sexta-feira, 15 de junho de 2012

Assange será preso ao desembarcar na Suécia


15/6/2012, Juha Saarinen, Wired, blog “Theat Level”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

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Julian Assange

Julian Assange será preso no momento em que for entregue às autoridades suecas ao ser extraditado e será interrogado durante quatro dias, depois da extradição do Reino Unido; depois do interrogatório, o juiz sueco decidirá se permanecerá preso – como anunciou hoje o governo sueco.

No início dessa semana, a Corte Suprema no Reino Unido decidiu não reabrir o processo de apelação de Assange e manter a decisão anterior, segundo a qual o fundador de Wikileaks deve ser extraditado, para ser julgado em processo por crime sexual pelo qual foi acusado na Suécia.

A Corte Suprema do Reino Unido decidiu que Assange não precisa deixar Londres antes do dia 28/6/2012. A partir dessa data, começa a correr o prazo de dez dias para que seja entregue às autoridades suecas, nos termos da lei europeia, informou o Ministério Público sueco.

No prazo de quatro dias, depois da chegada à Suécia, um tribunal sueco decidirá se Assange deve permanecer sob custódia, para ser interrogado, à disposição do Ministério Público. Também segundo a mesma fonte, cabe apelação em todas essas decisões.

Assange viajará para a Suécia sob a custódia do Departamento de Correição do Reino Unido. Dado que Assange é considerado ameaça à segurança pública, será mantido preso durante o tempo em que permanecer à disposição do Ministério Público sueco.

Mas o gabinete do Procurador Geral sueco informa que Assange não será mantido em cela solitária, poderá ver televisão, ler jornais e manter contato com outros prisioneiros.

Assange está em prisão domiciliar em Londres desde dezembro de 2010, enquanto prosseguem os trâmites dos recursos que seus advogados impetraram nos tribunais britânicos, contra decisão de extraditá-lo para a Suécia. Há temores de que a Suécia esteja exigindo a presença de Assange na Suécia para interrogatório, exclusivamente para poder entregá-lo aos EUA, onde pesam contra ele acusações de espionagem, pela divulgação, pela página WikiLeaks, de telegramas diplomáticos sigilosos do Departamento de Estado dos EUA.
 
As autoridades suecas ordenaram a prisão de Assange, que já estava na Grã-Bretanha, depois que duas mulheres o acusaram, na Suécia de tê-las molestado sexualmente (coerção, estupro e outros crimes menores associados). Assange alega que os encontros e o sexo foram consensuais.

A Procuradora Marianne Ny presidirá o interrogatório de Assange, na Suécia. O gabinete da Procuradoria sueca informou que, depois da chegada de Assange à Suécia, a Procuradoria não mais divulgará qualquer informação sobre o caso, para não tumultuar os interrogatórios e não prejudicar outros envolvidos no processo.

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