quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vá se catá, Sêo Croviz Roçi! Vá se ca-tá! Tome vergonha!

Comentário de um habitante da nossa Vila Vudu sobre artigo do Clóvis Rossi em ato de puxasaquismo desvairado.


Sr. Cróvis Roçi,

Póparando coesse papo de “inventou fábula”. O presidente Lula NÃO inventou fábula alguma. E póparando também coessa coisa ridícula de chamar patrão de “Otavio”. Que Otávio, sô?!

Claro. O senhor, em iguais circunstâncias, muito provavelmente engoliria sem protestar aquela pergunta horrivelmente arrogante, preconceituosa, metida a besta, que é a cara dessa autoproclamada “elite”, essa des-elite paulista fascistizante que já matou o jornalismo em São Paulo.

O senhor provavelmente até agradeceria, pávido, a atenção dispensada ao senhor pelo patrão. Sem reclamar.

Mas para qualquer homem ou mulher decente, aquela pergunta manifesta – de fato, até hoje! – a mais repugnante pseudo “ilustração”, esse saberzinho de araque, que é marca-registrada dessa tucanaria pefelista udenista paulista golpista uspeana que JÁ ESTÁ DEFINITIVAMENTE varrida da história do Brasil.

O presidente Lula viu a arrogância, viu a pseudo “ilustração” repugnante e a ostentação fascista e fascistizante, do saberzinho de araque desses caras, o moralismo fascista nojento que há naquela pergunta. (Nós também vimos e vemos tudo isso ainda hoje; e há quem conte que o pai do “Otávio” também viu, na hora).

Então, dado que o presidente Lula nada devia ou deve a nenhum Otávio, o presidente rapidamente entendeu que aquela não era nem mesa nem casa nem companhia decentes. O presidente levantou-se e saiu. Fez muito bem. Eu faria exatamente o que o presidente Lula fez.

De fato, um pouco, estou fazendo exatamente a mesma coisa hoje, aqui, ante exatamente a mesma arrogância, a mesma pseudo “ilustração” repugnante, a mesma ostentação fascista e fascistizante desses, agora, seus saberzinhos de araque e pseudo-jornalismo que dá nojo, ante esse seu moralismo imundo de D. Danuza ou de Senhora-de-Santana no cio.

Qualquer homem ou mulher decente, que se visse ofendido por um Otávio desses -- ou que assistisse à cena e ouvisse as perguntas safadas -- faria o que fez o presidente Lula: sairia da sala, do prédio. E varreria Otávio & Cia. para a lata de lixo da história.

Quanto ao senhor, bom... O senhor continua aí, né-não?! [hehehehe]

Quanto ao resto, é o seguinte: ninguém, absolutamente ninguém – e aposto que nem o “Otávio”! [hehehehehe] – dá qualquer mínima bola pro que o senhor confie ou desconfie.

Vá se catá, Sêo Cróvis Roçi. Tome vergonha.

CLÓVIS ROSSI, Lula inventou uma fábula”, FOLHA DE S.PAULO, 26/8/2010


SÃO PAULO - Para não dizer que o presidente Lula mentiu sobre o que aconteceu no almoço de 2002 nesta Folha, em que se sentiu discriminado, digamos que ele contou uma fábula, com escasso parentesco com a realidade.

Para começar, o único presidente norte-americano que frequentou a conversa não foi Bill Clinton, jamais mencionado, ao contrário do que diz Lula, mas Abraham Lincoln. Foi Otavio Frias Filho, diretor de Redação, quem lembrou que Lincoln também não tivera educação superior, o que não impediu que fizesse um bom governo.

Depois dessa observação nada discriminatória, Otavio perguntou por que Lula não se preocupou em estudar mais, depois de ter se estabelecido na vida, como dirigente sindical primeiro e como líder partidário depois.

Lula não respondeu nada, ao contrário da fábula que conta agora. Limitou-se a dizer que se sentia desrespeitado e que, por isso, não responderia. A conversa ainda transitou por outros temas durante um tempo até que Otavio voltou a perguntar, agora sobre a ligação do PT com o fisiologismo.

De novo, Lula não respondeu, a não ser para dizer que não tinha culpa de que não estivesse bem nas pesquisas o candidato do diretor de Redação (do qual não deu o nome).

Levantou-se e foi embora.