12/11/2014, Discurso e entrevista de Vladimir Putin na 22ª Cúpula da APEC, Pequim – vídeo, 37’02”
Traduzido da transcrição pelo pessoal da Vila Vudu
Presidente da Rússia VLADIMIR PUTIN: Senhoras e senhores,
A Reunião de Governantes dos países membros da Cooperação Econômica de Países do Pacífico Asiático [ing. APEC] é tradicionalmente considerada um dos fóruns mais representativos para discussão ampla de questões econômicas. Agrada-me muito a oportunidade de falar sobre tema de grande importância para nós – desenvolver a cooperação entre a Rússia e a região do Pacífico Asiático.
O século XXI já foi chamado de “o século do Pacífico”. Como parte da região do Pacífico-Asiático, a Rússia deve fazer uso das vantagens competitivas oferecidas por esse centro econômico, tecnológico e de inovação que está em rápido crescimento.
Por sua vez, regiões da Rússia, como a Sibéria e o Extremo Leste oferecem chance única para que vastas regiões do país realmente se desenvolvam e façam bom uso das oportunidades que há ali e reforcem ainda mais o potencial daquelas regiões.
Cooperar com a região do Pacífico Asiático é uma das prioridades estratégicas da Rússia. O espírito sobretudo construtivo que caracteriza nossas relações com a vasta maioria de países da região é muito importante. Valorizamos muito esse espírito e tudo faremos para desenvolver a cooperação bilateral e multilateral em grande número de áreas.
Muitos países da região do Pacífico Asiático oferecem exemplos bem-sucedidos de vias a serem seguidas no desenvolvimento de habilidades competitivas. Assumiram a linha de frente em setores de inovação e têm consideráveis recursos financeiros e de investimento à disposição deles. Mesmo tendo de enfrentar tendências globais negativas em anos recentes, mantiveram um bom ritmo e sofreram só pequena desaceleração no crescimento.
Ao mesmo tempo, para não acabar apanhados em desaceleração mais prolongada, países na região precisarão levar a efeito reformas estruturais significativas. Não é por acaso que nossos amigos chineses, por exemplo, fizeram dessa questão uma das prioridades para a presidência da APEC.
Nisso, a Rússia não é exceção. Transformações econômicas estruturais são uma de nossas mais altas prioridades. O comércio com países da região do Pacífico Asiático representa mais de ¼ do comércio total da Rússia hoje.
Queremos aumentar essa fatia para 40%, e estamos tomando medidas concretas para expandir a geografia de nossas exportações e aumentar a proporção de bens de alta tecnologia e produtos manufaturados.
No Extremo Leste da Rússia, planejamos estabelecer uma rede de zonas de rápido crescimento, oferecendo incentivos e procedimentos administrativos simplificados. O plano é que as empresas aqui localizadas foquem-se na exportação de manufaturados, sobretudo para a região do Pacífico Asiático. (...)
A República Popular da China é um dos nossos parceiros chaves na região. Faremos maior uso de acordos de negócios a serem contratados e pagos em nossas respectivas moedas nacionais. Já estamos fazendo os primeiros negócios em rublos e yuan. Permitam-me dizer que estamos prontos a ampliar essas possibilidades também para o comércio no setor de energia. (...)
Planejamos usar formatos semelhantes para desenvolver nosso diálogo e cooperação prática no setor de investimento também com outros parceiros. A integração econômica está hoje claramente chegando ao centro da agenda da APEC. (...)
Permitam lembrar-lhes que a União Econômica Eurasiana começará a operar dia 1/1/2015, e unirá Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão e Armênia, que está no processo de associação. Assim se cria um grande novo mercado regional, construído em estrito respeito aos termos definidos pela Organização Internacional do Comércio (OIT). Oferece livre movimentação de capital, bens, serviços e trabalho, e amplas oportunidades para coordenação e troca de tecnologia e investimento. (...)
Hoje, vemos aqui representadas as maiores empresas da Região. Muitos dos senhores têm já presença na Rússia e vários outros estudam a possibilidade. Permitam-me portanto detalhar um pouco as questões que, normalmente, estão na cabeça de todos os investidores.
