segunda-feira, 21 de março de 2011

HORA DE DESINFETAR O BRASIL

Epidemia Obama
Laerte Braga

É óbvio que os “analistas” da GLOBO vão passar a semana inteira analisando os desdobramentos da visita do terrorista Barack Obama ao Brasil. “Especialistas” em moda vão se esmerar em explicar a “elegância” de Michele Obama. Diplomatas com larga experiência no século XIX vão ser chamados a falar sobre os acordos assinados, os que não foram assinados e as perspectivas para o futuro, enfim, toda a parafernália de sempre, todo o espetáculo que acabou murchando com sucessivos cancelamentos, troca de “agenda” – como gostam de dizer – e, ao final, evidente, acentuar que o Brasil deve tomar os rumos ditados pela realidade de uma nova ordem onde os mísseis falam mais alto.

Ou como disse o extraordinário Celso Amorim – “o problema é que os americanos querem resolver tudo como se fossem cowboys” –.

Em meio a essa barafunda de espetáculos é possível que Fernando Henrique Cardoso saia do sarcófago e escreva um artigo a ser publicado na edição brasileira do O Globo - The Globe - e na Folha de São Paulo (o jornal da “desova” da ditadura militar).

VEJA então! Deve sair impressa nas cores da bandeira de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

O xis da questão é outro. Como impedir que mais uma epidemia se alastre pelo País e contamine milhões de brasileiros. Os efeitos são letais à soberania nacional e a integridade de nosso território? Como acordar a presidente Dilma Rousseff do sonho Ana Maria Braga e do terror de sua omelete? Não é possível que Dilma saiba apenas fazer uma omelete. Se for assim estamos fritos. E com baita risco de colesteróis elevados.

Desinfetar e descontaminar o Teatro Municipal no Rio de Janeiro. O Palácio do Planalto em Brasília. Os locais onde o genocida esteve na Cidade de Deus. O campo do Flamengo (o time no domingo já não conseguiu ganhar da Cabofriense e pode ser atingido pelo míssil Adriano, efeito devastador).

Não me lembro de ter lido sobre o terrorista no Cristo Redentor. Caso tenha acontecido vai ser necessário bem mais que um descarrego. A força de todos os Orixás será fundamental para evitar que as maldições do ocupante da Casa Branca recaiam sobre os cariocas e por extensão aos brasileiros.

Não adianta apelar para Sérgio Cabral e Eduardo Paes, a dupla ainda está inebriada por ter conseguido uma foto ao lado do presidente de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Um pastor evangélico norte-americano queimou um exemplar do Alcorão em sua igreja, na noite de domingo, na cidade de Gainesville, estado da Flórida.

Terry Jones fez um “julgamento” do Corão dentro de sua igreja e o livro sagrado dos muçulmanos foi considerado “culpado” de várias acusações dentre elas a de assassinato.

Molhado com querosene foi colocado em um recipiente de metal no centro da igreja e queimou por dez minutos. Segundo o tresloucado terrorista “tentamos dar ao mundo muçulmano uma oportunidade de defesa de seu livro”.

Do alto de seu contato direto com o Criador afirmou ser “uma experiência daquelas que temos uma vez na vida”.

É um novo/velho apartheid.

A sociedade portadora do espetáculo não domina as regiões subdesenvolvidas apenas pela hegemonia econômica. Domina-as como sociedade do espetáculo. Nos lugares onde a base material está ausente, em cada continente, a sociedade moderna já invadiu espetacularmente a superfície social. Ela define o programa de uma classe dirigente e preside sua formação. Assim como ela apresenta os pseudos-bens a desejar, também oferece aos revolucionários locais os falsos modelos da revolução. O espetáculo específico do poder burocrático que comanda alguns países industriais faz parte do espetáculo total, como sua pseudo-negação geral e seu sustentáculo. Visto que em suas diversas localizações, o espetáculo mostra, com clareza, especializações totalitárias do discurso e da administração sociais, mas estas acabam se fundindo no nível do funcionamento global do sistema, em uma divisão mundial de tarefas espetaculares”
(Guy Debord, A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, Editora Contraponto, Rio de Janeiro).

