terça-feira, 6 de setembro de 2011

Robert Fisk: 11/9 - Mentimos a nós mesmos há dez anos - Fugindo da principal pergunta

3/9/2011, Robert Fisk, The Independent, UK
Traduzido e comentado pelo pessoal da Vila Vudu

Pelos livros deles, se pode conhecê-los.

Falo dos volumes, das bibliotecas – não, dos hectares e hectares de páginas impressas – que os crimes internacionais contra a humanidade cometidos dia 11/9/2001 geraram. Muitos não passam de pseudo patriotismo e autocomiseração; outros repetem incansavelmente a mitologia sem esperança das culpas de CIA/Mossad; uns poucos (infelizmente brotados no mundo muçulmano) referem-se aos assassinos como “os rapazes”; praticamente todos fugindo da pergunta que qualquer investigador policial sabe que é a primeira e a principal, para desvendar qualquer crime de rua: o motivo.

Por que, eu me pergunto, depois de 10 anos de guerra, centenas de milhares de inocentes mortos, tanta mentira e hipocrisia e traição e tortura sádica em prisões controladas pelos EUA – e os britânicos do MI5 ouvidos, bem entendido, e sem conversa fiada e patriotadas – e pelos Talibã? Teremos conseguido silenciar nós mesmos, assim como silenciamos o mundo, com nossos medos? Será que ainda não somos capazes de pronunciar três frases curtas: “Os 19 assassinos do 11/9 declararam-se muçulmanos. Vieram de uma parte do mundo chamada Oriente Médio. Logo, é aí que está o problema”?

Os editores norte-americanos foram à guerra, antes de todos, em 2001, com massivos volumes de foto-lembranças. Os títulos falam por eles mesmos: Above Hallowed Ground [Acima da terra santificada], So Others Might Live [Para que outros possam viver], Strong of Heart [Fortes de coração], What We Saw [O que vimos], The Final Frontier [A última fronteira], A Fury for God [Fúria de Deus], The Shadow of Swords [A sombra das espadas]... Ao ver pilhas disso em todas as prateleiras dos EUA, quem duvidaria que os EUA iriam à guerra? E muito antes da invasão do Iraque em 2003, outra pilha de tomos apareceu para justificar a guerra, procurando guerra. No mais importante deles de autoria de um ex-espião da CIA, Kenneth Pollack, The Threatening Storm [Tempestade ameaçadora] – e não é que todos nos lembramos de The Gathering Storm [Arma-se a tempestade], de Churchill [1]? – Pollack comparava a próxima batalha contra Saddam com a crise que Grã-Bretanha e França enfrentaram em 1938, claro.

Nesse livro de Pollack, há dois temas – “um dos principais especialistas mundiais em Iraque” como muitos informavam aos leitores (Fareed Zakaria garantia que o livro de Pollack seria “um dos mais importantes livros sobre política exterior dos EUA, em anos”) – o primeiro dos quais inventário detalhado das armas de destruição em massa que Saddam guardava em seus arsenais; não existiam, como se sabe. O segundo tema era a importância de conseguir romper de vez “a ligação” entre “a questão iraquiana e o conflito entre árabes e israelenses”.

Os palestinos, privados do apoio do poderoso Iraque, prosseguia a narrativa, estariam ainda mais enfraquecidos na luta contra a ocupação israelense. Pollack falava da “viciosa campanha terrorista” movida pelos palestinos – mas nem uma linha de crítica a Israel. Falou de “atentados terroristas semanais, seguidos por reação de Israel” (sic), a versão israelense padrão de todos os eventos. O viés dos EUA favorável a Israel nunca foi mais que “fantasia” dos árabes. Bem, pelo menos o ilustríssimo Pollack disse, embora de modo distorcido, que o conflito Israel-Palestina teve algo a ver com o 11/9, embora também culpasse Saddam que, esse, nada jamais teve a ver com a explosão das torres gêmeas.

Depois, claro, vivemos sob um dilúvio da rica literatura do trauma pós 11/9, do eloquente O Vulto das Torres (2007, São Paulo: Companhia das Letras) de Lawrence Wright, a Scholars for 9/11 Truth [Intelectuais pela verdade do 11/9], cujos apoiadores disseram que o avião que todos viram espatifado à frente do Pentágono foi jogado ali por um C-130; que os jatos que atingiram o World Trade Center eram teleguiados; que o voo United 93 foi abatido por um míssil dos EUA, etc.. Dado o relato cheio de segredos não revelados, obtuso e às vezes desonesto que a Casa Branca apresentou – para nem falar da fraude inicial que foi a investigação pela equipe oficial – não me surpreende que milhões de norte-americanos acreditem em muitas dessas ideias. E também nem se fala da maior das mentiras oficiais: que Saddam estaria por trás do 11/9. Leon Panetta, recentemente nomeado autocrata-em-chefe da CIA, repetiu a mesma mentira, ainda este ano, em Bagdá.

