Abdel-Rahim Ali |
Abdel-Rahim Ali, Al-Ahram Weekly, Cairo , 23-29/6/2011, n. 1.053
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
El-Zawahri ligou-se à Al-Qaeda, ao assinar um documento. Era então representante da Jihad Egípcia e, com os representantes de seis outras organizações militantes islâmicas assinou a declaração de fundação da Frente Internacional de Luta contra Judeus e Norte-Americanos [ing. International Front to Fight Jews and Americans] que o falecido líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, proclamou em fevereiro de 1998. Além de El-Zawahri e Bin Laden, o documento teve outros quatro signatários: Mounir Hamza, como secretário-geral da Sociedade de Ulema [ing. Society of Ulema] no Paquistão; Fadl Al-Rahman Khalil, como emir do Movimento Ansar no Paquistão; Sheikh Abdel-Salam Mohamed Khan, como emir do grupo Al-Jihad de Bangladesh; e Rifaai Ahmed Taha, como presidente do Conselho Egípcio Al-Gamaa Al-Islamiya's Shura [ing. Egyptian Al-Gamaa Al-Islamiya's Shura Council] para o exterior.
Imediatamente depois de constituída, a frente desentendeu-se. Poucos dias depois do anúncio por Bin Laden, Rifaai retirou sua assinatura em nome do grupo Al-Gamaa Al-Islamiya. Antes do fim do ano, o grupo já estava reduzido à Al-Qaeda e à Jihad Egípcia, e tornou-se alvo de vasto ataque organizado por agências de inteligência dos EUA, com considerável ajuda de várias agências de inteligência árabes e ocidentais. A Jihad Egípcia foi o grupo mais duramente atingido pela caçada. A maioria de seus líderes foram presos e vários foram entregues ao Egito, onde foram julgados em tribunais militares. Vários foram condenados à morte, no caso que ficou conhecido como “dos Retornados da Albânia”, embora, de fato, fossem retornados do Azerbaijão, da África do Sul e de outros locais.
Nesse ponto, ao final de 1999, a Al-Qaeda e a Jihad Egípcia decidiram fundir-se e formar a Qaeda Al-Jihad, com Bin Laden/El-Zawahri encarregados de todas as declarações e exposições de suas posições para a imprensa. Um Jihadistade alta estatura, Abdallah bin Mohamed Ali Bin Hussein Al-Fadel Al-Qamari (Abul-Fadl Al-Qamari) foi a única exceção, autorizado a escrever sobre a organização.
Em The Al-Qaeda Generation, publicado em 2005, lê-se, escrito pelo primeiro no comando da Qaeda Al-Jihad no leste da África e Somália:
“A palavra “Al-Qaeda” tem intrigado muitos. Há a Al-Qaeda organização-mãe, há colaboradores e há os árabes afegãos que participam da Jihad no Afeganistão. Todos esses, hoje, são classificados como Al-Qaeda, como a Jihad Egípcia liderada por Ayman El-Zawahri é Al-Qaeda e Ayman El-Zawahri, ele próprio, é o segundo em comando da Al-Qaeda. Mas eu jamais, nem uma única vez, recebi qualquer ordem do Xeique Ayman El-Zawahri ou de qualquer outra pessoa. Sigo a linha de comando da Al-Qaeda organização-mãe e o segundo em comando nessa hierarquia é o irmão Seif Al-Adl, que substituiu o falecido Xeique Abu Hafs, ‘o Comandante’. Al-Jihad e Al-Qaedapodem ter sido unificadas depois das operações do 11 de setembro, mas jamais recebemos ordens que não fossem emitidas por nossa liderança histórica.”
Os comentários de Al-Qamari parecem confirmar os muitos rumores sobre uma luta pelo poder dentro da Al-Qaeda, acontecida muitos anos antes, quando a doença despertara especulações sobre a morte iminente de bin Laden. Seja como for, esses comentários permitem observar como a primeira geração da Al-Qaeda via a questão da hierarquia e a posição de El-Zawahri depois que a Jihad Egípcia uniu-se à Al-Qaeda em fevereiro de 1998.
