quinta-feira, 4 de abril de 2013

Videoentrevista: Ex-embaixador do Brasil na Coréia do Norte




Enviado por Arnaldo Carrilho

O embaixador Arnaldo Carrilho foi o primeiro embaixador do Brasil na Coréia do Norte e lá permaneceu até abril de 2012, depois de passar três anos no cargo.

Como atento observador da realidade na Ásia e Oriente Médio, pois também atuou como embaixador na China e na Palestina, Carrilho traça perfis daqueles povos que, só a Coreia, na última guerra com os norte-americanos, em 1953, perdeu 2,5 milhões de cidadãos.

Quando foi indicado pelo presidente Lula, em 2009, um jornalista pernóstico decretou, do alto de seu preconceito:

Um louco para representar o Brasil diante de outro louco (referência ao presidente nortecoreano da época, Kim Jong-il, pai do atual Kim Jong-un)

Nesta entrevista a FC Leite Filho, do Café na Política, ele conta que a população está faminta e apela, nesta época de crise, aguçada com as sanções dos Estados Unidos, para a ração básica de acelga e nabo azedo. Não obstante, se trata de uma população permanentemente mobilizada e militarizada, com um exército regular de 1,5 milhões de soldados e todas as pessoas comuns adestradas no uso de fuzis e outros artefatos, além do arsenal nuclear, reconhecido internacionalmente.

Sobre a capacidade bélica e atômica dos nortecoreanos, Arnaldo Castilho diz que eles têm capacidade de neutralizar militarmente a Coréia do Sul, o Japão e a Ilha Okinawa, onde se localiza a maior base aeronaval norte-americana e o porta-aviões Ronald Reagan, capaz de mandar pelos ares um quarto do território chinês.

O embaixador conclui por apelar à diplomacia brasileira, que, com o seu novo poder de influência ditado pela formação dos BRICS - o bloco alternativo às grandes potências, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - poderá ter voz ativa na diminuição das tensões que ameaçam a região e o mundo co uma hecatombe nuclear.

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