E também houve os filmes. Voo 93 reimaginou o que pode ter acontecido (e pode não ter acontecido) a bordo do avião que caiu num bosque da Pennsylvania. Outro contou história altamente romantizada, na qual as autoridades de New York agiram, estranhamente, para impedir que se filmassem nas ruas reais da cidade.

E, agora, é o dilúvio de especiais de televisão [2], todos os quais dão como verdadeira a mentira de que o 11/9 realmente mudou o mundo. – A repetição, por Bush/Blair, dessa ideia perigosa, permitiu que seus meganhas cometessem crimes de invasão e tortura – sem jamais, nem uma vez, perguntarem por que a imprensa e a televisão aceitaram e repetem até hoje a mesma ideia.

Até hoje, nenhum desses “especiais” pronunciou, uma única vez, a palavra “Israel”; na 5ª-feira à noite, Brian Lapping, na edição noturna de ITV, mencionou uma vez a palavra “Iraque”, sem explicar que o 11/9/2001 serviu de pretexto para o crime de guerra que foi aquela invasão do Iraque, em 2003. Quantos morreram dia 11/9? Quase 3.000. Quantos morreram na guerra do Iraque? Quem se importa? [3]

A publicação do relatório oficial sobre o 11/9 – em 2004, mas leia a edição de 2011 – é estudo valioso, se por mais não for, pelas realidades que apresenta, embora as frases de abertura mais pareçam início de romance, que de relatório de inquérito oficial: “Terça-feira... temperatura amena e céu praticamente sem nuvens no leste dos EUA... Para os que iam para o aeroporto, as condições do tempo não poderiam ser melhores para uma viagem segura e agradável. Entre os que embarcavam estava Mohamed Atta...” Será que esses sujeitos foram estagiários da revista Time?

Mas Anthony Summers e Robbyn Swan, em seu The Eleventh Day [O décimo-primeiro dia] enfrentam o que o ocidente recusou-se a encarar nos anos posteriores ao 11/9. “Todas as provas indicam que a Palestina foi o fator que uniu os conspiradores – em todos os níveis”, escreveram. Um dos organizadores do ataque acreditava que obrigaria os EUA a concentrarem-se sobre “as atrocidades que os EUA cometem, por apoiarem Israel”. A Palestina, dizem os autores, “sem dúvida foi a principal questão política a mover os jovens árabes (que viveram) em Hamburgo”.

A motivação para os ataques foi “escamoteada” até no relatório oficial sobre o 11/9, dizem os autores. Os investigadores discordaram quanto a essa “questão” – palavra-clichê código para não dizer “problema” – e os dois principais funcionários encarregados, Thomas Kean e Lee Hamilton, explicariam mais tarde que: “Esse era terreno sensível (...) Investigadores que argumentaram que a al-Qaeda teria tido, como motivação, uma ideologia religiosa – e não a oposição a políticas norte-americanas – opuseram-se a qualquer referência ao conflito Israel-palestinos. (...) Na opinião deles, falar do apoio dos EUA a Israel como causa profunda da oposição da al-Qaeda aos EUA indicaria que os EUA devessem reavaliar aquela política”. Aí está. Mais claro, impossível.

E então, o que aconteceu? Os investigadores, dizem Summers e Swan, “optaram por uma linguagem vaga, que contornou a questão do motivo”. Há uma pista, no relatório oficial – mas nada além de rápida referência numa nota de rodapé que, é claro, poucos leram. Em outras palavras, ainda não dissemos a verdade sobre o crime que – como nos querem fazer crer – “mudou o mundo para sempre”. Depois de ter visto Obama ajoelhar-se à frente de Netanyahu, em maio passado, nada disso me surpreende.

Enquanto o primeiro-ministro de Israel consegue que até o Congresso dos EUA curve-se a ele, ninguém, dos cidadãos americanos, ouve sequer uma palavra de resposta para a questão mais importante e mais “sensível” do 11/9: o porquê. [4]



Notas dos tradutores

[1] CHURCHILL, Winston. Memórias da Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1995 (primeiro volume).

