quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Conflicts Fórum: Comentário semanal de 8−15/8/2014, Iraque ressurgente?

25/8/2014, Conflict Forum
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Aiatolá Khamenei saúda o novo PM do Iraque
“Irã deseja que o novo primeiro-ministro do Irã comece imediatamente a trabalhar”; “Líder iraniano saúda o fim do impasse político no Iraque”: na 4ª-feira (13/8/2014), o Supremo Líder do Irã saudou a indicação do novo primeiro-ministro iraquiano (...) “se Deus quiser, o impasse terminará com a indicação do novo primeiro-ministro iraquiano; e o governo será formado para iniciar seu trabalho”.

Essas citações extraídas de matéria distribuída pela Agência de Notícias Fars (muito próxima do Corpo de Guardas Revolucionários) deixam as coisas bem claras: o Irã redirecionou o apoio que dava, de al-Maliki para o indivíduo que o Irã acredita que conte hoje com apoio majoritário, seja dentro da coalizão xiita (maior) seja na coalizão (menor) do [partido] Estado de Direito de al-Malaki. Em resumo, Maliki perdeu o apoio do Irã – e dos principais grupos de milicianos xiitas que o apoiavam. Com isso, é improvável que venha a conseguir alavancar os elementos das forças de segurança que ainda lhe permanecem leais, para fazer valer algum direito que tenha de tentar formar um governo.

Al-Maliki perdeu o apoio dos dois grupos principais de milicianos: o Asa’ib Ahl al-Haq (AAH) e a Organização Badr, que transferiram seu apoio para al-Abadi. A troca de lado dessas duas milícias é forte indicação de que o Irã (com o Aiatolá Sistani, o poderoso Mar’jah iraquiano) estão dando maior importância à preservação do estado iraquiano, que à salvação do governo de Maliki, agora que os partidos políticos xiitas uniram-se em torno de um candidato a primeiro-ministro. Al-Maliki talvez ainda conserve a lealdade de um pequeno círculo íntimo e de sua guarda pretoriana, mas essa deveria ser capaz de ler o que já está aparecendo “escrito na parede”: a hegemonia política de Maliki foi quebrada. O melhor que ele pode ainda esperar é receber uma função não executiva de vice-presidente (que lhe garantiria imunidade/impunidade contra qualquer tipo de processo judicial).

Haidar al-Abadi o novo PM do Iraque
Há um meme segundo o qual al-Abadi é homem da Grã-Bretanha (viveu lá por muitos anos, até 2003) e dos EUA, imposto sobre a classe política iraquiana graças ao trabalho intenso de Washington operando por telefone. É simplesmente implausível. Sim, com certeza o governo dos EUA muito trabalhou por telefone, mas a realidade foi a mudança tectônica que houve, por consenso, em Najaf e Bagdá – e esse consenso é que foi, na sequência, endossado em Teerã e Qom. O endosso de Qom, é claro, foi crucial, para operar, ou fazer-ser, a mudança. E, embora Abadi sem dúvida tenha seus laços britânicos, é conhecido em Teerã por ser muito próximo de Ibrahim al-Jaafari, líder do [partido] Da’wa, que sempre foi mais próximo de Teerã que al-Maliki.

O inglês perfeito de Al-Abadi (que Maliki não tinha) e seus laços ocidentais podem não ter sido vistos como “desqualificadores” no Irã: talvez, antes, o contrário. E isso é significativo. Diz muito sobre como o Irã está abordando a crise iraquiana. Além das declarações muito claras de apoio a Abadi, de todos os cantos do Irã, o Ministro de Relações Exteriores do Irã deu destaque especial, em telefonema ao seu contraparte italiano, à necessidade de o novo governo iraquiano ser amplamente inclusivo.

