Acostumados a destruir oliveiras, já contabilizaram mais de 500 mil na Palestina, imaginaram que não haveria problema nenhum em destruir mais uma arvore.
(Um parêntese. Onde estão as ONGs que se locupletam em nome da natureza? Por que não protestam contra a destruição das oliveiras palestinas?)
O que eles não imaginavam foi o protesto dos libaneses que, indignados, reagiram.
Pelo caminho ficou a lamentável estatística de cinco mortos, quatro libaneses e um coronel israelense.
Tudo por causa não de uma oliveira, mas um cipreste, primo pobre dos milenares cedros do pais.
Alegação israelense: o cipreste atrapalhava a visão deles.
Atrapalhava a vigilância deles, já que o cipreste sobrevivia na fronteira entre os dois países.
Do lado libanês, diga-se.
O que os libaneses não entenderam: se o cipreste atrapalhava a visão dos israelenses, também atrapalhava a visão dos libaneses.
Mas eles nunca se incomodaram com isso. Por que os israelenses se incomodavam?
Ou tudo não passava de pretexto?
Mais um daqueles pretextos fantasiosos que eles sempre utilizam para invadir e agredir.
Como lhes ensinaram seus senhores estadunidenses.
O cipreste foi derrubado ao preço de cinco mortos e os nervos à flor da pele.
De uns e outros.
No momento, as armas de ambos os lados continuam engatilhadas.
Vamos aguardar o próximo capítulo dessa novela interminável, de briga entre dois irmãos, filhos do patriarca Abraão.
Os árabes, descendentes do primogênito Ismael, filho da egípcia Hagar.
Os israelenses, descendentes de Isaac, filho da iraquiana Sara.
Tudo de acordo com a bíblia.
Livro de mitologia (velho testamento) rico em crimes, estupros, incestos, massacres e afins.
Nada a ver com deus.
Humano, apenas humano.
Lamentável!
Sonhando com a paz
sexta-feira, 6 de 2010
Extraído do Blog do Bourdoukan