Desta
vez não é uma conspiração da CIA?
18/6/2014, [*] Mike Whitney –
Counterpunch
Traduzido por mberublue
Imprensa-empresa, sempre servindo interesses... |
Há
alguma coisa que soa em falso em relação à cobertura da crise no Iraque. Talvez
a forma pela qual a mídia a retrata, a mesma tediosa história repetidamente
contada, com apenas pequenas alterações na narrativa. Por exemplo, eu li um artigo
no Financial Times escrito
pelo presidente do Conselho de Relações Exteriores, Richard Haass, onde ele diz
que as forças militares de Maliki em Mosul “desapareceram”. Curiosamente, o
editorial de Haass foi seguido por um artigo
de David Gardner, que usou quase a mesma linguagem. Ele disse que “o
exército desapareceu”. Daí decidi folhear os jornais um pouco e descobri que
muitos outros jornalistas foram picados pelo inseto “desaparecido”. Notei que
aconteceu também com vários outros veículos, incluindo Politico, NBC News, News
Sentinel, Global Post, The National Interest, ABC News etc.. Agora, a única
maneira pela qual uma expressão não comumente usada como essa aparece com tal
frequência, é se os diversos autores estivessem buscando suas palavras copiando
uma autoridade central (como provavelmente o fizeram). Claro que o efeito foi o
contrário do que se pretendia, isto é, estas histórias fabricadas de antemão
deixam os leitores a coçar a cabeça e sentindo que alguma coisa suspeita está
acontecendo.
Claramente,
alguma coisa suspeita ESTÁ acontecendo. Não dá para acreditar em toda essa
fábula de que 1.500 jihadistas assustaram 30.000 guardas de segurança
iraquianos fazendo-os tirar as calças, jogar seus rifles fora, trocar de roupas
e correr para as montanhas. Não sei o que realmente aconteceu em Mosul, mas eu
digo a vocês: não foi isso. A história toda está cheirando mal.
Vista aérea de Mosul, às margens do rio Tigre |
Tudo
o que aconteceu em Mosul cheira mal e então quase todos os jornalistas e
peritos do MSM estão usando a história para desacreditar Maliki e sugerindo que
talvez o Iraque esteja melhor sem ele. Haass já disse que isso mostra que toda
a “lealdade do exército ao governo é só fachada”. Gardner falou que o fato
sinaliza “uma rápida falência do estado”. Outro editorial
de Nicolas Kristof ataca Maliki por outras razões, como sendo muito
sectário.
Aqui,
Kristof:
(...) a
decadência do Iraque não é uma falha do presidente Obama. Não é uma falha
republicana. Eles têm alguma responsabilidade, mas, esmagadoramente maior é a
falha do primeiro ministro do Iraque, Nouri Kamal al-Maliki.
Claro
que Kristof não se compara ao porta voz imperial, Tom Friedman. Quando se trata
de fanfarronices idiotas, Friedman ainda é o número um. Ele é o “jornalista
especialista” que pode resumir tudo em apenas um artigo no jornal Sunday Times,
intitulado “Five
principles for Iraq” (Cinco princípios para o Iraque – NT):
O próprio
primeiro ministro xiita do Iraque, Nouri Kalam al-Maliki, demonstrou que não
gostaria de ver um Iraque democrático ou pluralista. Desde o dia 1, ele tem
usado seu gabinete para instalar xiitas em postos chaves da segurança,
desprezando políticos e generais sunitas e direcionando dinheiro para as
comunidades xiitas. Em uma palavra, Maliki se mostrou um completo imbecil. Para
além do cargo de primeiro ministro, Maliki também ocupa o Ministério da Defesa,
do Interior, e de conselheiro da Segurança Nacional, colocando também seus
comparsas no controle do Banco Central e do Ministério das Finanças. Maliki
tinha como escolher: fazer um governo sectário ou inclusivo. Ele escolheu o
sectarismo. Nada lhe devemos. (Cinco
princípios para o Iraque – Tom Friedman, New York Times).