El-Zawahri (e) e bin Laden (d) - Foto Al Jazeera |
A LINHA DE COMANDO DA AL-QAEDA: Nessa discussão sobre a linha de comando da Al-Qaeda no momento em que El-Zawahri alistou-se, Al-Qamari diz, bem claramente, que o segundo em comando, depois de Osama bin Laden era Abu Hafs Al-Masri (ou Atef Abu Sitta). Abu Sitta sucedeu Abu Obeida Al-Banshiri, que morreu afogado no Lago Vitória em 1996. Abu Sitta, por sua vez, morreu nos ataques da OTAN contra as montanhas em Tora Bora, em outubro de 2001. Abaixo dele, estava Abu Islam Al-Masri, seguido de Mohamed Shaaban Al-Ikhwani, que deixou o Egito em 1987 para unir-se à Al-Qaeda, e recebeu o posto de comandante das operações contra os russos no Afeganistão, em Khost e Jihadval. Mais recentemente, chefiou as operações no Daguestão; e morreu em fevereiro de 2010, em confronto armado com forças de segurança russas.
A seguir, na linha de comando, vinha Abu Mohamed Al-Masri, representante do Abu Islam, que deixou a Al-Qaeda depois dos ataques de 11 de setembro, para dedicar-se ao trabalho de propaganda e recrutamento, no que foi seguido por Seif Al-Adl o qual, naquele momento, era responsável pelo campo Al-Farouq. Sobre Seif, Al-Qamari escreve:
“É soldado pára-quedista do exército egípcio. Trabalhou muito, com grande proveito, em treinamento e táticas e desenvolveu novos métodos de combate para infantaria. Ocupou vários postos de alta responsabilidade na Al-Qaeda, inclusive serviços de segurança. Atualmente, é o segundo-em-comando na Al-Qaeda, posto ao qual foi promovido depois da morte de Abu Hafs Al-Masri. É casado com uma filha do jornalista Abul-Walid Al-Masri [Mustafa Hamed, ex-correspondente da rede Al-Jazeera no Afeganistão]; o casal tem filhos.”
Essa era a hierarquia de comando que El-Zawahri encontrou quando uniu forças com a Al-Qaeda em 1998, momento a partir do qual se tornaria cada vez mais próximo de Bin Laden e dos principais líderes da organização. Essa hierarquia também explica por que, depois da morte de Bin Laden, Seif Al-Adl foi designado líder temporário, até que se fizessem as reuniões ordenadas pelo princípio da shura [assembleias de consulta] e outro “emir” fosse escolhido pelo processo de mubayaa [livre juramento de fidelidade] pelos membros do conselho da shura da Al-Qaeda e pelos emires dos ramos da organização. Mas por que o escolhido foi El-Zawahri? Por que Seif Al-Adl não foi confirmado no posto que ocupava interinamente?
El-Zawahri - Foto Al Jazeera |
POR QUE O ESCOLHIDO FOI EL-ZAWAHRI ou, em termos mais corretos, as razões por que Seif Al-Adl foi preterido. A principal razão é a fusão, que completa agora 13 anos, entre Al-Qaeda e a Jihad Egípcia, da qual, como se lê acima, nasceu a Qaeda Al-Jihad. O modo como os dois grupos se interconectaram e entreteceram as respectivas estruturas organizacionais não poderia deixar de afetar o processo de seleção que, nas atuais circunstâncias, favoreceu El-Zawahri, não só porque foi porta-voz oficial de Bin Laden durante vários anos, mas, também, porque hoje há maioria de membros da Jihad Egípcia, na Qaeda Al-Jihad.
A segunda razão tem a ver com proximidade, ou falta dela, no caso de Seif Al-Adl, que passou nove anos, de outubro de 2001 a outubro de 2010, como hóspede da Guarda Revolucionária Iraniana. Durante esse período, foi responsável pelas relações Irã- Qaeda, o que lhe valeu o codinome de “o homem do Irã dentro da Qaeda Al-Jihad”. Se fosse indicado como líder da Al-Qaeda, seria como declarar que a organização estaria agora sob pleno comando do Irã.
