(fotos e vídeos, legendados em inglês)
12/5/2014, [*] Mahdi Darius Nazemroaya, Global Research
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Ucrânia em chamas Neonazistas comandados pela Junta de Kiev/EUA queimam civis vivos em Odessa |
As ditas “operações
antiterrorismo” do regime de Yatsenyuk nas regiões (oblasts) do sul e do
leste da Ucrânia são, na realidade, uso de força marcial contra civis
ucranianos que se opõem ao regime golpista instalado em Kiev. Ucranianos
predominantemente pacíficos que se opõem aos líderes do golpe – não
“separatistas armados” – têm sido o principal alvo dos tiros e ataques das
milícias do regime golpista apoiado por EUA e União Europeia.
O discurso
sobre separatistas “pró-Rússia” é tentativa viciosa para esconder a real
natureza dos protestos contra o regime golpista; os protestos se dão, ali,
contra um golpe. A principal questão é manifestantes antigolpe versus uma
junta neofascista; não se trata de separatistas e federalistas versus Kiev.
Referir-se à junta neofascista em Kiev, como se fosse o governo da Ucrânia, é
encobrir, ocultar ou ignorar que o “governo” da Ucrânia, hoje, é governo ilegal
– diga Obama o que disser.
Conheçam o
Nulandistão [1] ucraniano: o “Khaganato dos Nulands”
Sempre que o
governo dos EUA diz que está promovendo democracia e liberdade, como faz a Secretária-Assistente
de Estado dos EUA, Victoria Nuland, sobre a Ucrânia, com absoluta certeza já
houve ou continua a haver destruição, miséria, empobrecimento, sectarismo,
ataques, luta e morte.
Conheçam,
então, dessa vez, a Ucrânia pós-golpe, ou o Nulandistão.
O novo
paraestado segue os precedentes e tradições de desestabilização e violência
sempre divulgados e disseminados por agentes norte-americanos como o senador
John McCain no McCainistão em que ele
tentou converter a República Árabe Síria; e por Hillary Clinton no Clintonistão em que ela converteu a Jamahiriya Líbia Árabe.
Arseniy
Petrovych Yatsenyuk, que assumiu ilegalmente o posto de primeiro-ministro
ucraniano, com apoio de EUA e União Europeia, jamais foi muito favorecido por
número significativo de cidadãos e manifestantes autênticos na Praça
EuroMaidan, nem nos movimentos de base de aliados daqueles manifestantes
autênticos. Quando, sem eleições ou qualquer discussão pública, o homem foi
arbitrariamente empossado como primeiro-ministro, muitos ainda reunidos na Praça
EuroMaidan o vaiaram furiosamente; ouviram-se até gritos de “caia fora, ou leva
uma bala na testa”. É homem a soldo da infame Yulia Volodymyrivna Timoshenko,
vaiada também quando apareceu na praça, logo depois de sair da cadeia onde
estivera presa por corrupção. Na realidade, Yatsenyuk e outros políticos ucranianos
que se identificam com a Praça Euro-Maidan, como o ultranacionalista Oleh Tiahnybok
do partido Svoboda, apropriaram-se indevidamente das esperanças e sonhos dos
ucranianos que protestavam não só contra o governo ucraniano de Viktor
Fedorovych Yanukovich, mas contra todo o establishment político
ucraniano.
Ocultado por
trás dos protestos, o Partido Batkivshchyna – de Yatsenyuk e de Timoshenko –
usou as milícias das gangues de ultranacionalistas nazistas e neonazistas para
lançar um golpe violento em Kiev [O QUE ACONTECEU DIA 22-23/2/2014 – como o
presidente Putin já cansou de explicar, com todas as provas e toda a razão].
Nada há
semelhante a democracia operante na Ucrânia e, com o pleno apoio da União
Europeia e do governo dos EUA, a própria livre manifestação democrática de
ideias está sob ataque na Ucrânia, vítima do novo regime e suas gangues de
mercenários e bandidos comuns. O regime golpista de Yatsenyuk já destruiu todas
as liberdades constitucionais, inclusive a liberdade de manifestação; já enviou
militares e forças de segurança contra o próprio povo, sob o pretexto de que o
povo estaria engajado em operações de terrorismo, contra as quais a OTAN também
foi mobilizada; o mesmo governo golpista de Yatsenyuk também já iniciou
expurgos e caça a bruxas, por toda a Ucrânia. Começou com o presidente da
Empresa Nacional de Televisão da Ucrânia, Aleksandr Panteleymonov – que foi
ameaçado e, na sequência, espancado por deputados do Partido Svoboda, Igor
Miroshnynchenko e Andrey Ilyenko, para que renunciasse ao posto.
