Comitê de Ciência e Tecnologia, Partido Comunista Chinês, Xinxiang, província de Henan, China
13/2/2015, [*] David Bandurski - China Media Project
Traduzido da versão em inglês pelo pessoal da Vila Vudu
Entreouvido na Viela do Craudiodor na Vila Vudu: “NÃO QUE SEJA NOVIDADE...”
●− O ex-chefe da Administração Estatal de Alimentos e Remédios da China, Zheng Xiaoyu, foi executado nesta terça-feira (10/2/2015) após ser condenado por corrupção pelo Tribunal Popular Municipal Intermediário Número 1 de Pequim, que calculou os subornos recebidos em US$ 832 mil (incluindo presentes, o que representa cerca de R$ 1,6 milhão) e o acusou ainda de descumprimento do dever (10/7/2007).
●− O ex-vice-prefeito da cidade chinesa de Hangzhu, Xu Maiyong, é o segundo político a ser condenado à morte esta semana, depois de na segunda-feira o ex-prefeito da cidade de Shenzhen ter sido condenado à pena capital na China. Xinhua Xu, de 52 anos, foi declarado culpado de subornos, peculato e abuso de autoridade, de acordo com a sentença de um tribunal da cidade de Ningbo, na província de Zhejiang (da qual Hangzhu é a capital) (22/5/2012).
●− Autoridades chinesas executaram nesta segunda-feira (9) um ex-empresário do setor de mineração acusado de homicídio e corrupção. Liu Han, ex-presidente do Grupo Hanlong, era ligado ao filho mais velho do ex-chefe de segurança nacional Zhou Yongkang, que está no centro de uma importante investigação de corrupção, informou a mídia estatal (9/2/2015).
Cartoon de um website chinês: enxame de moscas corruptas,sob vigoroso ataque da China anticorrupção |
As extraordinárias medidas que a China emprega contra a corrupção, e os brilhantes resultados obtidos até aqui, já impressionaram todo o mundo e foram objeto de cobertura pelos veículos da imprensa-empresa internacional: os jornais Times of India, Lianhe Zaobaode Cingapura e South China Morning Post, de Hong Kong, todos mostraram sob luz positiva a campanha anticorrupção comandada pelo governo e pelo exército da China.
Até alguns veículos em alguns países na Europa e nos EUA, como o website da United Press International, falaram de “Usuários de Internet Expõem a Corrupção” e “Luta de Vida e Morte”. E a revista Economist britânica noticiou as ações e atitudes dos líderes chineses contra a corrupção.
Mesmo assim alguns países e veículos ocidentais, sejam quais forem suas razões e sejam quais forem seus objetivos, manifestam preocupação com a campanha anticorrupção em andamento na China e, sobretudo, assumem atitude hostil, a ponto de mentir, inventar coisas que criam do nada, conjecturas sem fundamento, no esforço para cobrir de lama o trabalho anticorrupção que a China está fazendo. É ultrajante.
Em seu Relatório 2013 de Direitos Humanos, os EUA, ao mesmo tempo em que registram brevemente os feitos da China, que puniu funcionários corruptos, fazem acusações infundadas sobre o que chamam de “seletividade” das punições, lançando dúvidas sobre os procedimentos internos de disciplina do nosso Partido Comunista. Pelo que compreendo, os EUA sempre priorizaram seus relatórios de Direitos Humanos, usando-os como porretes com os quais atingem outros países, quando assim interessa aos EUA. Que o país faça desse modo o papel de quem dirige das sombras, num documento tão importante, claramente viola a convenção diplomática de não interferência em assuntos internos de outros países. A seguir vídeo-sinopse para o Jornalismo Investigativo na China:
Ainda mais intrigante é o fato de o banco norte-americano Merrill Lynch ter declarado que o impulso anticorrupção teria alto custo político de centenas de milhões de dólares dos EUA,
(...) equivalente talvez a toda a economia de Bangladesh.
O mesmo banco acrescentou, malicioso, que:
(...) nem os funcionários limpos e não corruptos cuidam, nesse momento, de tocar projetos novos de medo de serem denunciados como corruptos, e simplesmente deixam seus fundos secarem nas contas bancárias
Na sequência, o banco Merrill Lynch fez o maior estardalhaço sobre como:
(...) a proibição, por Pequim, de qualquer gasto de dinheiro público e cortes nos gastos do governo fizeram cair dramaticamente os números do consumo doméstico.
A implicação desses comentários, é que a luta anticorrupção que se trava na China teria efeitos colaterais daninhos. Nesses termos a coisa ainda parece um pouco obscura, mas... No jornal Financial Times de Londres já tudo aparece bem mais claramente posto. Artigo atribuído a [Jamil] Anderlini expõe as coisas de modo errado, falseado, com acusações as mais ensandecidas e ridículas contra os mais altos governantes chineses, chamando a campanha chinesa anticorrupção de “anticorrupção autoritária”, ativa só em alguns específicos campos anticorrupção, como “um movimento político”, ao estilo da “Revolução Cultural”.
Qualquer um que tenha ainda um átomo de bom senso sabe que a corrupção já é inimiga comum de todos, em todo o mundo. Todos os países, inclusive países cujos governos gozam de boa reputação pela honestidade e limpeza, sofrem com a corrupção – e todos têm de combater a corrupção, como o confirmam sucessivas declarações mundiais contra a corrupção.
Estranho, mesmo, é o quanto a opinião pública se mobiliza no ocidente, quando a China ataca a corrupção – e mobiliza-se contra a China!
