21/7/2014, The Saker, The Vineyard of the Saker
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
The Saker |
Finalmente!
Os militares russos decidiram falar sobre um pouco do que já sabem que
aconteceu ao voo MH17. Foi evento russo típico: os intérpretes, pouco menos que
*horríveis* (falo como ex-intérprete militar que sou); os grafismos,
horrorosamente mal desenhados (usaram um bombardeiro SU-24 para representar um
totalmente diferente SU-25 para apoio aéreo); e nada de sessão de perguntas
& respostas com os jornalistas. Vejam vocês mesmos:
Ainda assim,
algumas poucas coisas muito interessantes resultaram daquela conferência de
imprensa.
Primeiro, os Ukies foram apanhados na mentira sobre não terem
armas antiaéreas na área do desastre. Haviam dito que não havia baterias
antiaéreas naquela área. Os russos exibiram as trilhas gravadas de radar, que
revelam o seguinte: havia lá o que
parece ser uma aeronave militar (sem transponder)
voando abaixo de 5 mil metros, a qual começou repentinamente a subir apenas
alguns instantes antes de o MH17 ser atingido por alguma espécie de míssil.
Essa
aeronave não identificada lá estava e lá ficou e observou enquanto o MH17 caía
rumo ao chão. Os russos acrescentaram que um SU-25 armado com um míssil R-60
ar-ar poderia ter derrubado o MH17. Pode ser. Mas o que é garantido é que os
radares civis, sim, detectaram essa estranha aeronave Ukie.
Mas,
atenção: essas observações foram recolhidas de radares *civis*.
Aparentemente,
os russos não estão querendo partilhar dados de seus radares militares. Por
isso é que a misteriosa aeronave Ukie
aparece em 5 mil metros de altitude e em seguida “some” novamente. Mas
vocês podem ter absoluta certeza de que os radares militares, especialmente os
do AWACS A-50 russo
[Airborne Warning and Control System /
Sistema Aéreo de Alerta e Controle], sim, sim, rastrearam aquela aeronave antes
e depois de sua estranha manobra.
Mais uma
vez, parece-me que os russos têm esperanças de que os especialistas cheguem às
conclusões corretas a partir só do que viram hoje; e que os russos não precisem
revelar muito mais. Mas não há absolutamente nenhuma dúvida de que os russos
têm o quadro completo e sabem exatamente o que aconteceu.
Segundo, os russos
estão desafiando seus colegas norte-americanos a exibir as imagens que eles
dizem que mostrariam o lançamento do foguete BukM1.
Os russos também chamaram atenção para a interessante coincidência de que havia
um satélite experimental dos EUA, de detecção de lançamento, sobrevoando
exatamente aquela área, no momento da tragédia.
Claramente,
os russos estão apontando aos especialistas mundiais alguma espécie de pista
que já encontraram (mas ainda não sei com certeza que pista é essa).
Terceiro, os russos
exibiram suas próprias imagens recebidas de satélites e que mostram que uma
bateria de BukM1 foi deslocada pouco antes do acidente (vídeo no
fim do parágrafo). Será interessante ouvir o que dizem os Ukies para explicar o que se vê nessas imagens.
E, se explicarem, como explicarão?
Como evento
de informação ao grande público, essa conferência de imprensa merece, no máximo,
nota 7,5. Mas como sessão para distribuir informação relevante a especialistas,
aí, sim, daria nota bem melhor: 9,0.
Agora já há
prova muito sólida de que os Ukies mentiram pelo menos duas vezes:
(1) Mentiram ao divulgar vídeos
falsos em que se viam os mísseis como se estivessem sendo levados de volta para
a Rússia (o filme foi feito em território ocupado pelos Ukies);
(2) mentiram também, quando
negaram que houvesse qualquer avião militar na área, porque, na verdade, havia
um; e muito, muito próximo do MH17. Essa é mentira gigantesca; os Ukies muito penarão tentando desqualificar a
informação dos russos.
Destroços do MH17 - Foto de 17/7/2014 |
Como disse
em meu primeiro postado sobre o MH17, não tenho esperança alguma de que a
plutocracia ocidental algum dia admita que a Junta de Kiev derrubou aquele
avião. O mesmo vale para o “jornalismo” da imprensa-empresa press-tituta. Mas tenho esperança de
que o mundo chegue a ver essa tragédia pelo que ela realmente é: ataque-complô
deliberado [orig. false flag attack],
executado pela Junta nazista de Kiev, para inculpar os russos.
Como DavidChandler disse corretamente sobre o 11/9/2001, a prova de que houve tentativa
de desencaminhar a investigação é, ela mesma, prova de que houve conspiração e
crime.
The Saker
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