Que o Irã se empenhe a favor de governo inclusivo no Iraque nada tem de novidade – é o que o Irã sempre disse a Maliki que fizesse (sem sucesso algum) e à liderança política dos xiitas há muito tempo – mas o ímpeto de todas essas declarações iranianas é importante. Apesar do fracasso das conversações “de fase inicial” do P5+1, o Irã continua aberto à diplomacia internacional sobre a crise no Iraque, e para resolver o desafio do ISIL.

O Irã leva o ISIL muito a sério (talvez com mais seriedade que qualquer outro país na região e fora de lá).

P5+1 e Irã 
O Irã então, manifestamente emprestou seu total apoio a um líder iraquiano que fala inglês, e que, como o próprio Ministro de Relações Exteriores do Irã, tem meios para interagir efetivamente com o ocidente. Esse é um sinal claro: o Irã está claramente reagindo – não com escalada contra o ocidente (pós P5+1) – mas com atenção à preservação e à defesa do Estado [orig. statesmanship].

Há aí também, é claro, autointeresse: o Irã claramente fixou, como prioridade, a necessidade, para o governo de Bagdá, de manter o maior número de líderes tribais sunitas o mais longe possível do ISIL, e de trazer também os curdos (em seu estado hoje enfraquecido e vulnerável) de volta para o estado iraquiano.

A primeira questão é se os EUA conseguirão interpretar corretamente esses sinais. São sinais bem claros: o Irã não está escalando contra interesses ocidentais, mas está aberto a cooperar em questões nas quais os interesses mútuos fazem intersecção (derrotar o ISIL e estabilizar o Iraque e a Síria). Nada disso deve ser visto como sinal de fraqueza, ou de que o Irã está disposto a uma colusão militar com os EUA – porque não é sinal de fraqueza, nem o Irã está disposto a isso.

Mais significativa que a questão de se os sinais que o Irã está emitindo serão corretamente interpretados, porém, é a questão de se o ocidente será capaz de reagir positivamente a eles.

Já discutimos noutro artigo, que o surgimento em cena de um movimento jihadista sunita radical que realmente ameaça a mão saudita que os arrancou da prisão onde viviam presos dentro da lâmpada mágica é evidência do fracasso de décadas de política ocidental. O ocidente tornou-se pesadamente dependente da crença de que a Arábia Saudita – não se sabe como – seria capaz de administrar o sunismo radical, simultaneamente na direção dos interesses dos sunitas e dos interesses do ocidente. Agora essa “hipótese” já se mostra tragicamente errada.

O presidente Obama, até agora mal molhou a ponta do dedinho na água, no que tenha a ver com enfrentar o ISIL. Até o Diretor de Operações dos EUA (do Comando do Estado-Maior) admite que os EUA não estão tendo ação efetiva:

Avaliamos que os ataques aéreos dos EUA no norte do Iraque podem ter contido o ritmo operacional do ISIL, tornando-o mais lento; e que interrompemos temporariamente o avanço deles em direção à província de Erbil. Mas esses ataques não afetarão as capacidades gerais do ISIL, nem suas operações em áreas do Iraque e Síria [negritos nossos].

De fato, o presidente Obama usou o pretexto dos iazidis supostamente sitiados no topo de uma montanha, para mandar algumas aeronaves de um porta-aviões que estava no Golfo, para atacar as forças do ISIL que ameaçavam Erbil (onde há bases chaves da CIA e do Mossad, um aeroporto estratégico e instalações administrativas e comerciais de várias empresas internacionais de petróleo). A maior parte dos iazidis, de fato, já havia sido evacuada em segurança para a Síria, antes de os ataques aéreos começarem – cortesia das forças (sírias) do YPG e do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Hillary Clinton nos 25 anos da queda do muro de Berlim (31/7/2014)
Por que Obama hesita tanto? Afinal, está sendo atacado pelos dois flancos: é vergastado por sua ex-secretária de Estado Hilary Clinton, e por John McCain pela [ainda mais] direita, por seu fracasso, quando nada fez contra essa nova “ameaça islamista contra a pátria norte-americana”. É verdade, sim, que a opinião pública norte-americana opõe-se a qualquer novo envolvimento militar dos EUA. Mas a explicação mais provável para a inação é que Obama não obteve “luz verde” dos sauditas (não esqueçamos que o embaixador saudita em Londres alertou recentemente em Londres que qualquer ataque ocidental contra o ISIL seria considerado ataque contra o Islã sunita como um todo)[negritos redecastorphoto].

