domingo, 7 de setembro de 2014

Alexey Mozgovoi, da Novorússia: “Vou continuar. Sigo adiante. Vou até o fim”

6/9/2014, [*]Alexey Mozgovoi, Slavyangrad.org, Novorússia
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


“Não falo sobre nossas relações com os EUA, porque nada há, de bom, que se possa dizer sobre elas”.
(“Política de Paz Soviética, V. M. Molotov, 1940)
[epígrafe acrescentada pelos tradutores]


Alexey Mozgovoi
Viva a Novorússia! Fora os oligarcas! Todo poder ao povo, o povo real, verdadeiro! Essa é a nossa [primeira] chance em muitas décadas, para construirmos uma sociedade equitativa, de homens e mulheres, sociedade e humanidade.

Sobre Strelkov ter sido traído e a traição em geral

Há muitos que não gostam do que já começou e não querem levar as coisas até sua conclusão lógica.
  • Só têm na cabeça dinheiro, escritórios e portfólios! Mas por que o povo do sul e leste levantou-se? 
  • Levantaram-se só para perder incontáveis vidas, a própria casa, a confiança no futuro?  
  • Se estamos lutando pelos interesses do povo, cabe ao povo decidir até onde essa luta tem de ir. Ou não?

Quem, dentre os chamados “membros do governo” da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, deu-se o trabalho de perguntar a opinião dos milicianos, dos que viram morrer os companheiros; a opinião dos parentes, que perderam pais, filhos e filhas, nessa luta pelo direito de viver livre e de escolher seu próprio caminho? Nenhum “governo” nos perguntou coisa alguma.

Essa “paz’ parece, mais, pura farsa, espetáculo no qual o povo da Novorússia não passa de figurantes no set.

Igor Ivanovich Strelkov
Agora já se sabe que houve vários estágios nessa traição contra a Novorússia (incluindo a “renúncia” de Igor Ivanovich Strelkov). Em minha opinião, nesse momento assistimos a mais uma tentativa – dessa vez feita mediante “negociações” – para pôr fim à resistência na Novorrússia e impedir a destruição do poder oligárquico na Ucrânia. É a “quinta coluna” em ação...

A transferência do poder, da oligarquia para o povo – exatamente agora – eis o pesadelo da chamada “comunidade internacional”. Muitos já sabem há muito tempo que o mundo é governado pelos Valtsmans [Poroshenko], Chubais e os Rockefellers. Para esses, perder o poder é morrer.

E o que temos agora? ACORDOS! NEGOCIAÇÕES! E com quem?! Na mesa de negociações, o venerável Kuchma! Durante o reinado dele, os gatos gordos só ganharam mais e mais força e saciaram seus apetites! A corrupção chegou a alturas inacreditáveis, inexplicáveis. Esse homem tem de ser processado. Quem aceitaria “negociar” com gente assim?!

O que será do status especial da Novorússia, se os mesmos matadores de aluguel continuam no poder? Que garantias podem ser discutidas com gente que excluiu do próprio vocabulário a palavra “verdade”?

Só a capitulação de Kiev pode resolver a atual situação.

Só a separação entre o governo e os interesses dos negócios pode criar a oportunidade de construir um estado com face humana. E só processo & julgamento & condenação dos que governaram o país, da “elite” do mundo, pode devolver ao povo a dignidade perdida. Sem isso, terá sido tudo em vão – todos os discursos e todas as vítimas e todas as mortes.

As Forças Armadas da Novorússia NÃO são
marionetes nas mãos de intelectuais de sofá
Queremos continuar como marionetes nas mãos de intelectuais de sofá?

Não me agrada, não e não, essa possibilidade. Não nos levantamos em armas, para desistir no meio do caminho.

Sempre houve e sempre haverá o medo. Nesse instante, muitos temem o inverno que se aproxima. Mas esse é medo animal. Muito mais medo tenho eu, sempre, de me condenar a viver como servo – de continuar como bicho, nas mãos dos senhores feudais. 

Vou continuar. Sigo adiante. Vou até o fim. Até alcançar nosso objetivo. Até a vitória completa e incondicional de um livre e orgulhoso mundo russo eslavo!

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