Antes de
avaliar a cogitação final desta retrospectiva da imagem do Brasil no exterior,
veja as imagens do link:
Forças de choque da Polícia Militar atacam o interior do alojamento cedido pela própria Prefeitura de São José dos Campos para abrigar moradores desocupados do Pinheirinho. No alojamento provisório estavam famílias inteiras, crianças, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. Uma criança foi levada carregada para a ambulância que estava montada em uma tenda enquanto os policiais continuavam a jogar bombas em direção aos moradores.
Em
sua Teoria do Choque, a canadense Naomi Klein demonstra como em
diferentes partes do mundo se utilizou do terror para impedir as pessoas de
pensar. Será esse o objetivo da despropositada violência empregada pelo
governador de São Paulo contra a comunidade do Pinheirinho?
Até
mesmo os que através da imprensa promoveram a candidatura tucana questionam a
violência desmedida da polícia e da justiça de Alckmin. Ricardo Boechat da BAND,
por exemplo, lembra que os credores do megaespeculador Naji Nahas são grandes
bancos e investidores (também especuladores) sem qualquer necessidade da
imediata reintegração de pose. Por outro lado, o Ministério das Cidades
distribuiu nota detalhando as ofertas ao governador do estado e ao prefeito de
São José dos Campos para através de planos e programas federais construir
moradias que abrigassem aquelas famílias.
Aos dois
políticos do PDB caberia apenas
negociar prazos que permitissem o alojamento dos despejados. Por qual razão
optaram por tamanha violência contra mulheres, homens, idosos e crianças?
Inseminar
o medo no eleitorado paulista para que a covardia garanta a perpetuidade do
poder do partido naquele estado, como Naomi sugere ser o método de implantação
do neoliberalismo econômico pelo mundo? Ali a ativista percebe no medo um meio
de sujeição aos abusos do poder.
Será
essa a intenção do partido que há décadas governa o mais rico estado da
federação? Os eleitores de candidatos tucanos e seus aliados do DEM e de sua
dissidência serão mais covardes do que apenas pessoas com dificuldade de
apreensão, percepção e compreensão da realidade?
Alguém
cogitou a probabilidade de que a real intenção do absurdo seja a provocação de
um confronto direto com o governo federal. Pode ser... Afinal as manipulações
dos meios de comunicação têm se demonstrado incapazes de afetar a consciência
política do brasileiro.
Se
seguirmos a projeção internacional da imagem do Brasil nas duas últimas décadas,
talvez possamos aventar outros interesses na degradação de nossa imagem perante
a comunidade das nações. Interesses que podem estar localizados muito além de
nossas fronteiras.
Acompanhe
esta retrospectiva dos fatos da política brasileira que mereceram maior destaque
nos jornais e revistas de todo o mundo e pergunte-se a quem interessa a
degradação e o retrocesso do país?
Imagem do Brasil na Imprensa Internacional
1994 – primeiro ano de governo PDB – a posse de Fernando Henrique Cardoso.
1995 – segundo ano de governo PDB – Massacre de Corumbiara.
1996 – terceiro ano de governo PDB – Massacre de Eldorado dos Carajás.
1997 – quarto ano de governo PDB – Relatório da Human Rights Watch:
“Durante o período analisado (1996-1997), antigas violações continuaram a ocorrer e novas surgiram no cenário brasileiro, apesar de esforços isolados de particulares e organizações não-governamentais, e devido, na grande maioria das vezes, ao descaso das autoridades.”
1998 – quinto ano de governo PDB – Confira nos links a repercussão mundial do julgamento de Talvane Albuquerque do PFL como mandante do assassinato da aliada política Ceci Cunha, (do PDB) de quem Talvane era suplente:
1999 – sexto ano de governo PDB – Horrorizada com a displicência do governo federal à corrupção e à aceleração do desmatamento na Amazônia, a imprensa internacional dá ampla cobertura à única providência daquele governo ao rombo de mais de R$ 2 bilhões na SUDAM: o encerramento daquela superintendência.
2000 – quinto ano de governo PDB – Entre escândalos de privatizações, índices recordes de desemprego, risco país e dívida internacional, a imprensa mundial se diverte com as desastradas comemorações dos 500 anos do Brasil: espancamento de índios e caravelas que adernam como o país.
2001 – sexto ano de governo PDB – o descrédito internacional culmina com o naufrágio da P 36, a maior plataforma marítima do mundo.
2002 – último ano de governo PDB – a imprensa internacional não comenta a subserviência do chanceler brasileiro Celso Lafer ao tirar sapatos e meias para se submeter à revista na recepção dos aeroportos dos Estados Unidos, mas se surpreende com a repetição do apagão energético de julho de 2001 em setembro de 2002 (que gerou um prejuízo de R$ 45 bilhões) considerando sermos o país de maior potencial hidroelétrico no mundo,
2003 – primeiro ano do governo Lula – a imprensa internacional repercute a posse do novo presidente brasileiro com muitas incertezas e receios, prevendo um agravamento da crise administrativa e econômica herdada do governo PDB.
