humanidade.
Oded Yinon |
Num mundo no qual há 4 bilhões de seres
humanos e recursos econômicos e de energia que não crescem proporcionalmente
para atender à demanda da humanidade, não é realista esperar atender todas as
demandas da Sociedade Ocidental, i.e. o desejo e a aspiração ao consumo
ilimitado. A visão segundo a qual a ética não tem papel determinante na direção
que o Homem tome, e que só suas necessidades materiais contam – essa visão está
se tornando dominante hoje, quando vemos um mundo do qual quase todos os
valores estão desaparecendo. Estamos perdendo a capacidade para avaliar as
coisas mais simples, especialmente no que tenha a ver com a simples questão de
o que é o Bem e o que é o Mal.
O mundo caminha para uma guerra global por recursos, e isso diz respeito,
em primeiro lugar, ao Golfo Pérsico. Avaliando a situação do mundo
árabe-muçulmano em relação a isso, o “Plano Yinon” anota:
No longo prazo, esse mundo não
conseguirá existir dentro de seu atual quadro nas áreas em torno de nós [de
Israel], sem passar por genuínas mudanças revolucionárias. O Mundo Árabe Muçulmano está construído
como temporário castelo de cartas erguido por estrangeiros (França e Grã-Bretanha nos séculos
19-20), sem que os planos e desejos dos habitantes tenham sido levados em
consideração. Foi arbitrariamente dividido em 19 estados, todos feitos de
diferentes combinações de minorias e grupos étnicos que são hostis uns aos
outros, de tal modo que cada estado árabe muçulmano hoje enfrenta a destruição
étnica e social de dentro para fora, e em alguns já há guerra civil (...).
Mundo Árabe Muçulmano (legendado) (clique na imagem para aumentar) |
Depois de pintar um quadro misto do mundo muçulmano árabe e não árabe,
Yinon conclui:
Esse quadro de minoria nacional étnica
que se estende do Marrocos à Índia e da Somália à Turquia aponta para a
ausência de estabilidade e uma rápida degeneração em toda a região. Se se soma
a esse quadro o quadro econômico, vê-se que toda a região está construída como
um castelo de cartas, incapaz de sobreviver aos seus graves problemas.
Nesse ponto, Yinon chega a listar as novas “oportunidades para transformar a situação” que Israel deve
aproveitar na década seguinte.
Quanto à Península do Sinai, implica estabelecer controle sobre o Sinai
como reserva estratégica, econômica e de energia para o longo prazo. Diz Yinon:
O Egito, no atual quadro político
doméstico, já é um cadáver, ainda mais se se considera a crescente divisão
entre muçulmanos e cristãos. Assim sendo, o objetivo de Israel nos anos 1980s,
no seu front ocidental, é dividir territorialmente o Egito em distintas regiões
geográficas [negritos
da autora].
Sobre o front oriental de
Israel, mais complicado que o front
ocidental, Yinon escreve:
A total dissolução do Líbano em cinco
províncias serve como precedente para todo o mundo árabe incluindo Egito,
Síria, Iraque e a Península Arábica e já está seguindo aquela trilha. A dissolução da Síria e do Iraque depois,
em áreas etnicamente ou religiosamente uniformes, como no Líbano, é o primeiro
objetivo de Israel no front oriental para o longo prazo, enquanto a dissolução
do poder militar desses estados fica como objetivo primário no curto prazo [negritos da autora]. A Síria cairá
em partes, segundo sua estrutura étnica e religiosa, dividida em vários
estados, como o Líbano de hoje, de modo que haverá um estado xiita alawita no
litoral; um estado sunita na área de Aleppo; outro estado sunita em Damasco,
hostil ao vizinho do norte; e os drusos criarão seu estado, talvez até em nosso
Golan, e com certeza no Hauran e no norte da Jordânia.
A "balcanização" da Síria pensada por Israel (Plano Yinon) |
O Iraque, rico em petróleo, por um
lado, e internamente fracionado, por outro, é candidato garantido a alvo de
Israel. A dissolução do Iraque é até mais importante para nós que a da Síria (...) Todos os tipos de confrontação
inter-árabes nos ajudará [ajudará Israel] no curto prazo e encurtará o caminho
até o objetivo mais importante de quebrar o Iraque em áreas por religião, como
na Síria e no Líbano. No Iraque, é possível uma divisão em províncias por
linhas étnicas/religiosas, como a Síria durante os otomanos. Assim, haverá três
(ou mais) estados em torno das três maiores cidades: Basra, Bagdá e Mosul; e
áreas xiitas no sul separadas do norte sunita e curdo.
Toda a Península Arábica é candidata
natural à dissolução, dadas as pressões internas e externas, e é inevitável [negritos da autora], especialmente na Arábia Saudita,
independente de que sua economia baseada no petróleo permaneça intacta ou
enfraqueça no longo prazo. As rixas e fraturas internas são desenvolvimento
claro e natural, à vista da atual estrutura política.
