quinta-feira, 3 de julho de 2014

Síria: Sinal de mudança?

1/7/2014, [*] Moon of Alabama
Excerto traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Leslie H. Gelb, presidente emérito do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, em coluna assinada no New York Times, escreveu hoje:

Leslie Gelb
A grande ameaça contra interesses dos EUA na região é o ISIS, não o presidente Assad. Para enfrentar seu inimigo real, o presidente Obama tem de convocar outros igualmente ameaçados: o Irã, a Rússia, xiitas e curdos do Iraque, Jordânia e Turquia – e, sobretudo, o líder político que comanda as melhores forças armadas da região, o presidente Assad. Parte do acordo tem de prever que o regime sírio e os rebeldes parem [sublinhado dos tradutores; negritos MofA] de combater uns contra os outros. [1]

(...) Entendo que o artigo de Gelb apareça hoje como sinal inicial de que pelo menos alguém, dentre o “pessoal sério” em Washington, está mudando de posição em relação ao governo da Síria. Será que outros seguirão a mesma trilha?  
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Nota dos tradutores
[1] Engraçado, mesmo, nessa tal coluna do NYT, é o colunista DECLARAR que os EUA podem mandar os rebeldes parar de lutar! 8-)) É uma espécie de “ato falho”, diria Freud, lapsus linguae. E, sim, claro: é confissão! 8-)).
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[*] “Moon of Alabama” é título popular de “Alabama Song” (também conhecida como“Whisky Bar” ou “Moon over Alabama”) dentre outras formas. Essa canção aparece na peça Hauspostille (1927) de Bertolt Brecht, com música de Kurt Weil; e foi novamente usada pelos dois autores, em 1930, na ópera A Ascensão e a Queda da Cidade de Mahoganny. Nessa utilização, aparece cantada pela personagem Jenny e suas colegas putas no primeiro ato. Apesar de a ópera ter sido escrita em alemão, essa canção sempre aparece cantada em inglês. Foi regravada por vários grandes artistas, dentre os quais David Bowie (1978) e The Doors (1967). A seguir podemos ouvir versão em performance de Tim van Broekhuizen.

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