domingo, 30 de novembro de 2014

Dois meses de ataques aéreos da “coalizão” dos EUA; e o ISIS/ISIL “não está mais fraco”

29/11/2014, [*] Tyler Durden, Zero Hedge
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Mais guerras à distância e mais e mais sanções resolvem tuuuuuudo! [Pano rápido]

Walid al-Mouallem, MRE da Síria
Apesar de todos os esforços da coalizão comandada pelos EUA, o Estado Islâmico continua a fortalecer-se. Essa a constrangedora mensagem que os propagandistas pró-EUA levaram pela cara, vinda de ninguém menos, em matéria de coturnos-em-solo, que o Ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Mouallem. “Todas as indicações dizem que [o Estado Islâmico] hoje, depois de dois meses de ataques aéreos pela coalizão, não está mais fraco” – repetiu Walid al-Mouallem, na comparação que fazia entre os esforços militares da “coalizão” e a sugestão, encaminhada pelos russos, para que se reinicie o processo político entre Damasco e “a oposição síria construtiva”. Convenhamos: essa não é, com certeza, mensagem que o ocidente quer que o mundo ouça...

Como Sputnik News noticia,

Embora a coalizão comandada pelos EUA já tenha conduzido cerca de 300 ataques aéreos na Síria desde setembro, ela visivelmente não teve sucesso no esforço para enfraquecer o Estado Islâmico, disse o ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Mouallem.

“Todas as indicações mostram que [o Estado Islâmico] hoje, depois de dois meses de ataques aéreos pela coalizão, não está mais fraco”, disse Walid al-Mouallem, em entrevista à rede Al Mayadeen TV, que tem sede em Beirute, citado pela Agência Reuters.

O Ministro de Relações Exteriores da Síria destacou que os terroristas não serão totalmente destruídos, a menos que a Turquia mantenha controle estrito sobre suas fronteiras com a Síria.

“Se o Conselho de Segurança e Washington não forçarem a Turquia a controlar suas fronteiras, nem toda a ação [da coalizão dos EUA] eliminará [o Estado Islâmico], disse Mouallem, chamando a atenção para o fato de que jihadistas estrangeiros continuam a entrar na Síria pela fronteira com a Turquia, que se estende por mais de 900 km. A Turquia, contudo “negou veementemente acusações de que teria apoiado militantes islamistas, inadvertidamente ou de outros modos, no seu entusiasmo para ajudar rebeldes sírios a derrubar Assad” – como se lê no Guardian.

...

Na entrevista (trecho acima) à rede de TV RT, Mouallem disse que, enquanto continuar a haver interferência vinda de fora da Síria, representada pelas ações da coalizão internacional e pelo fluxo de terroristas que cruzam as fronteiras sírias, não será possível estabelecer qualquer diálogo interno entre os lados em conflito na Síria.

O ministro acrescentou que o maior problema para a Síria agora é a conspiração contra ela pelos países vizinhos, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Jordânia e outros. Disse que a interferência externa nos assuntos sírios impede a desescalada da crise.

O ministro sírio explicou que essa é a razão pela qual os russos, amigos da síria, entendem que o diálogo interno da Síria seja mais útil que o diálogo realizado antes, em Genebra.


Fronteira entre Síria e Turquia

[*] Tyler Durden é o apelido de numerosos blogueiros que comentam no Zero Hedge. O nome foi copiado de personagem do romance de Chuck Palahniuk (depois filme) Fight Club (Clube de Luta).

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