Uma atmosfera
de intimidação e abusos é a ordem do dia no Nulandistão
e políticos da oposição têm sido regularmente ameaçados e espancados, alguns
ainda feridos e ainda expostos a risco de morte. Táticas de intimidação e
violência também foram usadas para forçar políticos e funcionários públicos
ucranianos a renunciar e, em geral, a abandonar os respectivos postos em toda a
Ucrânia.
Dentro do Verkhova
Rada ou Parlamento ucraniano, qualquer dos deputados remanescentes que se
atrevam a falar contra o regime e suas políticas são silenciados e espancados.
É a liberdade de manifestação que os EUA pregam e que, agora, está sendo “ensinada”
à Ucrânia, por gente do naipe de Victoria Nuland. Por exemplo, o veterano
deputado Petro Symonenko foi impedido de falar e empurrado violentamente para
longe da tribuna (há filmes), apenas porque se atreveu a condenar o uso de
força militar e de forças especiais armadas contra civis que se manifestavam
contra o regime de Yatsenyuk. Antes de ser silenciado, Symonenko conseguiu
dizer que os ultranacionalistas estavam a serviço de interesses externos, não
de qualquer interesse nacional da Ucrânia e que, de fato, estão dividindo o
país do leste europeu. O gabinete do prestigiado deputado ucraniano foi
incendiado, como outros gabinetes políticos de partidos ucranianos que se opõem
ao golpe comandado por EUA e União Europeia.
Assim, pois,
conheçam o Nulandistão: está sendo
apresentado a vocês sob o alto patrocínio do Departamento de Estado dos EUA, da
CIA, da agência USAID, da fundação National Endowment for
Democracy (NED) e de toda
uma vasta coorte de outros tentáculos igualmente venenosos do governo dos EUA.
Desde que assumiram
o poder, os supostos “democratas” da Praça Euro-Maidan e seguidores dos
neonazistas de Yatsenyuk puseram-se a matar os ucranianos que se opunham a eles
ou protestavam contra o governo golpista apoiado pelo “ocidente”. No processo,
o regime Yatsenyuk nega aos ucranianos os direitos que Arseniy Yatsenyuk,
Victoria Nuland, John McCain, Catherine Ashton e os neonazistas do movimento Euro-Maidan
dizem que estariam legitimando o golpe apoiado pelos EUA e a tomada do poder
por golpe violento, em Kiev.
O massacre no
prédio dos Sindicatos, em Odessa
Na famosa
cidade portuária de Odessa, no litoral do Mar Negro, o regime de Yatsenyuk tentou
criar provocação sectária, ao permitir que se realizasse um jogo de futebol
entre os times Chernomorets Odessa e Metalist Kharkov, sabendo, como todos
sabiam, que os hooligans ultranacionalistas das torcidas organizadas
acorreriam a Odessa, para o jogo, dia 2/5/2014. Depois do jogo, os apoiadores
do governo neonazista golpista de Kiev puseram-se a gritar “Faca na barriga dos
russos” e palavrões. Na sequência, grupos que pareciam ser de ativistas
antigolpe, que apoiavam a federalização ou a separação e usavam Fitas de São
Jorge [2] e braçadeiras vermelhas
nas mangas, enfrentaram os apoiadores do governo neonazista de Kiev, o que
levou a confrontos violentos em toda a cidade de Odessa.
Adiante ficou
comprovado que aqueles bandidos armados eram, de fato, agentes clandestinos
provocadores, trabalhando a serviço dos neonazistas de Kiev. Alguns dentre eles
eram agentes da polícia antitumultos enviados contra a população pelo regime de
Kiev, e que usavam as mesmas braçadeiras vermelhas, para serem confundidos com
agentes ativistas anti-Kiev. Antes de esses ativistas clandestinos que passaram
a ser chamados de “terceiros não identificados” terem desaparecido das ruas,
eles atacaram as pessoas que se reuniam na área do Prédio dos Sindicatos de
Odessa. Quando os manifestantes entraram no prédio à procura de proteção, as
portas foram trancadas e o prédio foi incendiado por coquetéis Molotov lançados
para dentro. Os policiais assistiram ao ataque e viram os manifestantes
pacifistas serem colhidos naquela armadilha e, na sequência, serem queimados
vivos; simultaneamente, fecharam as passagens, de modo que caminhões de
bombeiros e ambulâncias não se pudessem aproximar para salvar as pessoas presas
dentro do prédio em chamas.
