Enviado por Arnaldo Carrilho
O embaixador Arnaldo Carrilho foi
o primeiro embaixador do Brasil na Coréia do Norte e lá permaneceu até abril de
2012, depois de passar três anos no cargo.
Como atento observador da
realidade na Ásia e Oriente Médio, pois também atuou como embaixador na China e
na Palestina, Carrilho traça perfis daqueles povos que, só a Coreia, na última guerra com
os norte-americanos, em 1953, perdeu 2,5 milhões de cidadãos.
Quando foi indicado pelo
presidente Lula, em 2009, um jornalista pernóstico decretou, do alto de seu
preconceito:
Um louco para representar o
Brasil diante de outro louco (referência ao presidente nortecoreano da época,
Kim Jong-il, pai do atual Kim Jong-un)
Nesta entrevista a FC Leite Filho,
do Café na Política,
ele conta que a
população está faminta e apela, nesta época de crise, aguçada com as sanções dos
Estados Unidos, para a ração básica de acelga e nabo azedo. Não obstante, se
trata de uma população permanentemente mobilizada e militarizada, com um
exército regular de 1,5 milhões de soldados e todas as pessoas comuns adestradas
no uso de fuzis e outros artefatos, além do arsenal nuclear, reconhecido
internacionalmente.
Sobre a capacidade bélica e
atômica dos nortecoreanos, Arnaldo Castilho diz que eles têm capacidade de
neutralizar militarmente a Coréia do Sul, o Japão e a Ilha Okinawa, onde se
localiza a maior base aeronaval norte-americana e o porta-aviões Ronald Reagan,
capaz de mandar pelos ares um quarto do território chinês.
O embaixador conclui por apelar à
diplomacia brasileira, que, com o seu novo poder de influência ditado pela
formação dos BRICS - o bloco alternativo às grandes potências, formado pelo
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - poderá ter voz ativa na
diminuição das tensões que ameaçam a região e o mundo co uma hecatombe
nuclear.
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