A terceira razão tem a ver com as qualificações dos dois ‘candidatos’, à luz das exigências para a próxima fase. El-Zawahri é mais líder intelectual e organizacional, que comandante militar e de inteligência – exatamente do que a Al-Qaeda precisa agora, depois do sucesso das revoluções árabes, no início de uma nova era, quando ideias e competências organizacionais serão mais instrumentais que armas e ação militar, campo de especialidade de Seif Al-Adl.
Ayman El-Zawahri nasceu em 1951 [15/6], em família rica e proeminente, em Maadi, Egito. É sobrinho, pelo lado paterno, do renomado dermatologista Mohamed El-Zawahri; seu pai foi diplomata, embaixador do Egito na Arábia Saudita, no Iêmen e na Turquia. Há vários médicos na família, o que explica, pelo menos parcialmente, que El-Zawahri tenha-se encaminhado à Faculdade de Medicina, onde obteve o grau de Bacharel em Ciências Médicas em 1974 e em 1979 completou a especialização em cirurgia. Mas a base do enorme prestígio da família El-Zawahri no Egito é o avô de Ayman, Rabie El-Zawahri, que foi Grande Imã de Al-Azhar. A mãe, Omayma Azzam, também descende de família muito respeitada. Um tio de Omayma, Abdel-Rahman Azzam Pasha, foi o primeiro secretário-geral da Liga Árabe; seu pai, Abdel-Wahab Azzam, foi catedrático de Literatura Oriental na Universidade do Cairo, conhecido por sua tradução seminal, de Shahnamah, do persa para o árabe [1].
Ayman El-Zawahri foi atraído pela militância islâmica quando ainda bem jovem. Leu Signposts on the Road [2] [Sinais à beira da estrada], de Sayed Qotb, pouco depois de fugir da prisão em 1962. Naquela época, cópias do livro circulavam entre os estudantes, que formavam “círculos de estudo” para discuti-lo. Em seu livro A Knight beneath the Banner of the Prophet [2001, Cavaleiro à sombra do estandarte do Profeta [3]], El-Zawahri recorda esse período:
“As últimas palavras de Sayed Qotb depois de recusar-se a pedir clemência ao presidente Abdel-Nasser foram “O dedo que ensina a unidade de Deus em todas as orações, nunca escreverá pedido de clemência”. Essas palavras converteram-se em lei e metodologia para os fundamentalistas, para que nunca cedam nesse fundamento.”
Em tom do mais profundo respeito e de reverência em tudo que diz de Qotb, El-Zawahri continua:
“Ele destacou a importância da unificação do Islã e repetiu que a batalha entre o Islã e seus inimigos é, no fundo, batalha ideológica centrada na questão da unificação. É a questão de quem deve mandar e ter poder: o domínio de Deus e Sua Lei, versus métodos mundanos e princípios materiais ou a chamada ‘mediação entre o Criador e sua criação’. Essa ênfase ajudou o movimento islâmico a definir seus inimigos e a perceber que o inimigo interno pode ser tão perigoso quanto o inimigo externo; de fato, que o inimigo interno é a ferramenta de que o inimigo externo se serve, a cortina atrás da qual se esconde, em sua guerra contra o Islã.”
Nessa época, El-Zawahri começou a desenvolver suas intuições sobre estratégia e táticas:
“O grupo que se reunia em torno de Sayed Qotb decidiu atacar o governo que havia [no Egito], porque era hostil ao Islã, desviara-se do caminho de Deus e resistia à autoridade da Sharia. Mas o planejamento era simplório e ninguém cogitava de mudar o regime ou criar um vácuo dentro dele. Só se cogitava de golpes preventivos, defensivos ou de retaliação, no caso de o regime desencadear nova campanha de perseguição aos muçulmanos.”
Mesmo assim, por pior que fosse o planejamento dos Qotbistas, o movimento deles, em si, foi muito significativo:
“Aquele primeiro movimento mostrou claramente que o movimento islâmico declarara guerra ao regime que governava [o Egito], por ser inimigo do Islã. Até então, toda a literatura e todos os princípios, ensinavam que o inimigo do Islã vivia no ocidente, e só.”