A Jordânia é alvo estratégico imediato
no curto prazo, mas não no longo prazo, porque não é real ameaça no longo prazo
depois da dissolução, do fim do longo reinado do rei Hussein e da transferência
de poder para os palestinos no curto prazo. Não há possibilidade alguma de
que a Jordânia continue a existir com a estrutura atual, por longo tempo [negritos da autora], e a política de
Israel, seja na paz, seja na guerra, tem de ser dirigida à liquidação da
Jordânia do atual regime e à transferência daquele território para a maioria
palestina. Mudar o regime a leste do rio também porá fim ao problema dos
territórios densamente povoados de árabes a oeste do rio Jordão. (...) Só reinarão coexistência genuína e paz
sobre a terra, quando os árabes entenderem que sem governo judeu entre o Jordão
e o mar eles jamais terão nem segurança nem existência [negritos da autora]. Só terão nação
deles e segurança, na Jordânia.
Na sequência, Yinon lista os objetivos internos estratégicos de Israel e
os modos de alcançá-los, enfatizando a necessidade de sérias mudanças no
mundo [negritos da autora].
Dispersar a população é assim objetivo
doméstico estratégico da mais alta ordem; sem isso, deixaremos de existir em
quaisquer fronteiras. Judea, Samaria e a Galileia são nossa única garantia para
a existência nacional (...) Alcançar nossos objetivos no front oriental depende, antes, de realizarmos
esse objetivo estratégico interno. A transformação da estrutura política e econômica, para
permitir que se alcancem esses objetivos estratégicos, é a chave para obter
toda a mudança [negritos da
autora]. Temos de mudar, de uma economia
centralizada na qual o governo está extensamente envolvido, para um mercado aberto e livre e temos de mudar, da dependência atual
em que dependemos dos contribuintes norte-americanos para nosso
desenvolvimento, para uma infraestrutura econômica genuinamente produtiva. Se
não conseguirmos fazer livre e voluntariamente essa mudança, seremos forçados a ela pelos
desenvolvimentos mundiais, especialmente nas áreas das finanças, energia e política, e pelo nosso
crescente isolamento.
Rápidas mudanças no mundo também trarão
mudanças na condição dos judeus em todo o mundo, para os quais Israel se
converterá não só no último recurso, mas na única opção existencial.
Avaliando esse plano, podem-se extrair as seguintes conclusões.
Em primeiro lugar, dado que traça objetivos estratégicos de Israel, é
plano de longo prazo, particularmente importante hoje. Em segundo lugar, a
possibilidade de realizar a estratégia externa aí exposta envolve sérias
mudanças, na posição da própria Israel e em escala mundial. E isso é,
exatamente, o que começou a acontecer em meados dos anos 1980s.
Com a classe governante global em transição para uma estratégia
neoliberal, Israel experimentou mudanças profundas, que resultaram em o país
acabar controlado por 18 das famílias mais ricas. O capital israelense foi
ativamente investido fora de Israel, e o mercado israelense, por sua vez,
revelou-se amplamente aberto ao capital estrangeiro. Resultado dessa ativa
“integração” no sistema econômico global, o capital israelense misturou-se de
tal modo ao capital transnacional, que a noção de uma “economia nacional de
Israel” perdeu completamente qualquer significado. Nessas condições, a
transição de Israel para um expansionismo ativo até se tornou possível, embora
se tenha manifestado pela infiltração intelectual e econômica, não pelo
controle militar ou pela presença de forças. O mais importante é o envolvimento
do território em geral, no centro do qual está Israel.
Shmulevich também se referiu a isso, ao apontar que um dos conceitos
fundamentais do judaísmo é “ser a força que guia a civilização humana e demarca os padrões para a
civilização humana”.
Exemplo dessa união árabe-israelense é a criação do fundo de investimentos
Markets Credit Opportunity (EMCO) com
1 bilhão de dólares do grupo bancário suíço Credit
Suisse AG e o envolvimento de três dos maiores acionistas do banco – o IDB Group de Israel; o fundo estatal de
investimentos do Qatar, Qatar Investment
Authority; e a empresa privada saudita de investimentos, Olayan Group.
Ainda mais revelador, é o fato de que a Arábia Saudita entregou à empresa
G4S, a mais antiga empresa de segurança de Israel, o trabalho de prover a
segurança dos peregrinos que visitam Mecca (o perímetro considerado vai do
aeroporto de Dubai aos Emirados e à área de Jeddah). Um braço saudita da
companhia já está em operação desde 2010, com meios para recolher informação
pessoal não só dos peregrinos, mas também de todos os passageiros que voem por
Dubai.
