24/12/2014, [*]
Moon of Alabama
Traduzido
pelo pessoal da Vila Vudu
"Embarcou" na mentira de Obama |
Os EUA
tentam fazer crer, absolutamente sem apresentar qualquer prova, que a [empresa]
Sony teria sido hackeada pela República Popular Democrática da
Coreia (RPDC). Os editores do New York Times acreditaram em mais esse conto de Armas de Destruição
em Massa e “exigiram” guerra contra a RPDC.
Moon of Alabama, como
muitos outros, duvidamos
seriamente, desde o início, do conto que o governo Obama pôs-se a repetir:
As ferramentas para hackear a empresa são bem conhecidas e de domínio
público. A empresa Sony têm rede vagabundíssima de segurança interna e já foi hackeada várias vezes antes. Os hackers provavelmente tinham informantes internos.
Para infiltrar-se, usaram servidores na Bolívia, na China e na Coreia do Sul. Não há prova alguma, zero-prova,
até agora, de que a ação tenha sido patrocinada pelo estado.
Kurt Stammberger |
Na
sequência, apareceu o FBI para “explicar a prova” – mas também não
convenceu. Agora, uma empresa séria de segurança anunciou que já identificou o verdadeiro hacker:
Kurt Stammberger, vice-presidente da
empresa Norse de cibersegurança, disse à CBS News que sua empresa tem dados que desmentem o
que o FBI divulgou.
“A Sony não foi hackeada:
é dessas empresas que pede para ser detonada de dentro para fora” – disse
Stammberger.
...
“Temos certeza de que não houve ataque
algum coordenado pela RPDC, e que houve insiders ativos na implementação desse que foi um
dos ataques mais devastadores de que se tem notícia” – Stammberger continuou.
Disse que os dados da empresa Norse
estão apontando para uma mulher que se autoidentifica como “Lena” e diz ter
conexões com um grupo de hacking conhecido como “Guardiões da Paz”. Norse
acredita ter identificado “Lena” como alguém que trabalhou na Sony em Los Angeles por dez
anos, e deixou a empresa em maio passado.
“Essa pessoa estava na posição exata e
tinha o profundo background técnico necessário para localizar os
específicos servidores que foram atingidos” – disse-me Stammberger.
O artigo diz
também que os hackers só estavam interessados em dinheiro, e nada
tinham a ver com esse filme [horroroso!] patrocinado pela Sony, que prega o
assassinato de um chefe de Estado soberano, e com cuja propaganda [horrorosa]
pró-assassinato o presidente dos EUA burramente se comprometeu publicamente.
Encontrar
autores de ciberataques é processo difícil,
impossível, mesmo, segundo muitos, e que quase sempre oferece só conclusões
parciais. Sem outros tipos de provas, a identificação de autores de
ciberataques errará mais vezes do que acertará.
Que haja já
uma pessoa identificada com o conhecimento e possivelmente também com um motivo
interno para o ataque, e sem qualquer conexão com a Coreia do Norte, torna cada
vez menos confiável a “conclusão” do governo Obama, de que a RPDC seria
“culpada” pelo ataque.
Tudo sugere
que Obama, interessado em iniciar um conflito com a Coreia do Norte,
simplesmente mentiu sobre a “prova”, exatamente como Bush mentiu sobre “armas
de destruição em massa de Saddam”.
Nos dois casos, os jornalistas e editores do The New York Times participaram como repetidores crédulos e tolos, ou como cúmplices, no crime.
[*] “Moon of Alabama”
é título popular de “Alabama Song” (também conhecida como “Whisky
Bar ou “Moon over Alabama”) dentre outras formas. Essa canção
aparece na peça Hauspostille (1927) de Bertolt Brecht, com música de
Kurt Weil; e foi novamente usada pelos dois autores, em 1930, na ópera A
Ascensão e a Queda da Cidade de Mahoganny. Nessa utilização, aparece
cantada pela personagem Jenny e suas colegas putas no primeiro ato. Apesar de a
ópera ter sido escrita em alemão, essa canção sempre aparece cantada em inglês. Foi regravada
por vários grandes artistas, dentre os quais David Bowie (1978) e The Doors
(1967). A seguir podemos ver/ouvir versão em performance de David
Johansen com legendas em português.
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