Neonazista da Praça Maidan atira em pessoas que tentam escapar do fodo pelas janelas do Edifício da Central Sindical em Odessa |
Há provas em
vídeos que mostram apoiadores do Partido Svoboda e dos neonazistas da Praça
Maidan em Kiev, atirando a queima-roupa contra as pessoas trancadas dentro do
prédio do Sindicato em Odessa, alguns com armas, atirando de fora para dentro,
e outros dentro do próprio prédio (imagens na página). Um homem, que se
autoidentificou como Sotnik Mykola, líder de EuroMaidan, foi inclusive filmado
enquanto atira contra o prédio, contra pessoas que tentam escapar do fogo
(imagens abaixo). Vê-se uma mulher grávida que grita por socorro, antes de ser
estrangulada por um neonazista apoiador do regime em Kiev (na primeira imagem,
vestindo jaqueta azul e branca). Uma das apoiadoras ultranacionalista do
governo norte-americano de Yatsenyuk, que estava em Odessa durante os ataques,
escreveu elogios ao assassinato de ativistas antigolpe, em sua página de Facebook.
Minha jaqueta cheira a borracha queimada e está
manchada de sangue. Por um lado, é horrível, quando relembro os rostos dos
mortos; mas, por outro lado, que orgulho! E ninguém pode fazer nada: o que está
feito está feito” – escreveu ela [imagens abaixo].
"Print Screen" da página do Facebook da terrorista nazista Angela Aravina |
O Canal Russo
Perviy Kanal (Channel One ou Primeiro Canal) usou vídeos
distribuídos por YouTube para
noticiar os confrontos em Odessa, para mostrar o que se passava na cidade
conhecida como “a pérola do Mar Negro”. Essas matérias foram retransmitidas
também pelo canal RT International em inglês, para audiências
planetárias. Tatyana Ivananko, que sobreviveu ao ataque dos ativistas
antigolpe, disse ao jornalista ucraniano Alexey Yaroshevsky do canal RT
International, em longa entrevista, que “a polícia lá ficou, sem nada
fazer” e que os apoiadores do golpe “mataram com as próprias mãos alguns dos
que conseguiam escapar do prédio incendiado e jogavam pela janela os que não
conseguiam matar, para acabar de assassiná-los na calçada”. A mesma testemunha
confirmou que não havia estrangeiros no prédio e que os agentes provocadores –
“os terceiros não identificados” – nada tinham a ver com o grupo de
manifestantes que a própria Tatyana integrava.
As operações “antiterrrorismo”
do governo neonazista de Yatsenyuk são cortina de fumaça
A Oblast
[província, região] de Donetsk foi sitiada pelo governo golpista que os EUA
instalaram em Kiev. Civis ucranianos desarmados foram assassinados em Mariupol
por ordens do regime de Yatsenyuk-Obama, dia 9/5/2014. Vídeos (abaixo) filmados
em Mariupol mostram civis ucranianos desarmados assassinados em nome de falsas
‘operações’ antiterrorismo ordenadas pelo governo Yatsenyuk-Obama, no esforço
para controlar partes da Ucrânia que não reconhecem o governo instalado pelo
golpe do dia 22/2, que derrubou o governo eleito da Ucrânia.
Mais civis
ucranianos foram mortos dias 10/5/2014, quando votavam em referendo legal e
legítimo que se realizava em várias províncias ucranianas numa área do país
chamada Novorossiya por razões históricas e sociológicas. Houve
escaramuças entre o governo neonazista de Yatseniuk-Obama e combatentes da
resistência armada em cidades como Slavyansk, onde o governo neonazista
Yatsenyuk-Obama assassinou civis ucranianos nessa região, quando tentavam
exercer o direito democrático de votar pacificamente nos referendos. Por
exemplo, em vez de permitir que os moradores de Krasnoarmeysk, na província de
Donetsk, votassem para decidir o próprio futuro, a junta neonazista apoiada por
EUA-União Europeia enviou seus mercenários armados para impedir as pessoas de
chegar aos locais de votação. Foi feito sob o pretexto de ‘operações
antiterrorismo’. Essas operação apoiadas pelos EUA e ditas “antiterrorismo” não
passam de cortina de fumaça para ocultar os verdadeiros – e escandalosos –
motivos pelos quais EUA e neonazistas seus aliados obram para desqualificar os
referendos.
