sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Península Coreana não é, toda ela, problema da China


25/1/2013, Global Times, China, Editorial
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Entreouvido na Vila Vudu: Não é ma-ra-vi-lho-so haver jornal e jornalistas que AJUDAM governo eleito e seus eleitores a entender o que realmente se passa? Não é lindo ler isso que aí vai, e NÃO LER O BESTEIROL PATÉTICO que se acumula nos editoriais de TOODOS os veículos do Grupo GAFE - Globo, Abril, Folha de SP, Estadão?!

Em resposta à Resolução n. 2.087 do Conselho de Segurança da ONU aprovada na 4ª-feira, a Coreia do Norte declarou que fará teste nuclear “de alto nível”. É possível que aí haja mais que palavras de indignação pela intromissão em seus assuntos, porque a Coreia do Sul diz que um novo teste nuclear estaria já em preparação na Coreia do Norte.

A Resolução da 4ª-feira condenou o lançamento pela Coreia do Norte, em dezembro, de um foguete nuclear; e expandiu as sanções. Depois de empreender amplos esforços para introduzir emendas no texto da Resolução, a China também votou a favor.

Parece que a Coreia do Norte não valoriza os esforços chineses. Criticou a China, sem citar-lhe o nome, na declaração distribuída ontem:

Esses grandes países, que são forçados a defender suas posições de liderança na construção de uma ordem mundial mais justa, já deixaram de lado sem hesitar até os princípios mais elementares, sob influência das práticas autoritárias e arbitrárias dos EUA. E tudo faz crer que ainda não caíram em si.

A China vive um dilema: estamos muito afastados do objetivo de desnuclearizar a Península Coreana, e não há o que possamos fazer para buscar um equilíbrio diplomático entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, Japão e os EUA.

A China deve relaxar e baixar as nossas próprias expectativas quanto ao efeito de nossas estratégias para a península. Temos de manter uma atitude pragmática para lidar com os problemas e buscar a proporção ótima entre nosso investimento de recursos e os ganhos estratégicos.

A China não pode nem assumir a defesa de um dos lados no conflito na Península, como fazem EUA e Japão; nem pode sonhar com ignorar tudo completamente. Temos de aceitar prontamente que a China está envolvida; e há risco de a China ofender um dos lados, ou ambos.

O papel e a posição da China são claros, na discussão da questão da Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU. Se a Coreia do Norte insistir em fazer novos testes nucleares, a China reduzirá a assistência que dá ao país. Se os EUA, Japão e Coreia do Sul aplicarem sanções extremas à Coreia do Norte, a China os conterá com firmeza e os forçará a reformar aquelas resoluções.

Deixem que a Coreia do Norte dê sinais de “zanga”. Não podemos sentar de lado e nada fazer, só porque tememos que o caso tenha impacto na relação sino-norte-coreana. EUA, Japão e Coreia do Sul que resmunguem o quanto queiram sobre a China. Não temos nenhuma obrigação de aliviar as emoções tristes daqueles países.

Dada a força da China, e desde que mantenhamos atitude firme, a situação será, gradualmente, influenciada por nossos princípios e nossa firmeza.

A China é uma potência, muito próxima da Península Coreana. Implica que nossos interesses estratégicos são complexos e diversificados. A China deve perseverar para proteger e manter nosso interesse nacional em sua totalidade, não qualquer dos interesses de outros países.

A China aspira a ver uma península estável, mas não é o fim do mundo que haja tumultos ali. Essa deve ser a linha básica da posição da China.

A China é condenada a estar localizada no leste da Ásia, onde a situação hoje é muito caótica. Mas, felizmente, a China é o país mais poderoso dentre todos da região. Evidentemente, será influenciada, no mínimo, pela situação. A China deve manter a calma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.