27/6/2014, [*] Moon of Alabama
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Obama
pede dinheiro ao Congresso para treinar rebeldes sírios “adequadamente
selecionados”:
O presidente Obama pediu $500 milhões ao
Congresso na 5ª-feira (26/6/2014), para treinar e equipar “membros da oposição síria
adequadamente selecionados”, como disse a Casa Branca, mostrando crescente
preocupação com o “respingamento” do conflito sírio sobre o Iraque.
É ideia de
doidos e movimento lunático. Injetar mais armas e mais rebeldes armados no
conflito sírio só fará aumentar o conflito e afetará negativamente a situação
da segurança na Síria, no Iraque, no Líbano, na Turquia e na Jordânia. Assim se
comprova que ninguém está preocupado com qualquer “respingamento”.
Em agosto do
ano passado, Edwald Luttwak escreveu que os EUA ganham, se os dois lados
continuarem a lutar; e que os EUA portanto deveriam estender
o conflito o mais possível:
O objetivo dos EUA deve ser manter o impasse. E
o melhor meio possível para conseguir manter o conflito é armar os rebeldes
quando parecer que as forças do Sr. Assad estejam em ascensão; e cortar o
suprimento, se os rebeldes parecerem estar realmente vencendo.
Civis sírios assassinados com gás SARIN pelo ESL, financiados pelos EUA (ago/2013) |
Tudo sugere
que Obama, mesmo ao preço de fracasso regional mais amplo, está seguindo essa
política.
Os
porta-vozes de Obama merecem outra medalha Orwell:
Apesar de continuarmos a crer que não há
solução militar para essa crise e que os EUA não devem pôr soldados
norte-americanos em combate na Síria, esse pedido marca mais um passo para
ajudar o povo sírio a defender-se contra ataques do regime – disse
Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, em declaração.
O maior
perigo para os civis e para o Exército Sírio Livre, cujo principal comandante
oficial foi (outra vez) demitido
por corrupção, não são as
forças do governo de Assad, mas os terroristas jihadistas.
Terrorista (sniper) do ESL, treinado pelos EUA com fuzil belga FAL, com luneta |
Os EUA já
treinam e armam rebeldes “adequadamente selecionados” há, no mínimo, dois anos!
E já entregaram a eles toneladas de armas. Aquelas armas acabaram em mãos dos
terroristas jihadistas e os rebeldes “selecionados” estão hoje ou mortos ou já
se uniram a grupos associados à al-Qaeda. O novo treinamento tomará seis meses,
antes de os “treinados” estarem, digamos, “prontos”. Em seis meses, o exército
sírio legal estará em melhor posição do que está hoje e o principal inimigo
para todos naquele campo de batalha será o ISIS.
Não será
surpresa para mim quando os tais rebeldes “adequadamente selecionados” e já
treinados se unirem ou às tropas de Assad ou às tropas do ISIS, tão logo
retornem à Síria, no final do “treinamento” que os EUA desejam que tenham.
[*] “Moon of Alabama” é título popular de “Alabama
Song” (também conhecida como “Whisky Bar” ou “Moon over Alabama”) dentre outras
formas. Essa canção aparece na peça Hauspostille (1927) de Bertolt Brecht, com música de
Kurt Weil; e foi novamente usada pelos dois autores, em 1930, na ópera A
Ascensão e a Queda da Cidade de Mahoganny. Nessa utilização, aparece
cantada pela personagem Jenny e suas colegas putas no primeiro ato. Apesar de a
ópera ter sido escrita em alemão, essa canção sempre aparece cantada em inglês.
Foi regravada por vários grandes artistas, dentre os quais David Bowie (1978) e
The Doors (1967). A seguir podemos ouvir versão em performance de Tim van
Broekhuizen.
Comentário enviado por e-mail e postado por Castor (29/6/2014):
ResponderExcluirMesmo com a guerra perdida pelas potencias ocidentais, Obama teima em desconhecer os resultados da ultima eleição presidencial na Síria que reelegeu Bashar al-Assad para um novo mandato. E assim sendo, o presidente norte-americano continua descaradamente a apoiar grupos ligados a Al Qaeda que combatem o governo de Assad.
Caso Assad tivesse perdido a eleição, a imprensa-empresa corrupta, safada e vendida teria dado todo o destaque ao vencedor e a essa altura estaria a cortejá-lo visando com isso angariar simpatia junto ao novo presidente e mostrar ao mundo que o povo sírio provocou a mudança.
Como venceu Assad, a imprensa-empresa, notadamente o grupo GAFE – Globo, Abril (Veja) Folha de SP, Estadão − não deu nenhum destaque a não ser algumas pequenas notas para dizer que os Estados Unidos, França, Inglaterra e Alemanha não reconheciam a vitória do atual presidente (Assad).
Obama é um demônio e o mundo em suas mãos assassinas, onde seus olhos olharem é lá que estará seus próximos ataques, que Deus proteja toda a população no mundo, sendo mantidas refém desse imperialista tirano e ditador!
ResponderExcluirNos EUA existe toda uma cultura de dominação e exploraçao. Obama é só o aríete dessa cultura imbecil.
Excluir