sexta-feira, 25 de junho de 2010

A horizontalização da informação


O acesso à informação foi alterado de forma profunda e o jornalista Adam Penenberg crê que isso vai mudar ainda muito mais: “A maioria das pessoas acessa a web por meios fixos. Quando todos tiverem acesso móvel à internet, o mundo estará conectado 24 horas e esse processo de receber informações ficará muito mais intenso do que é hoje.”


Análise: Quando as conexões entre pessoas na web ficam horizontais

No debate A Trend Topiczação do Mundo, a que assisti na última terça, 9, no YouPix, evento de cultura digital em São Paulo, os participantes concordaram que a medição do boca-a-boca no Twitter é um recorte muito elitista e de nicho do que as pessoas estão falando e não corresponde à realidade. Pode até ser: mas, desde que o Twitter se popularizou, nunca a informação foi distribuída de maneira tão horizontal. Antes, tudo o que era interessante e compartilhável na internet – os memes e os virais – demorava muito mais para chegar nas pessoas normais: aqueles que não trabalham com jornalismo, publicidade e tecnologia nem ficam conectados na rede 24 horas. Com as conexões entre indivíduos que o Twitter possibilitou, diferentes grupos de pessoas, com diferentes interesses, que frequentam lugares diferentes, estão interligados através daqueles que Malcolm Gladwell, autor do livro O Ponto da Virada (ed. Sextante), chama de “conectores”. Essas pessoas, que no Twitter são representadas por perfis com milhares de seguidores, são os responsáveis por horizontalizar a comunicação na web e fazer os links entre a garota que é fã da banda Restart e o engenheiro que gosta de cozinhar. Em outras circunstâncias, essas duas pessoas dificilmente consumiriam o mesmo conteúdo, usariam as mesmas fontes para se informar ou teriam algo em comum. O Twitter os uniu.


Fonte:
http://blogs.estadao.com.br/link/analise-quando-as-conexoes-entre-pessoas-na-web-ficam-horizontais/



Twitter cresce no mundo

O Twitter continua crescendo, e no mundo todo. Nada como as porcentagens impressionantes do Facebook, a maior rede social do mundo, mas o site de microblogging segue aumentando seu número de usuários de forma estável, como notou a consultoria comScore em uma pesquisa recente. De acordo com o número da companhia de pesquisas, a rede cresceu de 83,8 milhões em abril para mais de 90,2 milhões, um mês depois – um aumento de 7,6%. Já de março para abril, o aumento foi de 5,5%. Outra análise, dessa vez da consultoria Pingdom, mostrou que o site tem números parecidos de crescimento no mundo todo. A falha é que o estudo leva em conta apenas o Twitter.com, excluindo os dados de todos os aplicativos de terceiros. Os dados são incertos, portanto. Para executivo-chefe da empresa, Dick Costollo, o Twitter já conta com mais de 190 milhões de usuários, espalhados por aplicativos e pelo site principal. Para a Pingdom, os países que têm puxado esse aumento são Brasil, Argentina, Colômbia, México e Venezuela, que desde janeiro de 2009 contam com um número significativo de adoções. Importantes para a expansão da rede, eles somam 150 milhões de usuários na internet.

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Na Ásia, países como Índia, Japão, Coréia do Sul e Taiwan também aumentaram em participação:

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Para completar, a Europa toda também. Os destaques são Itália, Espanha e Rússia, que têm 104 milhões de internautas:

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Fonte : http://blogs.estadao.com.br/link/twitter-cresce-no-mundo-todo/


Para espalhar, é preciso apenas ser bom

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A informação parece que tem vida própria na internet. Mas a força propulsora não é natural e são pessoas como eu e você que fazem as notícias caminhar online. “O mais importante é quem passa a informação”, explica o pesquisador Jeffrey Bardzell em entrevista ao Link. Bardzell conduziu um estudo na Universidade de Indiana apurando como as pessoas se engajam emocionalmente com os vídeos que recebem e passam adiante. E constatou que o ponto principal em gostar ou não de um vídeo não está no conteúdo em si. “Você recebe, lê e interpreta de forma diferente um vídeo passado por sua mãe, por um colega de trabalho, por um amigo e pela sua namorada. E isso determina sua decisão de repassar ou não aquele link para frente.” Um dos grandes autores de conteúdos que se espalham espontaneamente no Brasil é o programa Pânico na TV, mas o sucesso online é consequência, explica o diretor do programa, Alan Raap: “Pensamos apenas no programa que vai ao ar no domingo, em fazer que ele seja engraçado e bom. Assim, naturalmente ele vai se espalhar, não pensamos sobre isso”. Joseph Jaffe, publicitário e autor de livros sobre marketing online, concorda com o diretor do Pânico. Para ele, não existe conteúdo feito para caminhar sozinho. “Conteúdo bom será viral. Simples assim”, disse em entrevista ao Link. “Pensar em fazer algo que seja replicado antes mesmo de produzir esse conteúdo é colocar o carro na frente dos bois.”

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Assim, com tantos fatores imponderáveis, parece quase impossível prever se um vídeo, texto ou fotomontagem fará sucesso ou não. Mas Didier Sornette, professor do Instituto de Tecnologia de Zurich, e Riley Crane, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), desenvolveram um modelo matemático para prever a audiência de um vídeo – baseado em modelos de medição de terremotos. Tendo como base a quantidade de visualizações de um vídeo em apenas um dia, os dois estudiosos afirmam ter capacidade de prever quantas vezes aquele vídeo será visto nos próximos dias. “O fator principal é o tempo. Este é o gargalo: o período que temos para passar nas redes sociais”, explica Sornette. O conteúdo em si, a pessoa que lhe envia, o tempo que você tem para passar nas redes sociais. Independente do fator que catapulta algo na internet, só existe uma certeza: a de que esse é um processo já estabelecido e que tende a se expandir. O acesso à informação foi alterado de forma profunda e o jornalista Adam Penenberg crê que isso vai mudar ainda muito mais: “A maioria das pessoas acessa a web por meios fixos. Quando todos tiverem acesso móvel à internet, o mundo estará conectado 24 horas e esse processo de receber informações ficará muito mais intenso do que é hoje.”

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/link/para-espalhar-e-preciso-apenas-ser-bom/


este informe foi enviado por Orlando Silvestre