1/7/2014, The Saker, The Vineyard of the Saker
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Em memória de Anatolii Klian:
Со святыми упокой, Анатолий, и вечная память!
Que descanse em paz entre os santos, Anatoly. Eterna lembrança.
Que descanse em paz entre os santos, Anatoly. Eterna lembrança.
Балобан
Saker
The Saker |
Situação
atual: pacote misturado
O
noticiário que sai da Novorossia é pacote misturado de razões para manter a
esperança e razões para desesperar completamente. A chamada “iniciativa de paz”
de Poroshenko ou é mistificação obscena ou, na melhor das hipóteses, é piada
bem sem graça: os Ukies continuam a bombardear civis e os atiradores
continuam a atirar contra civis todos os dias, e um Kiev aconteceu um grande
comício, não para exigir real cessar fogo, oh não, mas para exigir que as
hostilidades recomecem com força total!
Quanto aos
anglo-sionistas, nem um pouco impressionados pelas várias tentativas de Putin
para acalmar a russofobia paranoica deles, estão outra vez ameaçando a Rússia
com mais sanções. Por outro lado, há muitos sinais de que o lado da Novorossia
vai-se tornando mais forte a cada dia: unidades inteiras mudam de lado, sem
disparar um único tiro; as forças especiais da Novorossia parecem ter
conseguido tomar o controle de alguns sistemas avançados de mísseis
de defesa aérea perto do Donetsk (embora eu ainda não tenha certeza de que
aqueles sistemas sejam ou não operacionais); alguém aparentemente “perdeu” na
estrada pelo menos três howitzers (que foram imediatamente apreendidos
pelas Forças de Defesa da Novorossia) e o número de combatentes voluntários
dispostos a defender o Donbass não para de aumentar. Onde dará tudo isso, ainda
é cedo demais para dizer: os Ukies já usaram armas químicas e há relatos
consistentes de longas colunas de comboios militares dos Ukies entrando
no Donbass. Por mais que eu espere, pessoalmente, que os Ukies tenham já
alcançado sua capacidade máxima nesse esforço de guerra, nada garante que seja
assim, e há ainda possibilidades muito reais de que o “Plano B” de Poroshenko
esteja já a caminho: o plano, aparentemente, consiste de um ataque de três
braços contra o Donbass: do noroeste (Carcóvia), do oeste (Dnepropetrovsk) e do
sul (Mariupol). Combinado a um movimento para fechar a fronteira no leste, esse
“Plano B” pode pôr toda a Novorussia sob gigantesco risco.
Mísseis móveis de defesa aérea de Donetsk |
Confesso
que estou em crise da minha Desordem da Personalidade Analítica Múltipla
(DePAM)
Como vocês
sabem, sofro de DePAM – “Desordem da Personalidade Analítica Múltipla”: metade
de mim simplesmente já não consegue esperar por intervenção militar russa para
pôr fim ao massacre Ucro-Nazista na Novorossia; e a outra metade sabe
perfeitamente que tal intervenção seria erro. Minhas tripas me dizem “esmague
esses bastardos!”; e meu cérebro me diz “não morda essa isca!”.
Ontem à
noite, depois de ouvir os noticiários, pus-me a andar de um lado para outro,
com o nó no estômago que já se tornou habitual: do lado de fora, uma dúzia de
“e se” me atormentavam: e se Putin tiver sido intimidado ou comprado? E se
Putin não tiver plano algum? E se situação em que está a Rússia não passar de
reflexo de uma liderança russa confusa e com tendências de direita? E se Putin
e seus conselheiros tiverem decidido, cinicamente, trocar a Novorossia pela
Crimeia? Ou, e ainda pior: a Novorossia, por lucrativos contratos?
A julgar
por alguns comentários postados aqui, muitos de vocês parecem estar convencidos
de que sou ‘'fã'’ de Putin, que nunca tenho dúvidas sobre ele. Não sabem o quanto
se enganam! Tenho dúvidas, tenho até medos, mas tento não deixar que me
dominem, porque não acredito que dúvidas e medos sejam ferramentas que ajudem
nas análises. Mas àqueles dentre vocês que dizem que Putin não sabe o que faz
ou que está vendido, respondo o seguinte: você não têm mais provas disso do que
eu, do contrário; e não saberemos quem acerta mais, até que toda essa situação
tenha-se desdobrado completamente.
