quarta-feira, 16 de junho de 2010

BP trocou segurança pelo lucro, documentos provam

quarta-feira, 16 junho, 2010 às 19:39

Free live streaming by Ustream


Hoje surgiram novidades – tristes – sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México, que você vê aí em cima em uma transmissão ao vivo, do fundo do mar, que mostra a imensa quantidade de óleo que continua, quase dois meses depois, se espalhando pelo oceano. Cientistas convocados pelo governo americano revisaram os cálculos da quantidade de óleo que vaza, antes estimada em no máximo 40 mil barris diários, que “o fluxo mais provável” alcança entre 35 e 60 mil barris diários. Como o “funil” que a BP instalou seria capaz de coletar até 18 mil barris/dia, o que se podia imaginar recolherem a metade do petróleo que vaza raduz a até menos de um terço.

A outra notícia, publicada pelo The New York Times é a de que docmentos da British Petroleum, incluindo e-mail na qual o poço submarino perfurado pela Deepwater Horizon é chamado de “pesadelo”, mostram uma série de opções arriscadas feitas com o objetivo de poupar tempo e dinheiro nas semanas que antecederam a explosão da plataforma. Segundo o relatório, a escolha do projeto para a perfuração, que usou uma técnica bem mais barata, e a falta de equipamentos que garantisse a possibilidade de vedar o poço em caso de problemas estão registradas nos documentos internos da companhia.

Os fatos vão comprovando que, em matéria de exploração de petróleo, o risco ambiental é, essencialmente, como eu disse aqui, há mais de um mês, um risco capitalista.

Subtraído do Tijolaço