Laerte Braga |
Laerte Braga
A embaixadora Maria Luísa Ribeiro Viotti presidiu a sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas que discutiu e aprovou sanções políticas e econômicas contra a Líbia, imersa numa rebelião popular contra o regime de Muammar Gaddafi.
Numa entrevista que concedeu a jornalistas brasileiros logo após a sessão foi enfática ao dizer que “nós tomamos as medidas acertadas”.
Minutos depois o primeiro-ministro britânico David Cameron, em entrevista a jornalistas ingleses anunciou que o Reino Unido (extinto, hoje é colônia norte-americana) poderia “enviar tropas à Líbia para restabelecer a democracia”.
E ainda no mesmo dia, o “nós” da embaixadora terminou no veto do representante norte-americano à resolução do Conselho, que censurava assentamentos israelenses em território palestino.
A posição da representante brasileira no momento da entrevista não permitiu, as câmeras não focalizaram, perceber se estava calçada ou não. Mas isso não é necessário. Com certeza, tal e qual o ex-ministro Celso Láfer (governo FHC) os sapatos ficaram no aeroporto de New York para serem examinados. A possibilidade de algum vírus ou bomba que pudesse causar danos à segurança nacional dos EUA.
O atual ministro, Anthony Patriot, sobrenome de míssil, mostrou-se radiante com a decisão do Conselho de Segurança e a posição de “destaque” do Brasil. Segundo ele “provamos que estamos aptos a ter uma vaga permanente no Conselho de Segurança”.
Por coincidência ou não a presidente Dilma Rousseff anunciou que a compra dos caças para a FAB – FORÇA AÉREA BRASILEIRA – está suspensa por seis meses por falta de dinheiro. Quando a decisão foi tomada, a de comprar, Dilma era ministra do governo Lula.
É uma omelete e tanto.
A reunião do COPOM – CONSELHO DE POLÍTICA MONETÁRIA – numa só pernada transferiu o que CARTA MAIOR chama adequadamente de “um lexotan de R$ 7,5 bilhões aos mercados financeiros, na alta de 0,5 ponto na taxa básica de juro do País, a mais elevada do mundo. Esse valor, revela CARTA MAIOR, é quase quatro vezes o gasto previsto com o reajuste do programa BOLSA FAMÍLIA.
É que o anúncio da “benesse” havia deixado os “mercados” nervosos, embora 50 milhões de brasileiros pobres sejam beneficiados. Em 41 dias de governo, revela CARTA MAIOR, “R$ 15 bilhões de reais já foram transferidos dos cofres públicos para rentistas detentores da dívida interna”
A edição de CARTA MAIOR do dia três de março corrente pergunta o “que diz a mídia sobre essa gastança desenfreada?”
O senador mineiro Aécio Neves decidiu deixar de lado, pelo menos por enquanto, a disputa interna dentro do seu partido, o PSDB. Segundo disse a vários assessores e companheiros, “a Dilma está querendo acabar comigo antes do jogo começar?” Fala de 2014 e da aproximação da presidente com os setores mais atrasados da política e da economia do Brasil.
“Uai, quer tomar o meu lugar?”
O “nós” da embaixadora foi só um suspiro infantil de vaidade, glória por quinze minutos, na submissão da política externa do novo governo aos interesses dos EUA.
Faltou a um jornalista presente às declarações da senhora Viotti perguntar a ela “nós quem cara pálida?”.
Breve, no Palácio do Planalto, sessões diárias com filmes de John Wayne.
Há uma vaga para o papel de Carmen Miranda em Hollywood.
O diabo vai ser achar talento.
Vem aí Barack Obama para definir quem vai fazer o papel principal de “YES, NÓS TEMOS BANANAS”.
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