Assim
sendo, todos estamos condenados à angústia de ter de esperar. Esperar, enquanto
gente inocente continua a ser morta, enquanto os plutocratas da UE recebem com
ovação um regime claramente nazista em Kiev, e enquanto Tio Sam faz mais e mais
ameaças contra a Rússia todos os dias. Para todos que sincera e realmente se
preocupam com o povo de Novorossia esse tipo de espera é terrível tortura
psicológica. Acreditem, meu último pensamento antes de dormir e meu primeiro
pensamento ao acordar é:
Howitzer do tipo encontrado na Ucrânia |
Até onde os
russos podem recuar?
Ontem, de
repente, dei-me conta de que não é a primeira vez que essa pergunta divide a
sociedade russa. Durante a invasão da Rússia pela Europa de Napoleão (dos quase
700 mil soldados que invadiram a Rússia em 1812 só cerca da metade eram
franceses: os demais eram de quase todos os demais países europeus, a maioria,
alemães e poloneses) a mesma questão dividiu a sociedade russa.
Daquela
vez, ambos, o marechal
de campo Barclay de Tolly e, depois, o marechal de
campo Mihail Kutuzov foram
ferozmente criticados pela política de recuar ante os exércitos de Napoleão.
Diferente do que se viu durante a IIª Guerra Mundial, quando os soviéticos
tiveram de recuar, recuo não planejado, mas forçado por ataque alemão
surpreendentemente bem-sucedido, o recuo russo na Guerra de 1812 foi
completamente deliberado e, eu diria, lógico.
As coisas
ficaram tão ruins, que Barclay de Tolly (escocês étnico) foi acusado de
covardia em combate e de ser agente secreto a serviço de Napoleão. Quando o “etnicamente
correto” russo Kutuzov (que servira com distinção sob as ordens do mais famoso
general russo de todos os tempos, Alexander Suvorov, e cujo patriotismo e coragem não poderiam ser postos em dúvida) foi
nomeado para substituir Barclay de Tolly... ele decidiu manter exatamente a
mesma estratégia.
Napoleão observa a batalha, próximo de Borodino |
De fato,
Kutuzov ordenou que o exército russo recuasse até a pequena
cidade de Borodino, apenas 120km a oeste de Moscou, antes
de enfrentar os exércitos russos numa batalha feroz. O resultado foi o que se
pode classificar como mútuo banho de sangue e empate (eu diria uma vitória
tática para os franceses, e uma vitória estratégico-operacional para os russos);
e Kutuzov recuou ainda mais e deixou Moscou sem disparar um tiro! Arrastado
pela húbris e por seu ego avassalador, Napoleão mordeu a isca e entrou em
Moscou, à espera de que os russos lhe entregassem as chaves da cidades. Os
russos não apareceram e, depois de muito esperar (usando as capelas do Kremlin
como estábulos para seus cavalos!), a Grande Armée iniciou o que seria uma terrível
retirada de volta a Paris. Dos 690 mil soldados europeus que compunham a força
de invasão inicial, só 93 mil sobreviveram (em Berezina, o exército europeu foi
praticamente cercado!). Em março de
1814 o exército russo estava acampado em Paris e Talleyrant teve de entregar as chaves da capital
francesa ao czar Alexandre I, da
Rússia.
Havia mais,
nessa estratégia russa de recuo, que apenas o desejo de, literalmente,
“negociar territórios, por vidas” ou o desejo de desgastar as linhas de
suprimento do inimigo. Os russos aprenderam dolorosamente, dos mongóis, essa
estratégia; os mongóis com frequência recuavam ante forças russas, antes de
avançar e destruí-las (quase sempre, incendiando a estepe e com manobra de
cerco). Na guerra, como no xadrez, a oportunidade em contexto [orig. timing]
são fatores cruciais que não podem ser ignorados.
Mas
voltando a Barclay de Tolly e Kutuzov, é possível pelo menos começar a imaginar
o tipo de angústia que enfrentaram? Foram chamados de traidores, agentes
estrangeiros, covardes, por toda a corte (que se mudara para São Petersburgo e
lá vivia em perfeita segurança) e, provavelmente, também pela maioria da
sociedade russa. Acho que ninguém pode imaginar o tipo de pressão para mudar de
estratégia, que Alexandre I, Barclay de Tolly e Kutuzov enfrentaram, sobretudo
depois da rendição de Moscou. Pois o tempo comprovou que estavam certos, e o
acerto dos seus soberbos instintos estratégicos. Embora não seja coisa que se
possa provar, o consenso entre historiadores da história militar, hoje, é que,
se o exército russo tivesse dado combate a Napoleão, na sua primeira batalha
real, em algum ponto a oeste de Smolensk, teria sido destruído e teria tido de
recuar do mesmo modo, mas em completo caos e com poucos sobreviventes.