Permitam-me repetir que nossos objetivos de longo prazo permanecem inalterados. A Rússia manteve sua estabilidade macroeconômica e entendemos que essa seja uma de nossas maiores realizações. Continuamos a valorizar esse feito e a seguir atentamente uma política de orçamento cuidadosamente equilibrada.
Não aumentaremos nossa dívida soberana. Nosso plano é mantê-la no nível seguro e controlável de 15% do PIB.
Sabemos que nossa moeda nacional, o rublo, passa por período de considerável oscilação, e estamos trabalhando com nossas autoridades financeiras para tomar as necessárias medidas. Nosso Banco Central mantém sua política contra a inflação, e não mudará.
Permitam-me acrescentar que nosso Banco Central também trabalha ativamente para limpar balanços bancários. É coisa que há muito tempo era preciso fazer. Entendo que nenhum investidor jamais terá problemas para compreender a necessidade dessas medidas, para sanear o sistema de crédito e financeiro em geral.
Importante é que nossos indicadores básicos, como o ouro e as moedas de reserva e nossa balança de pagamento continuam num bom nível. Assim se torna possível, para nós, controlar a situação, sem precisar recorrer a medidas extraordinárias. Permitam-me dizer novamente, que não temos intenção de introduzir quaisquer controles sobre o capital.
Damos grande importância a desenvolver ambiente favorável aos negócios e a disseminar as melhores práticas no contato com nossos investidores no plano regional e municipal. O principal é que empresários e investidores, inclusive nossos amigos estrangeiros, já estão percebendo, eles mesmos, as mudanças para melhor. Também os especialistas internacionais já reconheceram nossos esforços. Rússia já obteve aumento para o dobro, em seu ranking pelo conhecido índice “Doing Business”, desde 2010. (...) Muito obrigado pela atenção de todos.
PERGUNTAS & RESPOSTAS
PERGUNTA: Senhor presidente, o senhor referiu-se ao estabelecimento da União Econômica Eurasiana, que estará criada e vigente a partir de 1/1/2015. Será que o senhor pode dar mais detalhes das oportunidades concretas a serem criadas por esse projeto, aos empresários da APEC e aos países da região do Pacífico Asiático?
VLADIMIR PUTIN: Tenho falado muito sobre isso. É um dos nossos maiores projetos de integração no espaço pós-soviético. Já disse que os estados-membros são a Federação Russa, a Bielorrússia e o Cazaquistão. Agora, a Armênia está finalizando os procedimentos para também associar-se à União Eurasiana. De fato, os procedimentos já estão finalizados: o acordo de ingresso da Armênia já foi assinado.
Para um país das dimensões da China, os números que temos mostrado podem não parecer impressionantes, mas, por exemplo, comparados às dimensões da região europeia, trata-se de um mercado de 170 milhões de pessoas. O mais importante é que todos esses países (pelo menos a Rússia e o Cazaquistão) têm grandes, pode-se dizer imensos, recursos minerais e oportunidades de transporte. A Bielorrússia nos põe bem perto do mercado europeu. O potencial científico é muito alto. Mas o mais importante é que os princípios fixados na fundação da União Econômica Eurasiana foram fixados em estrita obediência ao que determina a OIC.
Como já disse, passamos para uma etapa superior de interação e de integração. Estamos removendo praticamente todas as barreiras alfandegárias entre os estados membros desse processo de integração. Estamos construindo condições para o livre trânsito de capital, serviços e mão de obra. Estamos sincronizando nossas leis tributárias e financeiras, e avançando na regulação conjunta dos mercados financeiros.
Em minha opinião, tudo isso cria excelentes condições para que os empresários sintam-se confiantes e seguros para trabalhar nesse mercado considerável. Dá-lhes oportunidade para organizar suas atividades, auferir ganhos, sentir-se protegidos. Falo outra vez (e, repito, é aspecto muito importante) do fato de que os princípios que norteiam a organização de nossa União Eurasiana correspondem integralmente ao que a OMC exige. Acreditamos que, em breve, nossos parceiros de todas as regiões do mundo, inclusive do Pacífico Asiático, logo poderão avaliar esse novo quadro.
