Laerte Braga
As redes de televisão no Brasil, em todo o mundo de um modo geral, se deliciam com transmissões espetaculosas de sequestros com reféns. Centenas de filmes já foram feitos sobre esse assunto e muitos seriados de tevê costumam exibir esse tipo de situação.
Via de regra criam um suspense no telespectador, ou mesmo no ouvinte, quando a transmissão e via emissoras de rádio, exorbitam os momentos de maior tensão, tentam contato com os eventuais sequestradores, ou um refém, enfim, a pantomima típica da sociedade do espetáculo.
Tragédias restam sendo pratos feitos para a mídia.
Ato contínuo à prisão de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), em si um espetáculo, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin fez declarações à jornalistas em seu país afirmando que o francês estava sendo “vítima de mais uma armação americana”.
Os fatos mostram que Putin estava correto. E baseado em relatórios do serviço secreto de seu país.
O serviço secreto francês advertiu Strauss Kahn para que deixasse o território norte-americano imediatamente, pois havia recebido informações que a CIA pretendia criar-lhe sérios problemas. A advertência foi feita na manhã do dia em que o ex-diretor do FMI foi detido dentro de um avião, pronto para regressar a Paris e Strauss Kahn só foi localizado pela polícia de New York por ter cometido o erro de ligar do aeroporto para o hotel solicitando que seu celular fosse enviado para a França.
Monitorado desde sua chegada aos EUA a ligação telefônica foi a gota d’água. Ao tentar deixar New York às pressas não o fez por conta de ter cometido crime de assédio sexual, ou abuso sexual contra uma camareira. Houve sexo entre os dois, foi consensual e a funcionária do hotel estava apenas aguardando o sinal dos serviços de inteligência dos Estados Unidos para denunciar o crime (enquanto isso foi limpando e arrumando outros quartos, a queixa foi dada duas horas depois do fato).
O celular que teria sido esquecido em meio ao que a mídia chamou de “fuga apressada” foi apenas uma recomendação dos serviços secretos franceses para evitar que fosse localizado. Acabou sendo o responsável por sua prisão, àquela altura, antes da ligação para o hotel, a polícia já havia perdido sua pista.
Kahn foi aos EUA cobrar uma dívida de 200 toneladas de ouro do país com o FMI e interpelar o governo norte-americano sobre as notícias que circulavam pelo mercado financeiro que não havia mais reservas do metal em Fort Knox (num dos filmes da série James Bond, GOLDFINGER, o criminoso planeja e tenta um assalto ao local).
A gravidade do fato e o pânico que começava a gerar em mercados de países do resto do mundo já haviam sido mencionados na Câmara dos Representantes dos EUA pelo deputado Ron Paul. Pré-candidato a presidência da república em 2012, o parlamentar queria informações sobre o destino do ouro de Fort Knox, até por conta de uma suspeita de que 60 toneladas foram dadas à China em pagamento e acertos da balança comercial e seriam de ouro falso (tungstênio revestido de uma camada de ouro). É pouco provável, mas não impossível em se tratando de norte-americanos e banqueiros judeus/sionistas.
O banqueiro egípcio Mahmoud Abdel Salam Omar, amigo de Kahn e a quem o ex-diretor do FMI solicitara ajuda quando de sua prisão foi detido pela polícia de New York sob as mesmas acusações já em si consideradas improváveis pela mídia. Salam Omar é muçulmano convicto e tem 74 anos de idade.
Detetives contratados pela defesa de Strauss-Kahn para apurar os fatos, inconfidências de ex-agentes da CIA – Agência Central de Inteligência – e gravações telefônicas de diálogos da camareira com familiares, mostram que a imigrante foi ao quarto de Kahn sabendo de quem se tratava, ofereceu-se para fazer sexo com o mesmo e contava ganhar cinco milhões de dólares no processo de indenização por danos morais. Tem ficha criminal e é inclusive acusada de prostituição por outros hóspedes, arrolados como testemunhas de defesa de Strauss-Kahn.
A primeira reação dos norte-americanos foi suspender a prisão domiciliar do ex-diretor do FMI, a fiança (devolver-lhe o dinheiro) e a promotoria pública de New York cogita, afirmam os jornais e redes de tevê dos EUA, de retirar todas as acusações evitando um julgamento público, no qual essa história viria à tona.
O passaporte de Dominique Strauss-Kahn terá que ser devolvido ao político francês. É considerado um dos principais adversários de Nicolás Sarkozy nas próximas eleições presidenciais. A farsa revelada o recoloca no páreo segundo alguns observadores.
