sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ONU: O mundo deve ser conduzido com JUSTIÇA, insiste o Irã

ONU: El mundo debe manejarse com justicia, insiste Irán



Enviado por Vera Vassouras

2 comentários:

  1. (comentário publicado pelo UOL em: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/09/22/em-discurso-na-onu-ahmadinejad-critica-eua-e-defende-nova-ordem-mundial.jhtm postado por Castor)


    O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a criticar os Estados Unidos e as potências ocidentais em seu discurso na Assembleia da ONU nesta quinta-feira, afirmando que são responsáveis pela crise econômica mundial e usam seu poderio econômico e militar para invadir e destruir outros países. As delegações dos Estados Unidos e da União Europeia abandonaram o plenário durante o discurso do presidente.

    “Quem usou os misteriosos ataques de 11 de setembro como pretexto para atacar o Afeganistão e o Iraque, matando, destruindo e deslocando milhões de civis?”, questionou.

    Ele mencionou também a questão palestina, ao lembrar que foram impostos ao povo palestino “60 anos de guerra, terror e homicídios em massa”. “Como podem os países ocidentais usarem o Holocausto como desculpa para manter políticas opressivas?”, alfinetou.

    “Quem apoiou ditaduras militares em países asiáticos, africanos e latino-americanos, fez laços com elas, e usou bombas atômicas contra civis? É aceitável que estes se autodenominem defensores da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, enquanto atacam e ocupam outros países?”, continuou.

    Ahmadinejad também frisou que as potências ocidentais “dominam a economia global” e por isso provocaram a crise atual. “A maioria dos países não tem responsabilidade na crise, mas são vítimas”, acrescentou, enquanto várias delegações -- entre elas, a dos Estados Unidos e da França -- deixavam o plenário da Assembleia em protesto ao discurso do iraniano.

    O presidente também defendeu uma “nova ordem mundial”, pois o Conselho de Segurança da ONU é “dominado” pelos EUA, continuou. “A ONU foi criada para que todas as nações participem das tomadas de decisões, e isso não tem acontecido. A composição do Conselho de Segurança é desigual”.

    Ao mesmo tempo em que criticou os gastos “bilionários” dos EUA com defesa, Ahmadinejad ressaltou a situação da pobreza no mundo. “Aproximadamente 3 bilhões de pessoas vivem com menos de dois dólares por dia. Cerca de 40% dos mais pobres dividem 5% da riqueza mundial, enquanto 20% dos mais ricos dividem 75% da riqueza mundial”.

    Para o líder, a solução para o atual contexto só poderá ser viável com uma mudança na arquitetura mundial.

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  2. Ahmadinejad lança oferta nuclear antes do discurso

    Antes do discurso na Assembleia Geral da ONU, Ahmadinejad disse que pode interromper a produção de urânio enriquecido em seu país se o Ocidente se comprometer a fornecer o material nuclear, afirmou o jornal New York Times em uma entrevista divulgada nesta quinta-feira.

    “Se nos fornecerem urânio enriquecido a 20% a partir desta semana, nós vamos parar de enriquecer o urânio agora. Nós queremos apenas urânio enriquecido a 20% para nosso consumo interno”, assegurou Ahmadinejad.

    Em um gesto de distensão com o Ocidente, o Irã libertou na quarta-feira dois turistas americanos que cumpriram dois anos de prisão acusados de espionagem.

    Ahmadinejad se apresenta na ONU após o presidente Obama ter acusado o governo iraniano de não ter “conseguido provar que seu programa é pacífico”.

    Se continuar “pelo caminho que está fora da lei internacional”, a República Islâmica deve ser alvo de “maior pressão e isolamento”, disse Obama.

    O Irã foi alvo de seis resoluções do Conselho de Segurança da ONU, quatro delas com sanções, que condenam seu programa nuclear. Teerã afirma que não busca uma arma nuclear, mas os governos ocidentais estão convencidos do contrário.

    Antes do discurso de Ahmadinejad, contra o qual são esperados protestos nas ruas de Nova York, a União Europeia (UE) propôs retomar o diálogo direto com o Irã sobre suas atividades nucleares "sem condições".

    A UE está “aberta para se sentar e conversar com o Irã, obviamente sem condições prévias”, disse nesta quinta-feira Maja Kocijancic, porta-voz da chefe de Relações Exteriores, Catherine Ashton.

    Enquanto isso, os contatos diplomáticos eram mantidos, um dia antes de o presidente palestino, Mahmud Abbas, apresentar na ONU seu pedido de adesão plena como Estado, iniciativa que os Estados Unidos ameaçaram vetar no Conselho de Segurança.

    O discurso de Obama na quarta-feira, quando advertiu que “a paz não é alcançada com declarações e resoluções na ONU”, e várias reuniões de alto nível não conseguiram fazer com que os palestinos desistissem de suas aspirações.

    Em uma tentativa de buscar uma saída, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs que os palestinos recebam um status “intermediário de Estado observador” e ofereceu um calendário de um ano para chegar a “um acordo definitivo” de paz com Israel.

    De qualquer forma, o voto no Conselho de Segurança pode levar semanas, disse o chanceler francês Alain Juppé.

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