quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Mais pressão sobre a economia chinesa em desaceleração

EUA saem do Quantitative Easing, QE [1]

30/10/2014, Xinhua, China
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Entreouvido no brechó da Vila Vudu: A gente aki axa que a presidenta Dilma está avaliando essas e outras importantes mudanças pelas quais está passando o contexto mundial, antes de decidir quem será o novo Ministro da Fazenda. ISSO nos parece muito mais importante, como informação, do que a infindável IMBECILOGIA dita “jornalística”, de “Lula gosta mais de Trombini” e “Dilma não gosta de Meirelles”  que é o que repetem sem parar, à guisa de “informação”, os PATÉTICOS jornalistas autoproclamados “especialistas em economia” operantes no Brasil-2014.

Observação do tradutor de plantão: É possível que haja erros de tradução nos termos “de especialidade” e de jargão “de bolsa”. Essa tradução é distribuída como está, só como uma espécie de “pista”, de dica, para melhores pesquisas e traduções nas quais todos podem colaborar, para gerar melhor informação. Todas as correções e comentários são bem-vindos.

sigue la lucha que es longa y es mucha, kenén no tango!

Quantitative Easing
-- Querem que eu jogue mais?
-- Oh,sim, faça isto! Por favor, Ben (Bernancke), por favor
PEQUIM (Xinhua) – Economistas alertam que respingos do fim do programa de estímulo da economia aplicado nos EUA pelo Federal Reserve conhecido como “afrouxamento quantitativo” [ing. Quantitartive Easing (QE)] (sic) dever fazer aumentar as atuais dificuldades da economia chinesa, que conheceu considerável pressão para baixo esse ano.

Na quarta-feira passada (29/10/2014), o Fed disse que decidira pôr fim ao seu programa de compra mensal de ativos, uma vez que o banco

(...) continua a ver força subjacente na economia suficiente para apoiar o avanço atual na direção de emprego máximo e em contexto de estabilidade de preços.

O economista chefe do banco HSBC-China, Qu Hongbin, disse pela rede social Sina Weibo, equivalente chinês do Twitter, que a decisão do Fed marcava o fim de seis anos de uma política lançada durante a crise financeira de 2008.

A política de QE, apesar de seus defeitos, ajudou a economia dos EUA a começar gradualmente a recuperar-se. Na comparação, a economia da Eurozona enfrenta hoje uma segunda crise; a recuperação do Japão parece ter vida curta; e a economia chinesa prepara-se para enfrentar pressão de redução, disse Qu.

A taxa do dólar norte-americano subiu cerca de 1% depois do anúncio do fim do QE. Um dólar norte-americano forte resultará provavelmente na apreciação do renminbi (moeda chinesa=Yuan) contra outras moedas, o que com certeza pressionará ainda mais a economia chinesa já mais lenta, disse ele.

Qu Hongbin, Economista-Chefe do HSBC
A economia chinesa, a segunda maior do mundo, diminuiu cerca de 7,3% no terceiro trimestre de 2014, o trimestre de mais lento crescimento desde o primeiro trimestre de 2009.

Guan Qingyou, analista-sênior em Minsheng Securities, prevê um dólar norte-americano forte no médio e no longo prazo; deve-se esperar queda no mercado do ouro [orig. bearish gold market]; e preços apáticos nas commodities, depois do fim do QE.

Os fundos da China em Yuan para câmbio devem continuar a cair, o que forçará o Banco do Povo da China [orig. People's Bank of China (PBoC), é o banco central da China], a alterar sues canais de fornecimento de dinheiro[orig. “to change money supply channels”], disse Guan.

Guan disse também que:

(...) se espera que, no próximo ano, o Banco do Povo da China continue a usar instrumentos de política monetária como re-empréstimos, [pledged supplementary lending (PSL) e standing lending facility (SLF)].

O banco central chinês, Banco do Povo da China vem usando esses instrumentos ao longo dos últimos meses, para injetar dinheiro no mercado e aumentar a liquidez.

Guan Qingyou
Guan também disse que:

(...) o fim do QE terá impacto negativo na recuperação das exportações e a China talvez tenha de tomar mais medidas de apoio ao crescimento e apressar as reformas.

A recuperação econômica dos EUA dessa vez vem acompanhada de medidas para reequilibrar o comércio, o que indica que a recuperação dos EUA dificilmente favorecerá as exportações chinesas, Guan continuou.

Ao contrário, as exportações chinesas sofrerão mais pressão por causa da apreciação do renminbi na relação com outras moedas.

A economia chinesa terá de confiar mais no crescimento interno, e por isso se devem esperar minimedidas de estímulo e exploração maior das reformas, via a zona de livre comércio, Guan acrescentou.

O presidente da China, Xi Jinping, disse na 2ª-feira (27/10/2014) que a experiência adquirida na Zona de Livre Comércio de Xangai, desde setembro do ano passado, “deve ser repetida o mais rapidamente possível”.

Ma Guangyuan, economista independente de Pequim, disse que:

(...) o fim do QE marcará uma virada histórica na política monetária dos EUA e levará a uma sólida recuperação da economia dos EUA.

O impacto do fim do QE nos mercados emergentes está apenas começando. Duas coisas são certas – o fluxo de fundos em dólar dos mercados emergentes para os EUA, e dólar norte-americano forte, disse Ma.

Esses dois efeitos impactarão a China, disse ele. Não há muito espaço para a China cometer erros de política monetária.

David Stockman, ex Economista-Chefe do Fed
O ex-economista-chefe do Fed, David Stockman, contudo, reduziu o impacto que a saída terá sobre a China. A remoção da acomodação pelo Fed terá diferentes efeitos sobre diferentes economias nos mercados emergentes.

Para a China, os respingos serão provavelmente relativamente mínimos, porque a China depende pouco de fluxos de capitais externos. Para outros mercados emergentes, os respingos talvez sejam mais dolorosos – disse ele.

Investidores em todo o mundo devem preparar-se para período de altíssima volatilidade.

(...) Ainda que o Fed consiga fazer bem o que planeja fazer, haverá muitos solavancos no caminho da normalização – completou Stockton.
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Nota dos tradutores

[1] É a política monetária adotada pelo Fed dos EUA em 2008, pela qual o Banco Central passou a imprimir dinheiro e o usou para comprar ativos financeiros, o que fez aumentar a oferta de dinheiro, na tentativa de estimular a economia dos EUA em momento de excepcional fraqueza. Lit. “facilitação [não se sabe do quê, provavelmente: “facilitação da vida de Wall Street”] por oferta de grande quantidade de moeda” [que os pobres absolutamente não viram]. – É o que Bresser Pereira chamou, em 2010, em português, de fascinante eufemismo (ing.).
Impressionantemente, NÃO SE LÊ absolutamente naaaaada que preste, sobre o conceito, nos veículos da imprensa-empresa no Brasil; o “evento” é chamado, na Folha de S.Paulo, de “afrouxamento monetário”. Há boa informação, embora rasa como pires, na BBC: 30/10/2014, BBC em “Has quantitative easing worked in the US?”.
Sobre o fim da “coisa” [QE], o melhor que encontramos é o que acima se lê traduzido, da imprensa chinesa, e indicação de Pepe Escobar em: 30/10/2014, redecastorphoto em Agora, é guerra total contra os BRICS.

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