Friedman
matou no peito, hein? Falando em outras palavras, a razão pela qual o Iraque se
tornou uma bandalheira geral, nada tem a ver com a invasão, a ocupação, os esquadrões
da morte, com Abu Ghraib, a opção Salvador, a infraestrutura destruída, o
ambiente poluído até as raízes, ou a guerra viciosa e sectária iniciada pelos
Estados Unidos através de seu programa maluco de contrainsurgência. Não, não. A
razão de ter o Iraque se transformado em lixo é o fato de que Maliki é
sectário. Maliki malvado! Soa familiar?
Foi
Putin na semana passada. É Maliki nesta semana. Quem será o próximo?
De
qualquer forma, existe uma razão para tudo o que aconteceu em Mosul, mesmo que eu
não possa verificar a autenticidade. Verifique este post no blog Syria Perspectives:
‘Izzaat Ibraaheem Al-Doori |
(...) Teórico
de primeira hora do partido Ba’ath e braço direito de Saddam Hussein, ‘Izzaat
Ibraaheemn al-Douri, nativo de Mosul (...) procurou aliados em um Iraque pós Saddam muito hostil ... ainda no
jogo e procurado para ser executado pelo governo de al-Maliki, al-Douri ainda
controla uma vasta rede de sunitas iraquianos do partido Ba’ath que operam de
maneira similar à velha Organização Odessa que ajudou a fuga de nazistas depois
da Segunda Guerra Mundial (...) ele
ainda não tem uma estrutura de apoio necessária para hostilizar e derrubar
al-Maliki, então ele fundou uma aliança esdrúxula no ISIS/ISIL através dos
gabinetes de Erdogan (Turquia) e Bandar (Arábia Saudita). Nossos leitores podem
perceber que a invasão de Mosul foi realizada por antigos oficiais iraquianos
ba’atistas, suspeitos de abandonar seus postos, largando para trás uma força
militar de 52.000 homens sem qualquer liderança, forçando dessa maneira um
completo colapso das defesas da cidade. Não é possível considerar como
coincidência o planejamento da ação e a colaboração prestada. (O núcleo do
ISIS – uma espécie invasiva – Ziad
Fadel, Syrian Perspectives).
Tenho
lido variações da mesma explicação em outros blogs, mas não tenho como saber se
isso corresponde à verdade ou não. Mas o que sei é que esta explicação é muito
mais crível que a outra, porque traz profundidade e detalhes mais que
suficientes, tornando o cenário bem plausível. A versão oficial – o
“desaparecimento” – não tem nada disso. Ela apenas coloca uma versão fantasiosa
na expectativa de que o povo acabe por acreditar, nem que seja na base da fé.
Por quê? Só em razão de ter aparecido nos jornais? Pois esta é uma razão muito
boa para não acreditar em nada.
A
lenda do “exército desaparecendo” é apenas mais uma das muitas versões
inconsistentes na apresentação que a imprensa-empresa faz de qualquer evento.
Outra charada é a razão pela qual Obama assiste aos jihadistas bagunçarem o
Iraque inteiro sem que ele mova uma palha para contê-los. Será mesmo que
ninguém acha isso um tanto quanto estranho? Quando foi que um presidente em
exercício nos Estados Unidos deixou de responder imediata e duramente a
agressão similar?
Nunca.
Os Estados Unidos sempre respondem. O padrão nunca muda. “Pare o que você está
fazendo agora mesmo, ou vamos bombardeá-lo até que só restem pedacinhos”. Não é
essa a resposta típica?
Claro
que é. Mas até agora Obama não fez nenhuma ameaça. No lugar disso, ele condicionou
seu apoio a al-Maliki ao dizer que o presidente encurralado precisa “começar a
acomodar os sunitas através de participação em seu governo” antes que os
Estados Unidos possam “dar uma mãozinha”. Que diabos de resposta claudicante é
essa? Confira esta nota
da MNI News:
O
presidente Barak Obama alertou nesta sexta feira (13/6/2014) ao primeiro
ministro iraquiano Nouri al-Maliki que os Estados Unidos precisam que ele
comece a efetivar a participação sunita em seu governo, ou verão os Estados
Unidos parar a ajuda que ele necessita, algumas tropas dos EUA no terreno para
prevenir contra um ataque a Bagdá.