Portanto, a
resposta certa à pergunta acima é: a Rússia pode recuar tanto quanto seja
necessário, para vencer.
Vladimir Putin |
Objeções:
Putin não é nenhum Alexandre I
Concordo.
Nem Poroshenko ou Obama é Napoleão, nem de longe, nem de muito longe! Mas
tampouco a guerra atual contra a Rússia (porque é isso, precisamente, o que
estamos vendo acontecer) é guerra à maneira do século XIX. A guerra contra a
Rússia, hoje, é guerra do século XXI. Se a IIIª Guerra Mundial foi a chamada
“Guerra Fria”, estamos hoje em plena IVª Guerra Mundial.
Se os
russos aprenderam de suas muitas derrotas militares nas mãos dos mongóis, os
europeus ocidentais aprenderam de suas muitas derrotas nas mãos dos russos.
Muitas e
muitas vezes invasores ocidentais atacaram a Rússia e muitas e muitas vezes
foram derrotados, pelo menos em termos militares. Mas essas derrotas militares
que o ocidente sofreu encobrem uma lista igualmente longa de bens sucedidas intervenções
culturais e religiosas.
Primeiro, o
Papado conseguiu converter (pela força e pela corrupção) lituanos e russos
ocidentais (que adiante viriam a ser os ucranianos). Na sequência, por algum
tempo, a ocupação
da Rússia pelos mongóis ofereceu um
tipo de escudo, doloroso mas efetivo, contra os Cruzados ocidentais; mas no fim
da ocupação mongol, e depois do brilhante reinado de Ivã III (um dos melhores
governantes que a Rússia teve em todos os tempos), com Vasilii III e Ivã IV (“Ivã, o
Terrível”) o estado russo degenerou rapidamente, no período chamado “Tempos
Difíceis” [orig. Troubled Times].
Foi quando,
outra vez, o ocidente tentou invadir a Rússia, e os poloneses até puseram no
trono da Rússia um dos seus agentes, o chamado “Falso Dimitri” – em típico ato do ódio latino contra a
Igreja Ortodoxa, depois de espancar e levar à morte por fome o patriarca russo,
São Hermógenes (algumas coisas nunca mudam). Adiante, os
poloneses e seus mestres jesuítas foram expulsos, e um Zemskii Sobor
[Parlamento da Terra] pôs no trono, como czar da Rússia, Miguel Romanov, o filho
caçula de Feodor Nikitich Romanov (que depois ficaria conhecido como “Patriarca
Filareto”.
Feodor Nikitich Romanov (Patriaca Filareto) |
Embora
externamente a paz tivesse sido restaurada na Rússia, internamente estavam
crescendo poderosas forças pró-Ocidente, especialmente nas elites russas. A vez
delas chegou quando Pedro I (“Pedro, O Grande”) subiu ao poder, em 1682.
Embora eu não
queira me estender demais em detalhada análise histórica, quero dizer que o
povo e a cultura russa têm sido mais ou menos reprimidos, e com sucesso
considerável, desde Pedro I até Vladimir Putin.
Embora
alguns governantes da Rússia tenham-se esforçado para restaurar e manter a
cultura russa e o Cristianismo Ortodoxo (especialmente Alexander III e São
Nicolau II), a aristocracia russa – em grande proporção constituída de membros
da Maçonaria –sempre e obsessivamente opôs-se àqueles esforços. O que vemos
hoje na Rússia – o governante apoiado pelas lutas populares contra elites
apoiadas pelo ocidente – absolutamente não é novidade: é o que se viu por lá,
ao longo de vários séculos.
Além disso,
o que é a simples existência de uma chamada “Ucrânia” (sem o artigo definido),
se não a evidência de um imenso sucesso estratégico das elites da Europa
Ocidental? Vejam bem: em 1812 não havia “colaboradores ucranianos dando boas
vindas aos franceses, ainda que os franceses prometessem “libertar” os
camponeses russos.
Apenas um
século adiante, não só muitos ucranianos recepcionaram com flores os alemães (o
quê, considerando que os Comissários Soviéticos haviam feito aos ucranianos, eu
compreendo perfeitamente), mas muitos ucranianos viam-se, eles mesmos,
sinceramente, como grupo étnico distinto, que nada partilhava, de bom, com o
povo russo. É claro que aí está um notável sucesso das elites ocidentais! [...]
