28/10/2010, Juan Cole, Informed Comment – Israeli extremists Provoke Clashes in Umm al-Fahm - [Pelo Twitter]
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
O grupo extremista “Nossa Terra de Israel”, que se opõe a qualquer tipo de negociação com árabes nos territórios ocupados, fizeram passeata de ostensiva provocação ontem, em Umm al-Fahm, a segunda maior cidade palestina-israelense em Israel. Jovens palestinos-israelenses reagiram com pedradas e a polícia israelense respondeu com granadas de efeito moral e cassetes eletrificados. Os confrontos deixaram mais de dez feridos de cada grupo. Entre os feridos estão dois deputados árabes do Parlamento de Israel.
A direita israelense protestava também contra o estabelecimento, na cidade do “Grupo Norte do Movimento Islâmico”, grupo fundamentalista cuja influência está crescendo entre palestinos-israelenses, que são mais de 20% da população em Israel. Os ativistas de direita dizem que o Movimento Islâmico é aliado do Hamás.
Esse confronto é mais um sinal claro da divisão que cresce entre judeus israelenses e israelenses palestinos, os dois lados avançando cada dia mais claramente na direção de seus respectivos fundamentalismos religiosos. Os russos-israelenses, muitos dos quais emigraram para Israel depois de 1991, são muito ativos no projeto de subordinar e até de cassar a cidadania e expulsar os palestinos-israelenses. É esse o grupo mais empenhado na implantação do “Juramento de Lealdade a Israel Estado Judeu”. Tem havido também movimentos na direção de impedir o ingresso de palestinos-israelenses em alguns dos complexos residenciais exclusivos para judeus – movimentos que evocam a África do Sul do apartheid, ou o sul dos EUA de Jim Crow.
Pelo que se vê, ao problema perene das difíceis relações entre Israel e os palestinos expulsos em 1948, começa a se somar agora a questão da difícil convivência das comunidades dentro de Israel. Essa segunda questão, de fato, é ainda mais explosiva que a primeira.