[2] No Brasil, em notícia redistribuída pela TV Brasil (mas... diabos, por que a TV Brasil divulga isso?!): “Globo News Especial lembra os atentados de 11 de setembro que aconteceram fora de Nova York” e, em ”Os atentados em 11 de setembro nos EUA gera Teorias da Conspiração”, onde assiste-se a um inacreditável besteirol, em diálogo entre jornalistas da rede Globo, sobre o “evento”. No dia 3/9, em: “Programação Especial da GloboNews, sempre pela Rede Globo: “Estreia hoje na Globo News o especial “Dossiê Segredos de Estado”, que trará, diariamente às 20h05, oito grandes entrevistas exclusivas e reveladoras feitas pelo jornalista Geneton Moraes Neto. E há muito mais...

[3] Osama Bin Laden fez exatamente essa conta e usou exatamente esse argumento na “Carta à América”, de 2004. Ver nota 4, adiante, item f.

[4] Esse artigo de Robert Fisk exige um comentário. Fisk elabora sobre os motivos do 11/9, como se jamais tivessem sido claramente expostos à opinião pública planetária. Isso é falso.
Todos os motivos que levaram aos ataques do 11/9 estão claramente, longamente e exaustivamente expostos na “Carta a América”, de Osama Bin Laden, publicada na íntegra pelo Guardian, no domingo, 24/11/2002 (em inglês).
Naquele documento, bin Laden discorre demoradamente sobre os motivos dos ataques do 11/9 (aqui alguns excertos traduzidos):

“Pedindo que Alá nos ajude, respondemos aqui às perguntas que nos fazem os norte-americanos: (Pergunta 1) Por que lutamos contra vocês e lhes fazemos oposição? (...)

A resposta à pergunta 1 é muito simples: porque vocês nos atacaram e continuam a nos atacar.

(a) Vocês nos atacaram na Palestina (...)

(b) Vocês nos atacaram na Somália. Vocês apoiaram as atrocidades dos russos contra nós na Chechenia, a opressão contra nós na Caxemira e a agressão dos judeus contra nós no Líbano. (...)

[Vocês apóiam governos] que se renderam aos judeus e lhes entregaram quase toda a Palestina, reconhecendo a existência daqueles estados sobre os pedaços desmembrados do próprio povo. (...)

(e) Seus exércitos ocupam nossos países; vocês espalharam suas bases militares em todos aqueles estados; vocês corrompem nossas terras e degradam nossas crenças e nossos locais sagrados, para proteger os judeus e, assim, garantir que possam continuar a pilhar nossas riquezas. (...)

(f) Vocês mataram de fome os muçulmanos do Iraque, onde morrem crianças todos os dias. É terrível que mais de 1,5 milhão de crianças iraquianas tenham morrido, por efeito das suas sanções, e a América jamais deu sinal de preocupar-se com isso. Mas, quando morrem 3.000 do povo de vocês, o mundo se ergue, indignado e ainda não se recompôs. (...)

Se Sharon é homem de paz aos olhos de Bush... então todos nós somos, também, homens de paz!!! Os EUA não entendem a linguagem da honra e dos princípios, então tivemos de falar a única língua que os EUA entendem. (...)

O artigo de Fisk, portanto, deve ser lido como, no máximo, um levantamento dos muitos artifícios usados para enganar a opinião pública mundial, para ocultar os motivos do 11/9, que, sim, foram publicados em “jornal de grande circulação” e devem ser pressupostos sabidos, muito explicitadamente expostos por bin Laden, em 2002.
O fato de Fisk não se referir a essa clara exposição pública dos motivos do 11/9 e àquela carta de bin Laden não dignifica sua persona pública, política nem jornalística.
Que sentido faz tanto se empenhar em denunciar que tantos tão ativamente não expuseram os motivos do 11/9... se Fisk tampouco os expõem, embora sejam de conhecimento públicos e expostos com absoluta clareza? Censurar a “Carta à América”, de bin Laden, além de não ser boa prática jornalística também não é boa prática historiográfica.
Além do mais, como se lê na “Carta à América”, mais importante, como motivo do violento ataque contra os EUA, são, além de qualquer vaga “questão palestina”, “a agressão norte-americana contra a Umma” e a favor dos judeus, e a implantação dos exércitos e bases norte-americanos no mundo árabe – operações que, como se sabe, prosseguem, dez anos depois do 11/9/2001.