PERGUNTA: Minha pergunta, senhor presidente, é sobre melhorar a legislação russa. Temos negócios na Rússia, e gostaríamos muito de organizar empresas conjuntas com a Rússia, mas estudei a legislação russa sobre investimentos estrangeiros – em outras palavras, investimentos que outros estados façam na Rússia. Parece que as coisas não estão plenamente claras, sobretudo no que tenha a ver com o fato de que autoridades do estado russo têm poderes muito extensos frente a investidores estrangeiros. Haverá alguma melhoria nesse campo, na Rússia?
VLADIMIR PUTIN: Já falei sobre isso e falarei novamente: sentimos, primeiro, que esse é um dos nossos principais objetivos, a saber, criar condições favoráveis para investir e, em geral, para negócios na Rússia. Temos um programa inteiro de ação que foi desenvolvida não só por funcionários do estado, mas em diálogo constante com nossa comunidade empresarial.
Temos um mapa do caminho, com vistas a eliminar barreiras administrativas. E, como já disse, o principal é que a situação está melhorando. Já avançamos significativamente noranking “Doing Business”. Mas não é só questão de rankings. É questão da realidade prática.
Estamos falando de facilitar o processo de registrar empresas. Estamos falando de tornar mais fácil a conexão à infraestrutura, em primeiro lugar e, sobretudo, à infraestrutura de energia. Estamos falando sobre diminuir a pressão que vem, dito em termos bem claros, do sistema policial. Tudo isso está sempre no nosso campo de visão. Uma análise do que está acontecendo no mercado, o feedback da comunidade empresarial nos dão razões para crer que o processo está andando na direção certa.
Não há dúvidas de que há ainda muito por fazer, mas temos perfeita clareza do que fazer e de como fazer. Refiro-me a questões fundamentais, que já comentei, a começar pela política de orçamento, manter bons indicadores macroeconômicos e aos princípios da política macroeconômica. Falo também de apoio às exportações. Aqui, lamentavelmente, estamos ainda nos primeiros passos dessa trilha, mas compreendemos o que tem de ser feito também nessa direção.
Repito, estamos falando sobre apoio a exportações. Assim sendo, se os senhores vêm para a Rússia, as oportunidades ali vão bem além de trabalhar no mercado russo. Há também opções de trabalharem em terceiros países, através da Rússia. Quero destacar que cada um dos segmentos desse plano está recebendo atenção constante, em trabalho conjunto com a comunidade empresarial russa. Continuaremos a aprimorar todos esses mecanismos.
PERGUNTA: Sr. Presidente, sou da Câmara de Comércio de Pequim. Somos mais de 200 empresas-membros, empresas engajadas no chamado upstream, em outras palavras, extração e exploração de petróleo. Também acompanhamos o primeiro-ministro chinês em sua visita à Rússia. Também temos planos de construir unidades de produção e um centro de pesquisa na Rússia.
Tenho uma pergunta. O senhor falou em transações diretas em rublos e yuan, a possibilidade desse câmbio. Mas a pergunta é sobre liquidez – em outras palavras: será possível conduzir esses cálculos mais livremente?
VLADIMIR PUTIN: Sua pergunta é muito importante e diz respeito a finanças globais e energia global. Creio que pagamentos em moedas nacionais, em qualquer caso, entre parceiros como são China e Rússia, é direção muito promissora para nossa cooperação, que ajuda a ampliar nossas opções para comércio mútuo e influencia significativamente os mercados financeiros e de energia globais.
Atualmente, estamos examinando um projeto pelo qual parceiros chineses se unirão a uma de nossas maiores empresas de extração, com seus pagamentos feitos em yuan. Claro , temos de compreender como usaremos os extensivos recursos com que contará o parceiro russo, ao receber moeda nacional chinesa, mas dado que a economia chinesa está gerando grande quantidade de bens para os quais há demanda no mercado russo, entendemos que esses acordos são perfeitamente possíveis.
Sobretudo, o rublo russo tem várias vantagens, porque, essencialmente, é moeda livremente conversível, [1] e como já disse, não criaremos nenhum obstáculo ao movimento do capital. Hoje, observam-se saltos especulativos na taxa de conversão, mas acho que logo acabarão – falo aqui de ações que o Banco Central está empreendendo em resposta à ação dos aproveitadores.