2004 – segundo ano do governo Lula – o repórter Larry Rohter do The New York Times acusa o presidente do Brasil de alcoólatra em matéria ilustrada por uma foto de Luís Ignácio da Silva brindando com uma caneca de chope na abertura da Oktoberfest de Blumenau.
2005 – terceiro ano do governo Lula – a imprensa internacional repercute as acusações da nacional que, baseada nas denúncias de Roberto Jefferson, acusa o governo brasileiro de quadrilha do maior esquema de corrupção já montado na história do país. Jefferson por sua vez confessa ter lesado o próprio partido (PTB) em vultosos desvios de verbas de campanha política.
2006 – quarto ano do governo Lula – a imprensa internacional se surpreende com o pagamento ao FMI, feito considerado improvável desde o aprofundamento da dívida brasileira ao longo da ditadura militar, e impossível após o governo do PDB triplicá-la, elevando-a acima do PIB do país.
Ainda em 2006 o PDB volta a chamar a atenção da imprensa internacional. Os ataques da facção criminosa PCC ao estado mais rico da federação, comandados de dentro de um presídio estadual de segurança máxima, alarmaram o mundo pelo número de inocentes executados tanto pelos criminosos quanto pela polícia de São Paulo.
2007 – quinto ano do governo Lula – a tentativa do PDB de incriminar o governo Lula no sequestro São Paulo pelo PCC é desmascarada por gravações telefônicas que comprovam o prévio conhecimento do ataque pelo governador do estado, Geraldo Alckmin, e seu secretário de segurança, bem como pelo então prefeito da capital, José Serra. Nenhuma providência foi tomada para evitar o evento ao qual a imprensa estrangeira só encontrou similar em roteiros de história em quadrinhos.
Não obstante, a mídia brasileira ligada ao PDB tentou responsabilizar pessoalmente o Presidente do Brasil por 2 dos maiores acidentes aéreos já ocorridos no país. Antes que os laudos dos peritos indicasse a responsabilidade de pilotos norte-americanos em um caso e a falhas técnicas da aeronave em outro, o descrédito da imprensa nacional perante seus colegas do mundo já era total, culminando com recente indicação da Revista Veja como “brazilian gossip magazine” – revista brasileira de fofocas - por um jornalista britânico.
2008 – sexto ano do governo Lula – o Brasil passa a ser apontado pela imprensa estrangeira e por estadistas de todo o mundo como exemplo de economia promissora. Lula é considerado o principal líder da América Latina pela revista News Week e recebe o Prêmio da Paz da UNESCO.
2009 – sétimo ano do governo Lula – Na Inglaterra e Alemanha analistas e publicações especializadas preveem o Brasil entre as maiores economias mundiais até o ano de 2015, além de se dedicar atenção à evolução científica e tecnológica do país. Lula é considerado uma das personalidades mundiais pela Forbes e Homem do Ano pelo Le Monde e o El País.
O britânico Financial Times inclui o Presidente brasileiro entre as 50 personalidades que moldaram a década, considerando-o como o líder mais popular da história. Mas na imprensa nacional o esforço e preocupação é o de demonstrar que Lula não foi classificado como a mais importante personalidade e sim apenas uma entre os demais.
2010 – último ano do governo Lula – o Brasil se torna um dos mais promissores mercados de investimento para o mundo, além de interlocutor político requisitado por todas as nações. Lula é homenageado pela ONU e apontado como Estadista Global pelo Conselho de Davos.
2011 – primeiro ano do governo Dilma - o Brasil antecipa as previsões e ultrapassando a Inglaterra posiciona-se como a 6ª economia mundial, sendo considerado pela imprensa especializada de todo o mundo como exemplo a ser seguido por todas as nações para superação da crise internacional.
Eleita por Lula, Dilma é apontada pela imprensa mundial como uma das três mulheres mais poderosas do planeta.
Por sua vez Lula recebe o Prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa, entre diversos outros que lhe são concedidos nos Estados Unidos, na Europa, na África e América Latina. São mais de 300 condecorações e uma impraticável série de outorgas de títulos de Doutor Honoris Causa. Recusados durante seu exercício da presidência, posteriormente não poderá assumir o compromisso de aceitá-los devido a um tratamento de câncer.
Recebido em todas as nações que visita como ídolo popular, Lula ainda teve tempo de receber o 16º título de Doutor Honoris Causa (o primeiro para uma personalidade da América Latina) instituído em 1876 pela Fundação Sciences-Po, entidade ligada à Universidade Sorbonne. Ofendidos e revoltados os diretores de importante órgão de imprensa no Brasil exigem explicações do diretor da Sciences-Po.