Seja como
for, durante a IIª Guerra Mundial e depois, a cultura russa e uma consciência
nacional recomeçaram lentamente a reemergir, mesmo durante o governo de
canalhas degenerados como Khrushchev ou Ieltsin. Como já escrevi no passado,
entendo que Vladimir Putin chegou ao poder empurrado por forças “nacionais”
dentro da KGB, mas teve de ir atrelado a Medvedev, apoiado pela
oligarquia, para “fiscalizá-lo”.
Medvedev e Putin relaxam nos jardins do Kremlin |
Tudo isso
para fazer lembrar um fato crucial, quase sempre desconsiderado: o
ocidente tem mantido as garras, mais ou menos firmemente, no “pescoço das
autoridades russas”, desde pelo menos 1682 e até 2000 – são 318 anos!
Quanto a
Putin, foi formalmente indicado em 1999, e eleito em 2000, mas seu período de
controle mais ou menos pleno da Rússia só começou em 2012, há apenas dois
anos (já escrevi sobre isso, especialmente aqui mas também aqui e aqui). E nesses dois anos, a oposição
sistemática que Putin tem feito ao Império anglo-sionista já lhe valeu o ódio
visceral da plutocracia ocidental – a qual, aparentemente, Putin
teria “decepcionado”. Os que tão levianamente acusam Putin de estar
acovardado, de ser agente da “Nova Ordem Mundial”, ou de ter-se vendido, ou de
estar-se deixando manipular devem, pelo menos, tratar de conhecer melhor os elementos
básicos da história russa, e comparar o que Putin fez nos últimos dois anos,
com o que vem acontecendo há 300 anos!
Seja como
for, tenho de reconhecer que, por mais que o currículo de Putin seja
absolutamente sensacional, pelo menos até agora, ainda temos uma grande
pergunta que permanece sem resposta:
O que Putin
fará a seguir?
Minha
resposta mais honesta é simples: não sei. Não sei mesmo. Com total franqueza
tenho partilhado
aqui os meus piores medos, e
tenho repetido muitas vezes que não vejo razões suficientes para duvidar de que
Putin agirá quando entender que seja o momento certo para agir. Significa que
confio nele? Não. Mas, sim, significa que não tenho motivos para desconfiar
totalmente e perder toda a esperança nele.
Aos que
muito criticam Putin por não fazer o suficiente (até por não fazer coisa
alguma, nada), quero dizer que não há razões para assumir que a junta em Kiev
tenha os meios para esmagar a resistência na Novorossia.
Assim
sendo, permitam-me acrescentar imediatamente o seguinte – será muito melhor,
muitas vezes preferível, para a Novorossia, para a Rússia e até para a Europa,
se a Novorossia conseguir dar combate e derrotar os esquadrões da morte
nazistas, sem ajuda declarada dos russos, do que se conseguir o mesmo efeito
com a ajuda russa. Quanto a uma aberta intervenção militar russa, seria
resultado altamente indesejável para todos, exceto para o Tio Sam e seus
estados-fantoches na UE.
É provável
que cheguemos a uma aberta intervenção militar, sempre suspeitei que provavelmente
chegaremos a ela, mas será resultado forçado, resultado que constituirá uma
vitória para os anglo-sionistas, seja qual for o resultado da operação militar
russa (conclusão da qual ninguém, mesmo que só medianamente bem informado, pode
duvidar).
Petro Poroshenko |
No Relatório
de Situação (SITREP) de 24/6/2014,
escrevi:
Mais uma
vez, temos uma situação na qual Poroshenko ou, devo dizer, os que movimentam as
cordinhas do fantoche Poroshenko, estão absolutamente determinados a alcançar
um dos seguintes objetivos:
1) Estender
o Banderastão até a fronteira russa;
2) Forçar a
Rússia a intervir abertamente, militarmente, no Donbass.
É
estratégia vitoriosa, porque Kiev tem os meios para conseguir pelo menos um
desses objetivos, e Putin não tem terceira opção. A solução preferencial para o
Kremlin – que Novorossia consiga resistir com sucesso à agressão dos Ukies –
não parece alcançável, pelo menos não se o Kremlin não empreender ação
dramática para mudar a dinâmica em campo.
