domingo, 29 de janeiro de 2012

Irã corta petróleo à União Europeia


Comentário do sítio Resistir.info: O servilismo da UE aos diktats do governo estadunidense manifestou-se, mais uma vez, na decisão de 23 de Janeiro de sancionar o Irã. Verifica-se que as pressões do governo Obama encontraram plena aquiescência nas instâncias comunitárias. Mas este tiro poderá sair pela culatra. 
A mais penalizada por tal decisão será a própria Europa e não o Irã. 
Não faltam compradores para o petróleo iraniano — mas os países europeus que importavam petróleo do Irã terão agora de ir buscá-lo mais longe e mais caro.
Quanto ao congelamento dos ativos do Banco Central do Irã, foi uma mera palhaçada psicológica da UE pois o BCI não tinha nem um cêntimo depositado em bancos europeus. Além disso, tal medida contribuiu para desacreditar – ainda mais – o já debilitado sistema bancário europeu.
Bem fez o Presidente Chávez da Venezuela quando mandou retirar todos os ativos venezuelanos depositados na banca europeia.

Parlamento iraniano
TEERÃ (FNA) – Membros do Parlamento iraniano concluíram um projeto de lei sobre o corte das exportações de petróleo do país para estados europeus, como retaliação pelo embargo de petróleo da UE contra Teerã, declarou sábado, 28, um deputado iraniano.

“O diploma tem quatro artigos, incluindo um que declara que a República Islâmica do Irã cortará todas as exportações de petróleo para os estados europeus até que estes cessem suas sanções petrolíferas contra o país”, disse o vice-presidente da Comissão de Energia do Parlamento, Nasser Soudani.

Ali  Larijani, Presidente do
Parlamento do Irã
Por outro lado, acrescentou, outro artigo exige que o governo cesse de importar mercadorias dos países envolvidos nestas sanções contra o Irã.

Após meses de debates, os estados membros da UE, na sua reunião de 23 de Janeiro, alcançaram finalmente um acordo para sancionar importações de petróleo do Irã e congelar os ativos do Banco Central do Irã dentro da UE.

A seguir à decisão, a responsável pela política externa da UE, Catherine Ashton, afirmou as sanções destinam-se a pressionar o Irã a retornar às conversações sobre o seu programa nuclear.

Contudo, apesar das afirmações de Ashton, o Irã sempre sublinhou estar preparado para retomar conversações com o Ocidente, mas tem enfatizado que nunca aceitará quaisquer pré-condições para as mesmas.

Rostam Qasemi, Ministro
do Petróleo do Irã
O ministro iraniano do Petróleo, numa declaração segunda-feira passada, minimizou os efeitos das sanções petrolíferas unilaterais dos EUA e da UE contra Teerã, considerando que tais embargos simplesmente prejudicarão as economias europeias.

“A apressada decisão de estados da UE de utilizarem o petróleo como ferramenta política terá um impacto negativo sobre a economia mundial e especialmente sobre a recuperação de economias europeias que estão a combater para ultrapassar a crise financeira global”, declarou o ministro. E acrescentou que apenas 18 por cento do petróleo produzido pelo Irã é exportado para países europeus.

A notícia original, em inglês, pode ser lida em: Iranian Parliament Finalizes Draft Bill on Cutting Oil Supplies to Europe” 
Esta tradução foi extraída de: Resistir

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