Claro que o Reino Saudita está mais preocupado a cada dia. Claro que se sente profundamente atraído pela criação dramática de um novo estado sunita, estado profundamente enraizado numa ideologia (revisionista) wahhabista; e estado cuja “criação” conseguiu separar Irã e Síria. Mas, ao mesmo tempo, o alarme do Reino Saudita só cresce ante os riscos que se erguem à frente da própria continuação do próprio reino. Seja como for, não passou despercebida aos olhos de muitos iraquianos a recusa dos EUA, que não moveram um dedo pelo Iraque (ostensivamente, só enquanto Maliki lá permanecesse), mas correram pressurosos para salvar curdos pró-ocidente. OK. Agora, Maliki já está de saída. Resta saber o que os EUA farão.

Parece que os próprios iraquianos, o Irã e os EUA (e, talvez, também a Arábia Saudita) estão apostando muitas fichas na ideia de que a mudança de primeiro-ministro poderá fazer virar a maré contra o ISIL: será só pensamento desejante?

Um observador astuto – que chama a coisa de a falácia da troca das cabeças (Moon of Alabama) – observa que tendemos a dar muita importância à troca de líder/autocrata:

É velha falácia da política externa dos EUA que, se se troca o cabeça – sempre declarado “um novo Hitler”, tudo estaria resolvido. A falácia acaba sempre por se autoaplicar, sempre se autoconfirmando. Começa por algum “alto funcionário do governo” que vaza para a “mídia” que fulano pode não ser o anjo que se supunha que fosse. Jornalistas então põem-se a recolher (ou inventar) e repetir histórias, boatos, diz-que-disses e “citações” que apoiam qualquer coisa que qualquer um tenha “declarado” à “mídia” sobre o fulano caído em desgraça.

Dia seguinte, o tal “alto funcionário do governo” lê o New York Times ou assiste à CNN e constata “a veracidade” do que ele próprio disse e a “solidez” da sua própria posição no governo, porque, sacomé, fulano é realmente um bandido – e o único real e grave problema a ser enfrentado – e as “provas” ali estão, na “mídia”. 

Mas em geral não é quem governa uma nação que faz a nação. A nação e sua situação é que estão formando, pelo menos na mesma medida, a pessoa que a governa. Gaddafi não era o que era “porque” tivesse criado a Líbia à sua semelhança, mas porque, governando com sucesso uma Líbia unida exigia que ele fosse como era. A Rússia não está ressurgindo “por causa” de Putin, mas porque Putin deu forma às suas políticas conforme o que a Rússia é. É isso, não a personalidade dele, que lhe estão dando índices de aprovação que já atingem a estratosfera.

Maliki governou o Iraque de um modo que lhe garantiu o apoio da maioria dos eleitores no país dele. Não cedeu à chantagem pelas tribos sunitas já viciadas nas propinas que os militares norte-americanos sempre fizeram chover sobre elas. Foi essa falta de “disposição para incluir” que o fez tão bem-sucedido. Se al-Abadi modifica as principais políticas de Maliki, não terá o apoio da maioria dos eleitores e terminará, ou convertido em ditador brutal ou morto.”

