29/11/2014, [*] Tyler Durden,
Zero Hedge
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Mais guerras à distância e mais e mais sanções
resolvem tuuuuuudo! [Pano rápido]
Walid al-Mouallem, MRE da Síria |
Apesar de
todos os esforços da coalizão comandada pelos EUA, o Estado Islâmico continua a
fortalecer-se. Essa a constrangedora mensagem que os propagandistas pró-EUA
levaram pela cara, vinda de ninguém menos, em matéria de coturnos-em-solo, que
o Ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Mouallem. “Todas as
indicações dizem que [o Estado Islâmico] hoje, depois de dois meses de ataques
aéreos pela coalizão, não está mais fraco” – repetiu Walid al-Mouallem,
na comparação que fazia entre os esforços militares da “coalizão” e a sugestão,
encaminhada pelos russos, para que se reinicie o processo político entre
Damasco e “a oposição síria construtiva”. Convenhamos: essa não é, com certeza,
mensagem que o ocidente quer que o mundo ouça...
Como Sputnik News noticia,
Embora a
coalizão comandada pelos EUA já tenha conduzido cerca de 300 ataques aéreos na
Síria desde setembro, ela visivelmente não teve sucesso no esforço para
enfraquecer o Estado Islâmico, disse o ministro de Relações Exteriores
da Síria, Walid al-Mouallem.
“Todas as
indicações mostram que [o Estado Islâmico] hoje, depois de dois meses de
ataques aéreos pela coalizão, não está mais fraco”, disse
Walid al-Mouallem, em entrevista à rede Al Mayadeen TV, que tem sede em Beirute,
citado pela Agência Reuters.
O Ministro de
Relações Exteriores da Síria destacou que os terroristas não serão
totalmente destruídos, a menos que a Turquia mantenha controle estrito sobre
suas fronteiras com a Síria.
“Se o
Conselho de Segurança e Washington não forçarem a Turquia a controlar suas
fronteiras, nem toda a ação [da coalizão dos EUA] eliminará [o Estado Islâmico]”, disse Mouallem,
chamando a atenção para o fato de que jihadistas estrangeiros continuam a
entrar na Síria pela fronteira com a Turquia, que se estende por mais de 900 km. A Turquia, contudo
“negou veementemente acusações de que teria apoiado militantes islamistas,
inadvertidamente ou de outros modos, no seu entusiasmo para ajudar rebeldes
sírios a derrubar Assad” – como se lê no Guardian.
...
Na entrevista (trecho acima) à rede de TV RT, Mouallem disse que, enquanto continuar a haver interferência
vinda de fora da Síria, representada pelas ações da coalizão internacional e
pelo fluxo de terroristas que cruzam as fronteiras sírias, não será possível
estabelecer qualquer diálogo interno entre os lados em conflito na Síria.
O ministro
acrescentou que o maior problema para a Síria agora é a conspiração contra
ela pelos países vizinhos, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Qatar, Jordânia e
outros. Disse que a interferência externa nos assuntos sírios impede a
desescalada da crise.
O ministro
sírio explicou que essa é a razão pela qual os russos, amigos da síria,
entendem que o diálogo interno da Síria seja mais útil que o diálogo realizado
antes, em Genebra.
Fronteira entre Síria e Turquia |
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