Ministros do Exterior da UE chegaram a um acordo sobre sanções adicionais às adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Governo iraniano diz que haverá uma "resposta apropriada".
O governo iraniano classificou como "equivocada e ilógica" a decisão adotada nesta segunda-feira (15/06) pelos ministros do Exterior da União Europeia (UE) de impor sanções adicionais ao país por ele se negar a paralisar suas atividades de enriquecimento de urânio.
"A UE segue um caminho equivocado e ilógico, pois sanções não resolvem nada", afirmou nesta terça-feira em Teerã um porta-voz do Ministério iraniano do Exterior. "Essa política de afagar e apedrejar por parte da UE é o rumo equivocado e não será tolerada pelo Irã." Se não houver uma mudança de rumo, o Irã dará uma "resposta apropriada", prometeu o porta-voz.
As sanções adicionais acertadas numa reunião em Luxemburgo vão além das adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU na semana passada.
Elas incluem restrições ao comércio de mercadorias que possam ser usadas tanto para fins civis como militares. Seguradoras e provedores de serviços financeiros iranianos não poderão operar em território da UE e as contas bancárias de membros da Guarda Revolucionária serão congeladas.
Os ministros concordaram ainda em proibir as companhias europeias de realizar investimentos na indústria de gás e petróleo do Irã e transferir tecnologias nesse setor. Os navios da empresa iraniana IRISL não poderão mais navegar em águas da União Europeia.
As sanções deverão ser ratificadas pelos líderes europeus na reunião de cúpula marcada para esta quinta-feira, em Bruxelas.
AS/dpa/rtr
Revisão: A. Valente