Leitura obrigatória do Partido dos Trabalhadores na versão e nos seguidores chapa branca do governo Dilma Rousseff, três vezes ao dia pelo menos, até compreender. Da presidente também. Os sobreviventes do PT em sua essência ficam encarregados de fiscalizar a penitência.

O terremoto e os tsunamis no Japão dão lugar aos corpos de líbios mortos na ação “espetacular” dos modernos cruzados contra povos árabes e ao silêncio diante dos corpos de iemenitas barbarizados e mortos por um ditador aliado.

Aloísio Mercadante, Guido Mantega, Edíson Lobão, Fernando Pimentel e o presidente do Banco Central, como penitência e ato para se redimirem da covardia transformada em “coragem” tardia, agora tentando negar o fato da vassalagem explícita, poderiam, por exemplo, limpar todo o chão do Teatro Municipal e os banheiros também.

Um sacolejo em Dilma para sair do estupor do momento em que Obama pediu licença – em meio a uma conversa – e autorizou o ataque à Líbia. Uma resposta à altura do nível do desrespeito ao Brasil não teria atrapalhado o cabelo e nem a maquiagem.

Teria conferido dignidade ao governo dela.

Está em baixa.

Existe ainda o risco de aparecer no Domingo do Faustão e ser jurada dum trem qualquer. Aí é caso perdido. Chamem o doutor House e desliguem as máquinas.

Omo só não resolve, não desinfeta nada. Nem o tal de Harpic que mata “todos” os germes. Tem que ser soda cáustica pura e a velha e sempre útil creolina.

O líder de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A não discutiu a presença do Brasil no Conselho de Segurança da ONU em termos de uma cadeira permanente. É claro que não. Segundo um “especialista” desses que sabem tudo de uma coisa só e nada do resto, Obama emitiu sinais.

Sinais de que? De fumaça? Que se perdem no ar e se transformam em nada?

Na cabeça dos terroristas da Casa Branca o Brasil e os países da América Latina são ainda feudos, colônias dos EUA. Qualquer problema mais sério e um golpe de estado (como em 1964, ou agora em Honduras) resolve o problema, restaura a “ordem democrática” e o petróleo fica garantido.

Mas fez propaganda dos aviões da BOEING, na tentativa de transformar a FAB – Força Aérea Brasileira – em instrumento reserva para eventualidades de uma guerra aqui, outra acolá, necessidade vital do conglomerado para manter-se intacto e poderoso num mundo que chamam de globalizado e que Milton Santos (sempre é bom lembrar, notável geógrafo brasileiro classificou de “globalitarizado).

Que o digam os líbios. Os palestinos. Os iraquianos. Os afegãos. Os paquistaneses e agora os líbios. As milhões de mulheres, crianças, homens mortos nas aventuras terroristas do conglomerado mundo afora.

Um jornal inglês – ainda se salvam alguns do controle da mídia – publicou na edição de domingo, foto de soldados de EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A em franca confraternização diante dos corpos de afegãos mortos em combate.

Como acontece sempre numa sociedade doente e que espalha sua doença para o mundo, o terrorista Barack Obama, qualquer dia desses, como fazem sistematicamente os presidentes do conglomerado, vai ler uma declaração lamentando que mais um maluco invadiu uma escola, um escritório, um comício e matou dezenas, centenas de pessoas sem motivo aparente.

Vai afirmar que o fato é grave e que precisamos repensar determinados valores.

É a lógica do espetáculo cínico da barbárie.

É hora de desinfetar o Brasil. E quem sabe cheirando um pouco de amônia Dilma Rousseff acorda para a realidade e percebe que o mundo não é uma omelete.

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