quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mensagem de “Anonymous” aos meios de comunicação de massa


Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Conversadores e enroladores do corporativismo midiático, isso não é filmiinho. Vocês enganaram o povo, manchando o nosso nome com todos os tipos de falácias.

Primeiros vocês nos ignoraram; depois nos trataram como lixo social, disseram que desapareceríamos depois das eleições, que ninguém nos apóia, que somos minoria desprezível. Nos rotularam como violentos; como terroristas; também ideologicamente. 

Vocês mentiram.

Conhecemos o problema de vocês. O caro quarto poder, já não tem nenhum poder sobre o povo. Agora, o único lastro de vocês é dinheiro no bolso.

Refazer o “jeitão” do negócio de vocês custa caro, não é mesmo? 

Exponhamos claramente o que está acontecendo: os meios de vocês são agora parte de conglomerados transnacionais, cujo supremo interesse é manter o status quo desse sistema agonizante, para continuar a ganhar dinheiro a custa de cansar o povo. Claro. Os trabalhadores do negócio de vocês já sabem disso. Ninguém acredita em vocês. A informação segue seu curso, apesar de vocês.

Enquanto brincam de criar opinião do alto de suas colunas, arrogando-se a verdade absoluta, suas calúnias e manipulações são desmascaradas e denunciadas implacavelmente – muitas vezes, ainda antes de emitidas ou publicadas –, para expor a impostura a todo o planeta.

Imaginaram que abandonaríamos o povo espanhol à estratégia óbvia de vocês, de desgastá-lo?

Vocês ainda não entenderam. Somos o mesmo povo, deixando aqui um aviso a vocês. Nós não apenas fazemos. Nós explicamos o que acontecerá. Porque depende de vocês unirem-se à mudança ou serem esquecidos por ela.

Somos os grevistas; os desempregados; os professores; os profissionais dos excluídos; as famílias sem teto; os trabalhadores ‘cortados’; os idosos esquecidos; os jovens educados, mas sem oportunidades; o trabalhador alienado; a secretária desrespeitada; os que ocupam casas desocupadas que vocês ridicularizaram; os ganhadores com consciência; os perdedores com dignidade.

Somos a chispa que desperta cada sinapse, como neurônios, que compõem hoje um só pensamento. Despertamos; invencíveis; com razão e razões.

Daremos a eles o que mais importa: nosso futuro; somos seus únicos herdeiros e donos legítimos. Não somos mercadoria na mão de ninguém.

Vocês podem continuar a mentir e a ignorar a revolução global. Vocês são irrelevantes. Dia 19 de junho o povo fez história e continuará a fazê-la. Cada vez mais países juntam-se às reivindicações do 15M, inclusive no interesse deles mesmos.

Nesse momento, as marchas cidadãs aproximam-se da capital, aumentando a cada passo.

A informação continua fluindo e não importa o que vocês façam para evitá-lo. Pretendem lutar contra a vontade humana? Pior, então, será a queda de vocês. E nossa vitória será celebremente épica. Porque a paz é nosso caminho. E não há vitória maior que vencer sem guerra.

Somos anônimos; somos legião. Não esquecemos. Não perdoamos. Esperem e verão.

Ernesto “Che” Guevara – Documentário completo

A historia de Che Guevara, documentário completo este video tem conteúdo de The Orchard Music e Koch Entertainment dos quais não temos fins de lucro e nem de posse  de direitos autorais. 

Mensagem de “Anonymous” à população espanhola


Traduzido e comentado pelo pessoal da Vila Vudu

Estamos num momento único de nossa história. O auge da tecnología contribuiu para uma taxa sem precedentes de prosperidade para o mundo, dotando-nos de uma rede global de comunicação constante; uma nova era saltos tecnológicos. Percorremos um longo caminho desde nossas raízes humildes. Agora somos pioneiros nas novas fronteiras digitais, ampliando nosso domínio do mundo quântico aos confins do espaço.

Mesmo assim, nosso mundo enfrenta crise. Pobreza, violência, corrupção ou ameaças à liberdade pessoal. Como em outros tempos de crise, as velhas histórias começaram a repetir-se. As meias verdades – desta vez repetidas todas as noites nos noticiários – ecoam pelos meios de comunicação: dizem-nos que o império é forte, que não é prudente mudar, que os negócios são resposta para tudo. Em tempos de incertezas, só fazem aumentar a confusão, para aproveitar-se de nossas inseguranças e de nossos medos. Tratam de nos manter divididos para benefício deles. A estratégia assume várias formas: esquerda e direita, cristãos e muçulmanos, brancos e pretos, santos e pecadores.

Mas está acontecendo algo que não se esperava. Começamos a contar, nós mesmos, uns aos outros, nossas próprias histórias. Compartilhamos nossas vidas, esperanças, sonhos e demônios. Cada segundo, dia após dia, os detalhes de nossas vidas nessa terra fluem pelo mundo. Começamos a entender as consequências de nossas ações e os erros dos velhos costumes. Começamos a questionar os velhos paradigmas que dizem que fomos feitos para consumir – não para criar -, que o mundo é à nossa semelhança, as guerras são inevitáveis e a pobreza sempre existirá. À medida que aprendemos mais sobre nossa espécie, uma verdade fundamental foi redescoberta: não somos tão diferentes quanto pode parecer. Todos os seres humanos têm forças, fraquezas e emoções profundas. Ansiamos pelo amor, pelo riso, temos medo da solidão e sonhamos com vida melhor.

¡Temos de acreditar numa vida melhor!

