domingo, 15 de maio de 2011

GLOBALIZAÇÃO/GLOBALITARIZAÇÃO


Laerte Braga


O objetivo de organizações terroristas como a chefiada pelo eixo Casa Branca/Tel Aviv, o terrorismo de Estado, não é aquela hipocrisia que se vê na secretária de Estado Hillary Clinton que o seu “país” está preocupado com isso ou aquilo, com os desdobramentos dessa ou daquela situação, sempre tendo em mente a preservação da “paz e da democracia”.

A “paz” e a “democracia” são conceitos prontos e acabados ao sabor dos interesses desse terrorismo. E, assim, não existe lugar para divergências ou modelos políticos e econômicos alternativos. São sufocados pelo arsenal militar do terror capaz de destruir o mundo cem vezes se preciso for para manter o império.  

Uma das conseqüências da globalitarização – a globalização pelo poder das armas – no magistral conceito do geógrafo brasileiro Milton Santos, é todo esse espectro de violência e barbárie, construído em cima de uma sociedade cada vez mais desumanizada e com características de “ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”, ou “1984”, no espetáculo proporcionado pelo braço-mídia de EUA/TERRORISMO S/A.

O show tanto pode ser o assassinato de Osama bin Laden, como a reação de “nobres” paulistas a uma estação do metrô num bairro sangue (quase) azul. Como disse um dos líderes do movimento “o metrô trará para cá mendigos, gente diferente, acabará com nossa paz”,

Na prática e em dimensões diferentes, “nossa paz” são “nossos negócios”, motor do capitalismo cruel e perverso que tanto se faz perceptível nos assassinatos com cara de “justiçamento” como na arrogância de elites paulistas.

Nem os EUA ou Israel são nações, mas um conglomerado associado de terror e barbárie, como nem São Paulo é estado mais. Tão somente um esquema FIESP/DASLU, uma espécie de vocação de New York frustrada (meia boca).

Nos EUA, um entorno chamado povo ao qual se dirigem os líderes de tempos em tempos na busca de “legitimidade pelo voto”, mas um entorno de desempregados, sem teto, sufocados por hipotecas, imigrantes – bucha de canhão para as forças armadas terceirizadas e fragmentos de organizações partes do grande conglomerado – toda uma boiada que tanto baba frente à tevê quando mostradas as pernas de Sarah Palin (líder da moral e dos bons costumes e da defesa da castidade), ou programa um churrasco em Higienópolis para comemorar a mudança dos planos. Sem metrô, duques, marqueses, condes, viscondes e barões estarão preservando o privilégio imundo do preconceito.

Noam Chomsky, um dos integrantes do último gueto de vida inteligente e humana nos EUA escreveu que a ação do governo de Barack Obama – o assassinato de bin Laden – torna justificável ação semelhante pela al-Qaeda, caso resolva “justiçar” George Bush, em seu rancho no Texas, que Chomsky classifica de autor de crimes contra a humanidade e dá a dimensão, um dos maiores criminosos dentre os grandes.

O que no curso de um simples raciocínio sobre essa realidade, faz do ataque as torres gêmeas do World Trade Center um ato de guerra e não um ato terrorista.   

Ao final dessa história toda, tem razão Fidel Castro. Morrem centenas de milhares de inocentes. As vitimas estão no entorno, que mesmo faminto, sem teto e às vias de ver apertada a corda da forca dos bancos, das grandes empresas, sai às ruas para dançar a canalhice, o patriotismo.

Nem uma palavra nas preocupações de Hillary Clinton, terrorista e mentora de crimes contra a humanidade, com a barbárie cotidiana contra o povo palestino.

O cínico “que Deus abençoe os EUA e a todos nós” de Barack Obama. E uma carta ao primeiro-ministro da Turquia cobrando providências em relação a um comboio de ajuda humanitária ao povo de Gaza cercado por hordas de terroristas israelenses.

Não quer que essa ajuda chegue a Gaza, mas vai aumentar a proteção aos executores do assassinato de bin Laden, além de condecorá-los em segredo.

Como exercício para não nos esquecermos da condição de humanos, a frase cínica da ex-secretária de Bill Clinton, Madeleine Albrigth, sobre as crianças mortas no Iraque por falta de medicamentos e alimentos quando do bloqueio imposto pelos EUA – “É O PREÇO A SER PAGO PELA DEMOCRACIA”.

É pública e despudorada a afirmação, já que dada em resposta a um jornalista.

É o
 desprezo que se manifesta tanto em Washington como em Higienópolis.

Há uma guerra no Afeganistão. O país foi invadido por terroristas norte-americanos e da aliança com os países da Comunidade Européia, a famigerada OTAN – Organização do Tratado do  Atântico Norte –. Essa guerra se estendeu ao Paquistão, onde generais corruptos adoram malas de dólares do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Sexta-feira, 13 de maio de 2011 e oitenta e oito cidadãos paquistaneses estão mortos, além de mais de cem feridos. A mídia fervilha no ódio muito bem pago e cínico dos robôs padrão William – ou o Bonner ou o Waack – em condenar o “atentado terrorista”.

Que guerra é essa que os que pagam e compram podem definir seus ataques como libertadores, os assassinatos que praticam como ato de justiça, imputando ao outro lado apenas o epíteto “ato terrorista”?

Os que morreram são os que estão fora dos limites dos castelos do terrorismo de estado, EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Na sanha criminosa de Obama – ou qualquer outro que ocupe a Casa Branca – cada revés militar equivale ao direito de crimes monstruosos e ampliação do leque dos negócios.

O petróleo iraquiano, o controle da moeda líbia, o petróleo líbio, o genocídio contra palestinos, o controle de forças armadas como a do Egito esvaziando os direitos legítimos do povo daquele país, enfim, a globalização imposta em forma de “globalitarização”, a força das armas e do terrorismo de estado.

A chamada Comunidade Européia se afunda e arrasta países como Grécia e Portugal a um precipício sem tamanho. Os trabalhadores pagarão a conta.

A Europa Ocidental tem o molde das antigas colônias da extinta Grã Bretanha (hoje Micro-Bretanha, conceito preciso de Milton Temer). É mais – se é que isso é mais – que colônia norte-americana, apenas um amontoado de bases militares e governos que causariam inveja a Hitler (Sarkozy, David Cameron, o da Dinamarca, etc).

O processo costumeiro de mentiras da mídia tenta trazer de volta ao cenário político no Peru, América do Sul, um Fujimori. A filha do ex-ditador. Patrocínio de Washington. O eixo terror/droga – Colômbia/Peru.

Os tentáculos desse terrorismo se estendem por todos os cantos e o Brasil começa a balançar e a ceder espaços a essa forma criminosa e bárbara. É quando um governo supostamente num campo, substitui alguém do porte de Samuel Pinheiro Guimarães por Wellington Moreira Franco. Ou Celso Amorim por Anthony Patriot. Pior, traz de volta à cena monstros tucanos que em seus tempos de poder queriam enterrar a PETROBRAS, transformando-a em PETROBRAX.

Em uma dimensão que neste momento é quase imensurável, o terrorismo da “globalitarização” toma conta de todo o mundo. E pede as bênçãos de Deus com apoio do Dalai Lama, de Bento XVI, enquanto chafurda, mas escraviza na orgia dos negócios.

E não se importam de chafurdar assim, é parte do espectro do terror de estado. Se comprazem na barbárie. Jogam os restos do churrasco aos “porcos”.


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