“Kumunicações” indispensáveis à democracia?
SÓ RINDO!
23/1/2014, [*] Frud Bezhan, Radio Free Europe/Radio Liberty
Traduzido e editado pelo
pessoal da Vila Vudu
Acoooorda, “kumunicação” do
governo Dilma! Acoooooda, Helena Chagas!
Helena Chagas, firme componente da 5a. Coluna do PT em ação! |
Texto editado, porque essa RFE/RL TAMBÉM faz “kumunicação” de
propaganda pró-EUA!
Dia 16 de janeiro, o presidente Karzai ordenou que o
Advogado Geral investigue a origem do dinheiro que pagou pela divulgação de uma
série de spots de propaganda, exibidos na TV aberta afegão, em que
alguém pede que o governo afegão assine logo o acordo “de segurança” com os
EUA.
As TVs do Afeganistão fazem propaganda política travestida de notícia contra o Governo Karzai. Quem será que paga essas "notícias"? |
Um dos spots mostra um apresentador de televisão que
entrevista cidadãos afegãos nas ruas, perguntando se apoiam o acordo “de
segurança” entre Afeganistão e EUA; todos os entrevistados respondem
afirmativamente.
[Não é estranhíssimo?! Na televisão
brasileira, se algum “jornalista” entrevista algum “cidadão”, toooodos os
entrevistados dizem sempre, exatamente, a mesma coisa! E toooodos os
entrevistados também são a favor de qualquer coisa que o entrevistador já
esteja dizendo! Não é estranhíssimo?! (NTs)]
Hamid Karzai |
Em outro spot, também exibido pela televisão afegã,
um narrador lista e comenta as vantagens econômicas e de segurança que o
Afeganistão obterá(ria) ao assinar logo o pacto com os EUA. Ao fundo, veem-se
soldados das forças de segurança afegãs em situação de treinamento, sob
orientação de soldados dos EUA; e afegãos trabalhando em fábricas e na
construção de estradas.
Esses spots de propaganda foram levados ao ar em mais
de uma dúzia de canais privados e estatais de televisão no Afeganistão, ao
longo do mês passado. Agora, o governo do presidente Karzai quer saber quem
pagou por toda essa propaganda contra o seu governo e sua decisão de não
assinar qualquer “pacto de segurança” com os EUA.
“Ameaça à segurança dos afegãos”
O diretor do Centro de Informação e Mídia do governo afegão,
Safatullah Safi, disse que os spots distorcem informações e informam mal
o público sobre o que é o acordo que os EUA desejam obcecadamente que o
presidente Karzai assine e que o presidente Karzai não aceita assinar porque
considera aquele acordo lesivo aos interesses do Afeganistão. Mas não revelou o
nome das redes de televisão que estão sendo investigadas.
Safatullah Safi |
Safi disse também que o presidente quer saber quem paga por
aqueles anúncios em horário nobre – proprietários de redes privadas de
televisão, grupos políticos ou serviços de inteligência estrangeira ativos no
Afeganistão.
Ordenamos que o Advogado Geral investigue quem está por trás dessa ação
de propaganda, que é promoção de uma agenda política clara, mas imposta à
opinião pública como se fosse “informação”. Tudo isso deve ficar bem claro – disse Safi.
[Vai aprendendo, Helena
Chagas! Vai só aprendendo!]
Desde o início das investigações, os spots deixaram
de ser exibidos.
O presidente Karzai também ordenou ao Ministério da Cultura
que inicie investigação à parte, sobre a origem dos mesmos spots de
propaganda.
Jallal Noorani |
Jallal Noorani, conselheiro do Ministério da Cultura, disse
que as redes privadas de televisão e da imprensa impressa são de propriedade
(clandestinamente ou não) de grupos privados; e, em todos os casos, são
controladas por políticos influentes no país, tanto afegãos como de países
vizinhos. Por isso, dentre outros motivos, é importante saber quem paga pela
difusão dos spots de propaganda contra o governo, exibidas para a população,
pelas redes de televisão.
Noorani disse também que o presidente ordenou que o
ministério examine as autorizações para funcionamento das redes de televisão,
porque nenhuma rede de televisão ou de mídia impressa ou qualquer outra estaria
autorizada a divulgar propaganda eleitoral, disfarçada como se veiculasse “informação”
à comunidade.
O presidente disse que esse tipo de mensagem de conteúdo político e
eleitoral não explícito agride a legislação afegã. Se as investigações
comprovarem nossas desconfianças e se houver crime contra a opinião pública, as
redes serão punidas – disse Noorani.
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[*] FRUD Bezhan
é um jornalista australiano-afegão especializado em jornalismo investigativo e correspondência
de guerra. Atua usualmente no Afeganistão, Paquistão e Irã. Passou alguns anos
viajando e trabalhando de forma independente pelo Oriente Médio e Centro-Sul da
Ásia. Da base de Cabul escreveu suas reportagens, muitas das quais apareceram
nos principais jornais australianos.Desde o ano passado vive em Praga,
República Checa, trabalhando como repórter e correspondente da Radio Free Europe / Radio Liberty, organização de mídia norte-americana. Escreve regularmente
reportagens, relatórios de investigação, artigos de opinião, análises tanto para
jornais impressos como online. Escreve
também para alguns blogs.
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