As
“tias” dos tempos de JK
Laerte Braga |
Laerte
Braga
Sérgio Porto no seu inesquecível Stanislaw Ponte
Preta tinha uma tia. Zulmira. Senhora de larga experiência na vida, capaz de
percepção da realidade num átimo e de sabedoria incrível.
Todos
nós temos tias. Eu, por exemplo, dentre as respeitáveis, tenho no cesto uma que
é pilantra de quatro costados. Nada a ver com tia Zulmira ou tantas outras. Cai
de quatro ao ver cheiro de dinheiro. Se o figurão tiver titulo, seja comendador,
desembargador, conde, o que for, então, vai caindo de quatro e resfolegando amor
eterno. Adora juntar remédios vencidos e doar para os “pobres” da paróquia.
Sábio, o pároco joga fora.
Adora
broches e jogos de chá alheios.
Dominique Strauss
–Kahn,
ex-diretor do FMI – Fundo Monetário Internacional – tem um monte de "tias". A
justiça francesa, detetives particulares para vasculharem a vida de suas
conquistas e uma incrível vocação para Sílvio (bunga-bunga) Berlusconi. A
diferença está que um canta a Marselhesa, outro não.
Julian
Assange não tem esse tipo de "tia". A subcolônia dos EUA – Inglaterra - quer
extraditá-lo para a Suécia, numa operação triangular que possa acabar em
Washington e pena de prisão perpétua.
Uma
prostituta francesa declarou a jornais de seu país que participou de várias
“festas” promovidas por Strauss Kahn. Bem remunerada – de causar inveja a muitas
“tias” – e apreciou a “incrível energia” do político
francês.
O
processo contra o principal responsável pelo site WikiLeaks começou numa cidade
sueca, foi arquivado por falta de provas a pedido do próprio Ministério Público,
ou que nome tenha lá e reaberto em Estocolmo a pedido do governo dos EUA. Para
um faltavam provas, para outro bastou um grito de
Washington.
Registre-se
que Suécia e Grã Bretanha são subcolônias membros da colônia Comunidade
Européia, o grande protetorado norte-americano na Europa.
O
crime de Assange não foi promover festas com prostitutas, ou agarrar uma
camareira de um hotel em New York
(embora eu creia que, nesse caso, Strauss-Kahn tenha sido vítima de armação e
por conta da “fama”).
Foi
o de revelar crimes cometidos pelos norte-americanos em suas ações
“libertadoras” mundo afora, as barbáries da OTAN e aqui entre nós, que William
Waack, jornalista global, é espião dos EUA.
Um
terceiro personagem nessa história; Bradley Manning. Soldado do exército dos EUA
acusado de repassar documentos secretos a Assange revelando toda a “preocupação”
do conglomerado terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A com o resto do mundo. Está
preso em condições sub humanas. Sobral Pinto invocaria a lei universal de
proteção aos animais.
Dominque
Strauss-Kahn, tal como Sílvio (bunga-bunga) Berlusconi, escapa de todas as
sanções e punições possíveis sob o manto protetor da “tia” justiça. Assange
corre o risco de ser extraditado para a Suécia e o governo de Estocolmo –
governadoria geral dos EUA na subcolônia nórdica – enviá-lo a Washington, em
nome da ordem, da paz, da democracia e da “ajuda
humanitária”.
Um
jeito de engaiolá-lo em prisão perpétua sem direito a condicional, uma submissão
de Grã Bretanha e Suécia capaz de corar qualquer “tia”, por mais despudorada que
seja.
Buñuel
sabia como tratar “tias” assim como em “O
Discreto Charme da Burguesia”. Não
tem nada a ver com perfume francês, mas com lixo.
Não
sei por que, mas isso me lembra Marcelo Rossi num shopping abençoando fiéis e contando os
livros vendidos, enquanto sentava a pua em seu concorrente mais próximo dentro
da “santa igreja”, Fábio Melo. Aí é “tio” Bento XVI.
