quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Governo afegão investiga propaganda pró-EUA na TV

“Kumunicações” indispensáveis à democracia? SÓ RINDO!

23/1/2014, [*] Frud Bezhan, Radio Free Europe/Radio Liberty
Traduzido e editado pelo pessoal da Vila Vudu

Acoooorda, “kumunicação” do governo Dilma! Acoooooda, Helena Chagas!

Helena Chagas, firme componente da 5a. Coluna do PT em ação!
Texto editado, porque essa RFE/RL TAMBÉM faz “kumunicação” de propaganda pró-EUA!

Dia 16 de janeiro, o presidente Karzai ordenou que o Advogado Geral investigue a origem do dinheiro que pagou pela divulgação de uma série de spots de propaganda, exibidos na TV aberta afegão, em que alguém pede que o governo afegão assine logo o acordo “de segurança” com os EUA.  

As TVs do Afeganistão fazem propaganda política travestida de notícia contra o
Governo Karzai. Quem será que paga essas "notícias"? 
Um dos spots mostra um apresentador de televisão que entrevista cidadãos afegãos nas ruas, perguntando se apoiam o acordo “de segurança” entre Afeganistão e EUA; todos os entrevistados respondem afirmativamente.

[Não é estranhíssimo?! Na televisão brasileira, se algum “jornalista” entrevista algum “cidadão”, toooodos os entrevistados dizem sempre, exatamente, a mesma coisa! E toooodos os entrevistados também são a favor de qualquer coisa que o entrevistador já esteja dizendo! Não é estranhíssimo?! (NTs)]

Hamid Karzai
Em outro spot, também exibido pela televisão afegã, um narrador lista e comenta as vantagens econômicas e de segurança que o Afeganistão obterá(ria) ao assinar logo o pacto com os EUA. Ao fundo, veem-se soldados das forças de segurança afegãs em situação de treinamento, sob orientação de soldados dos EUA; e afegãos trabalhando em fábricas e na construção de estradas.

Esses spots de propaganda foram levados ao ar em mais de uma dúzia de canais privados e estatais de televisão no Afeganistão, ao longo do mês passado. Agora, o governo do presidente Karzai quer saber quem pagou por toda essa propaganda contra o seu governo e sua decisão de não assinar qualquer “pacto de segurança” com os EUA.

“Ameaça à segurança dos afegãos” 

O diretor do Centro de Informação e Mídia do governo afegão, Safatullah Safi, disse que os spots distorcem informações e informam mal o público sobre o que é o acordo que os EUA desejam obcecadamente que o presidente Karzai assine e que o presidente Karzai não aceita assinar porque considera aquele acordo lesivo aos interesses do Afeganistão. Mas não revelou o nome das redes de televisão que estão sendo investigadas.

Safatullah Safi
Safi disse também que o presidente quer saber quem paga por aqueles anúncios em horário nobre – proprietários de redes privadas de televisão, grupos políticos ou serviços de inteligência estrangeira ativos no Afeganistão.

Ordenamos que o Advogado Geral investigue quem está por trás dessa ação de propaganda, que é promoção de uma agenda política clara, mas imposta à opinião pública como se fosse “informação”. Tudo isso deve ficar bem claro  – disse Safi.

[Vai aprendendo, Helena Chagas! Vai só aprendendo!]

Desde o início das investigações, os spots deixaram de ser exibidos.

O presidente Karzai também ordenou ao Ministério da Cultura que inicie investigação à parte, sobre a origem dos mesmos spots de propaganda.

Jallal Noorani
Jallal Noorani, conselheiro do Ministério da Cultura, disse que as redes privadas de televisão e da imprensa impressa são de propriedade (clandestinamente ou não) de grupos privados; e, em todos os casos, são controladas por políticos influentes no país, tanto afegãos como de países vizinhos. Por isso, dentre outros motivos, é importante saber quem paga pela difusão dos spots de propaganda contra o governo, exibidas para a população, pelas redes de televisão.

Noorani disse também que o presidente ordenou que o ministério examine as autorizações para funcionamento das redes de televisão, porque nenhuma rede de televisão ou de mídia impressa ou qualquer outra estaria autorizada a divulgar propaganda eleitoral, disfarçada como se veiculasse “informação” à comunidade.

O presidente disse que esse tipo de mensagem de conteúdo político e eleitoral não explícito agride a legislação afegã. Se as investigações comprovarem nossas desconfianças e se houver crime contra a opinião pública, as redes serão punidas – disse Noorani.
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[*] FRUD Bezhan é um jornalista australiano-afegão especializado em jornalismo investigativo e correspondência de guerra. Atua usualmente no Afeganistão, Paquistão e Irã. Passou alguns anos viajando e trabalhando de forma independente pelo Oriente Médio e Centro-Sul da Ásia. Da base de Cabul escreveu suas reportagens, muitas das quais apareceram nos principais jornais australianos.Desde o ano passado vive em Praga, República Checa, trabalhando como repórter e correspondente da Radio Free Europe / Radio Liberty, organização de mídia norte-americana. Escreve regularmente reportagens, relatórios de investigação, artigos de opinião, análises tanto para jornais impressos como online. Escreve também para alguns blogs.

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