Você não pode continuar sentado no sofá, enquanto espera uma revolução. Você é a revolução. Cada vez que você escolhe não exercer seus direitos, que você se sega a ouvir, que você ignora o mundo que o rodeia, ou que você gasta um euro numa empresa que não paga salários justos, você contribui para a opressão humana. Mas você tem escolha. E você escolhe o caminho mais fácil. O velho caminho conhecido da submissão. Mas você pode escolher levantar, sair à rua e falar com seu vizinho, Vocês podem unir-se em novos fóruns para criar um caminho de mudança duradoura e verdadeira para a raça humana.

O novo desafio é o seguinte:

Uma revolução pacífica. Uma revolução das ideias. Uma revolução da arte. O século 21 como um século de iluminação. Um movimento global para criar uma nova era de tolerância, compreensão, empatia e respeito. Uma época de desenvolvimento tecnológico sem travas. De intercâmbio de ideias e de cooperação. De expressão artística e pessoal. Podemos optar por utilizar as novas tecnologías para uma mudança positiva e radical, ou deixar que sejam usadas contra nós. Podemos manter os canais de comunicação abertos e cavar novos túneis até os lugares onde a informação ainda é sigilosa e reservada. Ou podemos deixar que tudo se feche à nossa volta. À medida que avançamos, temos de reconhecer a necessidade de informação verdadeira e de um mundo verdadeiramente democrático e livre. Temos de lutar para mantener a Internet aberta como um fórum de ideias no qual todos se sintam iguais e tratem-se como iguais. Temos de defender nossa liberdade, contra os que só procuram nos controlar. Temos de lutar pelos que ainda não têm voz.

Dia 19 de junho começou a revolução global. Saia à rua e continue a contar suas histórias. Todos têm de ser ouvidos.

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Comentário enviado pelo Coletivo da Vila Vudu

Para ouvir ao som de “If you’re going to San Francisco”, Scottie McKenzie, junho de 1967 (também conhecida como “People in motion” [Gente em movimento],


Essa música foi ouvida e cantada em todo o planeta, mais vezes do que todas as mensagens do Anonymous, hoje.

É o mesmo que dizer que a mensagem dos Anonymous é ótima (só falta a virada da economia política).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quem é El-Zawahri, novo cabeça da Al-Qaeda

Abdel-Rahim Ali

Abdel-Rahim Ali, Al-Ahram Weekly, Cairo, 23-29/6/2011, n. 1.053
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


El-Zawahri ligou-se à Al-Qaeda, ao assinar um documento. Era então representante da Jihad Egípcia e, com os representantes de seis outras organizações militantes islâmicas assinou a declaração de fundação da Frente Internacional de Luta contra Judeus e Norte-Americanos [ing. International Front to Fight Jews and Americans] que o falecido líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, proclamou em fevereiro de 1998. Além de El-Zawahri e Bin Laden, o documento teve outros quatro signatários: Mounir Hamza, como secretário-geral da Sociedade de Ulema [ing. Society of Ulema] no Paquistão; Fadl Al-Rahman Khalil, como emir do Movimento Ansar no Paquistão; Sheikh Abdel-Salam Mohamed Khan, como emir do grupo Al-Jihad de Bangladesh; e Rifaai Ahmed Taha, como presidente do Conselho Egípcio Al-Gamaa Al-Islamiya's Shura [ing. Egyptian Al-Gamaa Al-Islamiya's Shura Council] para o exterior. 

Imediatamente depois de constituída, a frente desentendeu-se. Poucos dias depois do anúncio por Bin Laden, Rifaai retirou sua assinatura em nome do grupo Al-Gamaa Al-Islamiya. Antes do fim do ano, o grupo já estava reduzido à Al-Qaeda e à Jihad Egípcia, e tornou-se alvo de vasto ataque organizado por agências de inteligência dos EUA, com considerável ajuda de várias agências de inteligência árabes e ocidentais. A Jihad Egípcia foi o grupo mais duramente atingido pela caçada. A maioria de seus líderes foram presos e vários foram entregues ao Egito, onde foram julgados em tribunais militares. Vários foram condenados à morte, no caso que ficou conhecido como “dos Retornados da Albânia”, embora, de fato, fossem retornados do Azerbaijão, da África do Sul e de outros locais.

Nesse ponto, ao final de 1999, a Al-Qaeda e a Jihad Egípcia decidiram fundir-se e formar a Qaeda Al-Jihad, com Bin Laden/El-Zawahri encarregados de todas as declarações e exposições de suas posições para a imprensa. Um Jihadistade alta estatura, Abdallah bin Mohamed Ali Bin Hussein Al-Fadel Al-Qamari (Abul-Fadl Al-Qamari) foi a única exceção, autorizado a escrever sobre a organização. 

Em The Al-Qaeda Generation, publicado em 2005, lê-se, escrito pelo primeiro no comando da Qaeda Al-Jihad no leste da África e Somália:

“A palavra “Al-Qaeda” tem intrigado muitos. Há a Al-Qaeda organização-mãe, há colaboradores e há os árabes afegãos que participam da Jihad no Afeganistão. Todos esses, hoje, são classificados como Al-Qaeda, como a Jihad Egípcia liderada por Ayman El-Zawahri é Al-Qaeda e Ayman El-Zawahri, ele próprio, é o segundo em comando da Al-Qaeda. Mas eu jamais, nem uma única vez, recebi qualquer ordem do Xeique Ayman El-Zawahri ou de qualquer outra pessoa. Sigo a linha de comando da Al-Qaeda organização-mãe e o segundo em comando nessa hierarquia é o irmão Seif Al-Adl, que substituiu o falecido Xeique Abu Hafs, ‘o Comandante’. Al-Jihad e Al-Qaedapodem ter sido unificadas depois das operações do 11 de setembro, mas jamais recebemos ordens que não fossem emitidas por nossa liderança histórica.”