2012 – início de segundo ano do governo Dilma. Apesar de afamada pela mídia brasileira como temperamental e geniosa, a cordialidade da primeira Presidenta do Brasil já lhe conquistou mais popularidade do que a usufruída por Lula em seu primeiro ano de governo. Ao contrário da aversão à política anteriormente desenvolvida entre a população, Dilma herdou e pôde usufruir de uma nova percepção que se desenvolve entre os cidadãos brasileiros. E Lula, mesmo que rigorosamente afastado por questões de doença, ainda mantém a maior popularidade política em todo o mundo.
No entanto, a violência do governo do PDB experimentada pelos estudantes da USP e mais recentemente pelos dependentes químicos da cidade de São Paulo, torna a levar o Brasil para as páginas dos crimes contra os direitos humanos. Com o terror promovido contra a população do Pinheirinho em São José dos Campos, Geraldo Alckmin derrubou o país da condição de exemplo e esperança internacional para a de país sem qualquer respeito aos direitos humanos e a seus cidadãos.
A quem pode interessar um Geraldo Alckmin ou um partido como o PDB?
Até quanto os paulistas estão dispostos a pagar reelegendo ao governo um aliado de integrante do mesmo PCC que sequestrou todos os cidadãos daquele estado em sua última gestão, conforme se verifica neste outro link:
Até quando os paulistas serão os principais responsáveis pela eleição das mais deploráveis personalidades da história política do Brasil como Ademar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf, Celso Pita, Collor de Melo, Fernando Henrique, José Serra e Geraldo Alckmin?
Até quando os brasileiros terão de pagar pela presunção e arrogância de idiotas que pedem o afogamento de nordestinos quando, à exceção de 2 ou 3 outros estados, no restante do país se aprende escolher candidatos que dignifiquem o Brasil perante o mundo conforme atesta a imprensa internacional.
Quando os paulistas haverão de aprender a pensar com a própria cabeça sem deixar se condicionar pela oligarquia que monopoliza a mídia do país? Quando terão coragem de decidir pela realidade como têm feito os nortistas e nordestinos, os cariocas, os gaúchos, os do centro-oeste?
Finalizando: Peritos descartam a possibilidade de explosão em gasoduto como causa do desmoronamento de 3 edifícios da cidade do Rio de Janeiro, mas a imprensa internacional já especula sobre a temeridade da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil.
As últimas notícias da imprensa nacional apontam a possibilidade da tragédia ter sido ocasionada por uma reforma clandestina realizada no 9º andar do edifício que ao desabar provocou o desmoronamento dos demais. A empresa indicada pelo noticiário da Globo como responsável pela obra seria uma tal de T. O.
No mesmo noticiário, apesar de se reconhecer como leiga no assunto, uma testemunha da evolução da obra afirma ter lhe parecido uma temeridade o que ali se realizava.
Creio ter esclarecido suficientemente as razões de sugestão para se averigue qualquer indício de relações entre essa T.O. e oPDB.
Se ainda assim ocorrer de me considerarem tão ridículo quanto foi o editor da Rede Globo ao alegar um tal “jornalismo de hipóteses” para justificar a própria irresponsabilidade ao acusar o Presidente Lula pela queda do avião da TAM em menos de cinco minutos da ocorrência daquela tragédia no Aeroporto de Congonhas.
Recomendo que retorne às imagens do primeiro link ou pesquise qualquer outro dos tantos vídeos sobre a violência e covardia do governo de São Paulo não só em São José dos Campos, como também na USP ou na Cracolândia. E depois releia a retrospectiva dos assuntos brasileiros que mais repercutiram na imprensa de todo do mundo nos últimos 18 anos.
Tempo suficiente para adquirir maturidade e emancipação. Ou vai continuar retrocedendo indefinidamente até voltar à condição fetal ou à Idade da Pedra? Bem menos, talvez. À Idade Média dos inquisidores da Opus Dei de quem Alckmin é devoto.
Escrito e enviado por Raul Longo
(Comentário enviadopor e-mail e postado por Castor)
ResponderExcluirNo exato local dos desabamentos, sobraram uns prédios vagabundos, erguidos com "estruturas econômicas", na base de 250 kg/metro quadrado de laje, pilares e vigas desprovidos de concreto de boa qualidade. Em Brasília, são inúmeras edificações do gênero, inclusive a do Banco Central, aquela coisa feia e enfeiante (mau design e quebra de escala) que um arquiteto medíocre e bem relacionado aos detentores do regime de 1964-85 - um certo Helio Ferreira Pinto - conseguiu executar. Recorde-se que os equipamentos mais pesados tiveram de ser instalados no subsolo, de vez que as lajes entre pisos não aguentariam a carga.
Quanto ao Rio de Janeiro, dada a periculosidade da área afetada, conviria a demolição-implosão de todos que ali sobraram, horrorosos e de arquitetura inexistente, a bem dos olhos e da saúde e segurança dos cariocas...
Abraços do
ArnaC
P.S.: a propósito, nada se sabe das edificações para a Copa e os Jogos Olímpicos, em termos estéticos e de engenharias de estrutura e de instalações elétricas e hidráulicas. No País de Oscar Niemeyer e Joaquim Cardozo, quase ninguém se importa com o assunto.