Barack Obama e Nouri al-Maliki na Casa Branca |
Obama
enfatizou, em uma aparição ante as câmaras antes de sua mensagem do meio dia,
que, embora esteja considerando as opções para uma intervenção militar nos
próximos dias, o movimento inicial deve ser de Maliki. (Obama adverte o Iraque de Maliki, procurando a
acomodação de sunitas – MNI)
Alguma
vez na vida você já leu absurdo igual? Imagine se, vamos dizer, as hordas
jihadistas reunam-se a apenas 50
milhas de Londres e estejam ameaçando invadir a qualquer
momento a cidade. Será que Obama dirigiria ao primeiro ministro David Cameron a
mesma mensagem?
“Ora,
Dave... gostaria mesmo de ajudar vocês, mas antes disso, vocês têm que colocar
alguns desses terroristas em seu governo. Tudo bem, Dave? É apenas para mostrar
alguma ação afirmativa com os terroristas.”
Parece
(e é) uma insanidade, uma loucura, mas é isto que Obama quer que Maliki faça.
Então, que se passa? Por que, em vez de ajudar, Obama fica fazendo ultimatos?
Talvez a agenda de Obama seja diferente da de Maliki, e os acontecimentos que
estão em curso atualmente lhe beneficiem...
É
o que parece, com certeza. Basta olhar o que Friedman diz logo em seguida no
mesmo artigo. Ajuda a esclarecer algumas coisas. Disse ele:
Pode ser
que o Irã, assim como seu astuto comandante da Guarda Revolucionária Força
Quds, General Qassem Suleimani, não seja tão esperto, afinal. Foi o Irã que
armou seus aliados xiitas com bombas de formato especial que mataram e feriram
tantos soldados americanos. O Irã nos quer fora. Também foi o Irã a pressionar
Maliki para que não assinasse um tratado com os Estados Unidos que daria às
nossas tropas cobertura legal para permanecer no Iraque. O objetivo do Irã era
a hegemonia regional. Bem, Suleimani: “A confusão é sua”. Agora suas forças
estão dispersas na Síria, Líbano e Iraque, enquanto as nossas estão voltando
para casa. Tenha um bom dia. (Cinco
princípios para o Iraque, Tom Friedman, New York Times)
Qassem Suleimani |
É
interessante, não é? Basicamente, Friedman admite finalmente que todo esse
fiasco é sobre o Irã, que se tornou o grande vencedor no jogo da guerra do
Iraque. Naturalmente, isso irrita profundamente o pessoal em Washington, Tel
Aviv e Riad. Como a irritação não tem fim, cozeram este plano pateta para
remover Maliki totalmente ou pelo menos cortar rente suas asas. Não é o que
está acontecendo? É por isso que Obama aponta uma arma para a cabeça de Maliki
e lhe diz que tem que comer um saco de sal antes de ser ajudado pelos Estados
Unidos. Porque ele está decidido a enfraquecer a força hegemônica do Irã em
Bagdá.
Friedman
também aponta que o acordo do Estado das Forças poderia permitir que as tropas
americanas permanecessem no Iraque. Como al-Maliki rejeitou o acordo,
Washington se enfureceu e preparou o picadeiro para esta última farsa. Por bem
ou por mal, Obama quer porque quer reverter essa decisão. É apenas a forma pela
qual Washington toca seus negócios, torcendo braços e quebrando pernas. O mundo
inteiro sabe disso.
Para
entender o que acontece hoje em dia no Iraque, temos que aprender um pouco de
história.
