10/6/2013, Ian Steadman,
Wired
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Entreouvido no Bar do Kudum na Vila
Vudu: Pelo menos, já se começa a
poder ver, bem claramente, que a ESPIONARIA
é filha da PRIVATARIA!
Kim Dotcom |
Kim Dotcom teve uma ideia – fazer a União Europeia criar
uma alternativa para o Google para uso de europeus e outros hoje enfurecidos,
depois que se descobriu que a Agência Nacional de Segurança dos EUA, com o
programa PRISM, espiona também cidadãos norte-americanos.
Muito ativo no Twitter durante todo o fim de semana,
imediatamente depois das revelações de Edward Snowden, e sempre criticando o
presidente Barack Obama dos EUA e a espionagem norte-americana em geral, o
fundador do Megaupload
sugere que se crie
“um programa de incentivo/financiamento para criar uma ferramenta de busca, que
dispute o mercado (principalmente o mercado europeu) com a empresa
Google”.
“Dear @BarackObama, this is a fight you cannot win. The Internet is
more powerful than your government. We
want #InternetFreedom”.
[(traduzido)
“Caro @Barack Obama, essa é luta que você não pode vencer. A Internet é mais
poderosa que seu governo; Queremos #LiberdadenaInternet”].
Tim Berners-Lee |
Dotcom cita uma entrevista
publicada no Telegraph, com Tim
Berners-Lee , que dizia que:
(...)
“as empresas que mantém a Internet rodando” devem ser conectadas, mas “devem
manter distância preventiva” de todos os governos; e que é vital que as
plataformas da rede permaneçam abertas, de tal modo que, se surgirem monopólios
(como aconteceu nos anos 90s, com o browser da Netscape) ainda possa
haver concorrência entre vários fornecedores desse
serviço.
Mikko Hipponem |
O mesmo desafio – de que a União
Europeia crie concorrentes para as gigantes norte-americanas de tecnologia – foi
lançado também por Mikko
Hypponem, de F-Secure, em entrevista para a Reuters.
Para Hypponem, essa seria “a solução de longo prazo”, que nos tornaria realmente
independentes, contra “a vigilância produzida em ritmo de atacado pelas agências
norte-americanas de segurança”.
Além disso, depois que o homem que
vazou as informações e os documentos – Edward Snowden,
29 anos, empregado da
empresa Booz-Allen Hamilton, contratada da Agência Nacional de Segurança dos EUA
– identificou-se, em matéria publicada pelo Guardian dia 9/6, Kim Dotcom
conclamou o governo de Hong Kong (onde Snowden está hoje, escondido) a dar-lhe
total proteção. Tuitou:
Edward Snowden |
“Hong
Kong! É a oportunidade para vocês se fazerem lembrados com local onde se pratica
o bem. Deem asilo e proteção a Edward Snowden!”
Kim
Dotcom também escreveu que:
“Tentem
expulsar Ed Snowden & conhecerão a Primavera Árabe de vocês. É fim de festa
para o seu partido da espionaria. NÓS PROTEGEREMOS NOSSO HERÓI DA
INTERNET”.
As
revelações sobre NSA-Prism aparecem pouco depois que o país de adoção de
Dotcom, a Nova Zelândia, enfrentou sua própria crise de espionagem afinal
descoberta, quando se divulgou que o Gabinete Oficial de Segurança das
Comunicações [orig. Government Communications Security Bureau (GCSB)],
equivalente neozelandês da Agência Nacional de Segurança dos EUA – espionara
ilegalmente o próprio Dotcom, durante as investigações feita em sua empresa, a
Megaupload.
Como
a Agência Nacional de Segurança dos EUA, o GCSB também não poderia
espionar cidadãos neozelandeses – mas o primeiro-ministro John Key quer
modificar a legislação, introduzindo exceções. Dotcom está em empenhada campanha
contra as mudanças na legislação, e tem insistido que os neozelandeses reajam e
se manifestem, pressionando os deputados.
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