O regime de
Kiev está usando a chamada Guarda Nacional da Ucrânia para forçar os oponentes
a obedecer. É importante observar que essa Guarda Nacional foi criada em março
de 2014, pelo governo instalado no poder pelo golpe neonazista, como força de
proteção dos próprios golpistas. Essa milícia incorporou setores dos mesmos
grupos ultranacionalistas que promoveram a derrubada do governo legal da
Ucrânia, dia 22-23/2/2014. Em outras palavras, os mesmos homens armados que
invadiram os gabinetes do governo ucraniano no momento do golpe, atuam hoje
como ‘força oficial’ do mesmo governo neonazista de Kiev. Além do mais, embora
a Guarda Nacional seja oficialmente apresentada como força de reserva das
Forças Armadas da Ucrânia, está sob jurisdição e controle do ministério do
Interior – vale dizer: hoje, está sob controle de agências do governo dos EUA (CIA
e FBI) e de fanáticos ultranacionalistas. O motivo disso é
que os militares ucranianos não obedecem ao regime neonazista de Kiev. Por
isso, essa Guarda Nacional irregular, que reúne os mercenários e pistoleiros
ultranacionalistas que são leais ao governo neonazista de Kiev foram
organizados como ‘exército’; dado que dependem diretamente dos líderes do
golpe, esses mercenários têm-se mostrado dispostos a cumprir qualquer tipo de
ordem, por mais sujo que seja o serviço – por exemplo, atirar contra civis, o
que os militares ucranianos regulares recusaram-se a fazer.
O governo de
Yatsenyuk-Obama: disposto a cometer quaisquer atrocidades e crimes na Ucrânia
A Junta que
responde a Yatsenyuk-Obama e seus apoiadores estão ansiosíssimos para novamente
usar a força contra civis. O discurso sobre “pró-Rússia” e, mesmo, a favor dos
falantes de russos, é um falso discurso.
A verdadeira
natureza da oposição no sul e no leste da Ucrânia é oposição a governo ilegal,
instalado em Kiev mediante golpe.
Todas as
demais questões: autonomia local, federalização, separação ou reunificação com
a Federação Russa, são subprodutos do tema central.
Já no início
de março, dia 10/3/2014, apoiadores dos neonazistas de Euro-Maidan como o
empresário ucraniano Gennady Balashov começaram a declarar publicamente que era
preciso ‘eliminar’ as partes leste e sul da Ucrânia, matando os habitantes. Balashov
também exigiu o bloqueio do gás natural russo para países da União Europeia e
sugeriu outras ações, como movimentos deliberados para provocar a reação da
Federação Russa. Disse que não acredita em diálogo e falou declaradamente em
banho de sangue, massacres e limpeza étnica; falou do que se conhece como
genocídio, em locais como Crimeia, Carcóvia, Dnepropetrovsk e Donetsk. Para
ele, qualquer voz que se opusesse ao governo dos neonazistas de Yatseniuk-Obama
em Kiev, teria de ser morto sem mercê. Nesse grupo se incluiriam todos os que
exibissem a Fita de São George. [2] Falando
sobre os manifestantes nas áreas leste e sul da Ucrânia, Balashov disse que:
Temos de bloquear o gasoduto. Não podemos
deixar que o gás natural flua. Só assim os invasores serão detidos. Temos de
bloquear o gasoduto e deixar que os “Alfas” atirem em tudo que se mova por ali.
Aquela gente está em território estrangeiro. Crimeia, Kharkov, Dnepropetrovsk,
Donetsk são cidades ucranianas. Se usam a Fita de São George, se humilham nossa
bandeira, temos de acertar-lhes a testa, porque são o inimigo. Nada de
conversar com eles. Nada de argumentar com eles.