Em
2002, a
administração Bush encarregou a Rand Corporation “de desenvolver e dar forma a
uma estratégia de pacificação de populações muçulmanas nos locais onde os
Estados Unidos têm interesses comerciais ou estratégicos”. O plano desenvolvido
se chamou “Estratégia dos Estados Unidos para o mundo muçulmano depois de 9/11”
– o qual recomendava que os EUA, “alinhem sua política aos grupos xiitas que
pretendem mais participação nos governos e mais liberdade política e expressão
religiosa. Se esse alinhamento puder ser edificado com sucesso, irá erguer uma
barreira contra movimentos radicais islâmicos e construir a fundação de uma
posição estável dos Estados Unidos no Oriente Médio”.
Os Bushies |
Os
Bushies decidiram seguir esse plano
maluco que provou ser um erro tático monumental. Ao lançar todo o poder de sua
força no apoio aos xiitas, eles dispararam uma rebelião sunita massiva que
iniciou cerca de 100 ataques por dia contra soldados dos Estados Unidos. Por
sua vez, estes ataques levaram os EUA a uma contrainsurgência selvagem que
levou à morte dezenas de milhares de sunitas e reduziu o país a ruínas. Os
ataques cruéis de Petraeus se ocultavam por trás da cortina de fumaça de uma
enganosa política de Relações Públicas em uma guerra civil sectária. Foi uma
guerra genocida contra o mesmo povo que agora Obama tacitamente apoia em Mosul
e Tikrit.
Neste
caso, houve uma grande mudança da política, certo? O fato de que os EUA têm uma
abordagem de ficar longe do ISIS/ISIL parece sugerir que a administração Obama
acabou por abandonar a estratégia Rand completamente e neste instante, procura
maneiras de apoiar os grupos sunitas em seu esforço para derrubar o regime de
Assad em Damasco, enfraquecer o Hezbollah e diminuir o poder do Irã na região.
Apesar de ser estratégia ao mesmo tempo implacável e desprezível, ao menos faz
algum sentido, na lógica perversa da expansão imperial, o que o plano Rand
nunca fez.
O
que está acontecendo atualmente no Iraque foi antecipado por Seymour Hersh em
2007, no seu artigo
“The Redirection”. (O redirecionamento) O autor Tony Cartalucci, em seu
próprio artigo, faz uma ótima resenha desta peça. Diz ele:
Tony Cartalucci |
O “redirecionamento”,
documentos (...) dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Israel, na intenção de
criar e posicionar extremistas sectários em toda a região para confrontar o
Irã, a Síria e o Hezbollah no Líbano. Hersh aponta que estes “extremistas
sectários” ou eram a Al Qaeda ou eram vinculados à Al Qaeda. O exército ISIS/ISIL
que se move para Bagdá é o resultado final dessa conspiração, um exército que
se move e opera com impunidade total, ameaçando derrubar o governo sírio,
purgar as forças pró Irã no Iraque e também ameaçando o próprio Irã através de
criação de pontes que mantenham a salvo tanto a OTAN quanto a Al Qaeda em
paraísos na Turquia, no Norte do Iraque e até as próprias fronteiras
iraquianas... Isso é, de fato, uma reinvasão do Iraque para atender a interesses
ocidentais − mas desta vez sem a participação direta das forças ocidentais – e
sim com uma força ocidental por procuração, da qual o ocidente procura
desesperadamente negar qualquer conhecimento ou conexão. (America’s
Covert Re-Invasion of Iraq, Tony Cartalucci, Information Clearinghouse)
Devagar
vamos chegando ao fundo da questão, certo? Agora talvez já sejamos capazes de
identificar a política que guia todos esses eventos. O que sabemos com certeza
é que os Estados Unidos precisam quebrar a força iraniana no Iraque. Mas a
pergunta é: como eles planejam conseguir isso?
Bem.
Eles poderiam se utilizar de seus velhos amigos, os ba’athistas com os quais
têm estado em contato desde 2007. Pode até dar certo. Em seguida, para que a
mistura tenha credibilidade, terão que adicionar alguns jihadistas.
Bem.
Mas significam estes fatos que Obama está apoiando ativamente ao ISIS/ISIL?
