sexta-feira, 22 de abril de 2011

Obama autoriza uso de aviões-robôs armados, na Líbia

Cheryl Pellerin

21/4/2011, Cheryl Pellerin,
Serviço de Imprensa das Forças Armadas dos EUA, Departamento da Defesa
Traduzido pela turma da Vila Vudu
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Entreouvido na Vila Vudu, hoje cedo:
“Mas... E cadê o jornalismo brasileiro?! 
Pra saber das coisas, temos de ler o jornal
do Departamento de Defesa dos EUA?! 
Viva a Internet, né-não?! Cadê o jornalismo
brasileiro?!”
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WASHINGTON – O presidente Barack Obama aprovou o uso de Predators, aviões-robôs armados, na Líbia, disse hoje à imprensa o secretário da Defesa Robert M. Gates.
O secretário de Defesa Robert M. Gates convida repórter para uma pergunta no Pentágono em 21 abril de 2011 - Gates e o general James E. Cartwright dos Fuzileiros Navais (Marine Corps), vice-presidente do Estado Maior Conjunto (Joint Chiefs of Staff), estavam respondendo perguntas que tratam, principalmente, com a situação na Líbia e do orçamento da defesa.(DOD) -  ( foto por RD Ward)

“O presidente Obama disse que se temos capacidade bélica extrapotente, ele está disposto a usá-la” – disse Gates. “O presidente Obama acaba de aprovar o uso de Predators armados na Líbia.”

Aviões-robôs não tripulados já foram usados antes na Líbia “exclusivamente para serviços de inteligência, vigilância e reconhecimento” – disse o general James E. Cartwright da Marinha e vice-presidente do Conselho Superior do Estado-Maior.

Dois aviões-robôs armados não tripulados, capazes de voar 24 horas por dia, e comandados à distância, já estão na Líbia, acrescentou o general. Os primeiros voos foram autorizados hoje, mas tiveram de ser cancelados por causa do mau tempo.

O caráter dos combates na Líbia mudou, disse Cartwright. As forças leais ao ditador Muammar Gaddafi, continuou o general, “escondem-se em áreas povoadas”, para não serem atingidos pela força aérea da OTAN.

Os Predators, que permitem tiros de maior precisão “estão aliando sua capacidade de voar em menores altitudes e, portanto, sua maior capacidade de visão, sobretudo porque os alvos já começam a encontrar posições de defesa”, disse Cartwright.

Esse tipo de arma, acrescentou o general, é particularmente indicada para atacar áreas urbanas, nas quais o bombardeio tradicional pode causar danos colaterais mais extensivos.

“É ação bem limitada”, disse Gates. Acrescentou que o presidente Obama foi claro: disse que o papel dos EUA seria bem claramente definido.

Obama definiu o papel dos EUA na Líbia como limitado, porque “de todos nossos amigos e aliados, os EUA somos sempre os mais exigidos” – disse Gates.
“Temos cerca de 100 mil soldados no Afeganistão, ainda temos 50 mil soldados no Iraque e 19 navios, com 18 mil soldados ainda trabalham em operações humanitárias no Japão” – disse o secretário Gates.

O presidente Obama aceitou que os EUA se engajem no esforço internacional contra o governo da Líbia, disse Gates, por causa “da preocupação de que Gaddafi consiga desestabilizar as ainda frágeis revoluções democráticas na Tunísia e no Egito. “E temos também de evitar uma catástrofe humanitária”.

O presidente foi muito claro, disse o secretário; insistiu em lembrar que o papel principal na Líbia foi entregue a aliados e amigos dos EUA, mas que, se os EUA podemos acrescentar nossa modesta contribuição com os Predators armados, nós a acrescentaremos.” 

Um comentário:

  1. (comentário enviado por e-mail e postado por Castor)

    Mesmo se "menos extensivos" (sic), danos colaterais de bombardeios configuram sempre genocídios, logo enquadráveis como crimes contra a humanidade. Aviões-robots são as armas grosseiramente mais covardes do aeromodelismo guerreiro. Ficam-lhe atrás as minas antipessoas e, à frente, bombas de fósforo e nucleares.

    Abraços do
    ArnaC

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