A Comissão Européia aprovou no dia 10 de junho um regulamento 562/2011 que promove cortes no programa europeu de ajuda alimentar de 500 milhões de euros a cidadãos da própria Europa. Um corte de 77,4% nos recursos destinados ao programa. Isso significa que 15 milhões de europeus não terão recursos suficientes para pagar uma refeição por dia.
A revelação foi feita pela FEBA – Federação Europeia de Bancos Alimentares – que lançou um apelo ao Conselho para rever os cortes no programa. Os 240 bancos alimentares da FEBA distribuíram 360 toneladas de alimentos para associações de caridade e serviços sociais em 21 países da Europa. Mais da metade dos recursos para a compra de alimentos vieram do programa cortado pela Comissão Europeia.
Em documento público a FEBA adverte que as estatísticas revelam que 43 milhões de europeus estão em risco de pobreza. Não podem pagar uma refeição adequada a cada dois dias. E afirma o comunicado:“a aplicação desta decisão poderá reforçar a percepção de uma Europa tecnocrática que não se preocupa com o destino das pessoas”.
A Comunidade Europeia é uma ficção. Os países que integram o bloco, a zona do euro como costumam dizer, foram transformados em reféns do terrorismo militar e econômico dos Estados Unidos. Soberanias e independências estão em franca dissolução.
Mas preparam-se para invadir a Líbia e assegurar o petróleo naquele país.
A conta vai ser paga pelos trabalhadores, no empobrecimento das chamadas classes médias como está visível na Grécia.
A arrogância de um funcionário subalterno dos EUA, o primeiro-ministro inglês David Cameron, afirmando que o multiculturalismo acabou é jogo de cena, submissão absoluta da extinta Grã-Bretanha, atual Micro-Bretanha.
O episódio Strauss-Kahn, a crise na Grécia, a próxima invasão da Líbia (determinada pelo governo do terrorista Barack Obama), mostram um tipo de tragédia que as redes de tevê em boa parte do mundo – no Brasil então nem se fala – não vão mostrar, exceto sob o ângulo determinado por Washington.
A preocupação não é o fato, mas a versão de quem paga, ou de quem mantém o mundo refém de um arsenal nuclear capaz de destruir o planeta cem vezes se necessário for. A diferença entre a camareira do hotel em New York e sua forma de prostituição com os hóspedes – já comprovada – e a mídia, no Brasil, por exemplo, é que nossos jornais, revistas, redes de tevê e rádio e jornalistas são prostitutas por vocação.
Nem Ian Fleming ao imaginar e criar o agente James Bond, a organização terrorista SPECTRE – especializada em chantagem, extorsão, assassinato – poderia supor que o complexo EUA/Israel Terrorismo S/A viria a superar o que parecia impossível de ser superado.
Não há lugar para pragmatismo em toda essa situação. Não há diálogo possível com terroristas (vivem dizendo isso os norte-americanos).
Essa história de nova ordem econômica mundial é balela capitalista e vive um momento que prenuncia que os sequestradores estão prontos para executar os reféns se não forem atendidas suas exigências.
Submissão absoluta e total ao terrorismo norte-americano/nazi/sionista.
Por trás das cortinas grandes corporações, bancos e latifundiários.
No caso específico da América Latina ou os governantes compreendem isso e mobilizam os latino-americanos para a percepção clara do que se passa, do quadro real que existe, ou, de novo, seremos América Latrina. Já o são o México, a Colômbia, o Chile e outros. Também o Canadá (“um México melhorado” segundo os norte-americanos).
Os terroristas nadam de braçada nesse esquema.
É simples entender isso. Ou reagimos, ou reagem os povos de todo o mundo, ou uma versão bem mais boçal e primitiva que Hitler, recheada de tecnologia nuclear, vai transformar a tudo em grandes campos de concentração.
Já estão pondo em prática essa forma de terrorismo. Aumenta à proporção que a falência dos EUA e a boçalidade genética dos judeus/sionistas vai se revelando uma verdade cristalina.
O efeito dominó, explicação do terrorista Henry Kissinger nas décadas de 60/70 para justificar a guerra do Vietnã – cai um caem todos – vale agora, mas com um sentido diverso. Cada Grécia, cada Espanha, cada Irlanda, cada Líbia, cada canto do planeta, vai sendo derrubado no terror e na extorsão de EUA/Israel Terrorismo S/A.
Se ainda não somos totalmente, podemos vir a ser reféns desse terror e em breve.
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