7 comentários:

  1. o motivo.
    So isso? o motivo sao tres: 1-criar a imagem de um inimigo externo poderoso e assim justificar um "Planos para um Novo Seculo Americano" PNAC, NA sigla deles 2- obter o controle do petroleo na região 3-criar um estado policial no lugar de uma democracia - (porque este é uma exigencia do estagio do capitalismo atual)
    Entao R Fisk concede de graça que quem fez onzesetembro foram 19 maltrapilhos com curso em hamburgo e escolinhas de pilotagem na florida?

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  2. (comentário enviado por e-mail e postado por Castor)

    [Escrevi uns 5 parágrafos antes do que segue aí embaixo mas não sei onde foi parar. Sumiu. Tudo bem, porque eu falava do que vc leu no artigo do Fisk, além de alertar que os tais "Boeings" não tinham janelas e que suas partes inferiores não eram de um Boeing, o que significa que eles provavelmente usaram drones; falei do edifício 7, que implodiu sem ter sido atacado por nada; vejam quem tinha sede no WTC 7 (a CIA, por exemplo, e coisa pior) em http://www.youtube.com/watch?v=wq2pGd9ViUM&feature=player_embedded.]
    (Cont.)

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  3. Tem mais.
    Fisk descarta, como se fossem "teorias da conspiração", estudos importantíssimos de cientistas dos EUA, do Canadá, da Austrália, da Grã-Bretanha. Os Intelectuais pela Verdade de 11/9 fizeram, e ainda fazem, um trabalho extraordinário. Todos devidamente comprovados e documentados. Coloquei em Parallaksis Mundo (http://parallaksismundo.blogspot.com), por exemplo, a carta que um dos membros do grupo enviou à Aeronáutica estadunidense, solicitando a observação das caixas-pretas das aeronaves com base num dispositivo da Constituição dos EUA. A solicitação foi negada. Por quê? Porque não existem caixas-pretas nem existiam aviões.
    Um cidadão que passava pela rua e filmava a cena da primeira torre pegando fogo captou, sem querer, a imagem do segundo "avião". Uma nave meio esquisita, sabem, sem janelas e com a parte inferior completamente diferente dos Boeings que, dizem, bateram nas torres. Drones, talvez, ou mísseis "disfarçados", para se parecer com aviões.
    (cont)

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  4. (continuação do comentário anterior)
    Nosso colega jornalista também não explica como o gramado do Pentágono não sofreu um arranhão com a queda do "avião", nem como o prédio não foi abalado por isso. O abalo foi mínimo, em relação ao que deveria ter sido caso um avião tivesse mesmo batido no prédio. Um drone especialmente preparado para não causar muitos danos. Só o suficiente para enganar o público leigo.

    A queda livre das torres, após os "ataques", desafiam as leis da física. Os Físicos pela Verdade cansaram-se de explicar, dar os dados técnicos, mostrar que as torres não poderiam ter caído se houvessem mesmo servido de alvo para Boeings (por causa da estrutura reforçada do WTC). Bombeiros cansaram-se de dizer que ouviram explosões dentro dos prédios pouco antes da queda livre, e os vídeos produzidos por transeuntes mostram com clareza a fumaça saindo de alguns pontos da construção. Transeuntes também filmaram o barulho das explosões e os comentários assustados dos bombeiros, porque os ruídos vinham dos andares inferiores e do subsolo.
    (cont)

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  5. (continuação do comentário anterior)
    O prédio 7, que não foi atingido por nada, também caiu em queda livre. Afirmar que um incêndio iniciado no mobiliário de madeira e que tomou, se não me engano, dois andares, fez o prédio desabar é desdenhar da inteligência do interlocutor. Para sorte deles, estadunidenses são teleguiados pelas porcarias que veem na TV, nas revistas e nos jornais controlados pelos sionistas e nada questionam. Mas físicos, químicos, engenheiros e arquitetos não são enganados quando se trata de tema de sua expertise. E provaram que, para a explicação oficial fazer sentido, teríamos de abandonar as lições do velho Newton e criar uma nova física, a gosto do freguês.
    E onde estavam os parentes dos supostos passageiros dos "aviões", que não apareceram, não foram entrevistados nem fotografados nem filmados? A mídia dos EUA adora isso. Por que dessa vez deixou a pauta de lado?
    E o "avião" que caiu na Pensilvânia? Cadê os destroços? As bagagens dos passageiros? Os corpos? Vai ver que foi tudo abduzido por um disco-voador que passou ali por acaso, né não?
    Um ex-agente da CIA que vive na Europa teve o cuidado, ao saber da notícia, de correr para o computados e ir até os sites das companhias aéreas dos voos supostamente abortados nos ataques. Salvou a relação de passageiros e publicou. Não existe um só nome árabe nelas. Pouco mais tarde, ao fazer nova busca nos mesmos sites, esses nomes já apareciam.
    (cont)