Expansão do ISIS/ISIL na Síria e no Iraque
O ponto chave aqui é que é mais fácil pôr-se a exigir  “inclusividade” irrefletidamente, que considerar refletidamente as possibilidades reais. O exército iraquiano e o establishment  político em Bagdá só fazem irradiar indisfarçável fraqueza e confusão generalizada desde o início da campanha do ISIL. Muitas das tribos sunitas no norte já sinalizaram apoio assegurado ao ISIL, não a Bagdá; de fato, o ISIL vem construindo suas relações com as lideranças tribais sunitas, a partir de sua base em Mosul, desde pelo menos 2010.

Abu Bakr (o novo “Califa”) também construiu, ao longo desse tempo, um comando militar extremamente efetivo (composto principalmente de ex-oficiais militares iraquianos, que gozam de alta credibilidade dentro da esfera sunita); o Califato é rico em dinheiro e tem muitas armas. Projeta força; projeta determinação; e projeta competência militar. Bagdá não reflete nenhum desses atributos. Não é portanto muito mais provável que as tribos sunitas venham a ser atraídas pela “força” do ISIL, muito mais do que pela “fraqueza”, desarranjo militar e divisões políticas de Bagdá? (Os políticos xiitas do Iraque são conhecidos mais pela contenção, do que pela unidade).

O Iraque não é a Síria. Na Síria, pode-se dizer que o ISIL não foi bem-sucedido (mas mesmo assim ainda controla parte considerável de território no extremo oeste limítrofe com o Iraque); mas no Iraque o ISIL teve lançamento mundial digno de pop-star. Por quê?

Porque, por mais que tantas coisas possam ter dado errado, a Síria mesmo assim tem liderança motivada, de pensamento claro; o governo não rachou nem se deixou fraturar (apesar de todas as pressões e tentativas de golpe); manteve íntegro um forte senso do que seja ser “sírio”; e contou com um núcleo duro muito resistente – que Bashar al-Assad já havia constituído e organizado – de cerca de 80 comandantes militares fortes, resistentes e eficazes.

Guerrilheiro Peshmerga (Curdistão)
Voltando à questão da “inclusividade”, talvez a melhor aposta, para Bagdá, sejam os curdos (embora eles, até agora, tenham mostrado tendência oposta a qualquer “inclusivismo”). Se Bagdá e seu exército só fizeram exibir fraqueza crônica desde junho, o Governo Regional Curdo não fez muito melhor. O GRC exibiu divisão política e (o que para muitos foi surpresa) e o fracasso militar da guerrilha Peshmerga – há muito tempo considerada modelo de competência militar.

Essa fraqueza, ela também, terá consequência geoestratégica profunda. Barzani, como Maliki, está, até certo ponto, desacreditado (o ex-presidente Talibani teve de voltar ao Iraque, para tentar impor alguma liderança, em situação que se deteriorava rapidamente). Militarmente, o Governo Regional Curdo está implorando que os EUA o ajude): vocês são nossa “última chance”, disse Barzani ao Grupo Aspen. Ao que se sabe, Barzani – e seus advogados em Washington – pediu aos norte-americanos mísseis Javelin antitanques, sistemas integrados de defesa aérea, carros blindados para transporte de tropas, drones de vigilância e equipamento de visão noturna, de 3ª geração. A lista – ela própria – já diz muito sobre como está o Governo Regional Curdo.

A política oportunista de Barzani, de atropelar Bagdá para vender petróleo “curdo” diretamente através da Turquia (ato que viola dispositivos da Constituição do Iraque) só encontrou um único comprador (pelo que se sabe, um bilionário ucraniano nos EUA), e está em crise. Bagdá retaliou devidamente contra esse movimento ilegal e suspendeu o financiamento que o governo central dava ao Governo Regional Curdo, o qual agora está com dificuldades para pagar salários aos funcionários públicos (depois do fracasso da iniciativa de vender petróleo “por fora”). Os turcos apelaram aos EUA para que ajudem o Governo Regional Curdo a vender seu petróleo “independentemente” – mas é claro que os EUA não podem exigir “inclusividade” com uma mão e, com a outra, obrar para excluir e, de fato, assaltar, o Iraque (ou, quem sabe, talvez possam?).