Os comentários de Al-Qamari parecem confirmar os muitos rumores sobre uma luta pelo poder dentro da Al-Qaeda, acontecida muitos anos antes, quando a doença despertara especulações sobre a morte iminente de bin Laden. Seja como for, esses comentários permitem observar como a primeira geração da Al-Qaeda via a questão da hierarquia e a posição de El-Zawahri depois que a Jihad Egípcia uniu-se à Al-Qaeda em fevereiro de 1998.

El-Zawahri (e) e bin Laden (d) - Foto Al Jazeera
A LINHA DE COMANDO DA AL-QAEDA: Nessa discussão sobre a linha de comando da Al-Qaeda no momento em que El-Zawahri alistou-se, Al-Qamari diz, bem claramente, que o segundo em comando, depois de Osama bin Laden era Abu Hafs Al-Masri (ou Atef Abu Sitta). Abu Sitta sucedeu Abu Obeida Al-Banshiri, que morreu afogado no Lago Vitória em 1996. Abu Sitta, por sua vez, morreu nos ataques da OTAN contra as montanhas em Tora Bora, em outubro de 2001. Abaixo dele, estava Abu Islam Al-Masri, seguido de Mohamed Shaaban Al-Ikhwani, que deixou o Egito em 1987 para unir-se à Al-Qaeda, e recebeu o posto de comandante das operações contra os russos no Afeganistão, em Khost e Jihadval. Mais recentemente, chefiou as operações no Daguestão; e morreu em fevereiro de 2010, em confronto armado com forças de segurança russas. 

A seguir, na linha de comando, vinha Abu Mohamed Al-Masri, representante do Abu Islam, que deixou a Al-Qaeda depois dos ataques de 11 de setembro, para dedicar-se ao trabalho de propaganda e recrutamento, no que foi seguido por Seif Al-Adl o qual, naquele momento, era responsável pelo campo Al-Farouq. Sobre Seif, Al-Qamari escreve:

“É soldado pára-quedista do exército egípcio. Trabalhou muito, com grande proveito, em treinamento e táticas e desenvolveu novos métodos de combate para infantaria. Ocupou vários postos de alta responsabilidade na Al-Qaeda, inclusive serviços de segurança. Atualmente, é o segundo-em-comando na Al-Qaeda, posto ao qual foi promovido depois da morte de Abu Hafs Al-Masri. É casado com uma filha do jornalista Abul-Walid Al-Masri [Mustafa Hamed, ex-correspondente da rede Al-Jazeera no Afeganistão]; o casal tem filhos.” 

Essa era a hierarquia de comando que El-Zawahri encontrou quando uniu forças com a Al-Qaeda em 1998, momento a partir do qual se tornaria cada vez mais próximo de Bin Laden e dos principais líderes da organização. Essa hierarquia também explica por que, depois da morte de Bin Laden, Seif Al-Adl foi designado líder temporário, até que se fizessem as reuniões ordenadas pelo princípio da shura [assembleias de consulta] e outro “emir” fosse escolhido pelo processo de mubayaa [livre juramento de fidelidade] pelos membros do conselho da shura da Al-Qaeda e pelos emires dos ramos da organização. Mas por que o escolhido foi El-Zawahri? Por que Seif Al-Adl não foi confirmado no posto que ocupava interinamente?

El-Zawahri - Foto Al Jazeera
POR QUE O ESCOLHIDO FOI EL-ZAWAHRI ou, em termos mais corretos, as razões por que Seif Al-Adl foi preterido. A principal razão é a fusão, que completa agora 13 anos, entre Al-Qaeda e a Jihad Egípcia, da qual, como se lê acima, nasceu a Qaeda Al-Jihad. O modo como os dois grupos se interconectaram e entreteceram as respectivas estruturas organizacionais não poderia deixar de afetar o processo de seleção que, nas atuais circunstâncias, favoreceu El-Zawahri, não só porque foi porta-voz oficial de Bin Laden durante vários anos, mas, também, porque hoje há maioria de membros da Jihad Egípcia, na Qaeda Al-Jihad.

A segunda razão tem a ver com proximidade, ou falta dela, no caso de Seif Al-Adl, que passou nove anos, de outubro de 2001 a outubro de 2010, como hóspede da Guarda Revolucionária Iraniana. Durante esse período, foi responsável pelas relações Irã- Qaeda, o que lhe valeu o codinome de “o homem do Irã dentro da Qaeda Al-Jihad”. Se fosse indicado como líder da Al-Qaeda, seria como declarar que a organização estaria agora sob pleno comando do Irã. 

A terceira razão tem a ver com as qualificações dos dois ‘candidatos’, à luz das exigências para a próxima fase. El-Zawahri é mais líder intelectual e organizacional, que comandante militar e de inteligência – exatamente do que a Al-Qaeda precisa agora, depois do sucesso das revoluções árabes, no início de uma nova era, quando ideias e competências organizacionais serão mais instrumentais que armas e ação militar, campo de especialidade de Seif Al-Adl.

