O aparecimento da juventude e do povo tunisiano na cena mundial constitui-se numa boa nova para todos os povos do mundo . Mostra que a via da emancipação é possível . Estão a caminho de protagonizar a primeira revolução deste século 21. Estamos a seu lado , ao lado de todas as forças democráticas.
Desejamos ardentemente que esse povo bom , tolerante , culto consiga levar a bom termo a transição democrática . Têm tanto mais o nosso apoio porque estamos decididos a lavar a honra maculada da pátria dos direitos do homem pelos dirigentes de nosso país e daqueles da União Europeia que respaldaram o autócrata ditador corrupto Ben Ali e sua camarilha até o derradeiro minuto .
Diz-se hoje que nossos ministros e o próprio presidente da República , Nicolás Sarkozy, analisaram mal a situação ou cometeram erros de apreciação devido a certos serviços de Estado mal informados.
Desejamos, de momento , que as autoridades provisórias tunisianas criem as condições para garantir a segurança da população , pondo fim ao terror , aos abusos e às pilhagens cometidas por bandos que tudo indica estão ainda a serviço do clã dos vencidos.
A Revolução do Jasmim não deve ser nem manchada nem traída nem roubada do povo tunisiano que há 23 anos não tem podido votar livremente . Esta revolução não pode ser nem desviada nem confiscada.
A União Europeia, que tem acordos de cooperação e de associação com a Tunísia, deve no presente momento manter-se ativa e reconhecer o direito do povo tunisiano de escolher seu caminho democrático na direção das mudanças que deseje empreender , acatando o pluralismo político mas também respeitando a liberdade de dispor de sua soberania econômica e política e de evoluir na senda do progresso social .
Os trabalhadores , a juventude e o povo tunisianos como de resto todas as forças progressistas desse país podem estar seguros de nossa vigilância .
[traduzido e enviado por Max Altman]
O artigo original pode ser lido em: Patrick Le Hyaric: «La révolution de jasmin ne doit pas être confisquée au peuple»
O artigo original pode ser lido em: Patrick Le Hyaric: «La révolution de jasmin ne doit pas être confisquée au peuple»
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