G4S empresa de Israel é responsável pela segurança dos peregrinos em Meca |
No que tenha a ver com o planejado “caos no mundo muçulmano”, Israel está
operando por procuração, exclusivamente mediante agências de inteligência,
enquanto vai preservando o mito de que seria “uma vítima do islamismo”. Quanto
a isso, as explicações de Israel Shahak, sobre por que a publicação do plano
estratégico de Israel não implica qualquer risco particular para Israel, ainda
são relevantes e pertinentes.
Chamando atenção para o fato de que, se houvesse esse risco, só poderia
vir do mundo árabe e dos EUA, Shahak lembrou:
O mundo árabe até agora se mostrou
incapaz de fazer análise racional detalhada da sociedade israelense-judaica (...) Nessa situação, mesmo os que
gritam contra os perigos do expansionismo israelense (que são perigos muito reais) fazem-no
não por conhecimento factual e detalhado, mas porque acreditam em mitos
(...) Os especialistas israelenses
assumem que, no geral, os árabes não darão atenção às discussões israelenses
sobre o futuro.
A situação é semelhante nos EUA, onde toda a informação sobre Israel é
distribuída pela imprensa-empresa de direita pró-Israel. Isso tudo considerado,
Shahak chega à seguinte conclusão:
Por hora, portanto, dada a situação
real de que Israel é efetivamente uma sociedade fechada para o resto do
mundo, porque o mundo deseja permanecer de olhos fechados, a publicação não terá consequências;
e os movimentos iniciais de tal plano já em execução continuam viáveis.
Notas dos tradutores:
[1] Israel Shahak
(1933-2001) tornou-se conhecido como crítico das ideias de políticos israelenses
sobre não judeus. Foi professor de Química Orgânica na Universidade Hebraica de
Jerusalém, presidente da Liga Israelense pelos Direitos Humanos e Direitos
Civis e publicou inúmeros estudos, entre os quais The Non-Jew in the Jewish State [Não judeus no estado judeu], Israel’s Global Role: Weapons for Repression
[O papel global de Israel: armas para repressão] e Jewish History, Jewish Religion: The Weight of Three Thousand Years
[História dos judeus, religião dos judeus: o peso de 3 mil anos].
[2] É o que escreve Livia Rokach, em seu livro Israel’s
Sacred Terrorism [O terrorismo sagrado de Israel] (1980), publicado
pela mesma Associação. O livro baseia-se nas memórias de Moshe Sharett, o
primeiro ministro de Negócios Estrangeiros de Israel e ex-primeiro-ministro;
expõe o plano sionista com vistas à Líbia e o processo de seu desenvolvimento
em meados dos anos 1950s. A primeira massiva invasão da Líbia, em 1978,
contribuiu para o desenvolvimento desse plano até os menores detalhes; e a
invasão de junho de 1982 visou a implementar parte do plano, pelo qual a Síria
e a Jordânia teriam de ser divididas.
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do Bourdoukan, Georges Bourdoukan em:“Nunca
é demais repetir: O povo judeu é uma invenção”
- 5/12/2012, redecastorphoto/Information
Clearing House, Philip Weiss em: “É hora da imprensa informar sobre sionismo”
- 2/1/2013, redecastorphoto/O
Diário, Miguel Urbano Rodrigues em: “Como foi inventado o povo judeu”
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- 16/5/2013, redecastorphoto, Joseph Massad
em: “Israel:
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- 27/3/2013, redecastorphoto, Lawrence
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- 20/2/2013, redecastorphoto, Paul R. Pillar
em: “Cresce
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- 19/11/2012,redecastorphoto,
Lawrence Davidson em: “Uma
visão sionista do mundo e o massacre em Gaza”
- 25/4/2011, redecastorphoto, Renen
Belerovich (documentário) em: “A
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- 7/12/2012, redecastorphoto, Philip
Weiss em: “É
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- 3/6/2010, redecastorphoto, Laerte
Braga em: “O
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- 3/6/2010, redecastorphoto, Passa Palavra, João
Bernardo em: : “De
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- 1/1/2013, redecastorphoto, Paul R.
Pillar em: EUA:
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- 7/4/2012, redecastorphoto, Baby
Abrão/Günter Grass em: “O
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- 14/7/2011, redecastorphoto, Laerte
Braga em: “OS
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- 11/6/2010, redecastorphoto, Manuel
Freytas em: “O
poder oculto: De onde nasce a impunidade de Israel”
- 26/7/2011, redecastorphoto, Vila Vudu
em: “Israel
é a “estrela” do livro do terrorista norueguês!”
Ao ler esta matéria percebo o quanto a mídia oculta fatos tão importantes! No Brasil, sobretudo na comunidade protestante Israel é praticamente adorada, se eles soubessem...
ResponderExcluirA MÍDIA brasileira é uma das piores do mundo. Talvez a pior...
ExcluirParabéns pelas matérias aqui publicadas.Muito obrigada por compartilhar material tão importante e valioso conosco.
ResponderExcluirGrato!
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