*Laerte
Braga
A
maioria dos analistas políticos que se debruçaram sobre os resultados das
primeiras primárias do Partido Republicano no estado de Iowa destacaram o
aspecto religioso que pode influir de forma decisiva na indicação do adversário
de Barack Obama no final do ano.
Oito
votos separaram o mórmon Mitt Romney do evangélico – chamado de direita cristã –
Rick Santorum mantendo um suspense até o último momento da apuração. Romney
disse que os EUA não darão um dólar para salvar a Europa da crise que devasta a
zona do euro e Santorum já anunciou que é contra o aborto, contra o
homossexualismo e defende políticas duras – vale dizer guerras – contra os
“adversários” de seu país (na verdade os EUA são adversários do mundo, da
vida).
Na
reta final da campanha de 1980, quando Jimmy Carter pleiteava a reeleição contra
Ronald Reagan, os números mostravam alguma indecisão do eleitorado e num
determinado momento as chances de Carter eram maiores. A ocupação da embaixada
dos EUA no Irã trabalhou a favor de Reagan.
Anos
mais tarde revelou-se que o acordo para desocupação da embaixada havia sido
fechado antes das eleições e foi seguro até alguns dias depois para favorecer
Reagan, um fantoche de grupos de extrema-direita. A operação foi conduzida pela
CIA e a descoberta veio através de documentos confidenciais trazidos a público
nos termos da legislação americana que estipula um prazo para que documentos
dessa natureza permaneçam fora do alcance do conhecimento
público.
Tal
e qual a vitória de George Bush na Flórida em 2000, através de fraudes num
distrito de Miami.
O
Irã vai ser novamente o centro das eleições nos EUA. O que não exclui, pelo
contrário aumenta, as chances de uma nova guerra de terrorismo de Estado contra um
país muçulmano.
Obama,
ao contrário de Carter, é cínico e frio o bastante para isso se perceber que sua
vitória depende de atacar aquele país. Não importa quantas pessoas possam
morrer, importa a vitória eleitoral.
Se
juntarmos a imensa e esmagadora maioria da população norte-americana teremos a
maior concentração de idiotas arrogantes de todo o mundo, só comparáveis a
britânicos e franceses.
Por
essa razão vulneráveis a pregação de superioridade racial, de supremacia branca,
de farol do mundo (embora FHC reivindique para si essa condição, mas o caso do
brasileiro é patologia mais simples) e consciência terrorista/hipócrita que
sobrevivem do saque e da exploração de povos em todos os cantos do
mundo.
Quando
o mórmon republicano Mitt Romney diz que não dará um dólar para a Europa está
apenas fazendo um discurso eleitoral. Sabe que os países da Comunidade Européia
são colônias norte-americanas, imensas bases militares chamadas de OTAN –
Organização do Tratado Atlântico Norte – e que as responsabilidades de seu país
em relação àquela parte do mundo (em processo de extinção como a conhecemos) são
plenas.
O
debate religioso que encobre campanhas eleitorais em vários países do mundo é
tão somente a hipocrisia de um lado, o fanatismo de outro, não deve demorar
muito para que algum candidato se proclame o novo messias. Sarah Palin tentou. A
despeito das belas pernas (que fazia e faz questão de exibir quando defende a
moral e os bons costumes a moda medieval) não conseguiu.
Santorum
tenta recuperar o discurso.
A
rigor os EUA vivem um processo de decadência. É a História implacável com os
grandes impérios. O risco é a clássica boçalidade dos EUA; montados
em perto de cinco mil ogivas nucleares prontas a destruir o planeta cem vezes se
necessário for.
Não
é impossível que a estátua da Liberdade seja devolvida aos franceses e Sylvester
Stallone vá ocupar o seu lugar, travestido de Rambo num mix com Rocky, o
Lutador.
As
eleições nos EUA têm, neste ano, um novo ingrediente. O aumento das forças
chamadas de “direita cristã” (Tea
Party, principalmente) traz consigo grupos antissemitas, o que vai obrigar banqueiros e
empresários que controlam o Conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A a gastos
maiores para manter o controle.
Começa
a ganhar força nos EUA – um fato constatado nos últimos anos – o antissemitismo;
fenômeno clássico em países com características nazi/fascistas, mesmo que o
sionismo seja uma variável desse espectro terrorista (os judeus-sionistas colaboraram
enormemente com o terror nazista durante a IIa. Guerra de
1939/45).
Por aqui a REDE
GLOBO (em todas as suas frentes) começa o delírio de transformar essas eleições
norte-americanas em algo vital
para o Brasil. Tenta criar em cada brasileiro um torcedor por esse ou aquele
candidato. Vários especialistas já estão sendo convocados a opinar sobre o
assunto.
São os
deveres para com a matriz. Se não houver cuidados especiais os williamwaacks podem ter orgasmos ao vivo em seus programas
todas as vezes que o tema for tratado e a bandeira norte-americana
aparecer.
Isso deve
ser depois do Big Brother Brasil, o bordel televisivo da família
brasileira, cristã e sem rumo, acreditando também, piamente, que o “bispo” (ou
será vigário...) Edir Macedo salva alguma coisa além do
seu.
Esse debate
religioso na política seria uma comédia não fosse trágico. Em Israel, um dos
algozes do terrorismo de Estado, a menina Naama Margolese, filha de imigrantes
norte-americanos – judeus – foi chamada de prostituta por grupos radicais
(apóiam o governo de Benjamin Netanyahu) por não se vestir de acordo com as
“tradições”. No caminho para a escola além de insultada recebe cusparadas dos
“emissários divinos” o que tem lhe valido proteção policial desde que denunciado
o fato.
Na fúria
religiosa que parece vai ser o centro do debate eleitoral nos EUA, mesmo
disfarçada em temas políticos, econômicos, sociais e militares, com toda a
certeza vai sobrar para o líder nazista que governa o Vaticano, o “fuhrer”
Benedito XVI. A pedofilia deve ser um dos alvos da “direita cristã” e grupos não
cristãos.
No fundo, o
que interessa aos que controlam o Conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A é
manter intactos e sempre crescentes os arsenais para ações como aquelas contra a
Líbia, o Iraque, o Afeganistão, a Somália, etc.. Destruir para depois
“reconstruir”. Com lucro. O resto é adereço, um prolongamento do BBB que a GLOBO
vai impingir aos brasileiros até o dia da eleição. Haja williamwaacks, haja miriamleitões.
Lá como cá a
praga da religião como instrumento político se mantém em alta e se alastra cada
vez mais, mesmo depois de Billy Graham ter ascendido aos céus
(?).
*Laerte Braga é jornalista, trabalhou no Diário
Mercantil e no Diário da Tarde de Juiz de Fora, para os Diários Associados e
pela agência Meridional (primeira grande agência de notícias do Brasil) e também
dos Diários e Emissoras Associadas, tendo sido correspondente do Estado de Minas
de Juiz de Fora e Zona da Mata, e também trabalhou como freelancer para revistas e jornais do
Brasil e de outros países. Atualmente reside em Juiz de
Fora.
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