Devo dizer que os eventos no mercado de moeda que se observam hoje na Rússia absolutamente nada têm a ver com causas ou fatores fundamentais da economia. Tudo tem alguma coisa a ver, mas são movimentos de oportunismo; no longo prazo, todos os negócios de troca rublos & yuan são muito promissores. Significa que se fizermos a transição para essa cooperação em vastíssima escala, o efeito do dólar norte-americano sobre, digamos, a energia global, diminuirá muito.
A verdade é que tudo isso é bom para a economia global, para as finanças globais e para os mercados globais de energia, e também para o próprio dólar, porque quanto mais opções de pagamentos mais versáteis houver nessa área, mais estável será a situação nas finanças globais e na energia global.
Afinal, entendo que tudo isso possa vir a ter também efeito favorável sobre o dólar como moeda global de reserva. Naturalmente, o dólar participará, adiante, nas operações de câmbio – o que também vale para o rublo e o yuan. Por tudo isso, entendo que essa é possibilidade muito boa, inteiramente realista, não algum tipo de ideia distante. Já se ouvirá falar e se verão os efeitos positivos, em futuro próximo.
PERGUNTA: Sr. Presidente, meu nome é Yana. Represento um grande projeto chinês de investimento, o Greenwood Business Park em Moscou. Já trabalhamos em Moscou, na Rússia, há mais de 15 anos. Minha pergunta: como o senhor pensa que a experiência bem-sucedida de projetos chineses na Rússia possa ser mobilizada para atrair novos investidores chineses?
VLADIMIR PUTIN: Falar em fóruns como esse, sobre nossos sucessos na Rússia encorajará outros de seus parceiros e nossos amigos a vir para o mercado russo e instalar seus negócios aqui. O que o senhor acaba de dizer já é excelente publicidade do mercado russo. Gostaria de lhe dar um abraço. Muito obrigado.
[O interlocutor]: Eu que lhe agradeço. Além do mais, queria dizer que atualmente somos mais de 370 empresas, de 13 países, de todo o mundo, trabalhando no Greenwood Business Park. Teríamos muito prazer se o senhor aparecesse por lá, em visita oficial a um projeto chinês.
VLADIMIR PUTIN: Obrigado. Com certeza aparecerei por lá.
PERGUNTA: Boa tarde, Sr. Presidente. Represento uma empresa chinesa. Tenho duas perguntas para fazer ao senhor.
Primeiro, investimento na Rússia. Todas as empresas chinesas ainda se preocupam, de um modo ou de outro, com questões de legislação e de segurança e ordem nas ruas. É minha primeira questão.
A segunda questão. A Rússia é grande produtora de madeira. Há ainda barreiras significativas nessa área. Como empresas chinesas poderão ter acesso ao mercado russo de madeira?
VLADIMIR PUTIN: Primeiro, sobre segurança, especialmente nas ruas. Garanto-lhe que a Rússia não é mais perigosa que qualquer outro país, inclusive China, EUA e estados europeus.
Por acaso, hoje, 10 de novembro, é feriado, Dia Nacional dos Funcionários do Ministério do Interior da Rússia. Sua pergunta é pois muito oportuna. Nossos parabéns aqueles servidores, para que saibam que mesmo aqui, nessa reunião da cúpula da APEC, nos lembramos deles e falamos da qualidade do trabalho deles. Espero que o trabalho de todos continue a melhorar sempre. Muito obrigado.
Quanto à madeira, que é o assunto que o interessa. Compreendi perfeitamente o subtexto de sua pergunta. Mesmo assim, tenho certeza de que o senhor também compreenderá o que digo, quando digo que qualquer país (e a Rússia não é exceção aqui) deseja que as matérias primas produzidas em seu próprio território sejam processadas também li, de tal modo que a economia nacional possa gerar maior valor agregado, novos empregos, e impostos a serem recolhidos também na Rússia.