El-Zawahri continua:
“Embora o grupo Sayed Qotb e seus membros fossem oprimidos e perseguidos pelo governo Nasser, não foi possível impedir que sua influência continuasse a crescer entre os jovens muçulmanos (...). O chamamento de Sayed Qotb à dedicação à unidade de Deus, à total submissão ao poder de Deus e à soberania da via divina ainda faz arder o fogo da revolução islâmica contra os inimigos do Islã em casa e no ocidente, história cujos capítulos sangrentos continuam a desenrolar-se dia após dia (...) O governo acreditava que, com a morte de Sayed Qotb e seus companheiros em meados dos anos 1960s, o movimento fundamentalista teria sido afinal eliminado para sempre. Mas a aparente calma da superfície escondia a intensa ebulição profunda que as ideias de Qotb haviam catalisado e que viriam a gerar o núcleo do movimento Jihadista no Egito.”
Como nos informa, El-Zawahri pertenceu à primeira célula da Jihad Egípcia, formada depois da execução de Sayed Qotb. Certamente o principal ponto de mudança foi a derrota do Egito na guerra de 1967. El-Zawahri observa que essa derrota desencadeou uma “virada de consciência” na sociedade egípcia, cujo povo resistia a abraçar o Islã. Escreve que, nesse ponto,
“o movimento Jihadista fortaleceu sua decisão, ao perceber que o arco inimigo era ídolo inventado pela máquina de propaganda e pela campanha para atormentar e perseguir islâmicos.”
ESTRATÉGIA: Em sua análise, El-Zawahri reuniu as sementes do pensamento que o levaria ao centro estratégico da Al-Qaeda, onde pode desenvolver uma significativa evolução, baseada do conceito de “coalizão inimiga”.
Em A Knight beneath the Banner of the Prophet, El-Zawahiri relembra que, em 1999, já completara todos os andaimes de sua teoria. Independente do simbolismo da data, a teoria o elevara ao status de principal ideólogo da Al-Qaeda já no início de 2001, no que se pode ver mais uma razão que fez dele competidor de peso na disputa com Seif Al-Adl pela liderança da organização, depois da morte de Bin Laden.
Um dos pontos centrais da teoria de El-Zawahiri era que a batalha tinha de ser levada para território inimigo.
“O movimento islâmico e a vanguarda Jihadista e, de fato, toda a nação islâmica, têm de engajar na batalha os principais criminosos – os EUA, a Rússia e Israel. Não podemos continuar a aceitar que eles controlem a batalha entre o movimento Jihadista e nossos governos, lá de fora, de longe, de onde se sentem seguros. Eles têm de pagar e pagar caro.”
E explica:
“Os líderes em Washington e Telavive usam os regimes [árabes/muçulmanos] para proteger seus interesses e combater suas batalhas contra os muçulmanos. Se os estilhaços da batalha chegam às suas carnes e casas, eles primeiro trocam acusações entre seus iguais sobre qual deles foi incompetente. Assim, terão de escolher entre duas alternativas igualmente impalatáveis: ou cada um terá de combater suas próprias batalhas contra os muçulmanos, o que rapidamente gerará uma Jihad contra os hereges, ou terão de revisar seus próprios pensamentos, depois de admitir que fracassararm no projeto de atacar com violência e injustamente o povo muçulmano. Por isso temos de levar a batalha para o território do inimigo. Só assim as mãos dos que incendeiam nossos países serão incendiadas.”
Mas a teoria tinha outro fundamento:
“A luta para estabelecer um estado muçulmano não pode ser feita como luta regional. É claro que a coalizão de judeus-cruzados liderada pelos EUA jamais admitirá que qualquer força muçulmana assuma o poder em qualquer país muçulmano e que mobilizará todas as suas energias para atacar e derrubar aquela força, se algum dia chegar ao poder. Com vistas a esse objetivo, aquela coalizão abrirá um teatro de batalha que cobrirá todo o planeta e imporá sanções – se abertamente não declarar guerra – contra quem quer que ajude um governo muçulmano. Assim sendo, e para responder a essa nova situação, temos de nos preparar para uma batalha que não estará confinada numa única região, na qual teremos de enfentar o inimigo herege interno e o inimigo judeu-cruzado externo."