A fala de
Gennady Balashov ecoa o discurso infame, anti-Rússia e anti-russos de Iryna
Dmytrivna Farion, deputada do Partido Svoboda no Parlamento Ucraniano. Farion
não mede palavras quando fala à imprensa, e diz que o regime golpista de
Yatsenyuk-Obama instalado em Kiev deve assassinar todos os ucranianos que se
manifestem contra o governo de Kiev. Política ultranacionalista, mas sempre
apoiada pelos EUA, ela já disse, até, que os manifestantes que se opõem ao
regime que Obama apoia em Kiev são “alienígenas” que têm de ser mortos, como providência
para “limpar o país”. Farion exige nada menos que operação de genocídio, chama
seus compatriotas de “criaturas” a serem eliminadas. [...]
A maioria dos
russófonos e falantes de ucraniano são descendentes dos mesmos ancestrais
locais. A diferença entre os dois grupos é, só, que uma das comunidades adotou
o idioma russo como idioma principal. De fato, os dois idiomas leste-eslavos, o
russo e o ucraniano, são quase idênticos e a maioria da população ucraniana é
bilíngue em russo e em ucraniano. O tribalismo mítico que modela o pensamento
fascistizante de Iryna Farion e de outros nacionalistas na Ucrânia nada é além
de tentativa de distrair o foco e a atenção das graves injustiças e da distribuição
desigual de poder e de riqueza, na sociedade ucraniana; serve como distração
para a população local, que deixa de se concentrar nas questões reais da
própria vida e das dificuldades do próprio país, baixa a guarda contra os
exploradores oligarcas e as estruturas injustas da sociedade na qual vivem.
Os
perpetradores do terrorismo culpam as vítimas: quem são os reais terroristas?
Quem são os
reais terroristas? Civis desarmados que tentam votar, ou golpistas feito
Arseniy Yatsenyuk, o doido, autoproclamado “líder” do movimento EuroMaidan, que
enviou grupos de mercenários armados para matar civis na praça? Além do mais,
as ações do governo de Yatsenyuk-Obama validam a premissa em Moscou, segundo a
qual foi preciso enviar soldados especiais russos para a Península da Crimeia,
para assegurar que a votação acontecesse sem turbulências e distorções. Não
fossem os soldados russos de forças especiais – “os homens polidos vestidos de
verde e fortemente armados” – o referendo do dia 16/3/2014 jamais teria acontecido,
haveria luta e mortes, e a Crimeia estaria hoje tão desgraçada quanto o leste e
o sul da Ucrânia.
Cidadãos
ucranianos desarmados podem ser ouvidos a gritar, claramente, contra as
milícias da tal “guarda nacional” de Yatsenyuk, que são “Fascistas”, em vários
dos vídeos que estão começando a emergir de dentro da Ucrânia controlada pelos
golpistas de Yatsenyuk-Obama. Ucranianos civis e desarmados que tentaram
impedir, por meios pacíficos, que os militares ucranianos e a “guarda nacional”
invadissem cidades e vilas, são apresentados com bandidos e vilões [imagens na
página]. O crime desses civis desarmados é ter tentado impedir que o regime
golpista de Kiev implantasse sua lei marcial nas cidades e vilas ucranianas, ao
mesmo tempo em que o governo golpista obrava para impedir que a população
ucraniana votasse livremente em referendo legal e legítimo e limpo. Esses
ucranianos são os homens e mulheres que o governo dos EUA e da União Europeia
condenam, ao mesmo tempo em que tentam jogar sobre a Rússia a responsabilidade
– que é dos neonazistas do governo Yatseniuk-Obama – por estar assassinando
civis desarmados.
Os reais
terroristas e fascistas são os líderes do golpe no Nulandistão, que se venderam
e venderam a Ucrânia a potências externas. Além desses, também são reais
terroristas e fascistas os apoiadores do regime de Yatsenyuk – nos EUA, na
Grã-Bretanha, na França, na Polônia, no Canadá e na Alemanha – que geram
divisão, ruína, destruição por todo o planeta, da ex-Iugoslávia, Iraque e
Líbia, à Síria e ao Mali, à República Centro Africana e à República Bolivariana
da Venezuela.
Quando
Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã, foi mal interpretado e mal traduzido
pela imprensa-empresa nos EUA e na Europa Ocidental, que informou que ele teria
dito que quereria “varrer Israel do mapa”, durante uma reunião, o governo dos
EUA e da União Europeia consumiu dias e dias em incansável ‘condenação’ contra
o Irã.
No Nulandistão, o governador lá imposto
pelo partido golpista Khersonshchyna, Yuri Odarchenko, pode elogiar a invasão
da Ucrânia por Adolph Hiter e pela Alemanha Nazista: foi o que fez dia
9/10/2014, para fúria dos veteranos ucranianos de guerra, enquanto EUA, Canadá
e União Europeia – para eterna vergonha de seus povos – não disseram palavra.