Mesmo assim, já se veem avanços na nossa legislação, considerando o desejo de nossos parceiros, interessados em comprar madeira em toras. Mas a tendência dominante é que temos de processar madeira no território da Federação Russa, e continuaremos a trabalhar nessa direção.
Quanto à sua pergunta sobre como proteger interesses de empresas estrangeiras, inclusive os interesses de nossos amigos chineses, quero dizer aqui que a resposta é simples: basta que venham para a Rússia e invistam em fábricas para processamento da madeira em toras.
PERGUNTA (retraduzida): Sr. Presidente, presido uma empresa na China. Trabalhamos com comércio eletrônico, ajudando empresas pequenas e médias a fazer negócios online. Para nós, portanto, cooperação regional não é frase oca, e minha pergunta tem a ver com isso. Sabemos que a cooperação regional é o foco dos esforços da APEC. Como o senhor avalia a atual situação e as possibilidades? Muito obrigado.
VLADIMIR PUTIN: O senhor refere-se à situação do comércio online ou à nossa cooperação com a China? Acho que não entendi sua pergunta.
[O interlocutor]: Uma vez que ajudamos empresas de pequeno e médio porte, gostaríamos que se desenvolvesse a cooperação regional dentro da APEC. Facilitaria o nosso trabalho, porque o comércio eletrônico ajuda empresas de pequeno e médio porte a ter acesso a mercados mundiais e a receber financiamentos.
VLADIMIR PUTIN: Sim. Primeiro, sobre a cooperação regional. Entendo que é área chave de nossa cooperação. Além do que, a cooperação entre regiões da Federação Russa e regiões da República Popular da China está-se desenvolvendo com sucesso. Não tenho números sobre o crescimento do comércio regional, mas sei que está em crescimento, dia a dia, ano a ano. Estabelecemos relações diretas muito boas entre governantes russos e chineses em suas respectivas regiões. É fator muito bom, que pesa a favor de relações mais próximas também entre empresas.
A questão profissional que o senhor traz sobre o comércio online também é muito importante. Acreditamos que aí está um segmento significativo, sobretudo para o desenvolvimento de negócios de médio e pequeno porte. Mas, sim, partimos do pressuposto de que a tributação na Rússia, sobre esse tipo de atividade, não deve ser notavelmente diferente dos tributos e regras praticadas em outros países.
É verdade (e entendi o que realmente preocupa o senhor), que há uma discussão em curso sobre a taxação a ser imposta ao comércio eletrônico na Federação Russa. O âmbito do comércio eletrônico na Rússia é muito grande e não para de crescer. O Estado tem de preservar seus interesses, e nossa política fiscal tem de corresponder àquelas exigências, sem deixar de atender, ao mesmo tempo, as demandas desse segmento de comércio.
Há uma questão que teremos de resolver dentro da União Aduaneira e da União Eurasiana – que será lançada dia 1/1/2015. Outros colegas seus já trouxeram a mesma pergunta. Temos de sincronizar nossos impostos e taxas, tendo em mente que, se impostos e taxas são diferentes no Cazaquistão, na Federação Russa e na Bielorrússia, todos os negócios tenderão a mudar-se para o país onde os impostos sejam menores.
Estamos trabalhando sobre isso com nossos colegas, mas temos de manter abordagem equilibrada, para evitar graves baques para as empresas. Além do mais, temos de preservar para eles condições favoráveis de operação, ao mesmo tempo em que protegemos os interesses financeiros do Estado. O que posso prometer é que todos serão informados com antecedência. A discussão será livre, aberta, a ser conduzida, dentre outros fóruns, nos Parlamentos de Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão.
Agora, é hora de dar aos meus colegas a oportunidade de usar essa tribuna. Gostaria de ter discussão mais longa com todos, sobre essas e outras questões. Sei que todos têm muitas perguntas.
Agradeço a todos pelo empenho que mostraram nessa conversa comigo, como representante da Federação Russa. Convido todos a visitarem a Rússia. A todos, os meus melhores votos de boa sorte. Muito obrigado.
Nota dos tradutores
[1] Sobre isso, ver também Jim Rodgers, 8/11/2014, redecastorphoto em: “Rússia-Brasil-China unem forças contra o dólar”.
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