A questão a
responder é “o quanto a ação terá de ser dramática”? Entendo que qualquer ação
que permita que Novorossia resista com sucesso à agressão Ukie já é,
pela própria definição, ação “suficientemente dramática”.
E essa ação
será, mais precisamente, o quê? Respondo:
- Ajuda militar e técnica (encoberta) à resistência na Novorossia.
- Denúncia, para finalidades políticas, das atrocidades e provocações da junta de Kiev.
- Tentativa constante de instalar uma cunha política e financeira entre a UE e os EUA.
- Preparação constante da opinião pública russa para o possível uso de forças armadas russas para “salvar a Novorussia”.
- Uma luta ininterrupta para substituir o maior número possível de “Atlanticistas Integracionistas” por “Soberanistas Eurasianos”, em posições chaves no Kremlin.
Tenho todas
as razões para crer que isso, exatamente, é o que está sendo feito. Não sei
sobre amanhã, menos ainda sobre o que acontecerá numa semana, num mês ou num
ano. Mas por hora – isso é o que estou vendo agora, e é cedo demais para acusar
Putin; por hora, que se veja, só há prudência e excelente planejamento.
Operadores Vympel |
Mas...
tenho de dizer e admito-o já, que essa estratégia, por mais “suficientemente
dramática” que seja, em termos puramente racionais, não é dramática que chegue,
para o meu coração. Tenho visões em que aparecem os esquadrões-da-morte do
Setor Direita (Pravy Sektor) à frente
dos Homens Polidos Vestidos de Verde e Armados; visões de um par de MiG-31
fechando todo o espaço aéreo da Novorossia, com os Su-34 russos bombardeando
aquela merda (perdoem!) de posições da artilharia Ukie. Em meus sonhos,
vejo um grupo de operadores Vympel que arrancam Liashko ou Kolomoiski da cama,
na calada da noite, e os levam para Kolyma via Moscou, assim como tenho visões
dos franceses derrubando a plutocracia sionista no poder e trocando-a por uma
verdadeira comissão de salvação nacional. Também tenho visões do verdadeiro
povo norte-americano, que afinal chuta o traseiro desses satânicos 1% que
ocuparam os EUA. Sonho com os EUA tornando-se “país normal”. Posso sonhar e
sonho, e tudo bem, comigo, cá, que não passo de “blogueiro-ninguém”. Mas é luxo
que Putin, como chefe de estado, não pode usufruir.
Digo, para
concluir, que ninguém ficará mais envergonhado e mais mortificado do que eu, se
acontecer de a Rússia de Putin abandonar o povo da Novorussia à sanha dos
invasores nazistas apoiados por EUA e UE, e aos seus esquadrões-da-morte. Se
acontecer, ninguém precisará lembrar-me de que vocês me avisaram. De fato, não
há “aviso” possível, porque se alguém me “avisar” disso hoje, estará falando sem
fundamentos, por todos os motivos errados. Claro que tal traição é possível,
mas não e não, enfaticamente não: não há hoje NENHUM fundamento que permita
concluir que tal traição teria acontecido ou possa estar em construção.
Todos os
dias acordo com medo de que já tenhamos sido traídos, misturado com a esperança
de que a tão esperada ação russa começou. Até aqui, nada aconteceu, nem uma
coisa, nem outra; e, sim, a Rússia continua a recuar. E só Deus sabe por quanto
tempo e até que ponto.
The
Saker
As postagens são ótimas e incríveis adoro! mas dificilmente consigo ler todo o conteúdo porque são muito extensas, e vivo correndo contra o tempo para ficar nas redes sociais, e acredito que muitos deixam de ler pelos mesmos motivos, mas são sempre belíssimas exposição de imagens nas reportagens!
ResponderExcluirGuarde mais tempo pra ler nossas postagens! Leia menos redes sociais... (hehehehe)
ExcluirAbraço agradecido
Difícil ter ao mesmo tempo a manteiga e o dinheiro da manteiga a um certo momento escolher é preciso. É certo e um grande prazer quando a forma do recito nos envolve e nos cativa pela sua capacidade envolvedora, todavia é do conteúdo que se trata e quanto a ele nao ha compromisso; tem de ser dito e custe o que custar. As vezes as narrações curta e grossas participam do embrutecimento pela utilização de conceitos prontinhos para serem engolidos, quando é fina e longa pretendem servir nao somente a convencer mais também a esclarecer. Aos blogueiros deste canal lhes digo continuem com esta qualidade de trabalhos apresentados eu continuarei a ser um bom cliente. Boa noite.
Excluir