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  6. (continuação do comentário anterior)
    E que dizer de um dos pilotos, que foi encontrado vivo na Turquia? Ressuscitou?
    Desistam de culpar a Al-Qaeda. Trata-se de uma marca -- como McDonald's, Omo, Sadia -- cuja patente pertence à CIA. É usada quando os EUA precisam dela para responsabilizar alguém por alguma coisa ou para justificar seus crimes. Bin Laden, também cria da CIA e amiguinho dos Bush de longa data, entrou de gaiato nesse navio. Jornalistas que o entrevistaram disseram que ele negou peremptoriamente ser o cabeça dos ataques ou ter participado deles de algum modo. Só não fez isso publicamente porque precisava ajudar o amigo presidente -- afinal, sua família tem investimentos múltiplos nos EUA.
    Os tais "árabes muçulmanos" teriam de ser quase invisíveis para entrar nos EUA, planejar os ataques, entrar no aeroporto, nos tais aviões, sem ser incomodados pelos serviços de segurança. A menos que todos eles tenham falhado. Até o FBI.
    O motivo não era a Palestina. Era Israel e sua mania de se livrar dos inimigos matando-os. Há muito os sionistas pediam a cabeça de Saddam Hussein. Eretz Israel vai até lá. Imaginem que eles viriam para cá, fariam tudo que fizeram e ficariam num pedacinho de terra que só tem pedra e areia... O Iraque tem petróleo, além de proporcionar acesso fácil ao Irã.
    (cont)

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  7. (continuação do comentário anterior)
    Em resumo, Fisk mais pareceu um foca ingênuo do que um repórter experimentado. Desdenhou de anos de investigação de cientistas, militares, gente comum, familiares dos mortos de 11/9. Esqueceu que o inside job é a maneira mais simples e direta de criar um fato político, econômico e social de grande envergadura para justificar reações desmesuradas.

    E o 9/11 mudou o mundo, sim. As liberdades civis nos EUA sofreram reduções sem ninguém reclamar, acreditando que estaria mais seguro permitindo escutas telefônicas, perseguições sem motivo concreto, prisões sem acusação e por aí vai; a política do medo começou a ser implantada com sucesso, para que as pessoas aceitassem grandes investimentos nas indústrias bélicas, aceitassem a guerra, não reclamassem ao ver seus filhos enviados ao Oriente Médio para pirar ou morrer; a militarização do mundo cresceu de maneira assustadora, e as bases militares dos EUA foram reequipadas e ganharam mais pessoal; a ideologia da "segurança", da qual os sionistas são experts, foi adotada também nos EUA; os lucros de "reconstrução" dos países destruídos aumentou: para cada dólar investido retornam 4 em forma de profits; a fascistização do mundo cresceu: além de Israel e EUA, países europeus também têm adotado políticas fascistas, racistas, de apartheid; a OTAN avançou para o hemisfério sul do planeta e, com seu jeitinho meigo, consegue mais verbas e homens de países antes neutros, ou quase; pacifistas estão sendo perseguidos, processados e presos nos EUA pelo simples fato de serem pacifistas -- o que, numa economia de guerra, é heresia; ativistas pró-Palestina idem; os sionistas se fortaleceram e fortaleceram suas organizações nos EUA, tomando conta do próprio governo e galgando postos de mando até no Pentágono; seu poder de decidir a política externa dos EUA aumentou; a mídia está cada vez mais emburrecedora; os grandes debates humanos e políticos esfriaram; enfim, as empresas de tecnologia bélica e de "reconstrução" de países estão satisfeitíssimas e exigem continuar satisfeitíssimas. Alguém quer mais motivo?

    No anexo, um artigo pra ajudar nós, leigos, a entender melhor a grande farsa do inside job de 11 de setembro de 2001.

    E eu, como todos os anos, fico de luto nesse dia por causa de Salvador Allende, dos chilenos assassinados pela ditadura, do sonho roubado pelos EUA.

    Abraços.
    Baby Siqueira Abrão

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