Com isso, El-Zawahri separou-se publicamente do mandamento central de todos os movimentos Jihadistas no Egito e no mundo árabe até então, dentre os quais a própria Organização Jihad Egípcia que ele mesmo liderava desde 1992. Esse mandamento ordenava confrontar primeiro o inimigo mais próximo (ou seja, os governos árabes), para estabelecer uma base a partir da qual alavancar a guerra santa contra todos os países e governos hereges, estivessem onde estivessem. Para Al-Zawahiri,
“Não podemos adiar o conflito com o inimigo externo, porque a aliança judeu-cruzados não nos dará tempo de derrotar o inimigo interno e só depois declarar-lhe guerra santa. De fato, EUA e judeus e seus aliados já estão presentes, com seus exércitos, bem aqui, no coração de nossa região; e preparam-se para nos agredir.”
O FUTURO DA AL-QAEDA: Nem a onda de revoluções árabes parece ter alterado o pensamento de El-Zawahri. Em sua primeira declaração oficial depois da morte de bin Laden, disse que
“Se as revoluções árabes não levarem islâmicos ao poder, recorreremos às armas”.
Curiosamente, poucos analistas consideraram essa declaração, nas discussões sobre o impacto das revoluções árabes, o futuro e a influência da Al-Qaeda.
Nada autoriza supor que a chegada de El-Zawahri ao posto máximo no comando da Al-Qaeda venha a desencadear mudanças profundas em seu modo de pensar e em sua estratégia. A única modificação é que, agora, El-Zawahri acrescenta um caso sobre o qual antes não pensara. E diz que, mesmo governos revolucionários que substituam ditaduras, mas não levem ao poder governos islâmicos e não apliquem a Sharia islâmica, serão listados como inimigos da Al-Qaeda, ao lado dos americanos, judeus cruzados e seus colaboradores, mesmo estados, que os apoiem economicamente ou moralmente. Isso no plano estratégico.
No plano tático, o objetivo imediato mais provável da Al-Qaeda, nessa fase de transição pós-bin Laden, se se pode dizer assim, será alcançar o poder num único país – que será usado como plataforma para a expansão. O que permite conjecturar que reduzirão os ataques “ao inimigo distante” (EUA e Europa); e que tomarão como alvo o Iêmen, nas atuais circunstâncias.
O Iêmen é alvo possível, se o governo de Abdallah Saleh for derrubado e criar-se um vácuo de poder – porque não se pode antever hoje qualquer possibilidade de criar-se ali qualquer outro governo apoiado pelos estados árabes e pela comunidade internacional. Um Iêmen em anarquia permitirá que o Irã amplie sua assistência à Al-Qaeda (pela conexão com Seif Al-Adl), usando para isso os houthis, que controlam grandes porções de território no norte do Iêmen. Então, o Irã somará um nascente Emirado Islâmico do Iêmen às suas forças, no jogo de grandes mestres de xadrez que o Irã disputa contra os EUA e o Ocidente.
Notas dos tradutores
[2] O lívro, publicado em 1964, é mais conhecido em inglês como Milestones Along the Way (The Mother Mosque Foundation, 1981). O autor foi preso, acusado de conspirar contra o estado egípcio, condenado à morte e enforcado em 1966, durante o governo de Nasser. Com o autor convertido em mártir, o livro passou a ser buscado em todo o mundo islâmico.
[3] Ayman al-Zawahiri, Knights Under the Prophet's Banner, publicado em capítulos no jornal Al-Sharq al Awsat, Londres, em árabe, 2-10/12/2001, trad. Foreign Broadcast Information Service, document FBIS-NES-2001-1202, oferecido online pela Federation of American Scientists, e resenhado, em inglês, na página do Exército dos EUA.
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