Afaga
os pimpolhos e conta os sacos de dinheiro. Aprendeu com Edir
Macedo.
Tirando
fora esse negócio de “tia” e “tio”, sem enfiar sobrinha chegada a um cheirinho
no meio, o negócio é a tal da democracia. A viagem é em carros da década de
cinqüenta.
Viva
JK!
Que
o digam os gregos sentindo os coturnos nazistas da “tia” Ângela Merkel, com as
bandeiras dos bancos falidos e necessitados da piedade dos trabalhadores. Só que
com um baita chicote para ordenar essa piedade.
Dá até para dar um pulo por aqui, outra vez, pegar a Chevron
no contrapé e a GLOBO no silêncio podre de
mídia comprada. Êita história mal contada.
Se
forem “inocentes”, pode ter certeza que tanto Sérgio Cabral como Luciano Huck
são culpados e, em breve, lançamentos imobiliários fantásticos na Barra da
Tijuca, o garoto propaganda deve ser Zico.
A
ressurreição da Rocinha.
A
extradição de Assange é um crime sem que se possa medir as proporções, exceto a
de constatar que governos como o dos EUA e de suas subcolônias que formam a tal
Comunidade Européia são como que um IV Reich saindo da catacumbas e assentados
em tamanho arsenal nuclear que transforma o mundo num lugar sombrio, triste e
sem gente, ou só com zumbis.
A
preocupação maior deve ser como é que Juan Carlos de
Bourbon vai fazer para caçar búfalos na Suíça a cinco
mil dólares por cabeça.
Os
povos que saem às ruas indignados com toda essa barbárie, com toda essa
virulência democrática não contam. Em New
York a polícia baixa o cacete.
Alguém
precisa conseguir “ajuda humanitária” para que os EUA respeitem direitos básicos
e fundamentais dos seus cidadãos, ou é só a Líbia que entra na lista de bombas
da OTAN? Que tal uma “exclusão aérea” para os EUA? Heil,
ONU?
Os
dois novos primeiros-ministros da Grécia e da Itália são ligados a banqueiros.
Berlusconi é banqueiro também, mas meteu os pés pelas
mãos.
O
que está acontecendo é uma espécie de ajuste de contas, busca de equilíbrio
fiscal, superávit primário na extorsão capitalista imposta ao
mundo.
E
a turma aqui dá pulos quando uma agência reguladora aumenta a nota do Brasil. É
assustador.
Esse
aumento é uma espécie de sinal de fumaça que a tia crise vem por aí. Ë um aviso
de que estão organizando o saque. Em breve estaremos sob fogo cerrado das tias
norte-americanas, seus banqueiros e suas grandes
corporações.
No
mais é só aguardar a profecia de Roger Noriega feita nas páginas de VEJA. Chávez
morre em seis meses e a Venezuela vira o caos e os mariners terão que salvar o país.
Invasão “humanitária”.
Vai
daí que Assange paga o pato da democracia e da informação livre para o gáudio
dos “idiotas” na classificação feita por William Bonner, a turma que gosta de
achar que “se não deu no Jornal Nacional não aconteceu”.
Quem
faz coro com essa afirmação é o bandido Ricardo Teixeira.
Haja
tia e muito cuidado com boutiques.
Se
bobear Dominique Strauss-Kahn ainda acaba presidente da França, próxima vítima
da “crise” nesse tabuleiro de ajuste da nova ordem econômica. A imperialista
capitalista.
No
mínimo vão chamar o secretário de relações exteriores do PT – no rodízio da
pelegada – com o objetivo de explicar tudo fazendo top
top.
José
Serra vai atrás espargindo o incenso, FHC dando a bênção e Alckmin montado em
cavalo da PM com a bandeira da USP como troféu.
Aécio
sobra, não é páreo para essa gente. Órfão desse tipo de tia acima descrito. Já
no bafômetro...
Enviado por Sílvio de Barros
Pinheiro
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