Blindados enviados pela Junta de Kiev-EUA contra a população civil em Donetsk |
Que ninguém
espere noticiário em profundidade pelas redes CNN, BBC, France
24, Fox News e sua gangue “jornalística” sobre o assassinato de
civis desarmados na Ucrânia, por obra do regime de Yatsenyuk-Obama. Essas redes
de imprensa-empresa comercial estão fazendo a guerra da informação contra todos
os países e governos que se oponham aos EUA e aos seus aliados. Em vez de
noticiar o que realmente acontece, a imprensa-empresa nos EUA e na União
Europeia continuará a distorcer os fatos e a culpar a Rússia e os ucranianos
pelo assassinato de civis ucranianos. É o meio que a imprensa-empresa mais bem
conhece e usa, sempre que precisa encobrir a verdade, “noticiar” mentiras e
promover, como se fosse legal e legítimo, um governo neonazista, neofascista,
apoiado pelos EUA, e que chegou ao poder na Ucrânia mediante golpe e mediante
crime.
Notas dos tradutores:
[1] Recapitulando rapidamente: aí está o
resultado direto do gasto de US$ 5 bilhões de Washington – número oficial,
fornecido por Victoria “Foda-se a União Europeia” Nuland – para promover a
“mudança de regime” na Ucrânia. O que se vê é que a Crimeia pode ser
incorporada gratuitamente à Rússia, enquanto o “Ocidente” ficará com o atraso e
a bancarrota (Oeste da Ucrânia), do que um leitor de Asia Times Online descreveu,
descrição indelével, como o “Khaganato dos Nulands” (reino de
Gengis, por exemplo, dentre outros khans),
misturado com terra de ninguém, onde reina o marido de Victoria (“Foda-se”
etc.) Nuland Kagan [7/3/2014, redecastorphoto Pepe
Escobar: “C’mon baby, incendeie o meu incêndio (crimeano)”].
[2] A Fita de São Jorge, com as
cores laranja e preto, é tradicionalmente usada na Rússia no dia 9 de maio,
quando os russos celebram o “Dia da Vitória” e a vitória contra os nazistas na
IIª Guerra Mundial. Laranja e preto (simbolizando fogo e fumaça) são as cores
tradicionais das medalhas russas (desde o Império) e soviéticas por bravura em
combate. Usando a Fita de São Jorge, os russos manifestam gratidão e respeito pelos
que salvaram o país do nazismo (imagem interessante, de Putin - 2007, e ao lado). A Fita de São Jorge reapareceu na Ucrânia, como símbolo do movimento
contra o golpe em Kiev e pode ser vista em: 15/4/2014, blog do
Saker traduzido na redecastorphoto em 16/4/2014: “Ucrânia,
Relatório de Situação (SITREP) 15/4/2014, 18:30 EST − atualização 1”.
_________________________
[*] Mahdi Darius Nazemroaya é cientista social, escritor premiado, colunista e pesquisador. Suas obras são reconhecidas internacionalmente em uma ampla série de publicações e foram traduzidas para mais de vinte idiomas, incluindo alemão, árabe, italiano, russo, turco, espanhol, português, chinês, coreano, polonês, armênio, persa, holandês e romeno. Seu trabalho em ciências geopolíticas e estudos estratégicos tem sido usado por várias instituições acadêmicas e de defesa de teses em universidades e escolas preparatórias de oficiais militares. É convidado freqüente em redes internacionais de notícias como analista de geopolítica e especialista em Oriente Médio.
Atualmente, em viagem pela América Central, está com a Frente Sandinista de Libertação Nacional, em sua base em León, na Nicarágua. Esteve como observador internacional em El Salvador, no primeiro turno das eleições em El Salvador, onde esteve em contato com funcionários do governo salvadorenho.
Mama mia!!! Que matéria espetacular!!! Já fazem algumas semanas que acompanho o blog, ele simplesmente é perfeito. E vai na mesma direção com o que penso. Sensacional. Descasca e mostra a real situação dos maidanistas nazifascistas, de sua frente paramilitar Pravyi Sektor ancoradas num partido fascista como o Svoboda e tudo isso, direcionado pela Casa Branca.
ResponderExcluirAdimilson, Taubaté-SP