E quando a China se põe em campo resolutamente em luta contra a corrupção, os corruptos e os corruptores, o ocidente põe-se a distribuir calúnias. Assim se veem as verdadeiras caras do ocidente, sempre interessadas em pôr a China anticorrupção – não a corrupção, os corruptos e os corruptores – como se fosse o pior inimigo.
Desnecessário dizer que a luta anticorrupção é assunto que só diz respeito à própria China. A luta anticorrupção não é assunto sobre o qual a opinião do ocidente interesse à China e aos chineses. De fato, essas ilustres vozes ocidentais não apenas se opõem à luta contra a corrupção e os corruptos e os corruptores na China, como, também, se dedicam a distribuir boatos, com o único objetivo de causar dano à China, aos chineses e à nossa luta contra a corrupção e os corruptos e os corruptores, por todos os meios imagináveis. É tanto, que já chega às raias da loucura.
Investigative Journalism in China |
Será talvez o caso de que a luta da China contra a corrupção tenha feito descarrilar os sistemas nervosos ocidentais? Terá doído em algum ponto frágil do ocidente? Terá sacudido alguns de seus mortos?
Claramente, os ocidentais hostis oporem-se tão furiosamente à campanha anticorrupção na China, a ponto de ofenderem tão gravemente líderes chineses por causa da campanha, é prova e demonstração de que nosso impulso anticorrupção já obteve resultados significativos que deixaram preocupados os nossos inimigos corruptos e corruptores em todo o planeta. Prova-se e demonstra-se também que os líderes chineses são homens de consciência, que inspiram inveja e medo aos nossos inimigos corruptos e corruptores em todo o planeta. Assim se prova também que o impulso anticorrupção na China arrancará pela raiz os infiltrados que se escondem por trás das cortinas, que o impulso anticorrupção da China derrotará a conspiração de países ocidentais para mudar a cor da China.
Por tudo isso, naturalmente as forças anti-China no Ocidente explodiram em fúria.
O povo da China sorri, de ver o impulso anticorrupção, corruptos e corruptores, de hoje, e de relembrar tempos passados, quando o coro anti-China era tão forte. É claro que, hoje, corruptos e corruptores vivem em estado de ansiedade... batendo a cabeça na parede, como moscas cegas, sem rumo, zumbindo e zumbindo... Como formigas que tentam chacoalhar a árvore, todas aquelas calúnias estão condenadas ao fracasso.
Quando se comparam as declarações hostis das forças ocidentais contra as ações anticorrupção do governo chinês, e algumas declarações também dentro da China de vozes que se opõem à guerra contra a corrupção, os corruptos e os corruptores, impossível não ver que esses dois grupos são muito, muito assemelhados.
Quanto ao desenvolvimento econômico, há alguns na China que dizem que a luta anticorrupção, corruptos e corruptores teve impacto no desenvolvimento econômico; no além mar, muitas vozes fazem eco, reclamando de que a luta anticorrupção na China custou 100 bilhões de dólares. E há os que dizem aqui na China que a luta anticorrupção teria a ver com eliminar a oposição. E colam à luta que a China trava contra a corrupção, os corruptos e os corruptores, o rótulo de “anticorrupção autoritária”.
O Presidente Xi Jinping lidera a luta anticorrupção |
Por que, afinal, ouve-se esse coro de vozes assim tão assemelhadas? Para que todo esse coro cante assim, em uníssono, como pano celestial sem emendas – é claro que há conluio entre interessados estrangeiros e gente aqui na China. Se não for isso, o que mais seria? Só pode ser colusão em patrão e servo, entre quem manda e quem obedece? Fomos várias vezes alertados contra as forças hostis que trabalham dentro da China para fazer aqui uma “revolução colorida”.
Nunca supusemos que esses elementos perigosos trabalhariam perto de nós, funcionários corruptos e “elites” corruptoras criando problemas para a China. A evidência de que operam ao lado de forças externas mostra ainda mais claramente a necessidade do impulso anticorrupção, contra corruptos e corruptores. E também comprova ainda mais a necessidade de a China levar adiante, até o fim, o projeto anticorrupção.
Forças ocidentais hostis e seus agentes na China procuram agora usar a opinião pública para fazer o contra-ataque de dentro, ao mesmo tempo em que a China é atacada de fora. A esses todos o que interessa é pôr fim à luta contra a corrupção, os corruptos e os corruptores. No futuro, empregarão mais e mais complexos meios para nos atacar. Temos de nos manter muito alertas contra isso.
Se todo o Partido Comunista Chinês e todo o povo chinês se mantiverem resolutamente unidos em torno do Comitê Central e do camarada secretário-geral Xi Jinping, unidos como uma só voz e um só homem, com certeza a China conseguirá levar avante, até o final, a luta anticorrupção, criando uma nova luz que atrairá sobre nós os olhos do mundo, enquanto nos vamos aproximando da realização do sonho chinês.
[*] David Bandurski é pesquisador da Universidade da China − Hong Kong − para o China Media Project e editor do site do projeto. É co-autor de Investigative Journalism in China, um livro com oito (8) casos de jornalismo de defesa do consumidor chinês. Está atualmente trabalhando em um livro de reportagem sobre urbanização na China (Penguin Random House, 2014). Além de seu trabalho com aChina Media Project, David é um produtor de filmes chineses independentes através de sua empresa de produção de Hong Kong, Lantern Films. Sua produção em longa-metragem mais recente foi Shadow Days( Dias de Sombra) dirigido por Zhao Dayong, e que participou do Hong Kong International Film Festival − 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.