Ayman El-Zawahri nasceu em 1951 [15/6], em família rica e proeminente, em Maadi, Egito. É sobrinho, pelo lado paterno, do renomado dermatologista Mohamed El-Zawahri; seu pai foi diplomata, embaixador do Egito na Arábia Saudita, no Iêmen e na Turquia. Há vários médicos na família, o que explica, pelo menos parcialmente, que El-Zawahri tenha-se encaminhado à Faculdade de Medicina, onde obteve o grau de Bacharel em Ciências Médicas em 1974 e em 1979 completou a especialização em cirurgia. Mas a base do enorme prestígio da família El-Zawahri no Egito é o avô de Ayman, Rabie El-Zawahri, que foi Grande Imã de Al-Azhar. A mãe, Omayma Azzam, também descende de família muito respeitada. Um tio de Omayma, Abdel-Rahman Azzam Pasha, foi o primeiro secretário-geral da Liga Árabe; seu pai, Abdel-Wahab Azzam, foi catedrático de Literatura Oriental na Universidade do Cairo, conhecido por sua tradução seminal, de Shahnamah, do persa para o árabe [1].

Ayman El-Zawahri foi atraído pela militância islâmica quando ainda bem jovem. Leu Signposts on the Road [2] [Sinais à beira da estrada], de Sayed Qotb, pouco depois de fugir da prisão em 1962. Naquela época, cópias do livro circulavam entre os estudantes, que formavam “círculos de estudo” para discuti-lo. Em seu livro A Knight beneath the Banner of the Prophet [2001, Cavaleiro à sombra do estandarte do Profeta [3]], El-Zawahri recorda esse período: 

“As últimas palavras de Sayed Qotb depois de recusar-se a pedir clemência ao presidente Abdel-Nasser foram “O dedo que ensina a unidade de Deus em todas as orações, nunca escreverá pedido de clemência”. Essas palavras converteram-se em lei e metodologia para os fundamentalistas, para que nunca cedam nesse fundamento.” 

Em tom do mais profundo respeito e de reverência em tudo que diz de Qotb, El-Zawahri continua:

“Ele destacou a importância da unificação do Islã e repetiu que a batalha entre o Islã e seus inimigos é, no fundo, batalha ideológica centrada na questão da unificação. É a questão de quem deve mandar e ter poder: o domínio de Deus e Sua Lei, versus métodos mundanos e princípios materiais ou a chamada ‘mediação entre o Criador e sua criação’. Essa ênfase ajudou o movimento islâmico a definir seus inimigos e a perceber que o inimigo interno pode ser tão perigoso quanto o inimigo externo; de fato, que o inimigo interno é a ferramenta de que o inimigo externo se serve, a cortina atrás da qual se esconde, em sua guerra contra o Islã.” 

Nessa época, El-Zawahri começou a desenvolver suas intuições sobre estratégia e táticas:

“O grupo que se reunia em torno de Sayed Qotb decidiu atacar o governo que havia [no Egito], porque era hostil ao Islã, desviara-se do caminho de Deus e resistia à autoridade da Sharia. Mas o planejamento era simplório e ninguém cogitava de mudar o regime ou criar um vácuo dentro dele. Só se cogitava de golpes preventivos, defensivos ou de retaliação, no caso de o regime desencadear nova campanha de perseguição aos muçulmanos.” 

Mesmo assim, por pior que fosse o planejamento dos Qotbistas, o movimento deles, em si, foi muito significativo: 

“Aquele primeiro movimento mostrou claramente que o movimento islâmico declarara guerra ao regime que governava [o Egito], por ser inimigo do Islã. Até então, toda a literatura e todos os princípios, ensinavam que o inimigo do Islã vivia no ocidente, e só.” 

El-Zawahri continua: 

“Embora o grupo Sayed Qotb e seus membros fossem oprimidos e perseguidos pelo governo Nasser, não foi possível impedir que sua influência continuasse a crescer entre os jovens muçulmanos (...). O chamamento de Sayed Qotb à dedicação à unidade de Deus,  à total submissão ao poder de Deus e à soberania da via divina ainda faz arder o fogo da revolução islâmica contra os inimigos do Islã em casa e no ocidente, história cujos capítulos sangrentos continuam a desenrolar-se dia após dia (...) O governo acreditava que, com a morte de Sayed Qotb e seus companheiros em meados dos anos 1960s, o movimento fundamentalista teria sido afinal eliminado para sempre. Mas a aparente calma da superfície escondia a intensa ebulição profunda que as ideias de Qotb haviam catalisado e que viriam a gerar o núcleo do movimento Jihadista no Egito.”

Como nos informa, El-Zawahri pertenceu à primeira célula da Jihad Egípcia, formada depois da execução de Sayed Qotb. Certamente o principal ponto de mudança foi a derrota do Egito na guerra de 1967. El-Zawahri observa que essa derrota desencadeou uma “virada de consciência” na sociedade egípcia, cujo povo resistia a abraçar o Islã. Escreve que, nesse ponto, 

“o movimento Jihadista fortaleceu sua decisão, ao perceber que o arco inimigo era ídolo inventado pela máquina de propaganda e pela campanha para atormentar e perseguir islâmicos.”

ESTRATÉGIA: Em sua análise, El-Zawahri reuniu as sementes do pensamento que o levaria ao centro estratégico da Al-Qaeda, onde pode desenvolver uma significativa evolução, baseada do conceito de “coalizão inimiga”. 

Em A Knight beneath the Banner of the Prophet, El-Zawahiri relembra que, em 1999, já completara todos os andaimes de sua teoria. Independente do simbolismo da data, a teoria o elevara ao status de principal ideólogo da Al-Qaeda já no início de 2001, no que se pode ver mais uma razão que fez dele competidor de peso na disputa com Seif Al-Adl pela liderança da organização, depois da morte de Bin Laden. 

Um dos pontos centrais da teoria de El-Zawahiri era que a batalha tinha de ser levada para território inimigo. 