Não.
Não necessariamente. Outras agências de inteligência já têm conexão com o ISIS/ISIL,
que podem não precisar de apoio direto dos EUA. (Nota: muitos analistas dizem
que o Estado Islâmico do Iraque e al-Sham [Islamic
State of Iraq and al-Shan – ISIS] recebem generosas doações da Arábia
Saudita e Qatar, ambos convictos aliados dos Estados Unidos). De acordo com o
London’s Daily Express: “por meio de aliados como a Arábia Saudita e o Qatar, o
ocidente (tem) apoiado vários grupos rebeldes que então, se transformaram no
ISIS e outras milícias ligadas à Al Qaeda (Daily Teleghraph, 12/06/2014).
O
que importa, no que concerne a Obama, é que os objetivos estratégicos do ISIS/ISIL
coincidem com os dos Estados Unidos. Ambos querem maior representação política
para os sunitas, ambos querem minimizar a influência política do Irã no Iraque
e ambos apóiam um plano suave de divisão que o antigo presidente do Conselho de
Relações Exteriores, Leslie H. Gelb, chamou de “a única estratégia viável para
corrigir o erro histórico (do Iraque) em movimento para a criação de três
estados, o que solucionaria a situação: curdos no norte, sunitas no centro e
xiitas no sul”. Este é o motivo pelo qual Obama não atacou ainda a milícia,
mesmo que tenham marchado até a 50 quilômetros de Bagdá. Ocorre que os EUA se
beneficiam com o desenvolvimento da situação até agora.
Áreas do Iraque e da Síria ocupadas pelo ISIS/ISIL (em vermelho) |
Vamos
resumir:
Dependendo da situação, o governo dos Estados Unidos, “apóia” ou “não
apóia” o terrorismo?
Sim.
As agências de inteligência fornecem armas e apoio logístico às
organizações terroristas na Síria?
Sim.
A CIA também?
Sim.
O governo Obama deu sinais de que gostaria de ou se livrar de Maliki ou
diminuir de muito o seu poder?
Sim.
Acontece assim porque a atual disposição fortalece a influência
regional do Irã?
Sim.
O ISIS/ISIL acabará por invadir Bagdá?
Não. (Trata-se apenas de mero palpite,
mas espero que alguma coisa já tenha sido tratada entre a equipe de Obama e os
líderes do partido Ba’ath. Caso Bagdá realmente estivesse em perigo,
provavelmente Obama agiria de forma diferente, com maior seriedade).
A Síria e o Iraque serão fracionados?
Sim.
O ISIS/ISIL é uma criação da CIA?
Não. De acordo com Ziad Fadel, “ISIS/ISIL
é criação de um homem que sozinho jogou com a Al-Qaeda como um iô-iô. Bandar
bin Sultan”.
É possível que o ISIS/ISIL receba ordens de Washington?
Provavelmente não, mesmo levando-se em
conta que suas ações parecem coincidir com objetivos estratégicos dos EUA. (Este é o ponto!)
A relutância de Obama quanto a lançar um ataque contra o ISIS/ISIL
indicam que ele pretende enfraquecer o poder do Irã no Iraque, redesenhar o
mapa do Oriente Médio e fazer nascer novas regiões politicamente irrelevantes
dominadas por senhores da guerra e líderes tribais?
Sim, sim e sim.
[*] Mike Whitney é um escritor e jornalista norte-americano que dirige sua própria empresa de paisagismo em Snohomish (área de Seattle), WA, EUA. Trabalha regulamente como articulista freelance nos últimos 7 anos. Em 2006 recebeu o premio Project Censoredpor um reportagem investigativa sobre a Operation FALCON, um massiva, silenciosa e criminosa operação articulada pela administração Bush (filho) que visava concentrar mais poder na presidência dos EUA. Escreve regularmente em Counterpunch e vários outros sites. É co-autor do livro Hopeless: Barack Obama and the Politics of Illusion (AK Press) o qual também está disponível em Kindle edition.
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