O governo central fareja a extensão da dificuldade em que está Barzani. Como disse o Ministro de Relações Exteriores do Governo Regional Curdo, em tom de lamento,

A paisagem política mudou no Iraque (...) o equilíbrio do poder mudou (...)Hoje, o nosso vizinho não é o Iraque; nosso vizinho é o ISIL.

Em resumo, de repente, o Governo Regional Curdo precisa urgentemente de Bagdá. Quanto vale, agora, a independência dos curdos?

Embora seja verdade que a guerrilha curda Peshmerga (com apoio aéreo dos EUA) conseguiu desalojar o ISIL de várias vilas e cidades que estavam sob controle do Califato desde a recente marcha sobre Erbil, já mesmo enquanto isso acontecia o ISIL estava tomando várias outras cidades na província de Diyala – e, pode-se dizer, cidades mais importantes. O território controlado pelo ISIL, assim sendo, aumentou; agora, os combatentes do ISIL estão-se concentrando perto de Qara Tappa, a pouco mais de 100km de distância da capital, Bagdá, segundo fontes da segurança iraquiana.

Resumo disso tudo é que o ISIL está consolidando sua posição: os ataques aéreos norte-americanos fazem diferença apenas marginal (e, de qualquer modo, só visam os arredores de Erbil). O ISIL responderá, chegando a hora, à campanha aérea dos EUA (como fizeram em Aleppo), dispersando as suas grandes formações e, em vez delas, infiltrando silenciosamente os seus homens em áreas urbanas, onde os EUA estão absolutamente impedidos de atacar. Ao mesmo tempo, proibirão as populações de deixarem as cidades. OISIL orgulha-se de declarar que sua estratégia militar é a de uma víbora entre rochas. Em resumo, farão pausa; ignorarão as “rochas” difíceis – e atacarão quando estiverem prontos.

ISIL/ISIS consolidando posições na região
Aqui está o busílis para al-Abadi: não há dúvidas de que Qassem Soleimani é estrategista militar de muitos talentos, mas está começando do marco zero, no que tenha a ver com construir um exército iraquiano. O velho exército é confusão completa, com o moral quebrado, inexistente. Está agora num processo de trocar comandantes desacreditados e inefetivos por oficiais militares experientes selecionados entre os que compuseram a Organização Badr. Tudo isso é ótimo, mas mudar o ethos de um exército exige anos, não meses. Há um descompasso, aqui: a ameaça é imediata, mas a resposta terá de esperar pelos resultados do projeto de reconstruir um exército, que é projeto de longo prazo.

Tudo considerado, a situação não é promissora. Parece haver considerável elemento de pensamento desejante na expectativa de todos de que a simples nomeação de al-Abadi – só ela – conseguiria “gerar” um governo inclusivo, forte e competente de sunitas, xiitas e curdos, todos trabalhando em perfeita harmonia em Bagdá. O governo continuará a ser corrupto e fraco. O ISIL parece decidido a deixar-se ficar por aí ainda por algum tempo – e o “estado” sunita tornar-se-á a “cunha” metida no coração do mundo muçulmano – fraturando para sempre a ordem pós-IIª Guerra Mundial.
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[*] Conflicts Fórum visa mudar a opinião ocidental em direção a uma compreensão mais profunda, menos rígida, linear e compartimentada do Islã e do Oriente Médio. Faz isso por olhar para as causas por trás de narrativas contrastantes: observando como as estruturas de linguagem e interpretações que são projetadas para eventos de um modelo de expectativas anteriores discretamente determinam a forma como pensamos - atravessando as pré-suposições, premissas ocultas e até mesmo metafísicas enterradas que se escondem por trás de certas narrativas, desafiando interpretações ocidentais de “extremismo” e as políticas resultantes; e por trabalhar com grupos políticos, movimentos e estados para abrir um novo pensamento sobre os potenciais políticos no mundo.

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