“O movimento islâmico e a vanguarda Jihadista e, de fato, toda a nação islâmica, têm de engajar na batalha os principais criminosos – os EUA, a Rússia e Israel. Não podemos continuar a aceitar que eles controlem a batalha entre o movimento Jihadista e nossos governos, lá de fora, de longe, de onde se sentem seguros. Eles têm de pagar e pagar caro.” 

E explica:

“Os líderes em Washington e Telavive usam os regimes [árabes/muçulmanos] para proteger seus interesses e combater suas batalhas contra os muçulmanos. Se os estilhaços da batalha chegam às suas carnes e casas, eles primeiro trocam acusações entre seus iguais sobre qual deles foi incompetente. Assim, terão de escolher entre duas alternativas igualmente impalatáveis: ou cada um terá de combater suas próprias batalhas contra os muçulmanos, o que rapidamente gerará uma Jihad contra os hereges, ou terão de revisar seus próprios pensamentos, depois de admitir que fracassararm no projeto de atacar com violência e injustamente o povo muçulmano. Por isso temos de levar a batalha para o território do inimigo. Só assim as mãos dos que incendeiam nossos países serão incendiadas.”

Mas a teoria tinha outro fundamento: 

“A luta para estabelecer um estado muçulmano não pode ser feita como luta regional. É claro que a coalizão de judeus-cruzados liderada pelos EUA jamais admitirá que qualquer força muçulmana assuma o poder em qualquer país muçulmano e que mobilizará todas as suas energias para atacar e derrubar aquela força, se algum dia chegar ao poder. Com vistas a esse objetivo, aquela coalizão abrirá um teatro de batalha que cobrirá todo o planeta e imporá sanções – se abertamente não declarar guerra – contra quem quer que ajude um governo muçulmano. Assim sendo, e para responder a essa nova situação, temos de nos preparar para uma batalha que não estará confinada numa única região, na qual teremos de enfentar o inimigo herege interno e o inimigo judeu-cruzado externo."

Com isso, El-Zawahri separou-se publicamente do mandamento central de todos os movimentos Jihadistas no Egito e no mundo árabe até então, dentre os quais a própria Organização Jihad Egípcia que ele mesmo liderava desde 1992. Esse mandamento ordenava confrontar primeiro o inimigo mais próximo (ou seja, os governos árabes), para estabelecer uma base a partir da qual alavancar a guerra santa contra todos os países e governos hereges, estivessem onde estivessem. Para Al-Zawahiri,

“Não podemos adiar o conflito com o inimigo externo, porque a aliança judeu-cruzados não nos dará tempo de derrotar o inimigo interno e só depois declarar-lhe guerra santa. De fato, EUA e judeus e seus aliados já estão presentes, com seus exércitos, bem aqui, no coração de nossa região; e preparam-se para nos agredir.” 

O FUTURO DA AL-QAEDA: Nem a onda de revoluções árabes parece ter alterado o pensamento de El-Zawahri. Em sua primeira declaração oficial depois da morte de bin Laden, disse que

“Se as revoluções árabes não levarem islâmicos ao poder, recorreremos às armas”.

Curiosamente, poucos analistas consideraram essa declaração, nas discussões sobre o impacto das revoluções árabes, o futuro e a influência da Al-Qaeda.

Nada autoriza supor que a chegada de El-Zawahri ao posto máximo no comando da Al-Qaeda venha a desencadear mudanças profundas em seu modo de pensar e em sua estratégia. A única modificação é que, agora, El-Zawahri acrescenta um caso sobre o qual antes não pensara. E diz que, mesmo governos revolucionários que substituam ditaduras, mas não levem ao poder governos islâmicos e não apliquem a Sharia islâmica, serão listados como inimigos da Al-Qaeda, ao lado dos americanos, judeus cruzados e seus colaboradores, mesmo estados, que os apoiem economicamente ou moralmente. Isso no plano estratégico.

No plano tático, o objetivo imediato mais provável da Al-Qaeda, nessa fase de transição pós-bin Laden, se se pode dizer assim, será alcançar o poder num único país – que será usado como plataforma para a expansão. O que permite conjecturar que reduzirão os ataques “ao inimigo distante” (EUA e Europa); e que tomarão como alvo o Iêmen, nas atuais circunstâncias. 

O Iêmen é alvo possível, se o governo de Abdallah Saleh for derrubado e criar-se um vácuo de poder – porque não se pode antever hoje qualquer possibilidade de criar-se ali qualquer outro governo apoiado pelos estados árabes e pela comunidade internacional. Um Iêmen em anarquia permitirá que o Irã amplie sua assistência à Al-Qaeda (pela conexão com Seif Al-Adl), usando para isso os houthis, que controlam grandes porções de território no norte do Iêmen. Então, o Irã somará um nascente Emirado Islâmico do Iêmen às suas forças, no jogo de grandes mestres de xadrez que o Irã disputa contra os EUA e o Ocidente.



Notas dos tradutores

[1] Mais, sobre o livro, Shahnamah em português. 
[2]  O lívro, publicado em 1964, é mais conhecido em inglês como Milestones Along the Way (The Mother Mosque Foundation, 1981). O autor foi preso, acusado de conspirar contra o estado egípcio, condenado à morte e enforcado em 1966, durante o governo de Nasser. Com o autor convertido em mártir, o livro passou a ser buscado em todo o mundo islâmico.
[3] Ayman al-Zawahiri, Knights Under the Prophet's Banner, publicado em capítulos no jornal Al-Sharq al Awsat, Londres, em árabe, 2-10/12/2001, trad. Foreign Broadcast Information Service, document FBIS-NES-2001-1202, oferecido online pela Federation of American Scientists, e resenhado, em inglês, na página do Exército dos EUA.

A melhor música da história



Publicado em 29/06/2011 por Urariano Mota

Na semana passada, os ingleses cometeram mais uma. Acharam de escolher os 20 maiores cantores de todos os tempos. A topada se deu em lista dos leitores do New Musical Express. Entre os máximos, Michael Jackson, Freddie Mercury, Elvis Presley, Axl Rose, John Lennon, David Bowie, nessa ordem, até atingir Tina Turner. Ray Charles apareceu em décimo primeiro lugar, talvez por excesso de generosidade. Mas o pior aconteceu com aquele monstro que o mundo inteiro chama de Nat King Cole. Ele vai ter que esperar os 20 maiores cantores de todos os tempos em algum futuro longe da ilha.

Não faz muito, os súditos da Rainha gritaram para os súditos de todo o planeta:

Leitores do The Sun elegem Bohemian Rhapsody a melhor música da história

Revista Q elege One, do U2, a melhor música já gravada.

Na ocasião, como agora, o que saltou aos olhos foi a leviandade. A imprensa inglesa elegia o melhor, o maior e o mais com a superficialidade e leveza com que escolhe a melhor entre duas marcas  de cerveja num pub. E esta segunda coisa saltou também, um pouco depois: como é que se elege a melhor música da história na base de uma simples coleta de opiniões na esquina? Ainda que essa esquina se ache a melhor e maior e a mais do mundo, como pode tal eleita possuir algum valor, digamos, estético?

Com agravantes. A eleição na revista Q se fez entre escritores e uma equipe de músicos profissionais, que destacaram a One, do U2, dentre as 1001 melhores músicas já gravadas. Por que 1001, e não simplesmente 100, ou 1000, esqueçam. Todos sabemos que a ignorância não tem dúvidas. A ignorância só possui certezas. Mas parece que tal eleição é mais funda que uma ação ignorante – ela atinge um núcleo mais substancioso, pois vive e ondula no cerne de um bem robusto e assentado preconceito. Porque vejam, leiam, meditem: dizer que tal música, inglesa, ou aquela, inglesa, sem dúvida, é a melhor da história ou das já gravadas, não é outra coisa se não dizer que:

a) os outros povos não têm música;
b) outros povos até que têm, mas nada que se compare à canção inglesa.

É palmar, é tedioso dizer que todos os povos têm um gênio de ser, um modo de estar e agir no mundo que é o seu destino e caráter. E tão universais atingem a natureza que deixam de ser particulares, que deixam de ser a sua nacionalidade contra a de outros. Em vez de versus abraçam. Em vez de se oporem a nós, conquistam-nos pela qualidade de possuírem os nossos melhores talentos. Que importa mesmo que Cervantes seja espanhol, Shakespeare inglês, Goethe alemão, Tolstoi russo, Baudelaire francês, Pixinguinha brasileiro?

Mas nada disso ficará claro, nenhum argumento restará em pé se não contarmos dois pequeninos casos sobre a arrogância colonial de alguns ingleses. No primeiro que me acode à memória, um estudante  brasileiro fazia o doutorado em Londres. O que já é, em si, uma dupla manifestação de espírito e mentalidade colonialista. Tanto de quem vai buscar reconhecimento quanto  de quem concede. O fato é que um belo dia, em estado de inocência, o estudante brasileiro perguntou a seu orientador se ele conhecia outro idioma. Resposta: - “Eu não preciso. Todo o mundo fala a minha língua”. Isso é ou não é exemplar, um modelo de bendita ignorância, preconceito e autossatisfação? 

Em outra, o autor destas mal traçadas conversava com uma jornalista inglesa. A certa altura do Alto da Sé, em Olinda, comentou que era inútil lamentar o que estava perdido, pois que “não adiantava chorar o leite derramado”. Ao que lhe observou a jornalista: -“Existe isto aqui, esse ‘não adianta chorar o leite derramado’? Incrível. Pois isto é a tradução literal de um ditado inglês”. Mais tarde, anos depois, ao saber dessa observação, assim comentou um espanhol, ilustre editor do site La Insígnia:

Vai ver que esse ditado é latino em sua origem. Os ingleses sempre acham que a sua tradução é a origem do mundo.

No que volto a ser brasileiro.

Tiro o som de U2, sem pesar; esqueço a Bohemian Rhapsody e ponho em seu merecido lugar, Pixinguinha. Dou-lhe um descanso e vou para o genial choro 1 x 0, ele no sax e Benedito Lacerda na flauta.

Depois ouço Copacabana, levado pela voz do senhor Dick Farney: “existem praias tão lindas cheias de luz, nenhuma tem o encanto que tu possuis....”. E sem álcool, sem ufanismo me digo: Copacabana continuará pelos séculos a ondular pelas esferas no infinito. Até mesmo quando burrice e pretensão não forem nem lembrança.

Enviado por Direto da Redação

O país real

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Rua 25 de Março em São Paulo, Capital, dia de semana comum e de compras

Publicado em 29/06/2011 por Mair Pena Neto

Uma transformação de grande magnitude está em curso no país. A frase é do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, diante dos dados revelados pelo estudo “Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira”, realizado pela respeitada instituição.

Neri baseia sua afirmação na redução significativa da desigualdade no Brasil, que cresce nos demais BRICSs, países com quem o Brasil mais pode ser comparado. O sucesso do modelo brasileiro tem sido conciliar o crescimento econômico com a redução das desigualdades sociais. Entre 2003 e 2007, a renda dos 20% mais pobres da população brasileira avançou em média 6,3% ao ano, enquanto a dos 20% mais ricos subiu apenas 1,7%.

O Brasil é o único dos BRICSs a registrar tal fenômeno. Na China, a renda dos mais pobres subiu até mais que a dos brasileiros (8,5%), mas a dos 20% mais ricos evoluiu 15%. É por isso que se ouve falar tanto de novos milionários e até bilionários na China e não tanto de uma mobilidade social como a verificada no Brasil. Na Índia, os 20% mais pobres tiveram uma evolução de renda de apenas 1%, contra 2,8% dos mais ricos, e na África do Sul a relação foi de 5,8% para os mais pobres e 7,6% para os mais ricos.

O Brasil encontrou um caminho de inclusão social, superando os temores do crescimento e de receitas obsoletas como a de que era preciso primeiro crescer para depois distribuir a riqueza. A pirâmide social brasileira muda de configuração, com a consolidação de uma robusta classe média capaz de contribuir efetivamente para a manutenção deste ciclo de desenvolvimento. De 2003 até agora, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam paras as classes A, B e C, o que equivale a uma África do Sul ou a uma Espanha.

Os mais ricos também crescem, mas o importante é que os mais pobres diminuem. As classes D e E se reduzem e a classe C engorda. O Brasil se torna cada vez mais um país de classe média e precisa continuar avançando sem medo de ser feliz. A mobilidade social implica em mais consumo e é preciso estar preparado para absorvê-lo. O debate não deve ser sobre os riscos de inflação e sim sobre ampliação da capacidade produtiva para gerar mais emprego e renda e atender as aspirações dessa nova leva de brasileiros.

Marcelo Neri não vê qualquer sinal de desaquecimento do aumento da renda, e a população está confiante. O estudo da FGV também revela que os brasileiros são os mais otimistas quanto ao seu futuro. Num ranking de felicidade futura que a FGV elaborou a partir de dados de uma pesquisa mundial do Gallup, de 2009, com 146 países, os brasileiros dão nota média de 8,7 à expectativa de satisfação com a vida em 2014. Quem mais se aproxima dos brasileiros são os jamaicanos, com 8,3.

Este é o país real e não o que se lê diariamente nos noticiários, repleto de futricas políticas, crises artificiais e problemas. Não que o Brasil esteja livre deles. Apesar das melhorias, a desigualdade ainda é gritante e a miséria, por exemplo, continua a existir entre parcela significativa da população (8,5%). A eliminação das desigualdades vai exigir políticas mais transformadoras e para combater a miséria já existe um plano em curso. Que não seja afetado pela pequenez política dos que se preocupam apenas com poder e ganhos e não com a melhoria de vida da população.

Enviado por Direto da Redação

SIONISTAS SÃO GENOCIDAS - ISRAEL TERRORISMO DE ESTADO

Laerte Braga

Laerte Braga

Israel é uma aberração jurídica inventada pelas grandes potências ao fim da 2ª Grande Guerra a guisa de justificar o assassinato em massa de judeus nos campos de concentração nazistas. No duro mesmo uma ocupação de terras palestinas para garantir o petróleo no Oriente Médio.

É, desde a sua instalação, um Estado terrorista. Não significa que judeus sejam criminosos, mas que a imensa e esmagadora maioria dos que controlam o país/terrorista e seus principais líderes religiosos – os chamados ortodoxos, ou fundamentalistas – são os principais acionistas dos Estados Unidos e todo o seu entorno continental ou além mar. São genocidas.

A propalada ajuda a Grécia havia sido negada até que banqueiros judeus/sionistas e alemães, em sua maioria, alertaram à primeira-ministra Ângela Merkel que seriam eles os maiores prejudicados com a falência daquele país (aos olhos do capitalismo), já que detinham a maior parte dos títulos da dívida pública grega.

A Europa Ocidental é uma parte do mundo em processo de dissolução. No terror do capitalismo o que se impõe à Grécia é uma política econômica de terra arrasada, tal e qual fizeram com o Brasil no governo de FHC e fazem sistematicamente com todos os países no mundo desde o fim da União Soviética.

Trabalhadores, em todo o mundo, pagam o preço dessa estupidez.

A verdade única, absoluta do terrorismo de Estado. Escora-se em sangue de um arsenal nuclear que é capaz de destruir o mundo cem vezes se preciso for. Foi assim no Iraque onde não existiam armas químicas e nem biológicas de destruição em massa, apenas petróleo. É assim no Afeganistão onde assumiram inclusive o controle da produção e tráfico de drogas. Ou na Colômbia, onde sustentam um governo de cartéis das drogas.

No Brasil agentes da MOSSAD – organização terrorista israelense a que chamam de serviço de inteligência – transitam à vontade com a omissão do governo (deste e dos anteriores) na velha e surrada mentira da presença de terroristas entre os refugiados ou imigrantes de nações árabes na região de Foz do Iguaçu.

Em Porto Alegre, um vereador descabeçado – para que servem câmaras municipais? – impôs o ensino do holocausto nas escolas públicas da capital.

E os ciganos, os negros, os homossexuais, os adversários do regime de Hitler assassinados nos mesmos campos de concentração? O holocausto não é privilégio dos judeus. 

Quem vai ensinar e mostrar o genocídio contra o povo palestino? As prisões indiscriminadas, os estupros de mulheres palestinas, a tortura, o roubo de terras, das águas e riquezas dos palestinos?

O governo de Gaza – Hamas – foi eleito em pleito livre e democrático que resultou dos acordos assinados pelo então presidente Bill Clinton, o primeiro ministro de Israel Itzak Rabin e o líder palestino Yasser Arafat. Nas comemorações da paz Rabin foi assassinado por um fundamentalista, ou ortodoxo, contrário à paz e com a convicção que judeus são o povo eleito e, portanto, superiores.

A mesma visão de Hitler, os mesmos procedimentos. Um imenso muro que tenta transformar a Palestina num grande campo de concentração.

Detentores do controle acionário de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A assombram o mundo suas ogivas nucleares e a barbárie que os caracteriza.

Einstein desistiu do sonho de uma nação judia ainda em 1948, em carta publicada no jornal THE NEW YORK TIMES, quando percebeu o caráter terrorista do Estado de Israel.

A FLOTILHA DA PAZ inicia sua jornada saindo de vários pontos do mar Mediterrâneo levando ajuda humanitária aos habitantes de Gaza submetidos a um implacável bloqueio dos terroristas de Israel.

Cidadãos de várias nacionalidades vão tentar chegar a Gaza e mostrar ao mundo o horror e os crimes praticados pelo governo de Israel. Entre eles Hedy Epstein, 86 anos de idade, norte-americana, judia e que teve os pais assinados pelos nazistas. Hedy participou da primeira FLOTILHA e indignou-se com a violência, o massacre praticado pelos soldados de Israel.

Não são humanos. São assassinos por natureza e caráter.

Em meio à boçalidade das tropas de Israel os palestinos de Gaza preparam uma recepção especial para a FLOTILHA DA PAZ.

Barack Obama, o cínico, já disse que não pode se responsabilizar pela vida dos norte-americanos a bordo dos barcos da FLOTILHA. Só se responsabiliza pela vida de norte-americanos se estiverem a serviço de empresas, bancos, conglomerados da indústria petrolífera e da indústria bélica. Tem eleições a enfrentar em 2012 e não quer contrariar os donos do negócio, falo dos EUA, os judeus sionistas.

O governo de Israel já anunciou que não vai permitir que a FLOTILHA DA PAZ, carregando alimentos, remédios, chegue a Gaza, fure o bloqueio. Segundo o terrorista Avigdor Lieberman, dito ministro das Relações Exteriores, os “ativistas estão buscando confronto e sangue”.

Quem sabe às vezes a OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE – tão empenhada em “libertar” a Líbia dê uma ajuda? Afinal são direitos humanos.

Na primeira tentativa de ajudar a população de Gaza nove ativistas turcos, um deles com dupla nacionalidade, norte-americana também, foram mortos pelas hordas assassinas de Israel.

O discurso do nazi/sionista Lieberman é o de sempre. Segundo ele entre os ativistas da paz existem terroristas. Deve ser a vovó de 86 anos que perdeu os pais em campos de concentração nazistas e sabe o que são essas prisões hoje controladas por Israel ou pelos EUA.

A Marinha de Israel está instruída a não permitir a aproximação dos barcos e a reprimir qualquer tentativa de furar o bloqueio.

São desumanos, covardes e assassinos em sua gênese.

E depois a culpa é do Irã.

Israel é um câncer para a paz mundial. Os níveis de barbárie e boçalidade praticados pelo governo de Tel Aviv só encontram paralelo nos mais terríveis tiranos da história, Hitler entre eles, naturalmente onde aprenderam o know how da estupidez que usam contra palestinos. Ao contrário da senhora Hedy Epstein, a judia norte-americana que vai num dos barcos da FLOTILHA DA PAZ cheia de indignação.

A FLOTILHA DA PAZ deve chegar às águas territoriais de Gaza (controladas pela Marinha de Hitler) na quinta, ou na sexta-feira e provavelmente o mundo vai assistir a mais um espetáculo de horror e violência comuns aos nazistas.

Sionistas são nazistas.

O Conselho de Segurança da ONU não vai resolver nada. Das mais de cinqüenta resoluções contra Israel por violações de direitos humanos nenhuma foi implementada. Têm o controle acionário da maioria do Conselho e da própria Organização.

O embaixador dos EUA vai estar lá para defender os interesses dos seus patrões em Israel e o primeiro-ministro inglês David Cameron vai dizer novamente, é lógico, que o “multiculturalismo acabou”, no racismo explícito de uma nação decadente, mera base militar do complexo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

No Egito o povo continua massacrado por militares que diante das manifestações de meses atrás. Se livraram de um anel, Hosni Mubarak e mantiveram os dedos da ditadura intactos. Não são forças armadas egípcias, mas braço de Israel e dos EUA. Como boa parte dos militares na maioria dos países do mundo, inclusive o Brasil, onde escondem atrás da covardia do sigilo eterno.

Temem a liberdade, temem a democracia, temem a paz.

Os navios da FLOTILHA DA PAZ sairão com perto de 500 integrantes de várias nacionalidades e de muitos pontos do Mediterrâneo. Levam ajuda humanitária, vão tentar sensibilizar a manada conduzida pela sociedade do espetáculo no resto do mundo, mostrar a situação dramática dos habitantes da Faixa de Gaza e todo o povo palestino.

Serão cúmplices os governos que se omitirem a qualquer ato terrorista dessa aberração jurídica/política e econômica que é o Estado terrorista de Israel. 

Nessa história toda Obama é só um cínico, um espertalhão, destituído de princípios e respeito pelo que quer que seja, que não o que os sionistas determinarem.

A FLOTILHA DA PAZ leva os que teimam em resistir como seres humanos diante da barbárie que é o capitalismo.